sábado, 28 de agosto de 2021

Por que Deus aprovou a mentira de Raabe e das parteiras hebreias?

(1) Vamos começar analisando o caso mais simples, o das parteiras de Israel. Faraó havia dado uma ordem terrível: “O rei do Egito ordenou às parteiras hebreias, das quais uma se chamava Sifrá, e outra, Puá, dizendo: Quando servirdes de parteira às hebreias, examinai: se for filho, matai-o; mas, se for filha, que viva” (Êxodo 1:15-16).


As parteiras tinham duas opções: obedecer ao Faraó e serem assassinas de muitas crianças ou desobedecê-lo e arriscar a própria vida, tentando contar a ele alguma história (ainda que parcialmente verdadeira) para se safar dessa.


Elas escolheram a segunda opção. Na sequência a Bíblia diz sobre elas: “E Deus fez bem às parteiras; e o povo aumentou e se tornou muito forte” (Êxodo 1:20). Aqui observamos que Deus as abençoa. E muitos questionam nesse caso se Deus as teria abençoado mesmo elas tendo mentindo. Vejamos:


(2) Podemos pensar aqui primeiramente que, apesar de Deus detestar a mentira, pois ela é um pecado, Ele compreende a situação difícil que essas mulheres estavam vivendo naquele momento.


O que seria mais destrutivo: ser assassinas de diversos bebês ou mentir ao faraó? Evidentemente o pecado maior seria compactuar com a matança que faraó queria impor.


Assim, Deus teria sido misericordioso com elas porque elas escolheram o “mal menor”. Em segundo lugar, podemos também pensar que essas parteiras seguiram um princípio importante na decisão tomada por elas:


obedecer ao desejo de Deus de dar vidas àquelas crianças era maior do que obedecer às ordens de um tirano.


Nesse caso, salvar a vida dos bebês seria a melhor escolha a fazer. Vejamos: “Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29).


(3) No caso da prostituta Raabe, observamos que acontece algo parecido. Ela protege os espiões do povo de Deus dos homens de Jericó que estavam querendo matá-los: “Mandou, pois, o rei de Jericó dizer a Raabe: Faze sair os homens que vieram a ti e entraram na tua casa, porque vieram espiar toda a terra” (Josué 2:3).


Raabe não exita em protegê-los e para isso mente (Josué 2:5). O resultado disso foi a proteção recebida por ela, entendida por muitos como uma grandiosa bênção de Deus:


“Porém a cidade será condenada, ela e tudo quanto nela houver; somente viverá Raabe, a prostituta, e todos os que estiverem com ela em casa, porquanto escondeu os mensageiros que enviamos” (Josué 6:17).


(4) No caso de Raabe ela teve de fazer uma escolha também difícil: proteger os homens que serviam ao Deus a qual ela estava começando a conhecer e da qual seu coração estava começando a amar e crer ou ser fiel ao seu próprio povo, um povo pagão e maligno.


Ela escolheu honrar os homens de Deus e o povo de Deus. Em minha opinião o que temos aqui não é uma aprovação de Deus a uma mentira, mas o puro exercício da misericórdia de Deus na vida de uma mulher pagã (em processo de conversão) que demonstrou uma grande fé no Senhor:


e lhes disse: Bem sei que o SENHOR vos deu esta terra, e que o pavor que infundis caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão desmaiados. Porque temos ouvido que o SENHOR secou as águas do mar Vermelho diante de vós, quando saíeis do Egito; e também o que fizestes aos dois reis dos amorreus, Seom e Ogue, que estavam além do Jordão, os quais destruístes” (Josué 2:9-10).


A misericórdia de Deus foi tão grande na vida dessa mulher que ela é apontada como trisavó do rei da Davi e fazendo parte da genealogia de Jesus Cristo (Mateus 1:5).


