terça-feira, 5 de março de 2024

A mulher do vaso de alabastro: Significado espiritual e 5 lições

A mulher com a vaso de alabastro na Bíblia é tema de uma infinidade de canções gospel, sermões e filmes. É uma das histórias mais impactantes da Bíblia sobre adoração verdadeira.

Na verdade, é também um dos eventos mais encorajadores e inspiradores da Bíblia. Esta mulher que tanto sofreu na vida teve um encontro com Jesus. Que lições espirituais e práticas podemos aprender dessa mulher com o vaso de alabastro?

 

Onde a Bíblia fala do Vaso de Alabastro

Existem cerca de quatro relatos na Bíblia sobre a mulher com o vaso de alabastro.

Um deles está registrado em três dos quatro Evangelhos: Mateus 16, Marcos 14 e João 12.

O outro está registrado por um escritor da Bíblia que não testemunhou o evento, mas reconstruiu a história com base em entrevistas com testemunhas oculares. Este relato está em Lucas 7:36-50.

 

Quem era a mulher em Lucas 7:36-50

 Ainda há um debate acirrado sobre a identidade da mulher não identificada com o vaso de alabastro no relato de Lucas.

Alguns estudiosos acreditam que todas as quatro histórias são iguais, mas com detalhes diferentes.

Maria Madalena é a mulher com o vaso de alabastro?

Esta pergunta tende a ser a mais popular sobre a história. Todos nós queremos saber com certeza quem era essa mulher.

A verdade é que nunca saberemos com certeza até que a eternidade chegue. Este post não pretende ser um debate.

Estamos apenas buscando algumas lições para nosso crescimento espiritual. Nosso foco é Jesus. Mas você pode ler aqui sobre o assunto.

 

Qual é a história da mulher com o vaso de alabastro na Bíblia?

Na história, segundo Lucas, Jesus recebeu um convite para jantar na casa de um fariseu chamado Simão.

Enquanto Jesus se posiciona para comer, uma mulher conhecida, supostamente prostituta da região, caminha no meio da multidão. Ajoelhando-se aos pés dele, ela tirou um pequeno frasco de alabastro do pescoço e o quebrou.

O cheiro do perfume encheu o ar quando ela o derramou nos pés de Jesus. Enquanto ela servia, o óleo do perfume se misturava com as lágrimas que caíam de seus olhos.

Ela beijou ternamente os pés de Jesus repetidas vezes. Ela tirou a cobertura do cabelo e usou o cabelo para enxugar os pés de Jesus.

Todos ficaram horrorizados. Ao mesmo tempo, Simão travava uma batalha mental. Ele estava convencido de que Jesus não poderia saber quem realmente era essa mulher ou Ele não permitiria que ela o tocasse.

Desconhecido para Simão era que Jesus podia ler sua mente. Usando uma parábola, Jesus gentilmente disse a Simão que as ações dessa mulher eram mais aceitáveis ​​do que seu convite para jantar e a maneira como Ele (Jesus foi tratado).

Na verdade, tendo experimentado o arrependimento e o perdão, ela estava em uma posição melhor do que ele.

Depois disso, Jesus disse a ela que seus pecados foram perdoados, que sua fé a salvou e ela estava livre para ir em paz.

Antes de entrarmos na história, vamos fazer uma pausa e observar o significado do vaso de alabastro.


O que é um vaso de alabastro?

O alabastro é um mineral ou pedra macia, branca ou translúcida encontrada no Oriente Médio, mais especificamente no Egito. Por ser tão fácil de esculpir e polir, era usado para fazer potes.

Era fácil sentir o cheiro do perfume através dos frascos porque o material era bastante poroso. O frasco também ajudou a preservar o perfume. Com a forma de um vaso alongado com gargalo comprido, o vaso não tinha alças e a abertura era selada.

Os potes de alabastro eram extremamente caros. Você teria que trabalhar um ano inteiro para ter dinheiro suficiente para comprar um com perfume.

Todas as mulheres judias usavam um pequeno frasco de alabastro em volta do pescoço. Elas usavam o perfume para refrescar a respiração e o corpo se os odores se tornassem ruins. Elas colocariam o óleo em sua língua, pele e roupas.

Essas minúsculas garrafas continham cerca de meio litro de óleo. A jarra estava quebrada no gargalo, então uma vez que uma jarra era aberta, a coisa toda tinha que ser usada.

Além disso, o perfume não tinha preço. Eles foram feitos a partir do suco de várias plantas.

 

O custo do alabastro hoje

Como eu disse antes, esta história não é o único relato em que Jesus foi ungido por uma mulher com óleo de um vaso de alabastro.

Em outros relatos, uma das reclamações dos presentes era que o conteúdo do vaso de alabastro era muito caro para ser desperdiçado em Jesus dessa maneira.

Então, exatamente quanto valeria hoje o frasco de alabastro com perfume?

Naquela época, Maria teria pago cerca de 300 denários. O salário de um ano inteiro! Nos Brasil hoje, isso pode estar entre R$ 100.000 e R$ 200.000, dependendo de qual cálculo você usa.

 

5 Lições da história do vaso de alabastro na Bíblia

Agora que temos um pouco de conhecimento sobre alguns detalhes da história, o que podemos aprender com a história da mulher com o vaso de alabastro?

 

1. Jesus é especialista nas piores pessoas da sociedade

Quando somos apresentados a esta mulher, ela é chamada de pecadora. Essa era uma palavra bastante pesada para descrever alguém naquela época.

Este termo era de desdém usado para descrever pessoas que não eram seguidoras das leis farisaicas. Os fariseus tinham várias categorias de pecadores.

Ser prostituta qualificava-a para a categoria mais baixa. Aos olhos deles, ela estava raspando o fundo do barril.

Mas veja bem, esse é exatamente o tipo de pessoa com quem Jesus adora estar.

Aos olhos dos fariseus, Jesus era impuro porque esta mulher o tocou.

Eles não perceberam que ela era exatamente o tipo de pessoa que Ele veio libertar.

 O que me leva ao meu próximo ponto.

 

2. Ofereça o seu melhor

Aquela mulher não ofereceu qualquer coisa para Jesus, mas algo de muito valor para ela. Não apenas pelo seu valor financeiro, mas pelo o que aquilo significava para ela. Marcos diz que “…veio uma mulher, que trazia um vaso de alabastro, com unguento de nardo puro, de muito preço, e quebrando o vaso, lhe derramou…”

Que lição preciosa! A mulher ofereceu algo de valor e derramou tudo… Entregando o melhor e por completo!

 

3. Deus vê nossos corações como ninguém

Todos nesta festa ficaram paralisados ​​com esta cena estranha desta mulher chorando e beijando os pés de Jesus e usando seu cabelo como uma toalha.

As pessoas não tinham certeza do que fazer com isso. Mas Jesus entendeu. Isso é o que importa.

Quando Simão julgou Jesus por permitir que a mulher pecadora o tocasse, ele não percebeu que Jesus podia discernir seus pensamentos.

E é por isso que a parábola dos dois devedores foi dirigida diretamente a Simão e não a mais ninguém na sala.

Quando Jesus perguntou: “Você vê esta mulher?” essa pergunta significava mais do que aparenta. Jesus estava falando sobre mais do que apenas perceber fisicamente com os olhos. Ele estava falando sobre discernir o coração dela.

