segunda-feira, 31 de outubro de 2011

ESTUDO DO SALMO 04


Tema – Alegria pela proteção e pela paz de Deus. Podemos co0locar nossa confiança em Deus, porque Ele ouvirá quando clamarmos.

Autor – Davi.

1 Responde-me quando eu clamar, ó Deus da minha justiça! Na angústia me deste largueza; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração.
2 Filhos dos homens, até quando convertereis a minha glória em infâmia? Até quando amareis a vaidade e buscareis a mentira?
3 Sabei que o Senhor separou para si aquele que é piedoso; o Senhor me ouve quando eu clamo a ele.
4 Irai-vos e não pequeis; consultai com o vosso coração em vosso leito, e calai-vos.
5 Oferecei sacrifícios de justiça, e confiai no Senhor.
6 Muitos dizem: Quem nos mostrará o bem? Levanta Senhor, sobre nós a luz do teu rosto.
7 Puseste no meu coração mais alegria do que a deles no tempo em que se lhes multiplicam o trigo e o vinho.
8 Em paz me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança.

COMENTARIO

4,1ss – Talvez esse Salmo tenha sido escrito após Davi  pedir que seus inimigos reconsiderassem o apoio a Absalão. Outros vêem este Salmo como uma oração pelo livramento de uma calamidade, como uma estiagem (ver v. 7). É provável que tenha sido composto logo depois do Salmo 03.

4,3 – “Piedoso” é aquele que é fiel e dedicado a Deus. Davi sabia que Deus o ouviria e responderia quando clamasse. Nós também podemos ter a confiança de que Deus ouve as nossas orações e as responde. As vezes pensamos que o Senhor não nos ouvirá, porque não atingimos seus altos padrões em relação a uma vida santificada. Mas se confiarmos em Cristo e em sua salvação. Deus nos perdoará e nos ouvirá.  Quando você sentir que suas orações não estão “passando do teto”, lembre-se de que, como um cristão, você foi escolhido e separado por Deus; Ele o ama, ouve e responde suas orações, embora as respostas possam não ser o que você esperava. Olhe para os seus problemas à luz do poder de Deus em vez de olhar para Deus a sombra dos seus problemas.

4,5 – Na época de Davi, a adoração incluía sacrifícios de animais por parte dos sacerdotes no Tabernáculo. O sangue do cordeiro cobria os pecados de pessoas que o oferecia. Existiam regras especifica para a oferta dos sacrifícios, mas o que era realmente importante para deus, mais do que a cerimônia, era a atitude de submissão e obediência do ofertante (1 Sm 15,22-23). Hoje, os “sacrifícios da justiça” agradável a Deus, ainda são os mesmos. Ele que a nossa obediência e o nosso louvor como oferta (Hb 13,15) entregue a Deus seu sacrifício de obediência total e de louvor sincero!
4,7 – Dois tipos de alegria são contrastados aqui: a que vem de conhecer e confiar em Deus e a que vem como resultados de circunstancias agradáveis. A primeira será constante se confiarmos em Deus; a segunda é circunstancial, portanto imprevisível. A alegria espiritual derrota o desânimo; a circunstancial apena o encobre.

Marco Antonio Lana

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

JESUS ALERTA CONTRA OS LIDERES RELIGIOSOS – Mc 12,38-40; Lc 20,45-47


Mt 23,1-12

1. Dirigindo-se, então, Jesus à multidão e aos seus discípulos, disse:
2. Os escribas e os fariseus sentaram-se na cadeira de Moisés.
3. Observai e fazei tudo o que eles dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem.
4. Atam fardos pesados e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros dos homens, mas não querem movê-los sequer com o dedo.
5. Fazem todas as suas ações para serem vistos pelos homens, por isso trazem largas faixas e longas franjas nos seus mantos.
6. Gostam dos primeiros lugares nos banquetes e das primeiras cadeiras nas sinagogas.
7. Gostam de ser saudados nas praças públicas e de ser chamados rabi pelos homens.
8. Mas vós não vos façais chamar rabi, porque um só é o vosso preceptor, e vós sois todos irmãos.
9. E a ninguém chameis de pai sobre a terra, porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus.
10. Nem vos façais chamar de mestres, porque só tendes um Mestre, o Cristo.
11. O maior dentre vós será vosso servo.
12. Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado.

COMENTÁRIO

23,2-3 – As tradições dos fariseus, bem como a interpretação e a aplicação de suas leis tornaram-se para eles tão importantes quanto a Lei de Deus. As leis farisaicas não eram totalmente más, algumas eram até benéficas, mas problemas surgiam quando os lideres religiosos:
  1. Sustentavam a idéia d que as leis elaboradas por homens eram iguais as criadas por Deus;
  2. Recomendavam a todos que obedecessem as suas leis, porem eles mesmos não as respeitavam;
  3. Obedeciam às leis não para honrar a Deus, mas para terem uma aparência de homens justos geralmente não condenou o que os fariseus ensinavam. Mas a hipocrisia deles.

23,5 – esses homens levavam tiras de couro que continham versículos das Escrituras. As pessoas muito religiosas atavam-nas à testa  ou aos braços, a fim de obedecerem literalmente à recomendação em Dt 5,8; Ex 13,9.16.   Mas essas tiras, que eram muito grandes haviam se tornado mais importantes pelo prestigio que conferiam aos que a usavam do que pela verdade que continham.