(5) Sendo assim, esses dois casos não podem ser considerados um exemplo de aprovação de Deus ao uso de mentiras. São casos bastante específicos e extremos e devem ser analisados dentro de seus contextos (conforme fizemos) para que se compreenda exatamente a atitude misericordiosa de Deus em situações que fogem à normalidade.

Por que Deus mandou Moisés tirar as sandálias dos pés? O que significa?

 1) Depois que Deus chamou Moisés ali, enquanto a sarça queimava e não se consumia (Êxodo 3:4), a reação mais natural de Moisés foi se aproximar e atender ao chamado de alguém que o chamava pelo nome (Além, é claro, da sua curiosidade sobre a sarça relatada no verso 3).


Ao se aproximar, Deus diz a ele: “Deus continuou: Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa” (Êxodo 3:5).


(2) A primeira coisa a entendermos é porque aquele lugar é “terra santa”. Sabemos que Deus está em todos os lugares, mas ali tivemos uma manifestação especial de Deus.


Isso significa que aquele local estava santificado (separado, consagrado) de forma especial por Deus. Não era, naquele momento, simplesmente um lugar comum, pois foi totalmente tomado pela presença viva de Deus.


E quando a presença de Deus está manifestada desse jeito, a forma de se aproximar Dele não pode ser de qualquer maneira. Podemos trazer à memória aqui que mais tarde Deus mandou fazer o tabernáculo, onde Sua presença estaria com o povo, e estabeleceu formas que o povo deveria seguir para cultuá-Lo.


Sendo assim, Moisés não estava mais em um simples lugar, mas em um lugar santificado pela presença viva de Deus manifestada.


(3) Sendo assim, agora já podemos entender o que significa tirar as sandálias dos pés. Nos altos escalões de reis e autoridades dessas épocas, era muito comum que houvesse palácios, templos sagrados, locais onde construções grandiosas eram erguidas para fins especiais.


Moisés conhecia bem isso, já que foi criado pela filha de faraó, evidentemente, no palácio de Faraó (Êxodo 2:10). Tirar as sandálias era um costume antigo que assegurava que os locais sagrados, bem como palácios, não fossem contaminados.


A ideia é que uma sandália pisa em todo tipo de imundície enquanto caminhamos, por isso, os pés calçados representavam impureza e contaminação. Tirar as sandálias, então, era um costume que objetivava não contaminar os locais sagrados. Deus usa esse costume para mostrar a Moisés o quão santa Sua presença é.


(4) Também podemos levantar aqui o sentido de representar respeito, reverência e consideração perante o local em que se estava (um palácio ou local sagrado) e da autoridade presente ali (e, claro, perante os deuses que eles cultuavam).


Certamente a pessoa que se recusasse a retirar as sandálias não seria considerada humilde e apropriada para estar no local.


Sendo assim, podemos observar que Deus usa esse costume humano para demonstrar a Moisés que a Sua presença santa ali fazia daquele lugar algo como um palácio ou local sagrado (algo bem conhecido de Moisés), daí o pedido para Moisés tirar as sandálias dos pés.


Moisés, muito provavelmente, já devia ter tirado as sandálias muitas vezes nos palácios e locais sagrados egípcios, conhecia bem o sentido daquilo que Deus pediu a ele. Mas ali iria conhecer o que de verdade era santo e sagrado, a própria presença viva do Senhor que iria se revelar de forma profunda a ele.


(5) Os palácios e locais sagrados ganhavam o respeito das pessoas pelo seu luxo e pelas altas autoridades que o frequentavam, mas ali, no deserto, Deus mostra que a Sua presença é o que santifica qualquer local, ainda que seja um local sem qualquer luxo ou recurso.


Moisés entende isso claramente ao obedecer a ordem de Deus e receber Dele a mensagem que iria mudar para sempre a sua vida e a vida do povo de Israel, e também, claro, de todo o Egito!

O que significa tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus?

