quarta-feira, 31 de agosto de 2011

CAIM


A despeito dos esforços e preocupações dos pais, os conflitos entre filhos numa família parecem inevitáveis. O relacionamento entre irmãos proporciona tanto competição como cooperação. Na maioria dos casos, a mistura de amor e brigas cria, por fim, um forte laço entre irmãos e irmã. No entanto, não é raro ouvir alguns pais dizendo: “Eles brigam tanto; espero que não se matem quando crescerem”. No caso de Caim, o problema em potencial tornou-se uma realidade. E embora não saibamos muitos detalhes sobre ávida deste, podemos aprender através da sua história.

Caim ficou furioso. Tanto ele quanto seu irmão, Abel, haviam oferecido sacrifícios a Deus, mas os seus foram rejeitados. A reação de Caim nos dá uma pista de que sua atitude estava provavelmente errada desde o inicio. Caim tinha uma escolha a fazer. Ele poderia corrigir sua atitude quanto à oferta oferecida a Deus ou descontar a raiva em seu irmão. Sua decisão é um claro lembrete de como estamos cientes das escolhas opostas, e mesmo assim optamos por fazer a que é errada, exatamente como procedeu Caim. Podemos não escolher o assassinato, mas ainda estamos intencionalmente escolhendo o que não deveríamos.

Os sentimentos motivadores do nosso comportamento não podem ser mudados por uma simples reflexão poderosa. Mas aqui podemos experimentar a disposição de Deus em ajudar. Pedir a sua ajuda para escolher o que é certo pode nos impedir de desenvolver atitudes das quais nos arrependeremos.




SIGNIFICADO


  • ORIGEM – Hebraico;
  • SIGNIFICADO – adquirido, possuído.



PONTOS FORTES E EXITOS


  • Primeira criança humana depois da queda;
  • Seguiu a profissão do pai – fazendeiro.




FRAQUESAS E ERROS


  • Quando contrariado agia com fúria;
  • Assumiu uma posição negativa mesmo quando uma possibilidade positiva lhe foi oferecida;
  • Foi o primeiro assassino.




LIÇOES DE VIDA

  • A raiva não é necessariamente um pecado, mas a atitudes motivadas por ela podem ser pecaminosas. A raiva deveria ser a energia por traz de uma boa ação, mas não uma ação maligna;
  • O que oferecemos a Deus precisa ser de coração – o melhor do que somos e possuímos.
  • As conseqüências do pecado podem durar toda a vida.




INFORMAÇOES ESSENCIAIS


  • Local – próximo ao Éden, provavelmente onde se encontram hoje o Iraque e o Irã;
  • Ocupação – agricultor, peregrino, fundador de uma cidade;
  • Familiares –
v      Pais – Adão e Eva.
v      Irmãos – Abel, Sete e outros não mencionados
v      Esposa – a Bíblia não fala, provavelmente uma Irmã ou parente
v      Filho – Enoque




VERSICULOS - CHAVE



  • “Se praticares o bem, sem dúvida alguma poderás reabilitar-te. Mas se precederes mal, o pecado estará à tua porta, espreitando-te; mas, tu deverás dominá-lo.” – Gn 4,7.


A história de Caim encontra-se em Gn 4,1-17. Ele é também mencionado em Hb 11,4; 1 Jo 3,12; Jd 1,11.

sábado, 27 de agosto de 2011

A CRUZ DE CRISTO - 08 – A SALVAÇÃO MEDIANTE A CRUZ.

A Bíblia fala do “dia da salvação” e da “tão grande salvação” - "Não é estreito o lugar que nele ocupais. Estreito, isso sim, é vosso íntimo". (2Cor 6,12); "Como, então, escaparemos nós se agora desprezarmos a mensagem da salvação, tão sublime, anunciada primeiramente pelo Senhor e depois confirmada pelos que a ouviram," (Hb 2,3). Deus em Cristo nos salvou, isto é, "Ele nos arrancou do poder das trevas e nos introduziu no Reino de seu Filho muito amado," (Cl 1,13). Nada poderia ser mais precioso para nós do que sermos agraciados com a salvação eterna. Para nós do que sermos agraciados com a salvação eterna. Para nós foi de graça mas para Deus custou o preço do sangue do seu filho – 1Pe 1,18-21.