23,5-7 – Jesus expõe novamente as atitudes hipócritas dos lideres religiosos, que conheciam a escritura, mas não viviam de acordo com elas. Não se preocupavam em ser santos, apenas em aparecer santos, a fim de serem admirados e louvados pelo povo.
Atualmente, assim como os fariseus muitas pessoas afirmam conhecer a Bíblia, mas não permitem que a Palavra de Deus modifique sua vida. Afirmam seguir a Jesus, mas não vivem de acordo com seus padrões de amor. Devemos assegurar-nos de que nossos atos estão de acordo com nossa crença.

As pessoas desejam alcançar posições de liderança não apenas nos negócios seculares, mas também na Igreja.  É muito perigoso quando o amor a uma posição se torna maior do que a lealdade a Deus. Foi isso que aconteceu com os fariseus e com os doutores da lei.

Jesus não é contra todos lideres; é contra os que servem apenas a si mesmos e não aos outros.

Precisamos de lideres que sejam verdadeiramente cristãos.

23,11-12 – Jesus desafiou as normas da sociedade. Para Ele a grandeza vem do serviço da doação de si mesmo para servir a Deus e aos semelhantes. Servir nos mantém consciente das necessidades dos outros e nos impede de enfocar apenas as nossas. Jesus veio como servo. E você, que espécie de grandeza busca?

MEDITAÇÃO

a)     Retomar palavras ou expressões que chamaram a atenção.
b)     Por que Jesus nos fala para obedecer às autoridades, mas não fazer o que eles fazem?
c)      Quem é o verdadeiro Pai e o verdadeiro Mestre?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

DINOSSAUROS E A BIBLIA



I.                 INTRODUÇÃO

DINOSSAUROS. Desde o ano de 1993 que os dinossauros estão na "moda". Para este fato contribuiu o filme Jurassic Park, de Steven Spielberg. A alusão a uma possível existência de dinossauros tornou lucrativa a indústria cinematográfica, televisiva, brinquedos e jogos sobre estes animais.

Muitos cristãos ainda duvidam se os dinossauros encaixam na Bíblia. A dúvida existe porque nas escolas, nos manuais e em quase todo o lado, a existência dos dinossauros está associada à teoria evolucionista, primeiramente desenvolvida por Charles Darwin (embora este se tenha retratado posteriormente).

Contudo, os cristãos não devem recear falar destes temas. Pelo contrário. A oportunidade é única. Finalmente, o mundo pode saber que os dinossauros existiram, mas que por esse motivo a evolução é uma teoria falsa. Se as teorias do mundo mudam constantemente, a Palavra de Deus é imutável. A Bíblia não se declara como um livro de estudos científicos, mas Deus garante-nos que na Sua Palavra temos tudo o que precisamos saber sobre a vida e a piedade (“visto como o seu divino poder nos tem dado tudo o que diz respeito à vida e à piedade, pelo pleno conhecimento daquele que nos chamou por sua própria glória e virtude;” 2 Pd 1,3). Os estudiosos da Bíblia e os que amam a Deus não podem relegar exclusivamente à ciência a discussão sobre a origem da vida. Estas questões, e suas respostas, são de natureza teológica. Só Alguém que esteve presente nesses acontecimentos, quando o Universo passou a existir, pode explicar o que aconteceu - e esse Alguém... é DEUS.

I.1. NO PRINCÍPIO...

“No princípio, criou Deus os céus e a terra" Gn 1,1. Este verso bíblico explica, entre outras coisas, que sem Deus, nada do que hoje existe, existiria. Não se trata de uma teoria criacionista, mas de um fato. Ele criou o Universo, a Terra e TUDO o que nela há (“Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou;” Ex 20,11a). A Bíblia, o único livro totalmente de confiança, será a nossa fonte primordial. Ela é a autoridade máxima, porque ela é a Palavra de Deus escrita.

I.2. A DESCOBERTA

Ossos Fossilizados. Foi em 1677 que foi descoberto um grande osso. O seu descobridor foi Robert Plot. O osso foi tido como pertencente a um elefante gigante, Quase 200 anos mais tarde, em 1822, Anne Mantell descobriu em Sussex (Inglaterra) um osso que brilhava ao sol. Levou-o ao seu marido, que era colecionador de fósseis. Era um dente, e o dr. Gideon Mantell concluiu pertencer a um ser já extinto, da família das iguanas.

A origem da "febre". Somente em 1841, Richard Owen utilizou a palavra dinossauro referido a um réptil gigante. Entretanto, e desde então, já foram descobertos ossos de diferentes tamanhos - desde 2 a 9 metros de comprimento.

A Bíblia Sagrada fala-nos de dinossauros. O livro de Gênesis conta-nos quando e como os dinossauros foram criados. Também nos conta que os dinossauros entraram na arca com Noé e sua família, viveram naquele enorme navio durante um ano, e saíram dele juntamente com os outros animais quando terminou o dilúvio. Hoje, parece que os dinossauros já se extinguiram. Mas quando se fala destes animais, pensamos sempre que eles eram enormes. Terá sido assim?

II.             A TEORIA EVOLUCIONISTA

Quando os ossos foram achados, os evolucionistas esfregaram as mãos. Pensavam que estava provada a sua teoria e, porque pensavam que a Bíblia não falava dos dinossauros, consideravam este Livro ultrapassado e sem valor. Começaram a fazer desenhos e reconstruções com materiais artificiais esses desenhos de dinossauros. Depois, inventaram a idade dos mesmos - 65 milhões de anos.