Jesus podia explicar suas ações porque sabia exatamente o que se passava em seu coração.

Deus não te vê apenas por fora, mas Ele vê no mais profundo de seu coração. Ele conhece seu pensamentos, suas dores, seus sonhos e sues desejos. Toda Sua vida, passado, presente e futuro estão diante Dele.

Ele não apenas vê seus erros, mas também vê seu coração ferido que precisa de cura.

 

4. Não permita que ninguém impeça sua adoração

Foi preciso muita coragem para essa mulher ir àquele jantar na casa de um fariseu. Todos ali sabiam quem ela era e o que ela fazia. Todo mundo sabia sobre sua vida vergonhosa e suja. Mas ela não se importava. Seu sonho era maior que tudo.

Pela primeira vez em sua vida, um homem olhou para ela com pureza sem segundas intenções. Pela primeira vez um homem não queria nada dela. Na verdade, pela primeira vez, um homem queria lhe dar algo e esse algo era mais do que o dinheiro poderia comprar.

Essa mulher foi dominada pelo amor por Jesus por causa de quanto perdão ela havia recebido. As pessoas não conseguiam entender sua adoração. Eles só sabiam o que viam, mas não conheciam realmente a história dela. Mas ela não estava disposta a deixar que isso a impedisse de adorar de todo o coração.

O coração desta mulher foi derramado aos pés de Jesus em uma verdadeira e pura adoração.

Quando a Bíblia diz que ela molhou os pés dele com suas lágrimas, a palavra molhado se traduz em chuva. Ela estava chorando tanto que era como se a chuva estivesse caindo de seus olhos.

Sua adoração era tão profunda que ela não olhou para mais ninguém na sala. Só Jesus importava para ela.

Pode ser difícil voltar àquela igreja onde todos conhecem sua história, mas não deixe que isso o impeça de oferecer sua adoração. Vá e adore como você nunca adorou antes. Veja apenas Jesus.

 

5. Deus não se importa com o que as pessoas pensam de você

Ter o cabelo descoberto e solto era imodesto e quase ilegal. Mulheres casadas que não usavam cabelos presos e cobertos em público corriam o risco de serem divorciadas de seus maridos se fizessem isso.

A regra era que apenas o marido deveria ver uma mulher com o cabelo solto e descoberto. Uma mulher casada seria acusada de vergonha e perderia o comportamento.

Então, imagine o que a multidão pensou sobre ela quando ela usou o cabelo descoberto para enxugar os pés de outro homem! Acrescente isso ao fato de que todos sabiam que ela era uma prostituta e o lugar que ela ocupava na sociedade.

Dificilmente havia naquela sala pessoas com bons pensamentos. Mas nada disso a preocupava. E Jesus definitivamente não se perturbou com isso.

Observe como Jesus a defendeu contra a perspectiva piedosa de Simão. Jesus ficou muito feliz com a atitude dela que a justificou diante de todos.


Significado espiritual do vaso de alabastro

O vaso de alabastro e seu conteúdo eram extremamente caros. Mas isso era tudo que essa mulher tinha. Isso era tudo o que ela tinha para oferecer a Jesus.

Seu coração estava tão cheio de gratidão que nada mais poderia fazer para expressar como ela se sentia.

Você já ficou tão grato por estar fora de si de tanta emoção?

Este vaso de alabastro foi sua adoração. Este vaso e seu conteúdo representavam seu amor profundo e eterno por Jesus. 

 

Qual é o seu vaso de alabastro?

As histórias da Bíblia não são boas se nunca as aplicarmos em nossas vidas. Esta personagem bíblica sem nome mostrou seu amor, louvor e gratidão a Jesus derramando o conteúdo deste vaso de alabastro sobre os pés dele.

Como você demonstrará seu amor e gratidão a Jesus? Você sente a bênção de seu perdão e restauração em sua vida?

Se sim, então não economize em sua adoração e gratidão a Deus, mas ofereça o seu “vaso de alabastro”. Seja qual for o seu vaso de alabastro, que seja do seu coração.

Na sua vida de fé, lembre-se de que nada pode separá-lo do amor de Deus

segunda-feira, 4 de março de 2024

MARIA - A MAE DE JESUS.

 INTRODUÇÃO

No princípio, antes de existir qualquer outra coisa, a Palavra (Jesus) já existia. A Palavra (Jesus) estava com Deus. A Palavra (Jesus) era Deus. Aquele que era a Palavra (Jesus) estava no princípio com Deus. Por meio dele tudo o que existe foi criado. Não existe nada que não tenha sido feito por ele (Jesus). Nele (Jesus) estava a vida e essa vida era luz para os homens. A Luz brilha na escuridão e a escuridão não pôde apagá-la. - João 1.1-5

A Palavra (Jesus) se tornou um ser humano e viveu entre nós. A Palavra (Jesus) estava cheia de graça e verdade. Nós vimos a sua glória, glória que pertence somente ao único Filho do Pai. - João 1.14

Então Deus disse: “Façamos (Pai, O Filho e o Espirito Santo de Deus) os seres humanos à nossa imagem, como nós somos”.- Gênesis 1.26a

 

Quem foi Maria?

Maria foi uma mulher judia escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus. Ela era virgem quando ficou grávida pela ação do Espírito Santo. Junto com seu marido José, Maria provavelmente teve um papel importante na educação de Jesus durante sua infância e, mais tarde, se tornou sua seguidora. Ela estava com os outros discípulos de Jesus quando o Espírito Santo desceu no dia de Pentecoste.

A Bíblia não fala muito sobre a vida de Maria, mas diz que ela foi muito abençoada, porque foi escolhida para ser a mãe do Salvador do mundo. Em Maria temos um grande exemplo de como o Deus perfeito e imortal pode habitar dentro de um ser humano pecador, transformando sua vida. Podemos aprender muito com a vida de Maria.

 

Maria descobre que vai ficar grávida

Maria era uma jovem que morava na cidade de Nazaré, na região da Galileia. Ela estava noiva de um homem chamado José, mas ainda não tinham casado quando um anjo falou com ela. O anjo se chamava Gabriel e contou a Maria que ela era muito abençoada, porque Deus a tinha escolhido para dar à luz o Salvador do mundo (Lucas 1:30-33). Esse era o rei prometido por Deus, que os judeus esperavam há vários séculos.

Maria ficou um pouco confusa sobre como poderia ter um filho se ainda era virgem. Então o anjo Gabriel explicou que a criança seria gerada pelo Espírito Santo, não por meios naturais, porque a criança seria verdadeiramente o Filho de Deus. Como prova que aquilo que dizia era verdade, o anjo contou a Maria que sua prima Isabel, que era estéril e idosa, também iria ter um filho em breve (Lucas 1:35-37).

Maria creu na mensagem vinda de Deus e concordou em se tornar a mãe de Jesus (Lucas 1:38). Como o anjo tinha predito, ela ficou grávida ainda virgem, cumprindo assim a profecia do Antigo Testamento: “a virgem ficará grávida” (Isaías 7:14).