A Bíblia fala de quatro imagens (figuras) da salvação: Propiciação, Redenção, Justificação, Reconciliação. Vejamos cada uma separadamente:

I.                    PROPICIAÇÃO – ACONTCE NO TEMPLO.

Þ     O que significa “propiciação”?

Significa apaziguar ou pacificar a ira de alguém. No tabernáculo (Templo) feito por ordem do Senhor, havia o propiciatório - "Fez uma tampa de ouro puro, cujo comprimento era de dois côvados e meio, e a largura de um côvado e meio". (Ex 37,6);  uma lâmina de ouro sobre a qual o sangue de animais era oferecido pelo pecado – Lv 16,14-15. Lá era feita a propiciação, a pacificação de Deus com o pecador. Paulo fala que Cristo foi proposto por Deus como propiciação – Rm 3,24-25; João diz que Jesus Cristo é a propiciação pelos nossos pecados – 1 Jo 2,1-2; 4,10. Quer dizer então que Deus se enraivece? Que ofertas têm de ser feitas para pacificar sua ira?

Þ     A ira requer propiciação; a propiciação aplaca a ira.

Precisamos buscar a essência destas palavras, ira e propiciação, para encontrar a doutrina pura de santa ira de Deus, do seu auto - sacrifício amoroso em Cristo e da própria iniciativa de desviar sua ira.

A ira requer propiciação; a propiciação aplaca a ira. Jesus foi designado por Deus como remédio para a culpa universal humana, a ira de Deus é causada pela sua intolerância ao pecado, sob quaisquer  formas ou manifestações. O pecador nada pode fazer, dizer ou oferecer para compensar seus pecados ou afastar a ira divina.

Þ     Deus (que é Amor), em sua misericórdia e graça, tomou a iniciativa para reconciliar o pecador com Ele.

Assim, sua ira ficou apaziguada, pelo fato do próprio Deus, na pessoa de Cristo, ter tomado nosso lugar e morrido por nós – Rm 3,25-26.

II.                  REDENÇÃO: ACONTECE NO MERCADO.

Þ     Que significa “redenção”?

Redimir significa comprar/comprar de volta, ou seja, fazer uma transação comercial feita no mercado; é a efetivação de um resgate. Cristo nos resgatou, pagando o preço de seu sangue, pela nossa liberdade – um alto preço "Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em redenção por muitos". (Mc 10,45).

Þ     Qual é esta situação da qual o homem necessita ser resgatado?

O cativeiro do qual fomos libertos é moral – formado por nossas transgressões e pecados - "Nesse Filho, pelo seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça" (Ef 1,7); "no qual temos a redenção, a remissão dos pecados". (Cl 1,14). Porém há mais por vir. Cristo de sua vida para “remir-nos de toda iniqüidade” (Tt 2,14). Esta libertação total ainda acontecerá: a redenção de nossos corpos, a redenção final.

Þ     Quem pertence ao resgatador?

Devemos atentar para o fato de que os resgatados (nós) pertencem  ao resgatador (Cristo). Isto deveria motivar-nos, como Cristãos, a uma vida de santidade – 1Cor 6,18-20; 7,23.

III.                A JUSTIFICAÇÃO – ACONTECE NO TRIBUNAL.

Þ     Que significa “justificação”?

Agora estamos no tribunal. Justificação é o oposto de condenação. É o juiz considerando o acusado inocente. Deus (o juiz), além de considerar o pecador inocente, concede-lhe uma posição justa perante. Ele - "Portanto, como pelo pecado de um só a condenação se estendeu a todos os homens, assim por um único ato de justiça recebem todos os homens a justificação que dá a vida". (Rm 5,18); "Quem os condenará? Cristo Jesus, que morreu, ou melhor, que ressuscitou, que está à mão direita de Deus, é quem intercede por nós!" (Rm 8,34). Lemos no Primeiro Testamento sobre o servo de Deus, justo e sofredor, que “justificará a muitos”, porque “levará suas iniqüidades” – Is 53.11.

Þ     Jesus, como nosso advogado, nos justifica diante do Pai – 1Jo 2,1-2.