 1) A primeira interpretação se apoia na passagem de Mateus 16:19. Ali, Jesus se reúne com Seus apóstolos e pergunta a eles o que o povo dizia a respeito Dele (Mateus 16:13).


Após ouvir atentamente a resposta dos discípulos e questionar quem eles achavam que Ele era, Jesus tem uma resposta do apóstolo Pedro, que diz crer que Ele era o Cristo prometido (Mateus 16:16).


Após essa confissão de Pedro, Jesus diz que daria a Pedro (como líder dos apóstolos) a chave do reino dos céus, e após isso, diz a frase do “ligar” e “desligar” na terra e no céu.


Dentro desse contexto essa frase significaria a responsabilidade dada por Jesus aos seus apóstolos e, consequentemente, aos Seus discípulos a respeito da obra de Deus a ser realizada.


Nesse sentido, os apóstolos tinham o poder de abrir o reino de Deus (ligar) para aqueles que compartilhavam a confissão de Pedro de que Jesus era o Salvador e, ao mesmo tempo, de fechar (desligar) para aqueles que não criam naquela verdade.


(2) A segunda interpretação é mais focada no texto de Mateus 18:18. Ali, Jesus orienta como se deve tratar desentendimentos entre irmãos na fé. Jesus inicia incentivando que houvesse uma conciliação pessoal entre os dois que se desentenderam (Mateus 18:15).


Mas caso não desse resultado, a pessoa deveria chamar duas ou três pessoas para testemunhar o esforço de reconciliação (Mateus 18:16).


Se ainda assim houvesse coração duro por parte da pessoa, a igreja deveria ser comunicada e, se ainda assim, não houvesse uma sinalização para a solução do caso, a igreja deveria excluir aquela pessoa da adoração comunitária, ou seja, aplicar a ela uma disciplina.


Dentro desse contexto, a frase de “ligar” e “desligar” no céu e na terra significaria que a igreja, representada por sua liderança, tem autonomia de aplicar disciplinas, absolvendo (ligando) aqueles que se arrependem e condenando (desligando) aqueles que não andam de acordo com a vontade de Deus.


Um exemplo desse tipo de aplicação de disciplina foi aplicada pelo apóstolo Paulo e encontra-se em 1 Timóteo 1:20: “E dentre esses se contam Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para serem castigados, a fim de não mais blasfemarem”.


O objetivo dessa disciplina é ao mesmo tempo buscar a restauração da pessoa e também proteger a igreja de pessoas que andam contrariamente a vontade do Senhor e não aceitam qualquer mudança em suas vidas, sendo contumazes em seus erros.


(3) Dessa forma, creio que fica evidente em qualquer uma das interpretações que Jesus confere a Sua igreja autoridade diante da obra de Deus realizada na terra.


Desconsiderar essa autoridade é andar contra a própria vontade de Deus. Quando essa autoridade apostólica é exercida de maneira bíblica não é algo correto ir contra ela, pois representa ir contra o próprio Deus e Sua obra.

domingo, 22 de agosto de 2021

PROVÉRBIOS 27:8 - ESBOÇO BÍBLICO



PROVÉRBIOS 27:8

“…Qual a ave que vagueia longe do seu ninho, tal é o homem que anda vagueando longe do seu lugar…”.


  • – Vaguear – Sem rumo, sem direção, desnorteado;
  • – Ninho – Lugar da procriação, preservação da Espécie, segurança, família;
  • – Ave longe do ninho – Sujeita e intempéries, mau tempo, exposta, presa fácil do predador.

Assim é o homem longe do seu lugar. O lugar do homem é na presença do Senhor (ninho de amor).


O homem fora está sujeito a tudo – Exposto.


Inseguro, infeliz, sem esperança, abandonado, solitário, presa fácil do inimigo.

sábado, 21 de agosto de 2021

Fomos criados à imagem e semelhança de Deus. O que isso significa?