 

Maria visita Isabel

Quando ouviu que sua prima estava grávida, Maria foi visitar Isabel. O anjo Gabriel tinha profetizado que o filho de Isabel, João Batista, iria preparar o caminho para a vinda do Salvador. Quando Maria, já grávida, chegou na casa de Isabel, o bebê dentro de Isabel saltou de alegria! Assim, Isabel soube logo que Maria estava grávida do Salvador (Lucas 1:42-44).

Diante desse acontecimento, Maria compôs uma canção glorificando a Deus. Ela reconheceu Deus como seu Salvador e profetizou que ela seria para sempre reconhecida como uma mulher muito abençoada (Lucas 1:46-49). Maria não se tornou arrogante, mas deu todo o louvor a Deus.

 

O nascimento de Jesus

Chegou uma hora em que José, o noivo de Maria, descobriu que ela estava grávida. Ele achou que ela tinha sido infiel, mas um anjo lhe explicou a situação e lhe deu o nome do menino: Jesus. Por isso, José casou com Maria, mas eles não tiveram relações até ela dar à luz (Mateus 1:24-25).

Na época em que Maria deveria ter o filho, o casal foi para Belém, por causa de um recenseamento. A cidade estava muito cheia, então quando o menino nasceu, tiveram de o colocar dentro de uma manjedoura, por não terem outro lugar para ele (Lucas 2:6-7). Maria foi a mãe do Salvador do mundo, mas não teve nenhum tratamento especial na hora do parto!

Quando o menino nasceu, pastores de ovelhas visitaram a família, porque tinham sido avisados sobre o nascimento de Jesus por anjos. Depois disso, Maria e José dedicaram seu filho a Deus no templo, como era costume entre os judeus. Lá, eles receberam profecias sobre como o menino iria mudar o mundo. Maria guardou todos esses acontecimentos em sua memória e refletiu sobre eles (Lucas 2:19).

Depois de uma visita de magos do Oriente, Maria e José tiveram de fugir com seu filho para o Egito, porque o rei Herodes queria matar o menino. Eles ficaram algum tempo no Egito, depois voltaram e moraram em Nazaré, onde Jesus cresceu.

 

Maria perde seu filho em Jerusalém

Todos os anos, Maria e José iam para Jerusalém com outros parentes para celebrarem a Páscoa. Quando Jesus fez 12 anos, ele também foi com eles. Quando a festa terminou, os pais começaram a viagem para casa, mas não repararam que Jesus não estava com eles! Certamente, o menino estaria com algum de seus primos. Mas, ao fim de um dia de caminhada, não encontraram seu filho.

Maria e José voltaram para Jerusalém e procuraram Jesus por três dias. Por fim encontraram seu filho no templo, conversando com os professores que explicavam as Escrituras (Lucas 2:46-47). Maria ralhou Jesus. Ela e José tinham ficado muito aflitos e preocupados com ele! Jesus explicou que o templo era a casa de seu Pai, mas Maria e José não entenderam do que ele estava falando (Lucas 2:48-50).

No fim, tudo acabou bem e Jesus não deu mais trabalho a seus pais. Mas esse acontecimento também ficou gravado na memória de Maria.

 

Maria e o ministério de Jesus

Quando Jesus começou seu ministério, ele foi para um casamento na cidade de Caná e Maria também foi. A certa altura, Maria contou a Jesus que o vinho tinha acabado, uma situação muito embaraçosa para os noivos (João 2:1-3). Jesus não tinha realizado nenhum milagre e explicou à sua mãe que sua hora ainda não tinha chegado. Parece que Maria esperava que ele assumisse seu lugar como Rei de Israel, mas Jesus sabia que ainda era cedo para isso.

Depois Maria disse aos empregados que eles deveriam fazer o que Jesus lhes ordenasse (João 2:4-5). Jesus mandou encher vários potes grandes com água e a água se transformou em vinho da melhor qualidade! Esse foi seu primeiro milagre.

Mais tarde durante seu ministério, os parentes de Jesus acharam que ele não estava bem da cabeça e tentaram impedi-lo de continuar a pregar. Em uma ocasião, Maria veio com seus outros filhos para visitar Jesus onde ele estava pregando. Porém, havia uma multidão no seu caminho. Por isso, enviaram uma mensagem a Jesus, pedindo para ele parar de pregar um pouco para conversar com eles (Marcos 3:31-32). Jesus usou a ocasião para explicar que sua verdadeira família são todos aqueles que fazem a vontade de Deus (Marcos 3:33-35).

Jesus não rejeitou sua mãe, mas também não permitiu que ela atrapalhasse seu ministério. Apesar de amar sua mãe, ele tinha de cumprir a vontade de Deus acima de tudo. Seus discípulos também eram sua família.

 

A crucificação

Maria foi testemunha da crucificação de Jesus. Ela ficou ao pé da cruz enquanto ele sofria, junto com o apóstolo João. Ao vê-los, Jesus encomendou sua mãe aos cuidados de João. A partir desse dia, João passou a receber Maria como parte de sua família (João 19:25-27).

Como filho mais velho, Jesus teria a responsabilidade de cuidar de sua mãe na sua velhice. Mesmo quando estava cumprindo seu propósito de salvar a humanidade, Jesus não se esqueceu de garantir que sua mãe estava bem cuidada. Com esse ato, ele mostrou que cada pessoa individualmente é importante para Deus. Ele se preocupa com todos os detalhes de nossas vidas.

 

O dia de Pentecostes

Depois que Jesus morreu e ressuscitou, Maria e os irmãos de Jesus se juntaram aos outros discípulos em oração, aguardando a vinda do Espírito Santo (Atos dos Apóstolos 1:14). A família de sangue e a família espiritual estavam finalmente unidas, pela sua fé em Jesus.

No dia de Pentecostes, estavam todos reunidos em um só lugar orando, quando o Espírito Santo desceu sobre eles como línguas de fogo. Eles começaram a falar em outras línguas e a pregar sobre Jesus para outras pessoas e, nesse dia, três mil pessoas se converteram!

 

Por que Deus escolheu Maria para ser mãe de Jesus?

Maria foi escolhida por causa da graça de Deus. Os textos onde Maria é apresentada e que também falam do nascimento de Jesus Cristo não dizem o motivo da escolha.

Não sabemos muito sobre Maria, mas o pouco que diz a Bíblia é que era uma virgem, de Belém, da linhagem de Davi, noiva de José, tinha por parente Isabel (a esposa do sacerdote Zacarias e mãe de João Batista), teve outros filhos depois do nascimento de Jesus e seguiu-o em seu ministério.

 

O que diz o Antigo Testamento acerca de Maria?

O Antigo Testamento traz uma referência a quem viria a ser a mãe de Jesus. O Messias viria da linhagem de Davi, nasceria de uma virgem (Isaías 7:14), que seria de Belém (Miquéias 5:2). Com certeza havia muitas jovens virgens de boa reputação naquela época, que viviam em Belém. Mas Deus, escolheu-a, e Maria foi agraciada, ou seja, recebeu o privilégio de dar à luz ao salvador do mundo.

 

Qual foi a atitude de Maria?

Maria tinha um coração humilde. Quando ela foi visitada pelo anjo, ficou perturbada com a saudação dele (Lucas 1:29), mas aceitou o seu papel. Ela louvou a Deus com um cântico, considerou-se uma serva, literalmente escrava (Lucas 1:48). Ela demonstrou uma atitude de submissão.