Essa justificação recebemo-la pela fé em Cristo Jesus, como Paulo diz em - "sabemos, contudo, que ninguém se justifica pela prática da lei, mas somente pela fé em Jesus Cristo. Também nós cremos em Jesus Cristo, e tiramos assim a nossa justificação da fé em Cristo, e não pela prática da lei. Pois, pela prática da lei, nenhum homem será justificado". (Gl 2,16). Antes pecador, agora perdoado e aceito por Deus. Através  da justificação, Jesus nos tornou membros da sua família, filhos de Deus e descendentes espirituais de Abraão, pelo que devemos estar “ávidos em fazer o bem” (Tt 2,14; 3,8). E os que estão em Cristo Jesus, nada podem separá-los do amor de Deus (Rm 7,7-25; 8,1.3.33-34.39).

IV.                RECONCILIAÇÃO – ACONTECE NA FAMILIA.

Deixemos o recinto do templo, do mercado, e dos tribunais e entremos np recinto familiar. A quarta imagem da salvação que veremos agora é a mais familiar dos cristãos, provavelmente por ser a mais pessoal.


Þ     QUE SIGNIFICA “RECONCILIAÇÃO”? Significa restauração de um relacionamento, renovação de uma  amizade. O que pressupõe que esta tenha sido quebrada, rompida. O criador e o ser humano criado estavam separados, alienados um do outro, agora estão “reconciliados com Deus mediante a morte do seu filho” (Rm 5,9-11).

Þ     DEUS, COMO PAI, TRAZ OS FILHOS À COMUNHÃO. Deus, nesta instância, tem a figura de Pai (não de juiz), trazendo os filhos à comunhão do lar, à paz - "Justificados, pois, pela fé temos a paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo". (Rm 5,1). Aquele que foi justificado, isto é, isento de culpa, agora tem comunhão com o Pai, tem acesso a Ele, especialmente em oração (Ef 2,17.18; 3,12; 1Pe 3,18).

Þ     DEUS TAMBÉM FAZ RECONCILIAÇÃO ENTRE HOMENS. Porém, a reconciliação não é somente vertical (Deus-Homem); é também horizontal, porque Deus reconciliou uns com os outros nessa nova comunidade (Ef 2,11-12). Cristo aproximou, pelo seu precioso sangue, gentio e judeu (povo inicialmente eleito), formando uma humanidade nova, membros do corpo de Cristo e co-participantes da promessa messiânica - "A saber: que os gentios são co-herdeiros conosco (que somos judeus), são membros do mesmo corpo e participantes da promessa em Jesus Cristo pelo Evangelho". (Ef 3,6).

Þ     COMO SE REALIZOU A RECONCILIAÇÃO? Que papel coube a cada uma das partes envolvidas neste processo (Deus – Jesus – nós)? Vejamos o que Paulo nos diz em 2Cor 5,18-21:

·         Deus é o autor da reconciliação – ("Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo, por Cristo, e nos confiou o ministério desta reconciliação". (2Cor 5,18)): é Ele, de Quem todas as coisas provêm ("Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!" (2Cor 5,17)), que reconcilia, concede, faz Cristo pecado por nós. Jesus realizou a vontade do Pai ("Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade (Sl 39,7ss)". (Hb 10,7)). A iniciativa é de Deus Pai ("Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna". (Jo 3,16)).

·         Cristo é o agente da reconciliação – ("Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo, por Cristo, e nos confiou o ministério desta reconciliação". (2Cor 5,18)):  Deus, presente em Cristo e por meio de Cristo, nos reconciliou com Ele. Esta obra terminou na morte de Cristo: Ele recusou-se a imputar a Nós as nossas transgressões, através de Cristo, podem ser reconciliado com Deus Pai.

q       “Senhor Jesus, tu és a minha justiça, e eu o teu pecado” Lutero

·         Nós somos os embaixadores da reconciliação – (v 19): Da parte de Deus, a reconciliação já foi feita, mas o texto de Paulo nos chamou a  uma atitude – que nos reconciliemos com Deus - "deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta". (Mt 5,24), ou seja, que a recebemos - "Ainda mais: nós nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por quem desde agora têm recebido a reconciliação!" (Rm 5,11). Por isso, somos embaixadores de Cristo, seus enviados e representantes pessoais, que falamos em seu nome e em seu lugar. Aquele que operou por meio de Cristo, a fim de nos reconciliar, agora opera por nosso intermédio, a fim de anunciar a reconciliação.