É evidente que os ossos existentes provam que os dinossauros existiram. Os cristãos nunca o negaram. Contudo, esses mesmos ossos não permitem uma reconstrução factual e na íntegra, da forma esquelética da maior parte dos dinossauros. Aliás, mesmo que se pudessem recolher ossos que correspondessem a 40% de um dinossauro, não eram possíveis afirmar qual a sua fisionomia, qual a cor da sua pele, ou de que se alimentava.

Já muitos ouviram falar do Brontossauro com o seu longo pescoço, mas poucos sabem que é uma farsa. Os cientistas descobriram que colocaram o osso da cabeça errada no abdômen do dinossauro errado! É por isso que esse "dino" inventado não surge nas modernas enciclopédias e dicionários. Quase todas as reconstruções são fictícias. Só as que se baseiam em fósseis são críveis, como sucede com o Archaeornis (ave).

JURASSIC PARK - A idéia sugerida pelo filme Jurassic Park é a existência de um parque atual onde existem dinossauros, os quais se desenvolveram a partir da extração feita por um cientista do DNA de dinossauros existente em ovos ou ossos do chamado "período jurássico" (termo evolucionista). Contudo, tal é impossível. Mesmo nas condições mais favoráveis, o DNA não consegue manter-se mais do que algumas centenas ou mil anos. E para o renascimento laboratorial de um dinossauro, além do DNA perfeito, é necessário um dinossauro-feminino vivo que ceda as células correspondentes - e, claro, da mesma espécie. Onde está ela?

A palavra neo-testamentária para paraíso é traduzida literalmente do grego como pardec, o que significa parque. O realizador de Holywood, promotor do movimento Nova Era, quer com o seu "Parque Jurássico" reviver os dinossauros, melhor, o "grande Dragão" (Satanás) através de uma farsa evolucionista.

Os dinossauros existiram. Mas existiram juntamente com o homem, não com os "homens-macacos" com os nomes que os evolucionistas lhes chamam. Falam, muitas vezes, dos "homens das cavernas". O que não sabem é que, no futuro, na grande tribulação, “E os reis da terra, e os grandes, e os chefes militares, e os ricos, e os poderosos, e todo escravo, e todo livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;” (Ap. 6,15. Ver Is. 2,19-22)! Curiosamente, quem se esconderá nas cavernas serão os evolucionistas e os que terão medo de Deus, face ao julgamento que o Senhor trará um dia ao mundo. Por isso, concluímos que esse filme, e todas as alusões evolucionistas aos dinossauros, não passam de instrumentos que Satanás usa para pôr em causa a criação divina, perfeita e valorosa.

III.         O QUE DIZ A BÍBLIA?

A primeira referência a animais "dinossauricos" é Gn. 1,21 "Deus criou as grandes baleias". A palavra hebraica para baleias é tanniym, que significa «monstro». Esta palavra surge mais de 20 vezes em toda a Bíblia.



O LEVIATÃ. Outra passagem relativa a dinossauros é Is 27,1. Este tipo de dragão marinho é chamado Leviatã (veja Salmo 74,14; 104,25-26), e está descrito pelo próprio Deus em Jó 41,1-34.





"Naquele dia o Senhor castigará com a sua dura espada, grande e forte, o Leviatã, a serpente veloz, e o Leviatã, a serpente tortuosa, e matará o dragão que está no mar" (Is 27,1)
"Fizeste em pedaços as cabeças do leviatã, e o deste por mantimento aos habitantes do deserto" (Salmo 74,14)
"Tal é este vasto e espaçoso mar onde se movem seres inumeráveis, animais pequenos e grandes. Ali passam os navios; e o leviatã para nele folgar" (Salmo 104,25-26)

Cumpre notar que estas passagens referenciam o Leviatã como sendo um animal que vivia no mar. Algumas traduções da Bíblia têm em rodapé (não no texto original) a referência que o leviatã é o crocodilo. Sucede, porém que o crocodilo não se pode comparar ao ser descrito nas passagens referenciadas, nem em Jo 41. A passagem bíblica de Salmo 104,26 chega mesmo a quase comparar o leviatã a um navio (não um pequeno barco!), pois diz: «ali passam os navios; e o leviatã para nele folgar».

O Leviatã é apresentado como um animal temido, saindo chama (entenda-se, calor) da sua boca (v.21), com pele tão espessa (15-17) que nem espada ou pedra o afugenta. Curiosamente, lemos no verso 9 de Jo 41 "eis que a sua esperança falhará" numa clara e evidente referência à sua extinção. Por outro lado, isso significa que o homem conviveu com ele, pois o descreve de uma forma muito completa.




O BEEMOTE. Também Jo 40,15-24 fala do Beemote, que era um ser herbívoro (v.15). Ele movia a sua cauda, com ossos fortes (v.17) e era impossível de capturar (v.24). Embora algumas versões da Bíblia o apresentem como o hipopótamo, a descrição não é conducente com esse animal, mas com um dinossauro.





IV. ESPÉCIES DE DINOSSAUROS

Todos foram répteis. Os dinossauros pertencem à categoria dos Répteis. Dinossauro significa lagarto terrível. E o lagarto é um ser rastejante. Não foi Adão quem deu os nomes por que hoje conhecemos os dinossauros. Esses nomes são mais recentes. Aliás, a Bíblia refere que Adão só deu nomes às aves e aos mamíferos (Gn. 2,19s) - não aos animais rastejantes, insetos ou criaturas marinhas. Mesmo assim, o seu trabalho não foi pouco! Cerca de 8600 aves e 5500 mamíferos, foi o trabalho de Adão..