 

Maria é a mãe de Deus?

Não, a Bíblia não ensina que Maria é a mãe de Deus, nem mesmo dá a entender que os cristãos devem adorá-la. A Veja por quê:

·         Maria nunca disse que era a mãe de Deus. A Bíblia explica que ela deu à luz o “Filho de Deus”, e não ao próprio Deus. — Marcos 1:1; Lucas 1:32.

·         Jesus Cristo nunca disse que Maria era a mãe de Deus ou que ela merecia ser adorada. Na verdade, Jesus corrigiu uma mulher que destacou o privilégio de Maria como mãe do Cristo. Ele disse: “Não, em vez disso, felizes os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática!”— Lucas 11:27, 28.

·         Os títulos “Mãe de Deus” e “Theotokos” (genitora de Deus) não estão na Bíblia.

·         Na Bíblia, a expressão “Rainha do Céu” não se refere a Maria, mas a uma deusa falsa que israelitas apóstatas adoravam. (Jeremias 44:15-19) A “Rainha do Céu” pode ter sido Istar (Astarte), uma deusa babilônica.

·         Os primeiros cristãos não adoravam Maria e não a tratavam de forma especial. Um historiador relata que aqueles cristãos “rejeitavam cultos e provavelmente tinham medo de que dar atenção indevida a Maria pudesse fazer outros pensar que eles estavam adorando a ela”. — Em Busca de Maria, a Judia. B

·         A Bíblia diz que Deus sempre existiu. (Salmo 90:1, 2; Isaías 40:28) Então, como ele não teve começo, não pode ter uma mãe. Além do mais, Maria não poderia ter carregado Deus em seu útero, pois a Bíblia diz que nem mesmo os céus podem contê-lo. — 1 Reis 8:27.

 

Maria — A mãe de Jesus e não a “Mãe de Deus”

Maria era judia de nascença, descendente direta do rei Davi. (Lucas 3:23-31) Por causa da fé e devoção de Maria, Deus tinha muita consideração por ela. (Lucas 1:28) Deus a escolheu para ser mãe de Jesus. (Lucas 1:31, 35) Ela e José, seu marido, tiveram outros filhos. — Marcos 6:3.

 A Bíblia diz que Maria era discípula de Jesus, mas não dá muitas outras informações sobre ela. — Atos 1:14.

 

Por que ela não deve ser adorada?

Porque ela era uma mulher como qualquer outra. Só devemos adorar a Deus, não a homens (Êxodo 20:2-5). A Bíblia diz que Maria foi agraciada, ou seja, achou graça aos olhos do Senhor. A palavra graça, na língua original (grega), quer dizer favor imerecido, ou seja, ela recebeu o privilégio, pela graça de Deus e sem merecer, de ser a mãe de Jesus, colocando-a assim ao mesmo nível de qualquer outra mulher.

No primeiro milagre de Jesus, ela reconheceu quem ela era e quem era Jesus, submetendo-se à vontade dele, mandando os discípulos ter com ele e fazer o que lhes ordenasse, pois ela nada poderia fazer (João 2:1-5). Maria foi muito privilegiada por ter sido escolhida para ser a mãe de Jesus, o Messias tão aguardado pela humanidade. Mas ela não foi a mãe de Deus, porque ela não O gerou, foi o Espírito Santo que gerou Cristo dentro do corpo dela.

 

Maria teve outros filhos além de Jesus? Quem eram os irmãos de Jesus?

Sim, Maria muito provavelmente teve outros filhos além de Jesus. A evidência bíblica sugere fortemente que Maria teve outros filhos. A Bíblia diz que Jesus tinha quatro irmãos (Tiago, José, Judas e Simão) e pelo menos duas irmãs (Marcos 6:3). Maria era virgem quando Jesus nasceu, mas nada na Bíblia indica que ela se manteve virgem depois disso.

 

Irmãos ou primos?

A Bíblia diz que Jesus tinha irmãos, não primos. Na língua hebraica não se fazia distinção entre irmão e primo mas o Novo Testamento foi escrito em grego, que tem uma palavra para “irmão” e outra distinta para designar “primo”. Os escritores do Novo Testamento, nas referências acerca de Jesus, usaram a palavra “irmão” (adelfos).

Alguns argumentam que o Novo Testamento foi escrito por judeus e para judeus e por isso usaram a palavra grega para “irmão” no sentido hebraico de parente. Mas Lucas era gentio e estava escrevendo para gentios e ele usou a palavra irmão (Lucas 8:19-20). Lucas foi muito cuidadoso na sua escrita e teria usado a palavra “primo” (anepsios) se não fossem realmente os irmãos de Jesus.

 

Filhos de Maria?

A Bíblia não diz que os irmãos de Jesus eram filhos de Maria. Mas também não diz que eram filhos somente de José. Por outro lado, os irmãos de Jesus são mencionados quase sempre com a mãe de Jesus (Mateus 12:46). Claramente eram muito ligados à Maria. E, embora possa ter outros significados, a palavra “adelfos” significa literalmente “saídos do mesmo útero”. Não está explícito que eram filhos de Maria, mas está implícito.

Um argumento um pouco confuso sugere que os irmãos de Jesus eram na verdade seus discípulos. Jesus tinha discípulos com o mesmo nome que seus irmãos mas, tal como acontece hoje, esses nomes eram muito comuns. Muitos naquela época se chamavam Tiago, José, Judas, Simão e até Jesus! Só entre os Doze Apóstolos havia dois homens chamados Simão, dois Tiago e dois chamados Judas. E os irmãos de Jesus não eram seus discípulos no início; eles pensavam que ele estava louco (Marcos 3:21; João 7:3-5).

 

Maria, sempre virgem?

Nada na Bíblia sugere que Maria ficou sempre virgem nem que precisava manter-se virgem depois do nascimento de Jesus. Isso vem de duas ideias erradas:

·         Sexo é pecado

·         Maria nunca pecou

Na verdade a Bíblia ensina que todos pecaram (Romanos 3:23). Maria não é contada como exceção. Só Jesus nunca pecou. Tal como Jesus esteve dentro de Maria, pecadora como nós, Ele habita também dentro de cada pecador que se arrepende.

O sexo (dentro do casamento) não é pecado. O primeiro mandamento que Deus deu à humanidade foi para se multiplicar (Gênesis 1:28). Jesus nasceu de uma virgem para confirmar Sua natureza divina. Nada indica que depois disso Maria e José não tiveram um casamento normal e aprovado por Deus, produzindo filhos.

 

Como surgiu a adoração a Maria?

A adoração (ou veneração) a Maria provavelmente surgiu alguns séculos depois de Cristo mas só se tornou popular na Idade Média. Muitas das doutrinas católicas sobre Maria só se tornaram oficiais nos últimos 200 anos. A adoração a Maria não é ensinada na Bíblia e é o resultado de uma má interpretação.

