quarta-feira, 10 de agosto de 2011

ARAUTOS DE JESUS - 13 – ANÚNCIOS HOJE – Mt 10,5-33.

Vimos que ao longo de toda a historia da Bíblia Deus usou muitos anúncios para anunciar a vinda, a vida e a missão de seu Filho. O mesmo que Deus fez com aqueles deseja fazer conosco hoje. Os anúncios de Jesus são exemplos para nós. Pertence a nós a missão do sermos anunciantes hoje. Jesus desejava que seus discípulos fossem seus anunciadores, por isso escolheu doze e os enviou para pregar o Evangelho. Deu-lhes algumas instruções a seguir. Testemunhar de Jesus é uma obrigação de todos crentes. Jesus disse – “Portanto, quem der testemunho de mim diante dos homens, também eu darei testemunho dele diante de meu Pai que está nos céus. Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus.” – Mt 10,32-33 – Se seguirmos a orientações que Jesus deu aos seus discípulos, seremos bons anunciantes.

  1. A GENEROSIDADE DO ANUNCIANTE.

A primeira causa que podemos identificar nas instruções de Jesus aos discípulos é a generosidade com que devíamos proclamar as boas novas. Após dizer-lhes para onde deveriam ir, Ele insistiu – “Por onde andardes, anunciai que o Reino dos céus está próximo. Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. Recebestes de graça, de graça dai!” – Mt 10,7-8 – Eles deveriam esforçar ao máximo para fazer bem aos outros, porem com total abnegação, ou seja, não poderiam cobrar pelas boas ações que praticassem.

O motivo principal porque deveriam ser generosos era o fato de que haviam recebidos tudo o que tinham de graça. Era o Espírito de Deus que os capacitava a “pregar o Evangelho, curar os enfermos, ressuscitar os mortos, purificar os leprosos e expelir demônios”. Nada daquilo era feito por algo inerente e eles próprios. O poder não era deles e nem haviam conquistado, mas haviam recebidos tudo como um presente de Deus. Por causa disso, não fazia sentido que se orgulhassem do que haviam recebido e saíssem por ai exigindo respeito, admiração ou dinheiro.

Com relação ao dinheiro, deve ser notado que Jesus não proibiu que seus discípulos recebessem o necessário para sobreviver, pois logo argumentou – “Não leveis nem ouro, nem prata, nem dinheiro em vossos cintos, nem mochila para a viagem, nem duas túnicas, nem calçados, nem bastão; pois o operário merece o seu sustento.” – Mt 10,9-10 – O que estava expressamente proibido era o orgulho, a ostentação, a ganância ou mesmo a economia dos bens recebidos, os quais deveriam ser gastos com toda liberdade com aqueles que necessitam.

Essa generosidade é uma marca do verdadeiro anunciante de Jesus. Como anunciantes hoje é nossa função sermos generosos com este pobre mundo decaído. Há muitos por ai que nada sabem sobre as belas coisas da salvação que nós conhecemos. É uma atitude de generosidade querer compartilhar com eles as boas novas que um dia nos foram reveladas. Alem, disso, não devemos esperar recompensa dos homens. Nossa recompensa virá de Deus.

  1. A CAUTELA DO ANUNCIANTE.

Jesus advertiu seus discípulos para que prestassem muita atenção à maneira como deveriam se apresentar diante dos homens. Ele disse – “Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas.” – Mt 10,16 – Seria normal pensar que Jesus quisesse tirar suas ovelhas do meio dos lobos, mas ao contrario, ele as envia para o meio dos lobos.

Não poderia ser diferentes, no meio dos lobos também a ovelhas perdidas que precisam ser resgatadas. Uma ovelha não deve querer se tornar parecida com um lobo para entrar no meio dos lobos. Ele deve manter suas características essencial de ovelha, mas deve ser cuidadosa. Esse cuidado, entretanto, não deve ser de tal forma que a impeça de realizar o obra para a qual foi enviada por isso Jesus disse que, ao mesmo tempo em que seus discípulos devem ser prudentes como as serpentes, também deveriam ser simples como as pombas. Isso sugere um equilíbrio. A prudência da serpente permite não ser importuno, calcular bem as ações, ter consciência do que está ao seu redor.  A simplicidade da pomba é a credulidade natural que os discípulos devem ter a das atitudes verdadeiramente inocentes que estes devem tomar, sem maldades e malicias.

