domingo, 10 de maio de 2020

UM ESTUDO SOBRE PÔNCIO PILATOS


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QUE FAREI DE JESUS, CHAMADO O CRISTO?”
Texto Bíblico: João 18,28-19,1-16

INTRODUÇÃO: Muitas pessoas hoje, como Pilatos, estão diante de Jesus e em relação a Ele não se pode ficar neutro, nem em cima do muro. É preciso tomar uma decisão: até a indecisão é uma decisão, a decisão de não decidir. Jesus disse: “Quem não é por mim é contra mim...” Jesus estava diante de Pilatos para ser julgado. E ele o condenou e o rejeitou. Na consumação de todas as coisas quem estará diante de Jesus para ser julgado será o próprio Pilatos. Muitas pessoas também serão julgadas quando a aceitação ou rejeição de Cristo. O encontro de Pilatos com Jesus compreende quatro fases: confrontação, indecisão, rejeição e engano. Vejamos o que podemos aprender com a história do encontro desse homem com Jesus nos momentos finais do seu ministério terreno.

I. A CONFRONTAÇÃO

1. Confrontado com a realeza de Jesus. João diz que Jesus fez a Pilatos a seguinte declaração: “o meu reino não é deste mundo” Atemorizado Pilatos lhe perguntou: “Logo tu és rei?”. Ao que Jesus respondeu: “Para isso eu nasci, para isso eu vim ao mundo, para dar testemunho da verdade, mas vós não me credes. todos aqueles que são da verdade, ouvem a minha Palavra”. Pilatos ficou atemorizado porque sentiu que estava diante de alguém que era maior do que César. Quando Jesus morreu, havia na cruz uma inscrição. ESTE É O REI DOS JUDEUS em hebraico (poder religioso), em latim (poder político) e em grego (poder cultural). Todos os homens, de todos os níveis, de todas as camadas, de todos os tempos, de todas as sociedades do mundo precisam saber que Jesus Cristo é Rei. O mundo também está sendo confrontado com o Rei do Universo. Ele é o Criador e Sustentador de todas as coisas. Ele é Rei dos reinos. Diante dele todo joelho vai se dobrar. É com esse impacto que temos que confrontar as pessoas hoje e perguntar a cada um: O que você vai fazer de Jesus?

2. Confrontado com a justiça de Jesus. Pilatos se achava na frente de Jesus quando sua mulher mandou dizer-lhe: “NÃO TE ENVOLVAS COM ESTE JUSTO. PORQUE HOJE EM SONHO, MUITO SOFRI POR SEU RESPEITO”. Jesus tem uma justiça com a qual a humanidade se confronta, querendo ou não. E um dia Ele vai julgar o mundo com justiça. Pilatos por três vezes reconhece que Jesus é inocente e mesmo assim o condena (Lc 23.20; Lc 23.22; Jo 19.12). Mas um dia Ele, como culpado, vai estar diante de Jesus para ser julgado. Naquele dia o que o ser humano fez em oculto será proclamado. Naquele dia será julgado o segredo dos corações. Os livros serão abertos.

II. A INDECISÃO

1. Pilatos, o indeciso (Jo 19.15). “Hei de crucificar o vosso rei?”. Muitos talvez saibam que Jesus é rei, é justo, é o Filho de Deus, mas ainda vivem titubeando, coxeando entre dois pensamentos. Sabem da verdade, mas não se decidem. Conhecem o caminho, mas andam errante. Estão certos de que só Jesus pode levá-los ao céu, mas indecisos estão indo para o inferno.

2. A decisão é necessária (Mt 27.11). Jesus está diante dele (Mt 27.11). A multidão enlouquecida e sedenta de sangue clama, brada e pede a condenação de Jesus. Pilatos não pode deixar de tomar uma decisão. Ele olha para Jesus e ouve: TU DIZES QUE SOU REI. Ele olha para a multidão e esta grita: CRUCIFICA-0. Ele precisa decidir. Vamos seguir a Jesus ou vamos acompanhar a multidão?

3. A decisão é inevitável (Lc 23.4,14, 15). Ele se comporta religiosamente. Ele não é contra Jesus. Ele fala a palavra Cristo, chama-o de Rei e até dá testemunho dele, dizendo três vezes: “eu não acho nele crime algum”. Mas todos esses esforços não podem substituir sua decisão. Assim também com você: não basta dizer: eu frequento a igreja. Eu sou membro da igreja, eu leio a Bíblia, eu faço as minhas orações, eu vivo corretamente. Com tudo isso, se você não se render a Cristo, você está perdido.

4. A decisão é intransferível. Envia Jesus a Herodes (Lc 23.7,11), tentando se esquivar da decisão. Jesus volta e fica calado diante de Pilatos (Lc 23.7,11). Ele tenta transferir a decisão para os judeus (Jo 18.31; 19.6).Então, diz aos judeus, “Tomai-o vós outros e crucificai-o” (Jo 19.6). Mas os judeus recusam tomar esta decisão. Eles não querem tomar a decisão. Ele tenta levar o povo a escolher entre Cristo ou Barrabás (Jo 18.40; Mt 27.15-18,20-21). Mas o povo grita: “Solta-nos Barrabás e crucifica-o”.Não Jesus, mas Barrabás. O povo prefere um criminoso, um assassino, um assaltante a Jesus. Pilatos tenta agradar a multidão (Jo 19.1; Lc 23.16), por isso manda açoitar a Cristo. Seu objetivo era agradar a vontade popular. Era ficar bem com o povo. Era satisfazer a vontade da multidão, ainda que sua consciência fosse violentada. Agiu com incoerência. Se Jesus era inocente, porque açoitá-lo?