A adoração a Maria provavelmente começou quando alguns cristãos começaram a misturar o Evangelho com outras religiões e filosofias pagãs. Várias religiões do império romano e de países à volta tinham deusas importantes que eram adoradas por muitas pessoas. Maria provavelmente foi usada como substituta dessas deusas. Por exemplo, um dos títulos dados a Maria, “Rainha do Céu”, é o mesmo dado a uma deusa pagã mencionada por Jeremias (Jeremias 7:18).

Alguns escritores antigos compararam Maria com uma “segunda Eva”, porque quando decidiu aceitar o desafio de ser a mãe de Jesus ela trouxe ao mundo o “segundo Adão”. Mais tarde essa idéia foi exagerada e distorcida para colocar Maria quase ao mesmo nível de Deus.

Só cerca de 1000 anos depois de Cristo a adoração ou veneração a Maria ganhou muita popularidade. Crenças sobre Maria eram debatidas e só se tornaram parte oficial da religião muito mais tarde:

·         1854 – Imaculada Conceição – a teoria que Maria nasceu sem pecado e nunca pecou

·         1950 – Assunção – Maria supostamente morreu, depois ressuscitou e foi levada para o Céu

 

Devemos adorar Maria?

Não. Não devemos adorar Maria. A Bíblia diz claramente que só devemos adorar a Deus (Lucas 4:8). Adorar a qualquer outra coisa é idolatria. Maria foi uma senhora muito abençoada, que merece respeito, mas ela era uma pessoa normal com pecado, que também precisava da salvação.

A Bíblia diz que todos pecaram (Romanos 3:22-23). Jesus foi a única pessoa que nunca pecou e o único que podia tirar o pecado do mundo. Por isso, Jesus é o único mediador entre nós e Deus. Não há mais ninguém entre nós e Deus (1 Timóteo 2:5-6). Maria não intercede por nós, só Jesus intercede.

A Bíblia não diz em lado algum que devemos adorar Maria ou orar para ela. Jesus cuidou de sua mãe mas nunca a exaltou na terra. A própria Maria nunca quis ser o centro das atenções mas indicou quem merece: Jesus (João 2:5).

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

05 lições que podemos aprender no deserto (esboço de pregação)

 

deserto

 

Várias pessoas na Bíblia passaram tempo no deserto, onde enfrentaram desafios e aprenderam lições importantes de Deus. Algumas épocas da vida são como um deserto: um lugar seco e quente, sem muita vida, difícil de suportar. Enfrentamos dificuldades e temos pouco alívio. No entanto, nesses tempos de passagem pelo “deserto”, podemos aprender lições valiosas, que vão transformar nossa vida:

 

1. Depender de Deus

 

No deserto não há comia nem água, sombra nem abrigo. O deserto é… deserto. Mas foi no deserto que o povo de Israel descobriu que seu sustento vem de Deus. Ele providenciou o maná e a água onde não havia nada (Deuteronômio 8:2-4). Ninguém passou fome. Deus cuidou de seu povo.

 

A verdade é que toda nossa vida depende de Deus. Mas, quando estamos em circunstância normais, muitas vezes nos esquecemos disso. Pomos nossa confiança em outras coisas, como o dinheiro, a família, a inteligência, a carreira, a felicidade … No deserto, as coisas em que confiamos falham. Temos de depender de Deus. Então vemos como Deus é poderoso e descobrimos que Ele está no controle. E, quanto mais dependemos de Deus, mais fortes ficamos.

 

2. Descobrir o que é essencial

 

João Batista vivia e pregava no deserto. Sua vida era muito simples, sem comodidades como roupas bonitas ou comida variada, mas ele não precisava dessas coisas (Mateus 3:3-5). Sua missão era mais importante. João Batista sabia o que era essencial: ter comunhão com Deus.

 

Quando passamos por uma fase que parece um deserto, podemos perder muitas comodidades da vida. As coisas que nos davam conforto e prazer falham e temos de aprender a viver com menos. Mas é então que descobrimos que muitas das coisas que achamos essenciais são desnecessárias. Vivendo com muito ou com pouco, o que é realmente essencial é seguir Jesus. Somente Deus dá sentido para nossa vida e nos sustenta, mesmo nas horas mais difíceis. Quando centramos toda nossa vida em Jesus, encontramos paz e contentamento em todas as circunstâncias.

 

3. Vencer a tentação

 

Antes de começar seu ministério, Jesus foi levado pelo Espírito para o deserto, onde foi tentado pelo diabo. Ele enfrentou todo tipo de tentação mas não pecou, usando a palavra de Deus para vencer o diabo (Lucas 4:1-4). Depois que venceu a tentação no deserto, Jesus teve um ministério cheio de poder.

 

No deserto, somos confrontados com a realidade do pecado. Temos uma escolha: sucumbir ao pecado ou dedicar a vida a Jesus. Não há lugar para esconder, temos de admitir nossas fraquezas a Deus e encontrar força nele para superar a tentação. Quando encontramos essa força em Deus, saímos do deserto muito mais preparados para tudo que nossa vida tem pela frente.

 

4. Resolver nossos problemas

 

Quando Elias foi para o deserto, ele não estava bem. Ele tinha realizado milagres incríveis diante de todo o povo de Israel mas, em vez de ver um grande avivamento, Elias foi ameaçado de morte! No deserto, ele pediu para morrer mas Deus o levou a um monte, falou com ele e restaurou Elias (1 Reis 19:9-11). Quando saiu do deserto, Elias tinha uma nova visão e estava pronto para continuar sua missão como profeta.

 

Por vezes circunstâncias difíceis nos empurram para um deserto emocional e espiritual. Nos sentimos acabados, sem mais força para nada e só queremos fugir da situação. Mas Deus nos leva para o deserto para nos restaurar. O sofrimento do deserto é o lugar onde podemos nos encontrar a sós com Deus e ouvir melhor Sua voz nos consolando. Ele nos ajuda a confrontar nossos problemas e a consertar o que está errado em nossa vida. Se deixamos Deus agir no nosso tempo no deserto, saímos restaurados, mais fortes e prontos para novos desafios.

 

5. Ter esperança

 

Nos 40 anos que o povo de Israel vagou no deserto, houve um homem que não perdeu sua esperança em Deus: Josué. Ele se manteve fiel a Deus durante todo o tempo no deserto e não desistiu (Números 14:6-9). Não foi fácil, mas ele nunca se esqueceu de quanto Deus já tinha feito por ele e, por fim, ele liderou o povo na conquista da terra prometida.

 

A verdadeira esperança não morre no deserto. Quando vem a dificuldade, aprendemos a confiar em Deus, lembrando de todas as coisas que Ele já fez no passado. Se Deus sempre foi fiel, Ele vai continuar nos ajudando, mesmo no deserto. Na hora mais difícil, quando não vemos a saída, descobrimos se realmente cremos em Deus. Ele vai nos ajudar a sair do deserto, rumo à vitória. E, quando tivermos saído do deserto, nossa esperança em Deus será muito mais firme.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Quem Escreveu o Livro de Hebreus?

Quem escreveu o livro de Hebreus é uma pergunta feita desde muito cedo na história da Igreja Cristã. Já no século 2 d.C. a autoria da carta era debatida entre os cristãos. Durante muito tempo foi sugerido que Paulo escreveu o livro de Hebreus, mas isto está longe de ser unanimidade.