Quanto aos dinossauros, em específico, podemos citar algumas espécies. As espécies a seguir referenciadas têm credibilidade científica e criacionista - isto é, há provas de que assim teria sido. Fundamentalmente, a base são fósseis existentes em vários lugares do mundo, que permitem que se chegue a determinadas conclusões.

Os fósseis são formados a partir de marcas deixadas ou de restos de plantas/animais. Há a secagem dos mesmos, prensagem sob grande peso de lodo e depois, alguns anos (dezenas, centenas ou milhares, conforme os casos) para a sua preservação.

  1. OS RÉPTEIS GIGANTES
Diplodocus. Este dinossauro foi um dos mais compridos dentre os que perambularam na nossa terra. Crê-se que tenha tido pelo menos 30 metros de comprimento. Tinha uma cauda e pescoço grandes, o que em relação ao corpo, permitia o seu equilíbrio. Talvez, em altura, atingisse, com o seu pescoço, o quarto andar de um edifício. Era herbívoro. Muitos associam este ser ao Beemote citado nas Escrituras. O Diplodocus tinha um furo no topo da cabeça por onde poderia respirar quando estivesse com o corpo na água.

Braquiossauro. Com as mesmas características do Diplodocus, era menor (cerca de 15m), mas pesava cerca de 80 toneladas. Mais pesado do que ele, o Ultrassauro, com 90 toneladas, e o Sismossauro, cujo peso preciso se desconhece.

Apatossauro. Pesava cerca de 40 toneladas e tinha um pescoço de cerca de 6 metros, medindo em comprimento 22 metros. Era herbívoro (só comia plantas). Tinha 24 dentes com o formato de uma colher, que não serviam para mastigar alimentos. Logo, deverá ter engolido pedras ásperas do tamanho do punho de um homem para ajudar a triturar a comida no seu estômago, como fazem alguns pássaros e crocodilos.

Tiranossauro Rex. Foi, provavelmente, a mais terrível máquina mortífera que andou sobre a terra. O seu nome significa "o rei tirano dos lagartos". Todos os animais e homens teriam medo dele. Media 5 metros de altura. Cada pata traseira ocupava o espaço de 1 metro quadrado. Era carnívoro, tendo na sua boca 60 dentes, com 15cm de comprimento. que eram como facas de pontas com bordas serrilhadas, o que lhe facilitava rasgar a carne. No entanto, as descobertas mais recentes levam-nos a acreditar que ele também se terá alimentado de alimentos macios.

  1. OS DINOSSAUROS INCOMUNS
Triceratops. Este dinossauro, com certa aparência engraçada, tinha três chifres. Era um ser herbívoro, e acredita-se que era um potente lutador. Dois dos seus chifres tinha 60 cm e o outro, logo acima da sua boca, um chifre forte pontiagudo de 15 cm.

Estegossauro. Este dinossauro tinha uma fileira de placas ósseas nas suas costas, com parecência de velas de barcos. Essas placas regulavam a temperatura do seu corpo, expelindo o calor quando estava muito quente, e absorvendo o calor quando sentisse frio. Estegossauro significa "lagarto curvado", porque ele possuía costelas fortemente curvadas. No final do seu rabo, havia quatro pontas, medindo cada uma delas 90 cm de comprimento e 15 cm de espessura. Possivelmente, o seu rabo era usado como chicote para perfurar o couro duro dos seus inimigos.

Paquicefalossauro. Este terá sido o dinossauro mais esquisito, pois tinha uma cabeça ossuda, rodeada por saliências ósseas parecidas com verrugas. Tinha ainda ossos pontiagudos no nariz. Possivelmente usava a cabeça para se defender, dando cabeçadas nos outros animais. Tinha 1,70m de altura, portanto, a altura de um homem médio, e era herbívoro.

Dinossauro Bico-de-Pato. Este dinossauro era parecido com um pato - a sua boca tinha o formato de um bico de pato, sendo herbívoro. Possuía suas fileiras de dentes na parte de trás da mandíbula superior, e duas fileiras de dentes na parte de trás da mandíbula inferior. Cada fileira tinha 500 dentes, o que totalizava 2.000 dentes numa só boca - no entanto, esses dentes não eram usados todos simultaneamente. Em 1908, um coleccionador encontrou fósseis de dois bicos-de pato em Wyoming, EUA - até as peles estavam preservadas em fósseis. Deste modo, foi possível verificar que tinham pele grossa, semelhante ao do crocodilo. Tinham as costas escuras e a frente de cor clara. Recentemente foi encontrado um "cemitério" de bicos-de-pato no norte do Alaska (EUA). Desconhece-se contudo, se viviam em terra ou nos pântanos.

3. RÉPTEIS DO MAR

Ictiossauro. O primeiro fóssil marinho foi encontrado por Mary Anning de 12 anos. A criatura tinha quatro nadadeiras, longos maxilares cheios de dentes. A forma aerodinâmica do seu corpo era parecida com os golfinhos, medindo cerca de 9 metros.

Plesiossauro. Em 1925, Charles Moore estava na praia de Moore, na Califórnia, e encontrou um esqueleto deteriorado de um monstro que parecia uma serpente

4. RÉPTEIS DO AR

Pteranodon. Este réptil voador com 15 metros de envergadura das asas tinha uma cabeça de 1,80m de comprimento, incluindo uma crista de 70 cm que se estendia para trás, conforme a figura acima reproduzida. Essa crista, bastante fina, tinha a função de dar equilíbrio aerodinâmico ao seu longo bico desdentado. Apesar do seu grande tamanho, pesava apenas cerca de 13 Kg ! Deus projetou esta criatura magnífica para voar - os seus ossos ocos tornavam-o leve e eficiente. Tinha ainda uma bolsa debaixo da goela, onde armazenava pequenos peixes e animais marinhos que pescava nas águas.