CONCLUINDO

A propiciação ressalta a ira de Deus sobre nós, a redenção ressalta o nosso cativeiro, a justificação a nossa culpa, a reconciliação a nossa inimizade com Deus. Mas Deus tomou iniciativa salvadora. Ele propiciou a sua própria ira, Ele nos redimiu de nossa miserável escravidão. Ele nos considerou justos em sua presença e nos reconciliou com ele mesmo.

q       "Como, então, escaparemos nós se agora desprezarmos a mensagem da salvação, tão sublime, anunciada primeiramente pelo Senhor e depois confirmada pelos que a ouviram," (Hb 2,3).

PERSONAGEM BÍBLICO - EVA

Pouco se sabe a respeito de Eva, a primeira mulher do mundo e, portanto, a mãe da humanidade. Eva foi a peça final no maravilhoso e complexo quebra-cabeça da criação de Deus. Agora, Adão tinha outro ser humano com quem podia conviver – alguém que também fora feito á imagem de Deus. Ai estava alguém suficientemente parecido para fazer-lhe companhia e diferente o bastante para um relacionamento. Juntos eram mais excelentes do que cada um poderia ter sido sozinho. Satanás aproximou-se de Eva no jardim do Éden, onde ela e Adão viviam. Ele questionou a sua satisfação. Como poderia ela ser feliz se não lhe era permitido comer do fruto de uma das arvores? Satanás ajudou Eva a desviar seu foco de tudo àquilo que Deus fizera e lhe tinha proibido a fazer. E Eva estava disposta a aceitar o ponto de vista de Satanás sem consultar Deus.

Não lhe parece familiar? Quantas vezes nossa atenção é desviada do muito que temos para o pouco que não temos? Aparece aquele sentimento “eu tenho que ter isso”. Eva representa todos nós e sem duvida mostramos que somos ser seus descendentes repetimos os seus erros. Nossos desejos, assim como os de Eva, podem ser facilmente manipulados. Eles não são a melhor base para as ações. Precisamos manter Deus presente em nosso processo de decisão constantemente. Sua palavra, a Bíblia, é o nosso quando se trata de decisões.



SIGNIFICADO DO NOME

  • Origem – hebraico;
  • Significado – Progenitora da humanidade.


Pontos fortes e êxitos
  • Primeira mulher e mãe.
  • Primeira fêmea. Ao compartilhar um relacionamento especial com Deus, foi co-responsável com Adão pela criação, e demonstrou certas características de Deus.



Franquezas e erros
  • Permitiu que sua satisfação fosse minada por Satanás.
  • Ágil impulsivamente, sem consultar a Deus ou a seu marido.
  • Não apenas pecou, mas também partilhou seu pecado com Adão.
  • Quando confrontada, culpou a ouros.


Lições de vida
  • A mulher também foi feita a imagem de Deus.
  • Os ingredientes necessários para um casamento sólido são o compromisso mutuo o companheirismo, a unidade e a pureza (2,24-25).
  • A tendência humana básica para o pecado remonta ao inicio da raça humana.





Informações essenciais
  • Local – Jardim do Éden.
  • Ocupações: esposa, ajudadora, companheira,
  • Familiares –
    1. Marido – Adão
    2. Filhos – Caim, Abel, Set e outros filhos (antes e após a queda)
Versículo - chave

  • “O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada.” Gn 2,18;



A história de Eva pode ser encontrada em Gn 2,18 – 4,26. sua morte não é mencionada nas Escrituras.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A CRUZ DE CRISTO - 07 – A AUTO-SUBSTITUIÇÃO DE DEUS.

Como pôde Deus expressar simultaneamente sua santidade no juízo e seu amor no perdão? Somente providenciando um substituto divino para o pecador. De modo que o substituto recebesse o juízo, e o pecador o perdão – Rm 3,23-25.

Deus, sem a sua misericórdia, desejou perdoar os homens pecadores, sem açoitar o pecado. Para isto, dirigiu contra seu próprio ser, na pessoa de seu filho, o peso total da justiça ira qual eles mereciam

I.                    O CONCEITO BÍBLICO DE SUBSTITUIÇÃO – Rm 9,1-5.

Þ     A definição da palavra “substituição”.