 

A seguir, nós conheceremos o que se sabe sobre o autor de Hebreus. Também analisaremos as melhores sugestões sobre quem escreveu essa importante epístola do Novo Testamento.

 

Possíveis autores do livro de Hebreus 


Por conta do mistério sobre quem escreveu Hebreus, muitos nomes foram especulados ao longo do tempo. Nenhuma das possibilidades podem ser entendidas definitivamente como certas. As principais sugestões são as seguintes:

 

Apolo como escritor do livro de Hebreus

 

Essa é uma das principais sugestões sobre a autoria do livro de Hebreus, e foi defendida por Martinho Lutero. Apolo era um judeu alexandrino que possuía grande conhecimento nas Escrituras, de forma que ele ensinava sobre o Senhor com grande eloquência (Atos 18:24-26).

 

Lutero se baseou principalmente no capítulo 18 de Atos para defender sua sugestão. Ele argumentou que Alexandria era um grande centro educacional onde Apolo teria conseguido toda sua habilidade no idioma grego. Lá ele também deve ter tido contato com a Septuaginta, a versão grega do Antigo Testamento, que inclusive foi publicada primeiro nessa cidade.

 

O livro de Atos nos informa que Apolo inicialmente conhecia apenas o batismo de João. Mais tarde, ele foi instruído adequadamente acerca do que não sabia por Priscila e Áquila. 


De fato essa hipótese é muito boa, mas sua grande fraqueza é o fato de que ninguém durante os primeiros séculos do cristianismo a defendeu de forma convincente. Clemente de Alexandria (200 d.C.), por exemplo, certamente seria o mais indicado para apontar Apolo como escritor do livro de Hebreus, mas ao invés disso ele sugeriu Paulo.

 

Barnabé como autor de Hebreus

 

Barnabé é outro candidato sugerido para ter escrito o livro de Hebreus. Essa sugestão foi feita por Tertuliano em 225 d.C. Ele se baseou nos relatos do livro de Atos dos Apóstolos sobre Barnabé, sobretudo em suas credenciais em Atos 4:36,37.

 

Devido a sua origem e o que é escrito sobre ele no Novo Testamento, obviamente ele era qualificado para ter escrito o livro de Hebreus. A fraqueza dessa sugestão é de que ela não encontra nenhum apoio na história do cânon do Novo Testamento.

 

Priscila como autora de Hebreus

 

Priscila também tem sido sugerida por estudiosos mais modernos como a possível escritora do livro de Hebreus. Ela era esposa de Áquila e membro notável da Igreja Primitiva. Como já foi dito, esse casal foi o responsável por instruir Apolo acerca da fé.

 

O problema dessa sugestão é que o escritor de Hebreus, no original grego, usa um particípio com terminação masculina quando se refere a si mesmo em Hebreus 11:32. Isso significa que para defender a autoria de Priscila, seria necessário contornar uma questão textual que torna essa hipótese impossível.

 

Paulo escreveu o livro de Hebreus?

 

Durante muito tempo o apóstolo Paulo foi considerado o autor do livro de Hebreus. Clemente de Alexandria e Orígenes nos séculos 2 e 3 d.C. já afirmavam que Paulo escreveu essa carta.

 

Essa sugestão foi tão aceita que em 1611 quando a versao inglessa King James  foi publicada, ela trouxe o seguinte título para a Epístola aos Hebreus: “A Epístola de Paulo o Apóstolo aos Hebreus”.

 

Apesar de tudo isso, alguns pontos importantes fazem com que a autoria de Paulo seja bem pouco provável. O principal problema ocorre por conta das claras diferenças entre o livro de Hebreus e as epístolas paulinas.

 

Considerando principalmente o texto grego original da carta, pode-se dizer que nada em Hebreus lembra o estilo de escrita do apóstolo. Paulo utiliza expressões muito características em suas epístolas que não se repetem em Hebreus. Outro ponto bastante importante é que em suas cartas o apóstolo Paulo faz referências cruzadas quando se trata das doutrinas mais importantes. Porém, isso também não ocorre em Hebreus.

 

A principal fraqueza da autoria de Paulo pode ser notada em Hebreus 2:3. O escritor da epístola claramente não se coloca entre aqueles que ouviram pessoalmente do Senhor Jesus a salvação que estava sendo anunciada. Ele diz estar entre aqueles que escutaram dos que a receberam diretamente de Cristo.

 

Em comparação a esse texto, devemos colocar Gálatas 1:12. Nele o apóstolo Paulo afirma categoricamente não ter recebido o Evangelho de nenhuma outra pessoa, mas diretamente de Jesus Cristo.

 

Calvino observou muito bem isso quando afirmou que o escritor de Hebreus se colocava entre os discípulos do ministério apostólico. Para quem argumenta que ainda assim existem semelhanças teológicas entre Hebreus e as cartas de Paulo, faz-se necessário lembrar que muito mais semelhanças existem com os escritos de João, e nem por isso o apóstolo João é considerado o escritor de Hebreus.

 

Não sabemos onde a carta de Paulo aos Hebreus foi escrita. Também não sabemos exatamente quando foi escrita. No entanto, presume-se que foi escrita aproximadamente entre 60–62 d.C., mais ou menos na mesma época em que Paulo escreveu cartas aos filipenses, aos colossenses, aos efésios e a Filemom

 

Paulo escreveu a Epístola aos Hebreus para incentivar os membros judeus da Igreja a manter a fé em Jesus Cristo e a não voltar às suas práticas antigas (ver Hb 10,32-38).

 

Por causa da pressão causada por várias provações, os judeus cristãos estavam saindo da Igreja e voltando a adorar da maneira judaica relativamente mais segura nas sinagogas (ver Hb 10,25.38-39). Paulo queria mostrar a esses judeus cristãos que a lei de Moisés apontava para Jesus Cristo e Sua Expiação como a verdadeira fonte da salvação.

 

Quais são algumas características marcantes desse livro?

 

Em vez de ser apenas uma carta, o livro de Hebreus é mais como um longo sermão que menciona repetidas vezes as escrituras e práticas de Israel. É o sermão mais longo que encontramos nas escrituras sobre por que e como Jesus Cristo é superior em todas as coisas.

 

O livro de Hebreus ensina que Jesus Cristo é maior do que a lei porque Ele deu a lei. Também ensina que os profetas receberam poder pela fé Nele, que Ele era o grande Sumo Sacerdote no qual os sacrifícios do Velho Testamento foram cumpridos, que Ele é maior do que os anjos e que por meio de Seu Sacrifício Expiatório podemos receber a remissão dos pecados.

 

O livro de Hebreus é um dos poucos lugares na Bíblia em que lemos a respeito do Profeta Melquisedeque (ver Hb 7,1-4) e do sacerdócio que leva seu nome (ver Hb 5,5-6.10; 6,20; 7:11–17). Hebreus ensina que o Sacerdócio de Melquisedeque é maior do que o Sacerdócio Aarônico e mostra que a salvação não se encontra na lei de Moisés ou nas ordenanças administradas pelos sacerdotes levitas, mas em Jesus Cristo e nas ordenanças do Sacerdócio de Melquisedeque (ver Hb 7,5-28), Hb 11,1-12,4 contém um excelente discurso sobre fé e ensina como as pessoas podem confiar em Jesus Cristo.