Esse equilíbrio seria necessário porque Jesus sabia que muita perseguição viria sobre seus discípulos. Ele disse – “Cuidai-vos dos homens. Eles vos levarão aos seus tribunais e açoitar-vos-ão com varas nas suas sinagogas. Sereis por minha causa levados diante dos governadores e dos reis: servireis assim de testemunho para eles e para os pagãos.” Mt 10,17-18 – Com prudência, seus discípulos estariam de sobreaviso para não serem pegos de surpresa pelas dificuldades que viriam. Tal prudência, porém, não deveria impedi-los de fazer o que deviam nem permitir que agissem de forma errada. Por isso Jesus continuou – “Quando fordes presos, não vos preocupeis nem pela maneira com que haveis de falar, nem pelo que haveis de dizer: naquele momento ser-vos-á inspirado o que haveis de dizer. Porque não sereis vós que falareis, mas é o Espírito de vosso Pai que falará em vós.” – Mt 10,19-20 – Eles não precisariam meter os pés pelas mãos  nas horas difíceis. Com a simplicidade das pombas, deveriam confiar em Deus, e esperassem que este falasse em seu lugar.

Esse equilíbrio é extremamente necessário nos dias de hoje para que sejamos autênticos anunciantes de Jesus. Devemos ter consciência da dificuldade de nossa missão, não podemos jamais ser pegos de surpresas e precisamos ser confiantes, crendo que Deus conduzirá de melhor maneira e que mais o glorifique.

  1. A CORAGEM DO ANUNCIANTE.

Podemos ainda destacar como característica de um anunciante de Jesus sua coragem. Jesus fez questão de dizer aos seus discípulos varias vezes – “não temais” – Mt 10,26.28.31 – Ele não disse que eles não precisavam temer porque não teriam problemas, muito pelo contrario, Ele disse – “O discípulo não é mais que o mestre, o servidor não é mais que o patrão. Basta ao discípulo ser tratado como seu mestre, e ao servidor como seu patrão. Se chamaram de Beelzebul ao pai de família, quanto mais o farão às pessoas de sua casa! – Mt 10,24-25 – O que Jesus estava querendo dizer era que o mesmo tratamento que os homens dispensaram a ele também proporcionariam a seus discípulos. Esse é o sentido da frase – “o discípulo não está acima do seu mestre” – Se não haviam tratado bem a Jesus, que era o mestre, não se poderia esperar que tratassem bem aos seus discípulos. Com isso Jesus estava claramente indicando que seus discípulos teriam muitos problemas na missão de anunciá-lo.

Isso, porém, não era motivo para temor, conforme as próprias palavras de Jesus – “Não os temais, pois; porque nada há de escondido que não venha à luz, nada de secreto que não se venha, a saber. O que vos digo na escuridão, dizei-o às claras. O que vos é dito ao ouvido, publicai-o de cima dos telhados.” – Mt 10,26-27 – A primeira razão pela qual os discípulos não deferiam era esta – as coisas não ficariam ocultas para sempre. Um dia ficará bem claro para todos quem são os maus e UEM são os discípulos de Jesus. Alem disso, a verdade não poderá permanecer para sempre encoberta. Não há o que temer, a verdade aparecerá de qualquer forma.

Em seguida Jesus acrescentou – “Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode precipitar a alma e o corpo no inferno.” Mt 10,28 – O eu Jesus disse foi que o máximo que os homens poderiam fazer com os discípulos era tirar-lhes a vida mas nada poderiam fazer contra a alma dele. Deus, entretanto, é o único com poder para prejudicar tanto a alma quanto ao corpo. Um discípulo de vê ser fiel e corajoso mesmo se com isso tiver de enfrentar a morte. A morte não é o fim para um discípulo de Jesus.

Por fim Jesus arrematou – “Não se vendem dois passarinhos por um asse? No entanto, nenhum cai por terra sem a vontade de vosso Pai. Até os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois! Bem mais que os pássaros valeis vós.” – Mt 10,29-31 – Esse talvez seja o argumento mais forte para os discípulos fossem corajosos e o anunciassem perante os homens, não importava qual fosse a imposição que recebessem. Nada poderiam invadir o amoroso cuidado de Deus para com eles. Se Deus cuidava até mesmo dos pardais que, para os homens não em qualquer valor, quanto mais de seus discípulos. Nada lhes aconteceria sem a expressa permissão de Deus. Portanto, não havia motivos para temer.

  1. CONCLUSAO.

Como anunciantes de Jesus hoje, devemos nos revestir da mesma generosidade, cautela e coragem recomendadas por Jesus a seus discípulos. Dessa forma seremos realmente eficazes em nossa proclamação do Evangelho. Corações generosos, almas cuidadosas, e línguas corajosas são necessários nos dias atuais. Dessa forma continuaremos a sagrada missão de anunciar de anunciar a Jesus, tomando parte na obra dos profetas e apóstolos e enviados por Deus.

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