5. Pilatos se mostra covarde. Conhece a verdade, está convencido que Jesus é rei, justo, Filho de Deus, inocente, mas se deixa levar pela pressão do meio (Jo 19.5,14). Pilatos defende a Jesus, mas não se entrega a Ele (Jo 19.12; Lc 23.20,22). Sabendo ele que Jesus era inocente, condenando-o tornou-se duplamente culpado.

6. Pilatos se desespera, mas não se decide por Jesus (Mt 27.22-24). Ele lava as mãos, mas não se decide. Está determinado a não se comprometer com Jesus. Quantas pessoas nós não conhecemos assim? Não têm compromisso com Cristo, com a Igreja muito menos com a Verdade.

III. A REJEIÇÃO

1. Por causa da pressão da multidão - Mc 15, 4,23-25.

· Queria saber a opinião dos outros (Mt 27.23). “Que mal fez ele?”.O que meu pai vai dizer? O que meu marido vai pensar? O que os meus amigos vão falar se eu assumir um compromisso com Jesus?

· Medo de tumulto (Mt 27.24). Isso o desestabilizaria politicamente. Ele precisa do apoio dos judeus para governar. Ele ficou com medo que surgisse um tumulto. Isso o comprometeria diante de César. Quantas pessoas têm medo e por medo desprezam Jesus.

· Por causa da conveniência e status (Jo 19.12). Os judeus lhe haviam dito: “Se soltas a este não és amigo de César.” (Jo 19.12).Cuidado para não perder o cargo, o governo, o poder. É a pressão do status. É pressão de assumir Jesus na Faculdade, na Família incrédula, no trabalho, entre amigos escarnecedores.

2. A despeito das advertências

  • Advertência da própria consciência (Mt 27.18). Pilatos sabe quem é Jesus. Sabe que os judeus o entregaram por inveja. Mas tem medo. Afoga a consciência. Anestesia o coração. Enfia a cabeça na areia e rejeita a oportunidade de Deus.
  • Advertência da sua mulher (Mt 27.19). Sua mulher mandou lhe dizer: “Não te envolvas com este justo.” Pilatos não dá atenção a mais esta advertência e procura desculpar-se “mandando vir água, lavou as mãos perante o povo...”.
  • Advertência dos inimigos mortais de Jesus (Jo 19.7-9). Os judeus lhe disseram: Ele deve morrer porque a si mesmo se fez Filho de Deus. Pilatos estava convicto de que Jesus era mesmo o Filho de Deus e por isso ficou atemorizado. Queria soltar a Jesus. Queria conversar com Jesus, mas Jesus ficou em silêncio. Cuidado com a sua atitude de não aceitar advertências de Deus. Diz Pv 29.1: “O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, será quebrantado de repente sem que haja cura”.
  • Pilatos entrega Jesus para ser crucificado a despeito de todas as evidências (Mt 27.26). E você, o que vai fazer? Rejeitar Jesus a despeito de saber que Ele é o Salvador, que morreu na cruz pelos seus pecados?
IV. ENGANO

1. “Estou livre do sangue deste inocente” (Mt 27.24). Pilatos não estava livre. Estava preso. Ele era culpado. O homem é culpado. Não foram os judeus, Pilatos, os soldados romanos apenas que levaram Jesus à cruz. Ele morreu pelos nossos pecados. Não estamos livres do sangue de Cristo. Se permanecermos incrédulos, o sangue de Cristo clamará contra nós.

2. “Fique o caso convosco” (Mt 27.24). Jesus não é o caso dos outros. É o seu caso. Você vai ter que tomar a sua decisão. Um dia você estará diante dele. Você estará diante do seu trono para ser julgado. Você não pode dar procuração para outro. O caso de Jesus pertence a você.

3. “Não te envolvas com este justo” (Mt 27.19). Você está envolvido? Vai receber ou rejeitar? Este justo será o juiz dos vivos e dos mortos!

CONCLUSÃO: Eis a grande e decisiva questão: que farei de Jesus, chamado o Cristo? Pilatos recusou a Cristo, deixou passar a sua oportunidade e suicidou-se no Reinado de Gálio. E você? Todos nós precisamos tomar uma decisão na vida. Muitas pessoas que frequentam Igreja estão como Pilatos ainda não se decidiram viver para Cristo. Muito embora reconheçam que Ele é Senhor e Salvador, não estão dispostos a abrir mão de seus pecados e de seus interesses mesquinhos. Que o Senhor guie nossos passos e nos guarde de termos um comportamento como o de Pilatos. A eternidade é a coisa mais certa deste mundo. Todos nós passaremos para a eternidade; alguns para a condenação e outros para o encontro definitivo com o Senhor Jesus. Escolher Jesus significa viver na prática o poder do evangelho num testemunho verdadeiro de uma vida feliz. O Senhor nos abençoe hoje e sempre. Amém

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