1) A primeira coisa que salta aos olhos é que não temos registrado na Bíblia “imagem e semelhança de Deus“. O que está escrito é “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança (…)  Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”(Gênesis 1:26-27).


Observe que não existe esse “e”. Ou seja, temos claramente no texto palavras sinônimas “imagem, semelhança” e não duas coisas distintas “imagem e semelhança”.


As palavras imagem e semelhança usadas juntas no texto nos passam a ideia de similaridade. Segundo o dicionário online Priberam similaridade é “qualidade do que é similar. Semelhante”. O que temos aqui inicialmente é um grande contraste.


No início da criação Deus criou toda a natureza e os animais. Essa primeira parte da criação não é mencionada como tendo similaridade especial com Deus.


Deus a fez através de Sua palavra criativa. No entanto, já sobre a criação do ser humano, vemos que existe algo a mais, a similaridade com o próprio Deus. Ele diz ali que o homem foi criado “à nossa imagem, conforme a nossa semelhança“.


(2) Muita gente já tentou adivinhar o que seria isso. O grande fato é que o texto bíblico não nos revela isso em detalhes. Mas pela observação podemos levantar algumas hipóteses interessantes que se harmonizam com os relatos bíblicos. Mas antes é preciso refutar qualquer hipótese que nos aponte como sendo uma espécie de deuses.


Ser a imagem e semelhança de Deus não significa que somos pequenos deuses, e nem que temos qualquer poder soberano independente em nós. Também não significa aparência física, como se Deus tivesse um corpo físico como o nosso (homem? Mulher? Criança? Alto? Baixo? Gordo? Magro? etc.). Essas possibilidades são facilmente refutadas biblicamente.


(3) Ser a imagem, conforme a semelhança de Deus parece nos apontar para características de Deus que vemos reveladas na Bíblia e que também são encontradas nos seres humanos criados. Poderíamos citar aqui algumas possíveis, tais como:


Emoções: Deus é citado na Bíblia como alguém que interage com a criação emocionalmente. Ele sente alegria, tristeza pelo pecado, ira justa, etc. É claro que as emoções de Deus não são contaminadas com o pecado como as nossas, daí muitas das nossas emoções serem desfiguradas.


Capacidade de pensar: Dentre toda a criação de Deus, somente os seres humanos têm a capacidade incrível do pensamento racional e lógico, de refletir sobre si mesmos, de saber e entender as coisas de forma profunda, de entender a própria vida e a própria mente. É certamente uma característica de Deus dada a nós em uma escala menor.


Capacidade criativa: como Deus, nós também temos em nós a capacidade criativa para criar coisas. É claro que criamos a partir daquilo que já foi criado, mas é uma capacidade que só encontramos no Criador e que, certamente, faz parte de sermos à imagem, conforme a semelhança de Deus.


Capacidade de avaliação: Nós temos em nós essa grande capacidade de julgar o que é certo ou errado. Apesar de termos alguns instintos em nós, não somos como os animais que agem apenas baseados neles. Nós temos a capacidade de avaliar, de julgar, de observar. Essa capacidade vemos em Deus, que age baseado na justiça e na retidão.


Essas quatro características citadas são possibilidades. Certamente sermos à imagem, conforme a semelhança de Deus não se resume apenas a elas, mas elas nos dão uma ideia do que pode ser essa similaridade que temos com Deus.


Não quero aqui tentar adivinhar cem por cento dessas similaridades. O que temos de ter em mente é que Deus nos fez especiais, que Deus nos valorizou diante de todo o resto da criação, que Ele nos amou de forma especial e tratou a nossa vida como algo precioso.


(4) Evidentemente devemos aqui fazer um parênteses importante: O pecado desfigurou a beleza de sermos à imagem e semelhança de Deus.


É por isso que hoje conseguimos como seres humanos, contrariamente à toda a possibilidade que Deus nos deu, agir de forma errada, irracional, maldosa, cruel, contrária a toda a beleza de sermos à imagem e semelhança de Deus que nos foi dada quando fomos formados.