A noção de substituição é que uma pessoa toma o lugar da outra, especialmente a fim de levar sua dor e livrá-la dela.

Þ     Dois exemplos de altruísmo na Bíblia.

·         Moisés – estava disposto a ter seu nome apagado do livro de Deus se tão somente esse gesto Israel fosse perdoado - "Rogo-vos que lhes perdoeis agora esse pecado! Senão, apagai-me do livro que escrevestes." (Ex 32,32).
·         Paulo – duas vezes expressou este principio:

-                Em Rm 9,1-5, onde desejaria ser separado de Cristo por amor dos israelitas;
-                Em Fm 18-19, onde prometia pagara Filemom as dividas de Onésimo.

Þ     Um exemplo secular.

Da mesma forma, em nosso século, não podemos deixar de nos comover com o heroísmo de Maximilian Kolbe,  um franciscano polonês, no campo de concentração nazista de Auschwitz. Quando vários prisioneiros foram selecionados para a execução, e um deles gritou que era casado e tinha filhos, “Kolbe deu um passo à frente e perguntou se podia toma o lugar do condenado. As autoridades aceitaram a sua oferta, e ele foi abandonado numa cela subterrânea para morrer de fome”.

Þ     O conceito bíblico.

"Aliás, conforme a lei, o sangue é utilizado, para quase todas as purificações, e sem efusão de sangue não há perdão". (Hb 9,22). Portanto não pode haver perdão sem o sangue. Somente o precioso sangue  de Cristo tinha valor suficiente - "o Cordeiro imaculado e sem defeito algum, aquele que foi predestinado antes da criação do mundo" (1Pd 1,19).

Quando Cristo morreu na cruz, ele, por amor, nos substituiu da única maneira que poderia satisfazer a Deus.

II.                  A RELAÇÃO ENTRE PÁSCOA E “LEVAR O PECADO” – Êx 12,3.12-14; Is 53,1-12.

Ambos são conceitos que nos ajudam a compreender melhor a auto-substituição de Deus.

Þ     A história da Páscoa – Êx, 11-13.

A páscoa foi uma mensagem absolutamente clara aos israelitas; e igualmente a nós que vemos o cumprimento da Páscoa no sacrifício de Cristo.

·         Deus passou como Juiz – “através do Egito” a fim de julgar os egípcios e como Redentor “passando por cima” das casas dos israelitas a fim de protege-los. É o mesmo Deus, que intermédio de Cristo, nos salva de si mesmo - "Naquela noite, passarei através do Egito, e ferirei os primogênitos no Egito, tanto os dos homens como os dos animais, e exercerei minha justiça contra todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor". (Ex 12,12).
·         A salvação foi por intermédio da substituição – Os únicos primogênitos poupados foram aqueles em cujas famílias um cordeiro tinha morrido em seu lugar - "Dizei a toda a assembléia de Israel: no décimo dia deste mês cada um de vós tome um cordeiro por família, um cordeiro por casa". (Ex 12,3).
·         O sangue do cordeiro – depois de derramado, devia ser aspergido. Devis haver uma apropriação individual da provisão divina - "O sangue sobre as casas em que habitais vos servirá de sinal (de proteção): vendo o sangue, passarei adiante, e não sereis atingidos pelo flagelo destruidor, quando eu ferir o Egito". (Ex 12,13).
·         Cada família salva era, pois, comprada por Deus – A vida toda deles agora pertencia a ele, e estava, também livres para ir ao Sinai celebrar - "Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o com uma festa em honra do Senhor: fareis isso de geração em geração, pois é uma instituição perpétua". (Ex 12,14).

Para que pudéssemos adorar a Deus, o mesmo se deu através de Jesus, o Cordeiro pascal - "No dia seguinte, João viu Jesus que vinha a ele e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". (Jo 1,29), que morreu em nosso lugar, derramando seu próprio sangue para nos fazer livres para adorar
.
Þ     A noção de “Levar o Pecado”.

No Segundo Testamento temos a respeito de Cristo que ele mesmo carregou - "Carregou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro para que, mortos aos nossos pecados, vivamos para a justiça. Por fim, por suas chagas fomos curados (Is 53,5)". (1Pd 2,24), e de igual forma que foi “oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos” (Hb 9,28). Mas o que significa “Levar o Pecado”?