Arqueoptérix. Esta criatura tinha asas e penas. Possuía garras nas suas asas e assim conseguia trepar as árvores e voar. No entanto, essas garras não são uma evidência de que estava a evoluir de um réptil para um pássaro. Nunca foi encontrado qualquer esqueleto que indicasse um estágio intermediário de evolução.

Aliás, ainda hoje, existe um pássaro na América do Sul, chamado Hoazin, que tanto pode trepar a árvores como voar - tem na parte da frente de cada asa duas garras que usa para trepar enquanto pequeno - e é evidente que não está a evoluir, sendo um pássaro.
Foto: Fóssil de arqueoptérix encontrado em Berlin (Museu Britânico de História Natural)

5. DINOSSAUROS PEQUENOS. Quando falamos em dinossauros, pensamos logo em monstros. Mas existiram dinossauros muito pequenos... É o caso do Compsognatus que não era maior que uma galinha, bem como o Struthiomimus. O Ranforinco foi um dos menores répteis voadores, com cerca de 50 cm de comprimento. Dentre os répteis voadores, tinha uma aparência estranha, por causa do seu rabo longo e fino com um leme na ponta. A existência destes pequenos dinossauros prova a impossibilidade de evolução, porque todas estas espécies viveram em comum, no mesmo período de tempo.

V. OS DINOSSAUROS E O DILÚVIO

Criados para se Multiplicar. No Quinto dia da Criação, Deus começou a povoar a terra com seres viventes. Criou, pois os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rasteja, os quais povoaram as águas, segundo a sua espécie (Gn. 1,21). No Sexto Dia, Deus criou os animais selváticos, segundo a sua espécie, e todos os répteis da terra (Gn 1,25).

Muitas pessoas não acreditam que Deus tenha criado os répteis e o Homem no mesmo dia (sexto). Dizem por isso, que levou bilhões de anos para que os animais evoluíssem das substâncias químicas das águas. Talvez seja por essa incredulidade que Deus repete por três vezes que criou os répteis no mesmo dia que o Homem (v. 24, 25-26).

Quando Deus os criou eram todos herbívoros e inofensivos. A Bíblia diz: "E a todos os animais da terra... em que há fôlego de vida, toda a erva verde lhes será para mantimento" (Gn 1,30). Foi só depois da queda de Adão e Eva que alguns deles se tornaram carnívoros, por causa do pecado.

A Camada de Vapor. Deus colocou, quando criou a Terra, uma camada de água ao redor da Terra, acima da atmosfera, que servia de proteção (Gn. 1,6-8). Era um véu invisível de vapor de água. Através dela as pessoas podiam ver o sol durante o dia, e a lua e estrelas durante a noite. Essa camada de vapor funcionava como uma estufa, conservando o calor da terra. Não havia, portanto, as regiões geladas do Ártico ou da Antártica. Durante 1600 anos aquela camada protegeu a terra da luz direta dos raios solares. Os cientistas afirmam que a luz ultravioleta do sol é mortal para todos os tipos de vida. Ora, antes do dilúvio, as pessoas não recebiam o sol diretamente, mas filtrado por essa camada de vapor, o que permitia que as pessoas, animais e plantas vivessem e crescessem muito mais do que hoje.

A Arca. Os homens multiplicaram-se sobre a terra. E também multiplicaram a maldade e o seu pecado, a tal ponto que Deus não podiam mais suportar tal situação. Assim, o Senhor queria fazer desaparecer da terra o homem, animal, réptil e aves que tinha criado (Gn. 6,7). No entanto, Deus encontrou um homem, Noé, que era justo perante Deus, porque confiava nEle. Deus agradou-se com ele, e por isso, disse-lhe para fazer uma Arca para alertar o mundo do julgamento de Deus. Com a arca, seria salva a família de Noé, e representantes de todas as espécies de aves e animais terrestres (os peixes e animais marinhos ficariam no mar, mas uma grande parte deles morreria com a enchente). Deus deu a Noé as medidas exatas da arca. Ela deveria ter três andares. A arca media 135 metros de comprimento, 23 de largura e 14 de altura. As pessoas zombaram de Noé e sua família que durante 120 anos construíram a Arca, pois nunca tinha chovido na terra, até a altura, devido à camada de vapor existente por volta da terra. Mas chegou o dia do julgamento. Então, as "comportas dos céus se abriram" (7,11), isto é, a camada de vapor transformou-se em água, chovendo assim sobre a terra.

Os Dinossauros entraram na Arca. A Palavra de Deus diz-nos que entrou na Arca um par dos animais imundos e sete dos não-imundos. Lemos ainda em Gn. 7,7-9, que entrou na arca "de todos os répteis sobre a terra”. Logo, os dinossauros também entraram! É claro que os mais cépticos argumentarão... Será que entraram dois Braquiossauros, de 80 toneladas cada?
A Arca era muito grande. Como já referido, as dimensões da arca eram gigantescas. Calcula-se que nela caberiam 520 vagões de um comboio. Nela teriam entrado cerca de 40.000 animais. E, logicamente, girafas, elefantes, e outros grandes animais.

Os Dinossauros cresciam sempre. Eis a outra face da questão. Os homens crescem até aos 20/30 anos. Então, pára o crescimento. Mas os dinossauros cresciam sempre! Ora, Deus trouxe para a Arca somente os pares que pudessem "povoar a terra e nela se multiplicarem" (Gn. 8,17). Deste modo, os enormes dinossauros não entraram na Arca - eles seriam "avós" e não se podiam reproduzir. Mas, em contrapartida, entraram os jovens dinossauros - menores, é verdade, mas dinossauros.