Perdemos muitas das preciosas características que tínhamos. Essa imagem foi manchada.


(5) Por isso, Deus envia seu filho ao mundo, Jesus Cristo, para nos restaurar: “Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Colossenses 1:15). jesus é Deus, por isso, é a imagem perfeita do próprio Deus.


E Sua missão também consiste em restaurar a nossa vida para que voltemos a nos aproximar de ser à imagem e semelhança de Deus, através da restauração que nos proporcionou na cruz: “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Romanos 8:29).

Ansiedade

TEXTO: Mateus 6:25 – 34

Por isso eu digo a vocês: não se preocupem com a comida e com a bebida que precisam para viver nem com a roupa que precisam para se vestir. Afinal, será que a vida não é mais importante do que a comida? E será que o corpo não é mais importante do que as roupas?

Vejam os passarinhos que voam pelo céu: eles não semeiam, não colhem, nem guardam comida em depósitos. No entanto, o Pai de vocês, que está no céu, dá de comer a eles. Será que vocês não valem muito mais do que os passarinhos?

E nenhum de vocês pode encompridar a sua vida, por mais que se preocupe com isso.

 — E por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem as flores do campo: elas não trabalham, nem fazem roupas para si mesmas.

Mas eu afirmo a vocês que nem mesmo Salomão, sendo tão rico, usava roupas tão bonitas como essas flores.

É Deus quem veste a erva do campo, que hoje dá flor e amanhã desaparece, queimada no forno. Então é claro que ele vestirá também vocês, que têm uma fé tão pequena!

Portanto, não fiquem preocupados, perguntando: “Onde é que vamos arranjar comida?” ou “Onde é que vamos arranjar bebida?” ou “Onde é que vamos arranjar roupas?”

Pois os pagãos é que estão sempre procurando essas coisas. O Pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de tudo isso.

Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coisas.

Por isso, não fiquem preocupados com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã trará as suas próprias preocupações. Para cada dia bastam as suas próprias dificuldades.


Desenvolvimento

  • O ser humano é ansioso por natureza (v.25)
  • * A ansiedade abate (Pv. 12:25a)
  • O que valemos para Deus garante a Sua provisão (v.26)

* A ansiedade não acrescenta nada em nossas vidas (v.27)

* A provisão de Deus é abundante e supera nossas expectativas (v.28,29) (Is. 64:4)

* A ansiedade anula a fé (v.30,31) (Sl.37:5) (Hb.11:6)

* O Pai conhece as nossas necessidades (v. 32) e deseja que as levemos à Ele (Fp.4:6,7)

* A medida que deixamos de ser o centro que é a causa da ansiedade e colocamos Deus em primeiro lugar, nossas necessidades vão sendo supridas

* Se O buscarmos, viveremos sob a promessa da provisão ( v. 33) (Fp. 4:19)

CONCLUSÃO

A ansiedade é o resultado de uma vida cheia de preocupações, dúvidas, medos e frustrações.

APLICAÇÃO: Para que uma vida abundante em todos os aspectos seja alcançada, é imprescindível uma vida na dependência de Deus Ele tem cuidado de vós … (I Pd.5:7)

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

O que significa “se tiverdes fé como um grão de mostarda”?

(1) Esse ensino de Jesus se dá em meio a um contexto de um ensino sobre perdão. Jesus está falando sobre pessoas que causam escândalos (Lucas 17:1), mas que podem pedir perdão por eles. Mas Jesus não está falando de algo tão simples. Ele cita um caso extremo:


“Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe” (Lucas 17:4).


Imagine receber sete ofensas no mesmo dia? Certamente isso afetaria a capacidade de perdoar, pois isso seria considerado uma grave ofensa e até haveria certa desconfiança de um arrependimento sincero!