“Levar o pecado”  não significa que  Deus se tornou simpatizante dos pecadores, mas sim que ele sofreu a penalidade deles. A expressão “levar o pecado” aparece com freqüência nos livros de Levítico e de Números e refere-se àquele que peca, quebrando as leis de Deus, que “levará a sal iniqüidade”, isto é, será tido como responsável ou sofrerá pelos seus pecados.

Þ     O cerimonial da expiação pode explicar melhor – Lv 16.

·         1.º Passo – O sumo sacerdote devia tomar  "dois bodes destinados ao sacrifício pelo pecado e um carneiro para o holocausto". (Lv 16,5).
·         2.º Passo – “E, pondo as mãos sobre a cabeça do bode vivo, confessarão sobre ele todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, sim, todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á para o deserto, pela mão de um homem designado para isso.” (Lv 16,21).
·         3.º Passo - "O bode levará, pois, sobre si, todas as iniqüidades deles para uma terra selvagem. Quando o bode tiver sido mandado para o deserto," (Lv 16,22).

O autor aos Hebreus não hesita em ver Jesus  tanto como “misericordioso e fiel sumo sacerdote” - "e por isso convinha que ele se tornasse em tudo semelhante aos seus irmãos, para ser um pontífice compassivo e fiel no serviço de Deus, capaz de expiar os pecados do povo". (Hb 2,17) – quanto como as duas vitimas, o bode sacrificado, cujo sangue era levado para o Santo dos Santos – Hb 9,7.12 – e o bode expiatório que tirava os pecados do povo - "assim Cristo se ofereceu uma só vez para tomar sobre si os pecados da multidão, e aparecerá uma segunda vez, não porém em razão do pecado, mas para trazer a salvação àqueles que o esperam". (Hb 9,28),

Muitas vezes vemos em Jesus a plenitude de Deus - "Porque aprouve a Deus fazer habitar nele toda a plenitude" (Cl 1,19). Sua morte ma cruz satisfez a todos e seu papel substituiu a todos também.
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   
III.                QUEM É O SUBSTITUTO – Rm 5,6; 1Tm 2,5.

Quem tomou o nosso lugar levou o nosso pecado, tornou-se maldição por nós, sofreu a nossa penalidade, morreu a nossa morte? É certo que "Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós". (Rm 5,8).

Essa seria a resposta simples, superficial. Mas quem dói esse Cristo? Como devemos pensar a respeito dele?

Þ     Foi ele apenas um homem? Se assim for, como poderia um ser humano substituir a outros seres humanos?
Þ     Foi ele apenas Deus, com a aparência de homem? Se assim for, como poderia ele representar a humanidade? Alem disso, como o poderia ter morrido?

Devemos pensar em Cristo não como apenas homem, nem como apenas Deus, mas antes, como único Deus-homem, que por causa de sua pessoa foi singularmente qualificado para fazer mediação entre Deus e o homem. Desta forma, fica-nos clara a mensagem do texto de - "Porque há um só Deus e há um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem" (1 Tm 2,5).

IV.                DEUS EM CRISTO – 2Cor 5,17-19.

O substituto que tomou o nosso lugar e morreu nossa morte na cruz, não foi Homem somente, nem Deus somente. Deus, em Cristo, foi verdadeiramente e completamente Deus e homem. Por causa disso, foi qualificado para representar tanto a Deus quanto ao homem e mediar entre eles.

A evidencia do Segundo Testamento acerca do que acabamos de dizer é clara. Ao examiná-la, parece lógico que inicie com o anuncio do nascimento do Messias. Os nomes que ele recebeu foram Jesus – salvador divino ou “Deus Salva” – e Emanuel – “Deus Conosco” – pois no seu nascimento o próprio Deus tinha vindo resgatar o seu povo, salvá-lo dos seus pecados – Mt 1,21-23.

Essa convicção de que o Pai e o Filho não podem ser separados, especialmente quando falamos sobre expiação, tem em Paulo grande confirmação. Por exemplo, “tudo provém de Deus” – referindo-se à obra da nova criatura (2Cor 5,17-18) – que “nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo” e “estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2Co 5,18-19). Portanto, Deus e Cristo estavam juntos e ativos na obra da reconciliação.