 

Outros possíveis autores de Hebreus

 

Além desses nomes citados, outros importantes líderes da Igreja Primitiva também foram sugeridos como autores do livro de Hebreus. Alguns exemplos são:

 

  • Clemente de Roma, que viveu em aproximadamente 95 d.C.
  • Epafras, que foi citado por Paulo quando escreveu aos Colossenses (Colossenses 1:7).
  • Silas, companheiro de Paulo em viagens missionárias, e que também conhecia o apóstolo Paulo (Atos 15:22-40; 1 Pedro 5:12).
  • Lucas, escritor do terceiro Evangelho e do livro de Atos dos Apóstolos. Essa sugestão é bem pouco provável devido as diferenças entre Hebreus e os dois livros de sua autoria.

O que sabemos sobre quem escreveu o livro de Hebreus?

 

Se não podemos afirmar com certeza quem escreveu o livro de Hebreus, podemos considerar alguns detalhes presentes na própria epístola que esclarecem algumas curiosidades sobre ele.

 

  • Como já foi dito, o autor era um homem, e isso fica claro no grego original em Hebreus 11:32.
  • Ele dominava o grego e seu estilo literário era helenístico.
  • Ele era muito capacitado no Antigo Testamento, e fez grande uso da Septuaginta.
  • Ele não teve contato direto com Jesus (Hebreus 2:3-4).
  • Ele conhecia pessoalmente Timóteo e também os destinatários de sua carta (Hebreus 13:22,23).

 

Apesar de tantas sugestões de nomes para possíveis autores dessa epístola, a defesa de qualquer um delas enfrenta sérios problemas. Sobre isso, Orígenes acertou ao dizer que somente Deus é quem sabe quem escreveu o livro de Hebreus.

 

Particularmente prefiro a sugestão de Lutero que o autor em questão tenha sido Apolo. Essa certamente é uma boa sugestão, considerando tudo o que é dito sobre ele em Atos e também pelo próprio apóstolo Paulo (1 Coríntios 1:12; 3; 4:6; 16:12; Tito 3:13). Quanto a autoria de Paulo, penso que em Hebreus não há nada que ao menos lembre o estilo do apóstolo.

 

Com tudo, se por um lado não sabemos quem escreveu o livro de Hebreus por outro sabemos com clareza qual é a sua mensagem, e, em última análise, seu verdadeiro Autor, e isso é o que realmente nos importa.

 

Resumo

Hebreus 1–6 Jesus Cristo é a imagem expressa do Pai. Ele é maior do que os anjos e todos os profetas que O precederam, inclusive Moisés. Os antigos israelitas que saíram do Egito não entraram no descanso do Senhor porque endureceram o coração contra Jesus Cristo e Seu servo Moisés. Como o Grande Sumo Sacerdote, Jesus é superior a todos os sumos sacerdotes da lei mosaica. Cristo foi aperfeiçoado por meio do Seu sofrimento. Podemos entrar no descanso do Senhor e “[prosseguir] até a perfeição” (Hebreus 6:1).

 

Hebreus 7–13 O Sacerdócio de Melquisedeque administra o evangelho e é maior do que o Sacerdócio Aarônico. O tabernáculo e as ordenanças mosaicas são um protótipo do ministério de Cristo. Jesus Cristo cumpriu a lei de Moisés com o derramamento de Seu sangue, pelo qual podemos obter salvação e a remissão de nossos pecados. Pela fé, os profetas e outros homens e mulheres realizaram milagres e obras de retidão.

3 Lições-Chave que Podemos Aprender com o Pequeno Livro de Obadias

Como muitos dos profetas menores, Obadias é ofuscado pelas obras mais populares de Isaías, Jeremias e Ezequiel. Isso se deve em parte à falta de conhecimento sobre o próprio Obadias. É certo que este Obadias não é a mesma pessoa que foi contemporânea de Elias, como se vê em 1 Reis 18

 

A erudição data o livro de Obadias logo após a destruição de Jerusalém, bem depois dos dias de Elias. Além disso, nada se sabe sobre esse profeta enigmático.

 

Somando-se à obscuridade de Obadias está o fato de ser o livro mais curto do Antigo Testamento. Escondido entre Amós e Jonas, é facilmente perdido. 


No entanto, esta pequena e compacta profecia merece ser conhecida.  

 

Pois, a visão de Obadias fala profundamente sobre muitas questões que os cristãos enfrentam hoje. Suas palavras são provocativamente contemporâneas. 

 

Veremos à seguir as 3 lições importantes que Obadias nos ensina.

 

1. Obadias ensina a loucura do orgulho

 

Obadias fala contra os edomitas, que estavam continuamente em desacordo com Israel. O que começou como uma rivalidade fraterna entre Jacó e Esaú continua entre as nações que eles estabeleceram. 

 

Durante sua jornada para a Terra Prometida, por exemplo, os edomitas se recusaram a permitir a passagem de Israel por seu território. Edom até ameaçou atacar Israel para que eles não chegassem muito perto de sua fronteira (Números 20:20). 

 

Então, Israel é obrigado a tomar uma rota alternativa que imediatamente os encontra atacados pelo rei cananeu de Arade. A hostilidade entre essas duas nações cresce a partir de então. 

 

Saul, Davi e Salomão, todos lideram campanhas militares contra os edomitas.

 

Obadias profetiza contra Edom após a quede de Jerusalém em 587 AC. Em resposta à destruição de Israel, Edom adota uma atitude de justiça própria. Israel havia caído e Edom permaneceu. 

 

Como Edom viu, isso significava que Deus favoreceu Edom sobre Israel. Assim, eles se inflaram de orgulho, acreditando ser os favorecidos de Deus. 

 

Porém, Obadias repreende Edom por esse orgulho espiritual, clamando: Seu coração orgulhoso te enganou, você que mora nas fendas da rocha, cuja morada está nas alturas. 

 

Obadias declara a certeza do julgamento divino.

 

O orgulho de Edom os faz acreditar que são irrepreensíveis, sem culpa. Eles se vêem como vindicados diante de Deus. Por causa desse orgulho, eles não estão dispostos a perceber como eles também se afastaram do plano divino de Deus. 

 

A profecia de Obadias chama Edom a reconhecer sua própria necessidade espiritual. 

 

Obadias clama: 

 

“Como você fez, será feito a você; as tuas obras recairão sobre a tua cabeça” (1:15). 

 

Deus não pode negar a própria santidade de Deus. Ao escolher o caminho do orgulho, Edom acabará experimentando as consequências dessa decisão.

 

O orgulho mascara o pecado, nos torna incapazes de ver o caminho do Senhor. Voltamos nosso olhar para dentro, confiantes e focados em nós mesmos. Quando vivemos assim, vivemos como se o mundo girasse ao nosso redor, para servir aos nossos desejos e caprichos. 

 

O orgulho sempre produzirá consequências terríveis para nós. 

 

Como diz Provérbios: 

 

“A soberba precede a ruína, a altivez do espírito precede a queda” (Provérbios 16:18).

 

No final, o orgulho destrói nossa vida espiritual.

 

Isso é particularmente relevante dada a propensão a “cancelar” aqueles com os quais discordamos. A cultura do cancelamento está enraizada no orgulho, pois se baseia na presunção arrogante de que nosso caminho é o caminho divino, uma exaltação do eu. 