Mas Jesus está ensinando aqui que o perdão deve ser uma prática constante em nossa vida! Mesmo em casos mais extremos! Não deveria haver um julgamento do arrependimento, mas uma aceitação dele.


(2) Não era de se admirar que diante desse ensino os discípulos (e certamente cada um de nós) achasse uma tarefa muito complicada perdoar alguém que ofende tanto. É por isso que os discípulos dizem ao Mestre:


“Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé” (Lucas 17:5).


Eles achavam que somente Deus poderia dar-lhes essa capacidade com um tipo de “fé maior”, ou uma “fé gigantesca”, que, naquele momento, não fazia parte de suas vidas. Eles pensavam que não estavam capacitados para praticar o ensino de Jesus. Mas a resposta de Jesus surpreende:


(3) “Respondeu-lhes o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá” (Lucas 17:6).


A resposta de Cristo vai na contramão do que pensavam os apóstolos! O ensino de Jesus mostra que não era necessário a presença de uma “grande fé” (segundo eles pensavam) para perdoar daquela maneira.


Quando ele usa a figura da semente de mostarda está falando de uma das menores sementes que temos na natureza. A comparação indica algo que, apesar de ser visto como pequeno, realiza sua função, produz os efeitos esperados.


No caso, a semente, apesar de parecer insignificante, gerava a planta e frutos (resultado)!


(4) Logo, Jesus está falando da presença da fé verdadeira em suas vidas. Se ela está presente, então, o cenário de obediência a Deus está preparado para que o servo do Senhor faça a vontade Dele!


Nós seres humanos, muitas vezes, damos a desculpa de que não temos as condições de realizar a vontade de Deus, pois falta algo. Aqui, para eles, faltava “mais fé”.


Mas Jesus mostra a Eles que qualquer “tamanho de fé” pode realizar grandes coisas quando essa fé é aquela fé genuína e é colocada no grande Deus e em fazer a Sua vontade (em prática). Esse é o significado de ter uma fé como um grão de mostarda!


(5) Portanto, Jesus, de forma poética, os instiga a pensar em seu relacionamento com Deus! Em outras palavras, Jesus diz mais ou menos o seguinte: “Vocês têm fé no Deus verdadeiro?


Se sim, então, vocês são capazes de cumprir a vontade Dele! Nada mais é preciso do que isso! Esse pensamento de que vocês precisam de uma capacitação maior, sobrenatural, uma ferramenta de grandes proporções, não é correto.


O que vocês precisam é colocar a fé que vocês já têm, e que é suficientemente poderosa para realizar grandes coisas, em prática”!




quinta-feira, 19 de agosto de 2021

A ROCHA FERIDA

Números 20:8

“Toma a vara, e ajunta a congregação, tu e Arão, teu irmão e falai à rocha, perante os seus olhos e dará a sua água; assim lhes tirarás água da rocha e dará a beber à congregação e aos seus animais”.


INTRODUÇÃO

Quando o povo de Israel saiu do Egito, atravessando o deserto, teve sede e não havia água, elemento vital para sobrevivência.

Era uma massa de povo muito grande e certamente teriam que encontrar água com abundância, o que simplesmente não havia. Assim o povo estava destinado a morrer.

O Senhor orientou a Moisés que tomasse o seu cajado e ferisse a rocha e disse: Eu estarei sobre a rocha e ela dará água. Assim foi feito e a rocha deu água, abundante água.


A ROCHA FERIDA

Evidentemente que uma vara não tem como ferir uma rocha, ela se despedaçaria sem que a rocha sofresse um arranhão. Foi feito um milagre da parte de Deus.

A rocha fala da pessoa do Filho de Deus, o Senhor Jesus, que é inatingível por qualquer ação humana, uma vez que por suas mãos tudo foi criado e ele tem poder sobre a criação.