CONCLUINDO

A doutrina da substituição afirma não apenas o fato (Deus substitui-nos por Cristo), mas também a sua necessidade (não havia outro meio pelo qual o santo amor de Deus pudesse ser satisfeito e os seres humanos rebeldes pudessem ser salvos). Portanto, enquanto permanecermos perante a cruz, teremos uma visão clara tanto de Deus, quanto de nós mesmos.

PERSONAGENS BIBLICOS - ADÃO


ADÃO

Mal podemos imaginar qual deve ter sido a sensação de ser a primeira e única pessoa no mundo.  Uma coisa é para nós ser solitário; outra foi para Adão, que nunca havia conhecido outro ser humano. Ele não teve muito do que nos faz ser quem somos. Infância. Pais, família ou amigos. Foi preciso aprender quem era por si só. Felizmente, Deus não o deixou lutando sozinho por muito tempo até presenteá-lo com uma companheira ideal, Eva. Ambos formavam uma unidade, eram completos e inocentes, sem qualquer sinal de vergonha.

Uma das primeiras conversa de Adão com a sua companheira deve ter sido a respeito das regras do jardim, antes que deus fizesse Eva, já havia concedido a Adão completa liberdade no jardim, junto com a responsabilidade de zelar por este. Mas uma arvore lhe era proibida – a arvore do conhecimento do bem e do mal. Adão teria dito a Eva todas estas coisas. Ela sabia, quando satanás aproximou-se, que aquele fruto não deveria ser provado, mas decidiu come-lo e então não parou para considerar as conseqüências; Adão foi em frente e comeu o fruto.

Naquele momento de pequena rebelião, algo grande, belo e livre foi despedaçado... A criação perfeita de Deus. Adão foi separado de Deus pelo desejo de agir por si próprio. O efeito em uma janela de vidro é o mesmo se quebrada por um pequeno ou grande seixo – os muitos fragmentos jamais podem ser colados novamente.

Deus, entretanto, tinha um plano para vencer os efeitos da rebelião. A Bíblia inteira mostra como este plano se desenvolveu, culminando com a vinda do próprio Deus à terra, por meio de seu Filho Jesus. Sua vida sem pecado e sua morte possibilitaram o perdão de Deus a todos quantos o desejassem. Nossos pequenos e grandes atos de rebelião provam que somos descendentes de Adão. E somente pedindo perdão a Jesus Cristo podemos nos tornar filhos de Deus.





SIGNIFICADO


  • Origem – hebraico;
  • Significado – Homem da terra vermelha.



PONTOS FORTES E EXITOS
·         Primeiro zoológico – conferiu nome aos animais
·         Primeiro arquiteto de paisagismo, designado para cuidar do jardim.
·         Pai da raça humana
·         Primeira pessoa feita à imagem de Deus, e o primeiro homem a partilhar um relacionamento intimo e pessoal com Deus.




FRAQUESAS E ERROS


·         Fugiu as responsabilidades e culpou a outros;
·         Preferiu esconder-se a confrontar;
·         Inventou desculpas ao invés de admitir a verdade;
·         Maior falta – juntamente com Eva trouxe pecado ao mundo.






LIÇOES DE VIDA

·         Como descendentes de Adão, todos refletimos em algum grau a imagem de Deus;
·         Deus esta a procura de pessoas que, embora sejam livres para fazer o mal, escolhem amá-lo;
·         Não devemos culpar outros por nossas falhas;
·         Não podemos esconder de Deus.






INFORMAÇOES ESSENCIAIS

·         Local – Jardim do Éden;
·         Ocupações – zelador, jardineiro e fazendeiro;
·         Familiares – Eva (esposa), filhos após a queda (Caim. Abel, Set e números outros);
·         Único homem que nunca teve pai e mãe terrenos.





VERSICULOS - CHAVE


  • “Ao que respondeu o homem: A mulher que me deste por companheira deu-me a árvore, e eu comi.” Gn 3,12;
  • “Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados.” 1 Cor 15,22.


A historia de Adão pode ser encontrada em Gn 1,26 – 5.5. Ele também é mencionado em 1 Cr 1,1; Lc 3,38; Rm 5,14; 1Cor 15,22.45; 1Tm 2,13-14.