Os Dinossauros Saíram da Arca. Tal como entraram, também saíram da Arca. É claro que o mundo que encontraram era diferente do que estavam habituados a viver antes do dilúvio. Mas, mesmo assim, viveram e multiplicaram-se durante alguns anos.

Por isso, os dinossauros conviveram com o Homem. Independentemente de todas as argumentações sobre o assunto, deixemos a ciência falar...

De acordo com as idéias evolucionistas, o homem não evoluiu até centenas de anos após a formação das rochas cambrianas e a extinção de trilobites, as quais, segundo os mesmos são do tempo dos dinossauros. (Prof. H.Andrews, Museu de W.J.Meister, Jr.)

Está, pois provado, cientificamente, que os homens conviveram com os dinossauros. E a Bíblia atesta-o completamente (Jó 40 e 41).

VI. A EXTINÇÃO DOS DINOSSAUROS

A Divisão da Terra. A Terra não teve sempre a configuração atual. Ela quer antes quer depois do dilúvio era toda una. Mas cerca de 800 anos depois do dilúvio, nos dias de Pelegos, deu-se a divisão da terra em continentes (Gn. 10,25). Nessa altura, quando já tinha havido a confusão das línguas na torre de Babel, os povos de então se tinham repartido pela terra, e estavam reunidas as condições para a separação em grandes continentes. Muitas causas podem ser apontadas para o desaparecimento da maior parte das espécies de dinossauros: fome, clima, novas doenças. Mas é errado dizer, sem provas, que foi algum meteoro ou cometa que tenha caído sobre a terra. Tal impossibilitaria a vida, e extinguiria a própria vida humana, o que nunca se verificou. A Bíblia relata a maior catástrofe que houve sobre a terra, e essa maior catástrofe foi o dilúvio, e não a queda de algum cometa. 

É possível que, quando da divisão da terra em continentes, tenha havido a perda das condições para a vivência dos dinossauros, mas afinal, por que se dá tanta atenção á extinção dos dinossauros? Afinal, milhares de espécies - mamutes, mastodontes, lobos, etc. extinguiram-se e continuam a extinguir-se. Deus, ao criar estes répteis poderosos, quis mostrar como Ele é Todo-Poderoso. Se, entretanto Deus permitiu a sua extinção, é porque era necessário em face das novas condições da vida na terra.

Mas... Extintos em absoluto? Hoje... Ainda Há Dinossauros Vivos! Nada de espantar. Há notícias de que dinossauros vivos têm sido vistos na Terra. Nativos do Congo dizem ter visto criaturas parecidas com dinossauros. Em 1977, pescadores japoneses viram um réptil enorme no sul do Oceano Pacífico.

Dragão de Komodo. Mas não é preciso acreditar nesses testemunhos. Se quiser ver um dinossauro, basta ir à ilha de Komodo, na Indonésia. Lá se pode ver o maior lagarto do mundo - tem todas as características dos dinossauros, medem 3 metros e pesam 150 Kg.

Iguana de Mona e as Tartarugas dos Galápagos. São mais dois seres da família dos dinossauros. O primeiro, na ilha do Caribe, e o segundo, na ilha dos Galápagos. A tartaruga dos Galápagos chega a pesar cerca de 300 Kg!

Não devemos ficar surpresos se algum dia chegar uma notícia com uma foto de um dinossauro, por exemplo, aquático, vivo. As existências atuais de certas espécies de dinossauros só provam que a teoria da evolução não é fidedigna. Os dinossauros conviveram e podem conviver com o homem. Mas acima de tudo, importa falar do Poder de Deus, ao criar estes seres. E se este Senhor criou estes seres, e permitiu a sua extinção, quanto maior será o julgamento daqueles que, persistindo em pecado, não querem aceitar a dá vida de Deus, isto é, o Senhor Jesus Cristo, que hoje, a todos, oferece a salvação gratuita a todo aquele que nEle crer e o receber pela fé.

Por - Marco Antonio Lana - Teólogo Bíblico. 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

SARA




Sara foi à esposa de Abraão e a mãe de Isaque. Junto com Abraão, ela se tornou a matriarca do povo judeu. Sara ficou conhecida por sua fé em Deus e seu apoio a Abraão.

 

Quando Abraão obedeceu a Deus e deixou a sua cidade para ir para a terra prometida, ele levou sua esposa Sara com ele. Naquele tempo eles se chamavam Abrão e Sarai. Mesmo tendo 65 anos de idade, Sarai aceitou a decisão de seu marido e o acompanhou, passando a viver em tendas para o resto de sua vida.

 

Uma mulher muito bonita

 

Sarai era muito bonita e, quando foram para o Egito, Abrão ficou com medo que os egípcios o matassem para ficar com sua esposa. Por isso fingiram que eram irmãos (Gênesis 12:11-13). O faraó gostou de Sarai e a levou para seu palácio mas Deus revelou ao faraó que ela era a esposa de Abraão. O faraó não gostou de ter sido enganado e mandou Abrão e Sarai embora do Egito.

 

Anos mais tarde, eles fizeram a mesma coisa entre o povo de Gerar. Abimeleque, o rei de Gerar, tomou Sara para ser sua esposa, mas, mais uma vez, Deus lhe revelou que ela era a esposa de Abraão. Abimeleque censurou Abraão por ter mentido e quase trazido desgraça sobre seu povo (Gênesis 20:9). Abimeleque não tocou em Sara e ela voltou em segurança para seu marido.