No entanto, por motivo inerente à própria pessoa de Deus, era necessário que Jesus se fizesse homem e desse a sua vida por nós, quando Deus permitiu que ele fosse ferido pelos homens: a rocha foi ferida.

O motivo que moveu a Deus a deixar a rocha ser ferida foi que se tratava de um projeto traçado por ele para salvação do homem e o homem não teria resgate se Deus não interviesse com esse plano eterno. Se Deus não interviesse todos nós morreríamos sem a água da vida.

Imediatamente, após isso, o Senhor fez a aliança com o Povo de Israel (O Velho Testamento), dando as leis e os estatutos, para que eles estivessem dentro do projeto de vida.


MOISÉS FERE A ROCHA NOVAMENTE

Passados tempos e o povo estava em sua jornada no deserto e novamente faltou água e Deus deu a orientação à Moisés para “falar à rocha”.

Moisés estava indignado com o povo que murmurava diante de todos os sinais que Deus já havia dado e disse:

“Ouvi agora, rebeldes, porventura tiraremos água desta rocha para vós?” E feriu a rocha duas vezes com a sua vara, e saíram muitas águas e bebeu a congregação.

Deus repreendeu à Moisés dizendo que ele e Arão não creram nele e por essa causa não entrariam na terra prometida.

O Senhor queria que Moisés entendesse que a rocha só foi ferida porque ele, O Senhor, permitiu, ele estava sobre a rocha, era ele o Autor da Obra realizada.


Moisés estava lidando com o profético.

Essa obra realizada era o projeto de Deus para a Eternidade do Homem (vida), quando ele deu o seu Filho, imune a qualquer ação humana para ser ferido pelos homens, pagando o preço de vida por vida.


FALAI À ROCHA

O Projeto foi realizado. A aliança foi consumada. O povo agora estava dentro do projeto de Deus (o Senhor os acompanhava).

Esse projeto não seria JAMAIS refeito, o projeto é um só. Jesus morreu uma vez pelos nossos pecados.

Nos nossos momentos de fraqueza, de lutas, de dificuldades, até de desacertos, não temos que pedir um novo projeto, mas CRER que estamos dentro do projeto:


A rocha não será mais ferida; agora é só: Falar à rocha;

Creiamos que estamos dentro do projeto (o projeto é um só);

Não podemos desconsiderar o pacto e querer um novo milagre (da salvação), pois não será aceito;

Se houver algum desacerto, acertemo-nos com o projeto; Se enfrentarmos lutas, se tivermos deslizes, acertemo-nos dentro do projeto. Devemos honrar o pacto com o Senhor.

Dentro do projeto é só falar à rocha: só falar (pedir / orar) ao Senhor Jesus.

Por outro lado devemos diligentemente observar o nosso compromisso com o Senhor, com a aliança que foi selada no sangue de Jesus, para que não pratiquemos algum ato que vai ferir a rocha, pois a forma de nos relacionarmos com o Senhor

Jesus, o bom amigo

João 15:15 - “Já não vos chamo servos ..mas de amigos porque…”


INTRODUÇÃO

–  Todos nós desde a infância já tivemos amigos, companheiros, com quem podíamos contar, com quem podíamos chorar e um verdadeiro amigo é aquele que sempre está presente nas horas em que mais precisamos.

 –  Quanto mais intimidade se tem com um amigo, mais segredos nós descobrimos dele, porque ele passa a confiar mais e mais.


Jesus é esse Bom Amigo


DESENVOLVIMENTO

 O Senhor Jesus tinha um relacionamento que ia muito além do relacionamento entre mestre e discípulo, Jesus transmitia o mais perfeito sentimento de amizade, pautado no amor e confiança. Cada um de nós temos uma pessoa em particular em quem temos por amigo, contudo sempre iremos nos decepcionar com os amigos desta vida pois são imperfeitos. 


