sábado, 9 de novembro de 2013

A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 03 – ISRAEL NO EGITO



A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 03 – ISRAEL NO EGITO


O Egito tem uma rica e longa historia, abrangendo os 30 séculos que vão de 3.300 à 300 aC. Era uma nação desenvolvida e de grande conhecimento em literatura, agricultura, matemática, artesanato, política, e técnica militar.

A descida da família de Israel para o Egito se deu no período médio e sucessivo, uma época na qual a nação egípcia estava em grande glória, com organização, construções e crescimento.

1.      MOTIVOS DE ISRAEL NO EGITO.

Þ     MOTIVO SOCIOLOGICO:

Em Canaã seria muito para os israelitas entrarem em casamentos mistos e, com isso, rapidamente perderem sua identidade de povo separado.

No Egito, este perigo era distante, porque os egípcios, bem antipáticos com outros povos, especialmente nômades criadores de ovelhas (Gn 46,34), não se misturariam. Assim Israel ficaria isolada de outras nações, unida e livre para crescer.

Þ     MOTIVO PSICOLOGICO:

Todo filho, ao nascer, para desenvolver-se bem, precisa ser protegido, ser bem alimentado, receber respeito, carinho e amor. O Egito cumpriu este papel! A lactente nação foi muito bem recebida (Gn 45,17-18); deu-se-lhes o melhor da terra (Gn 45,20); houve cura das feridas emocionais no pai (Gn 45,28) e nos irmãos que se sentiam culpados, mesmo depois de muitos anos (Gn 50,20-21). Acima de tudo, sentiram em tudo isto o apoio e carinho paternal de Deus (Gn 48,15-16).

Þ     MOTIVO REVELACIONAL:

A transferência de Israel para o Egito prova o controle de Deus sobre a situação e a historia (Gn 45,45). Deve-se observar que mais tarde, na retirada do povo. Deus usou Egito novamente para se mostrar ao mundo como Senhor de toda a terra, quando arrasou a mais desenvolvida nação através das dez pragas (Ex 15,14-16 e Js 2,10-11).

Þ     MOTIVO ESPIRITUAL:

Israel ainda não podia tomar posse de Canaã, uma vez que os povos ali residentes ainda não estavam maduros para sofrerem o juízo divino








2.      CONSEQUENCIAS DE ISRAEL NO EGITO.

Þ     DE FAMILIA A POVO (Ex 1,7):

Com todas as condições descritas acima “os israelitas foram fecundos e multiplicaram-se; tornaram-se tão numerosos e tão fortes, que a terra ficou cheia deles”. (Ex 1,7) – de 70 pessoas (Gn 46,26-27) a 600.000 homens sem contar mulheres  e crianças (Ex 12,37). De acordo com o censo em Nm 1, os homens contados são os de 20 anos para acima.

Þ     ESCRAVIDÃO E OPRESSÃO (Ex 1,1-22):

Passaram-se mais de 300 anos desde a morte de José, o que equivale a 430 anos que o povo de Jacó ficou no Egito. Com um grupo de estrangeiro tão numeroso na fronteira, Faraó se inquietou (Ex 1,9) e, assim, a condição privilegiada se transformou em escravidão.

O Egito estava em expansão e, com seus programas de construção, os egípcios “usaram de astúcia” (v10) para ter mãos de oba gratuita e tentar impedir o crescimento demográfico de Israel.

Þ     O PREPARO DE UM LIBERTADOR (Ex 2,1-25):

Como libertador Deus escolheu Moises, da tribo de Levi. Seu preparo durou oitenta anos: quarenta no Egito aprendendo a ler e escrever, administração civil, ciências e artes (At 7,22); os outros quarenta anos, longe do Egito, aprendendo a ser pastor (vs 11-25).

Þ     O PLANO E PROGRESSO DA REDENÇÃO (Ex 4-11):

Moises foi vocacionado e ali, pela primeira vez. Deus revelou seu nome “Eu sou” (Ex 3,14); concedeu poderes a Moisés (u 4,1-17); enviou-o a Faraó. Quanto a Faraó. Deus endureceu seu coração ao deixá-lo agir e seguir o caminho a seu modo, e assim todos viram quem é Deus, devido às pragas lançadas sobre o Egito. Cada uma delas atingiu e desmascarou um deus egípcio.

a)      Água transformada em sangue – “Eu sou” fez com que o Nilo trouxesse ruína e não prosperidade, afogando com isto, o deus Osíris;
b)     As rãs – difundiram o nojo e asco, e no a adoração ao deus Hect (deus da ressurreição em forma de rã);
c)      Os pilotos e as moscas – geraram inquietação e irritabilidade, atingindo Ísis (a deusa da vida);
d)     A peste nos animais – desacreditou os deuses Hator e Apis (deuses da fertilidade em forma de touro e vaca);
e)     As úlceras – tornam enferma a fé em Imotep (o deus da medicina);
f)       A chuva de pedras – tornou pó e cinza fé na deusa Nut (deusa do céu);
g)      Os gafanhotos – devoraram a fé no deus Set (deus protetor das colheitas);
h)      As trevas – humilharam o deus Rá (deus do sol).

Sendo o Egito uma nação rica e poderosa, automaticamente seus deuses também o eram. Porem, no Êxodo de Israel, magos do Egito confessaram “Então os mágicos disseram ao faraó: “Isso é o dedo de Deus”. Mas o coração do faraó permaneceu endurecido e, como o Senhor havia predito, não ouviu Moisés e Aarão”. (Ex 8,19); todos os povos da terra concordaram (Ex 15,15-15); os israelitas entenderam “Quem entre os deuses é semelhante a vós, Senhor? Quem é semelhante a vós, glorioso por vossa santidade, temível por vossos feitos dignos de louvor, e que operais prodígios?” (Ex 15,11).

Þ     A INSTITUIÇÃO E OBSERVANCIA DA PASCOA (Ex 12,1-27)  

A décima praga, contra a principal divindade do Egito, Osíris (doador da vida), bem como contra o próprio Faraó, atingiria os primogênitos, entre os quais o primogênito de Faraó (os egípcios criam que os faraós eram encarnações da divindade).

Até aqui, “eu sou” fizera distinção entre egípcios e israelitas, mas, para ensinar que “Aliás, conforme a lei, o sangue é utilizado, para quase todas as purificações, e sem efusão de sangue não há perdão”. (Hb 9,22), agora Ele institui a páscoa, que representa vida através do sangue do cordeiro, com todo seu ritual e simbolismo. Com isto já preparava Israel para receber estatutos e ordenanças futuras no Sinai. Dali  em diante estas festas passou a ser comemorada todos os anos. Jesus a comemorou com os discípulos na ceia do Senhor, sendo Ele o Cordeiro Pascal, e deixou a ceia como ordenança à sua igreja “até que ele venha”.

O Egito cumpriu por 430 anos o papel de uma sementeira para Israel. Depois disto, serviu como um grande palco teatral no qual o mundo inteiro assistiu e temeu a Deus verdadeiro, denunciando a falsidade da idolatria. Hoje ele cumpre o papel de exemplo de escravidão às pessoas não convertidas.


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