 

Um filho para Abrão

Dez anos depois que Deus tinha prometido pela primeira vez uma terra e muitos descendentes a Abrão, Ele repetiu a promessa, garantindo que Abrão teria um filho. Mas Deus não tinha dito nada sobre Sarai ser a mãe. Por isso, Sarai achou que deveria providenciar outra esposa para Abrão ter um filho, segundo o costume da época (Gênesis 16:1-3).

 

Sarai entregou sua escrava Hagar para se casar com Abrão e Hagar engravidou. Mas Hagar passou a desprezar Sarai e, em resposta, Sarai maltratou Hagar (Gênesis 16:5-6). Sarai não encontrou a alegria que esperava em Ismael, filho de Hagar.

 

Sara se torna mãe

 

Quando Abrão tinha 99 anos, Deus falou com ele novamente e lhe disse que seu herdeiro seria filho de Sarai, que agora seria chamada Sara (que significa princesa). Um pouco mais tarde, Deus repetiu essa promessa, quando três anjos do Senhor apareceram perto de sua tenda. Sara, que estava por perto ouviu e se riu, pensando que isso era impossível (Gênesis 18:12-14). Mas Deus garantiu que ela teria um filho e, na primavera seguinte, ela deu à luz Isaque.

 

Sara ficou muito feliz por ser mãe depois de tanto tempo (Gênesis 21:6-7). Mas quando ela viu o adolescente Ismael rindo de Isaque, ela não gostou e quis mandar Ismael e sua mãe embora. Abraão não queria expulsar seu filho mas Deus lhe disse para atender ao pedido de Sara, porque Isaque seria seu herdeiro. Mas Deus prometeu cuidar de Ismael.

 

Sara cometeu alguns erros em sua vida, mas ela cria em Deus e foi sempre fiel a seu marido. Ela acompanhou Abraão em suas viagens e o tratava com respeito (1 Pedro 3:5-6). Depois da dúvida inicial, Sara creu que Deus lhe daria um filho. Mesmo sendo estéril, Abraão amava Sara muito e não a abandonou. Quando Sara morreu, Abraão e Isaque ficaram muito tristes. A única propriedade que Abraão comprou na sua vida foi o lugar para sepultar sua querida esposa Sara (Gênesis 23:19-20).







SIGNIFICADO


Significado: A princesa.
Origem: Hebraico





PONTOS FORTES E EXITOS

  • Foi intensamente leal ao seu único filho;
  • Torno-se mãe de uma nação e uma antecessora de Jesus;
  • Foi uma mulher de fé, a primeira citada na galeria da Fé, em Hb 11.





FRAQUEZAS E ERROS


  • Teve dificuldade em crer nas promessas de Deus para sua vida;
  • Tentou resolver os problemas por si mesma, sem consultar a Deus;
  • Tentou encobrir suas falhas culpando outros.





LIÇÕES DE VIDA

  • Deus responde a fé, mesmo em meio a falhas;
  • Deus não se limita aos acontecimentos comuns; Ele pode alargar os limites e realizar proezas nunca antes vistas.







INFORMAÇÕES ESSENCIAIS

  • Locais: casou-se com Abraão em Ur dos Caldeus. E depois se mudou para Canaã com Abraão;
  • Ocupação: esposa, mãe e administradora do lar;
  • Familiares:
Ø      Pai – Terá;
Ø      Marido – Abraão;
Ø      Meios irmãos – Naor e Harã
Ø      Sobrinho – Ló;
Ø      Filho – Isaque.







VERSÍCULOS - CHAVE



“Pela fé, até a própria Sara recebeu a virtude de conceber um filho, mesmo fora da idade, porquanto teve por fiel aquele que lho havia prometido.” Hb 11,11



terça-feira, 25 de outubro de 2011

LEVITICO



 
Autor: Tradicionalmente Moisés

Data: Cerca de 1445 a.C.

Autor

O Livro de Levítico é o terceiro livro das Escrituras Hebraicas do AT atribuídos a Moisés. Em 1.1, o texto se refere à palavra do Senhor, que foi proferida a Moisés do tabernáculo da assembléia; isso forma a base de todo este livro das Escrituras. Os sacerdotes e levitas preservaram seu conteúdo.

Data

Os sábios datam o Livro de Levítico da época das atividades de Moisés (datando mais antigamente no séc. XV aC e a última alternativa no séc. XII aC) até a época de Esdras, durante o retorno (séc.VI aC). A aceitação da autoria mosaica para Levítico dataria sua escrita por volta de 1445 aC. O livro descreve o sistema de sacrifícios e louvor que precede a época de Esdras e relembra a instituição do sistema de sacrifícios. O livro contém pouca informação histórica que forneceria uma data exata.

Contexto Histórico

A teologia do Livro de Levítico liga a idéia de santidade à vida cotidiana. Ela vai além do assunto de sacrifício, embora o cerimonial do sacrifício e a obra dos sacerdotes sejam explicados com grande cuidado. O conceito de santidade afeta não somente o relacionamento que cada indivíduo tem com Deus, mas também o relacionamento de amor e respeito que cada pessoa deve ter com o seu próximo. O código de santidade permeia a obra porque cada indivíduo deve ser puro, pois Deus é puro e porque a pureza de cada indivíduo é a base da santidade de toda a comunidade do concerto. O ensinamento de Jesus Cristo—”Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12)- reflete o texto de Lv 19.18, “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

Conteúdo

Em hebraico, o Livro de Levítico recebeu o nome de Vayikra, que significa “E ele chamou”. O título hebraico é tirado da primeira palavra do livro, que era uma forma costumeira de dar nome às obras antigas. O título “Levítico “ é derivado da versão grega da obra e significa “assuntos pertencentes aos levitas”. O título é um pouco enganoso, uma vez que o livro lida com muito mais assuntos relacionados à pureza, santidade, todo o sacerdócio, a santidade de Deus e a santidade na vida cotidiana. A palavra “santo” aparece mais de oitenta vezes no livro.