Decepcionamos-nos constantemente com as pessoas que amamos pais, filhos, irmãos e muitos outros que nos entristecem com palavras, atitudes e gestos. Não há como se decepcionar com Jesus a cada palavra, gesto e atitude do Senhor ele prova a sua amizade e amor para conosco “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos”.


Alguns exemplos da presença do Bom Amigo:


1 –  Daniel foi lançado na Cova da Morte e no amanhecer o rei Dario foi até lá e gritou com uma voz sem esperança por Daniel, e Daniel respondeu: Ó rei vive para sempre que o meu Deus me livrou. O BOM AMIGO ESTAVA LÁ e fechou a boca dos leões.

Assim tem feito a todo momento. O BOM AMIGO tem fechado a boca de muitos leões ao nosso redor.


2 –  Mesaque, Sabraque e Abdnego foram livres da morte na fornalha porque havia uma 4ª pessoa com eles. O BOM AMIGO ESTAVA LÁ.


3 –  Quando Ezequias louvou o Senhor pela cura ele disse: “Livraste a minh’alma da morte e Tu tão amorosamente abraçaste a minha alma”.

Só Jesus O BOM AMIGO, tem poder para dar esse abraço em nossas almas.


4 –  Quando Lázaro morreu, Jesus encontrou Marta chorando e ela disse: “Se Tu estivesses aqui meu irmão não teria morrido”.

Nas horas difíceis da nossa vida, nós sempre clamamos pela presença do amigo Jesus, O BOM AMIGO ESTAVA LÁ para dizer: “Teu irmão há de ressuscitar”.


5 –  De todos os discípulos o que descobriu os segredos de Jesus foi João. As grandes Revelações do Apocalipse, porque João tinha intimidade com o AMIGO JESUS. Ele reclinava a cabeça no peito de Jesus, sentia o seu calor, sentia o pulsar do sangue no seu peito.


–     Assim é a Igreja, tem intimidade com Jesus e a todo tempo está descobrindo os segredos desse BOM AMIGO.

O QUE AJUNTA NO VERÃO

Texto: Provérbios 10: 5


Tema:  O entendimento do projeto de Deus através da revelação


5  O que ajunta no verão é filho entendido, mas o que dorme na sega é filho que envergonha.


INTRODUÇÃO

O texto fala de um filho entendido e um filho que envergonha.

A palavra nos dá exemplos de filhos de mesmo pai, nascidos na mesma casa (igreja), com a mesma forma de criação (doutrina).

Porém um entende o projeto de Deus e o outro não.


EXEMPLOS

a) Caim e Abel

Abel entendeu que o acesso ao pai seria através do sacrifício do cordeiro, e o pai atentou para sua oferta (culto). Caim não alcançou o projeto e foi homicida (envergonhou).


b) Jacó e Esaú

Jacó entendeu o valor da benção e a buscou (foi abençoado pelo pai). Esaú não valorizou a benção, dormiu, e como conseqüência seu nome não figura na genealogia de Jacó (nome excluído do livro da vida).


3) O TEMPO PROFÉTICO


a) O verão – aponta para um tempo e os sinais do verão são notórios e distintos das demais estações do ano, e espiritualmente estes sinais são observados na igreja fiel.

  • Luz – os dias são maiores (luz, Jesus revelado). A obra vive o tempo do auge da revelação.
  • Calor – o tempo é mais quente (calor do Espírito Santo). Derramar do Espírito Santo.

b) Os frutos – verão é tempo de se colher os frutos que falam da continuidade da vida (eternidade).


CONCLUSÃO

É verão, as flores agora geram frutos, é tempo de culto profético, os dons se tornam em operações concretas do Senhor. A cada culto o fruto do verão alimenta ao do Senhor.


O que ajunta no verão – o culto profético é a ocasião da colheita dos frutos. O filho que entende e vive a revelação é o que está envolvido na colheita, acordado para a busca, para o trabalho.


Quem tem a vida cheia de frutos, tem um grande tesouro (vida eterna).