 

Às vezes, os cristãos podem estar no lado receptor da cultura do cancelamento. Podemos ser ridicularizados ou repreendidos por nossa fé. 

 

Contudo, as palavras de Obadias nos oferecem esperança. Quando sentimos as farpas dolorosas dos outros, não precisamos retaliar contra eles, nem lutar mal por mal. Obadias nos lembra que Deus está ciente quando outros zombam ou nos repreendem por nossa fé. 

 

De fato, Jesus comenta que isso é de se esperar, Jesus é bastante direto: 

 

“Bem-aventurados vocês quando os insultam, os perseguem e dizem falsamente todo tipo de mal contra vocês por minha causa.” (Mateus 5:11)

 

Em vez de cancelar aqueles que nos cancelam, somos chamados a aderir o caminho do amor, humildade e graça. 

 

Obadias nos lembra que os caminhos justos de Deus, juntamente com o povo justo de Deus, serão justificados no próprio tempo de Deus.

 

2. Obadias ensina a loucura da vanglória

 

Edom não estava apenas orgulhoso de sua fuga do exílio, eles se regozijavam com a morte de Israel. Eles se regozijaram quando Jerusalém foi saqueada por exércitos estrangeiros; aplaudiram quando o Templo foi destruído; eles aplaudiram enquanto as pessoas eram levadas para serem escravizadas na Babilônia. 

 

Obadias repreende Edom por ter prazer na queda de Israel.   

“Mas tu não devias olhar com prazer para o dia de teu irmão, no dia do seu infortúnio; nem alegrar-te sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem alargar a tua boca, no dia da angústia.” (Obadias 1:12)

 

Obadias até afirma que Edom ficou na encruzilhada para “entregar seus sobreviventes no dia da angústia” (1:14). 

 

Edom não ficou apenas sentado assistindo a queda de Jerusalém; eles alegremente participaram da pilhagem! Em vez de ministério, eles ofereceram zombaria, em vez de conforto, expressaram desprezo.

 

Pode ser fácil racionalizar nossa alegria. É uma boa aposta que Edom justificou sua vanglória sob a retórica da justiça. Afinal, Edom tinha uma longa história de conflito com Israel. Batalhas foram travadas, insultos foram lançados. 

 

Ambos os lados do conflito olhavam para o outro com desdém e antipatia. Assim, quando Israel foi conquistado, Edom provavelmente sentiu que Israel, finalmente, havia “conseguido o que merecia”. 

 

Essa ostentação orgulhosa pode ser muito fácil de adotar, pessoalmente e nacionalmente.

 

Você já se alegrou que alguém “recebeu sua punição”? Você já declarou o infortúnio de alguém como resultado de “o que vai, volta”? 

 

Tais declarações podem parecer inocentes o suficiente. Eles podem até parecer precisos, no entanto, o que eles representam é uma alegre celebração de desvantagem e mágoa. Regozijar-se com a miséria alheia sugere que Deus se deleita na tragédia. 


Quando nos encontramos em um momento de tribulação , pode ser difícil oferecer graça em meio a tais provocações. Obadias deixa claro que vangloriar-se da adversidade do outro é contrário ao caminho de Deus. 

 

Somos chamados a “abençoar e não amaldiçoar” (Romanos 12:14). 

 

Como Cristo suportou a vergonha da cruz, também somos chamados a fixar nossos olhos na alegria que está diante de nós (Hb 12:2). 

 

Deus promete frustrar os fortes e tornar tolos os sábios. Em meio à alegria dos outros, somos chamados a encarnar uma esperança fiel; acreditar com ousadia que, no final, o amor redentor do Senhor reinará e seremos curados. 

 

3. Obadias Ensina o Poder do Reino

 

Deus reina! Esta é a promessa da Bíblia Sagrada. A profecia de Obadias termina declarando que o reino de Deus não será frustrado. 

 

“O dia do Senhor está próximo”, diz Obadias (1:15). 

 

Deus visitará o seu povo e executará julgamento sobre o pecado, a morte e todas as forças espirituais que corrompem e destroem a criação de Deus. 

 

O dia do Senhor será um dia de salvação para todo o povo de Deus. A última frase em Obadias, aquela que serve como o clímax de toda a profecia, é “o reino será do Senhor” (Obadias 1:21). 

 

Deus estabelecerá Seu próprio reino na terra, um reino onde os feridos serão curados, os perdidos serão perdoados e os deslocados serão trazidos para casa.

 

Como povo de Cristo, olhamos para esta profecia através das lentes do Novo Testamento. A encarnação de Deus na pessoa de Jesus é o cumprimento desta profecia. O dia do Senhor havia chegado, e o reino de Deus irrompeu neste mundo. Esta foi a mensagem principal de Jesus. 

 

“Chegou a hora, o reino de Deus está próximo”, exclamou Jesus (Marcos 1:8). 

 

Da mesma forma, quando as pessoas questionam seu ministério, Jesus diz que “se é pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então o Reino de Deus veio sobre vocês” (Mateus 12:28). 

 

Jesus inaugurou o reino de Deus na terra e nos convida a participar dele. Cura, graça e amor estão abertos e disponíveis para todos nós.

 

Como podemos aplicar essas lições em nossas vidas?

 

Como pessoas fiéis, é fácil ver a profecia de Obadias como emitida contra aqueles que consideramos nossos inimigos. Lemos as palavras sobre a futura destruição de Edom e as vemos como uma advertência contra aqueles que nos repreendem por nossa fé ou se alegram com nosso infortúnio. 

 

Afinal, foi exatamente isso que Edom fez.

 

Devemos viver nossas vidas de forma diferente. Se desejamos viver nossas vidas dentro dos propósitos de Deus para nós, precisamos deixar de lado a arrogância orgulhosa e os modos teimosos e agir com humildade cristã. Devemos repreender com ousadia todas as tentações do orgulho e da vanglória egoísta. 

 

Toda celebração à custa do infortúnio alheio é errada, fazer isso é nos colocarmos sobre o outro. Está enraizado no egoísmo e egoísmo e não exibe o coração humilde que o povo de Deus deve exibir. 

 

O apóstolo Paulo escreveu que “o amor não se gloria” (1 Coríntios 13:4). O amor que devemos ter para com os outros está fundamentado em nosso chamado para apoiar uns aos outros em graça, misericórdia e perdão. Não podemos perdoar os outros se nos gabarmos de suas mágoas. Não podemos estender a graça quando estamos muito ocupados sentindo prazer pelo que lhes aconteceu.

 

Como corpo de Cristo, nossos olhos devem estar fixos no reino de Deus. Jesus nos ensinou a orar para que o reino de Deus venha “na terra como no céu”. 

 

O local principal em que o reino de Deus é revelado é no contexto de nossas próprias vidas. Viver no reino é manter nossos olhos em Jesus e cultivar uma resposta divina para com os outros. 

 

Quando amaldiçoados, nós abençoamos, quando insultados, respondemos com paz. Assim vivemos no reino, participamos dele e, melhor ainda, convidamos outros a experimentá-lo. 

 

Estas são as lições de Obadias, este é o caminho de Jesus.