Algumas vezes, o Livro de Levítico tem sido encarado como uma obra de difícil compreensão; entretanto, de acordo com a tradição primitiva, foi o primeiro livro a ser ensinado para as crianças na educação judaica. Ele lida com o caráter e a vontade de Deus especialmente em assuntos de santidade, que os sábios judeus consideravam de importância primária. Eles sentiram que, antes de proceder a outros texto bíblicos, as crianças deveriam, antes de mais nada, ser educadas sobre a santidade de Deus e a responsabilidade de cada indivíduo pra viver uma vida santa. A Santidade (hebr. Kedushah) é uma palavra-chave em Levítico, descrevendo a santidade da presença divina. A santidade está sendo separada do profano, e santo é oposto do comum ou secular.

Outro tema principal do Livro de Levítico é o sistema sacrificial. Os holocaustos (hebr.olah) referem-se ao único sacrifício que é totalmente consumido sobre o altar e, portanto, algumas vezes é chamado de oferta queimada. As ofertas de manjares (hebr. Minchah) são uma oferta de tributo feita a fim de garantir ou manter o favor divino, indicando que os frutos do trabalho de uma pessoa devem ser dedicados a Deus. Os sacrifícios de paz ou das graças (hebr.shelamim) são designados para fornecer expiação e permitem que a pessoa que faz a oferta como da carne do sacrifício. Isso costumava acontecer em ocasiões de alegria. O sacrifício pelos erros (hebr.chatta’t) é empregado para tirar a impureza do santuário. O sacrifício pelo sacrilégio (hebr. Asham), também conhecido como oferta pela culpa ou oferta de compensação, é preparado para a violação da santidade da propriedade de Deus ou de outras pessoas, normalmente pelo uso de um falso testemunho. Os erros profanaram a santidade de Deus e é exigida uma oferta.


Além dos sacrifícios, o calendário litúrgico tem uma posição significativa no Livro de Levítico. O Ano de Descanso refere-se à emancipação dos escravos israelitas e pessoa endividadas, bem como à redenção da terra (ver também Ex 21.2-6; 23.10,11; Dt 15.1-18). O Ano de Jubileu refere-se ao fato de que as terras de Israel, bem como o povo, pertencem a Deus e não a qualquer indivíduo. As terras, portanto, devem ter um descanso depois de cada período de quarenta e nove anos (Lv 25.8-17), o que ensina o domínio de Deus, a santidade de seu caráter e a necessidade de a congregação se aproximar dele com pureza de coração e mente.
Cristo Revelado

Cristo não é especificamente mencionado em Levítico. Entretanto, o sistema de sacrifícios e o sumo sacerdote no Livro de Levítico são tipos que retratam a obra de Cristo. O Livro de Hebreus descreve Cristo como o sumo sacerdote e usa o texto de Levítico como base para ilustrar a sua obra. Alguns usaram formas extremas de alegoria do Livro de Levítico a fim de revelar Cristo, entretanto, esse método de interpretação bíblica deve ser cautelosamente usado a fim de garantir que o significado original histórico e cultural sejam preservados. O Livro de Levítico enfoca a vida e o louvor do antigo povo de Israel.

O Espírito Santo em Ação

Apesar de o termo “Espírito Santo” nunca ser mencionado no Livro, a presença de Deus é sentida em todo o livro. A santidade do caráter de Deus é constantemente mencionada na designação de santidade às ações e louvor do povo. Ele não é visto como nos cultos pagãos da época em que os ídolos eram venerados, mas está no meio das pessoas, à medida que elas o louvam. Elas devem ser santas como Ele é santo.

Esboço de Levítico

I. A descrição do sistema de sacrifícios 1.1-7.38
Os holocaustos 1.1-17
As ofertas de manjares 2.1-6
Os sacrifícios de paz ou das graças 3.1.17
A Expiação do pecado 4.1-5.13
O sacrifício pelo sacrilégio 5.14-6.7
Outras instruções 6.8-7.38


II. O serviço dos sacerdotes no santuário 8.1-10.20
A ordenação de Arão e seus filhos 8.1-36
Os sacerdotes tomam posse 9.1-24
O pecado de Nadabe e Abiú 10.1-11
O pecado de Eleazar e Itamar 10.12-20


III. As leis das impurezas 11.1-16.34
Imundícias dos animais 11.1-47
Imundícias do parto 12.1-8
Imundícias da pele 13.1-14.57
Imundícias de emissão 15.1-33
Imundícias morais 16.1-34


IV. O código de Santidade 17.1-26.46
Matando por alimento 17.1-16
Sobre ser sagrado 18.1-20.27
Leis para sacerdotes e sacrifícios 21.1– 22.33
Dias santos e festas religiosas 23.1-44
Leis para elementos sagrados de louvor 24.1-9
Punição para blasfêmia 24.10-23
Os Anos do Descanso e do Jubileu 25.1-55
Bênçãos por obediência e punição por desobediência 26.1-46


V. Ofertas para o santuário 27.1-34