quarta-feira, 5 de março de 2014

A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 18 – A CONQUISTA DO TRONO POR DAVI.



A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 18 – A CONQUISTA DO TRONO POR DAVI.

A divisão de Samuel em dois livros não existia nos escritos hebraicos. O segundo livro de Samuel continua a historia da monarquia de Israel, traçando a historia do reinado de Davi.
A morte de Saul arca o fim de um livro e começo de outro. Deus frustrou todas as investidas de Saul contra Davi, e o próprio Saul, cercado por inimigos filisteus, juntamente com seu filho Jônatas, foi morto (1Sm 31). Chegara o momento de Davi assumir o reino por completo. Mas, antes disso, alguns acontecimentos marcaram sua conquista do trono. O manual Bíblico Vida Nova propõe a seguinte divisão para 2 Samuel (contudo não iremos usa-lo).

Þ     Deus estabelece o reino de Davi (1Sm 1,1-10;10).
Þ     Deus disciplina o reino de Davi (1 Sm 11,1-20;26).
Þ     Deus preserva o reino de Davi (1Sm 21,1-24,25).

1.      O LAMENTO DE DAVI – (2Sm 1,1-27).

Davi recebeu a noticia da morte de Saul e Jônatas através de um amalequita que, esperando ser recompensado por ele, mentiu dizendo ter sido o autor das mortes. Pagou com a própria vida (2Sm 1,14-16). Pois para Davi, matar o ungido do Senhor significava voltar-se contra o próprio Senhor (1Sm 24,6;26,11).
Em vez de se regozijar, Davi e seu exercito caíram em pranto diante da noticia recebida (2Sm 1,11-12). Todavia, o grande destaque deste capitulo e o lamento de Davi (2Sm 1,17-27). Com esta atitude, ele não só ensinou aos filhos de Judá a respeitar um ungido do Senhor como também comprovou sua amizade e aprofunda afeição por Jônatas, seu amigo verdadeiro em momentos cruciais na vida do jovem rei.

Obs.:

“1,1-27: Temos aqui outra versão sobre a morte de Saul (cf. 1Sm 31). O respeito de Davi por Saul e sua amizade com Jônatas fazem que as tribos do Norte o aceitem mais rapidamente como rei (cf. 2Sm 5). A lamentação é provavelmente obra do próprio Davi e se apresenta como um dos mais antigos poemas da Bíblia.” – Bíblia Pastoral.

2.      DAVI É UNGIDO REI EM HEBROM – (2Sm 2,1-31).

Davi procura a direção de Deus antes de agir. Deus o manda a Hebrom, e ali é ungido rei da tribo de Judá (2Sm 2,4). Seu primeiro ato como rei foi enviar mensagem de agradecimento aos homens de Jabes em Galaad, por terem cuidado do corpo de Saul (2Sm 2,4b-7).
Mas, como sempre, os opositores estão apostos. A ação deles foi proclamara Isbosete, filho de Saul  como rei de Israel por conseguinte, rival de Davi (2Sm 2,8-10).
A existência de dois reinos desencadeou uma guerra entre o reino do sul (Judá) e o reino do norte (Israel), que durou muito tempo. Todavia, “à medida que o poder de Davi ia-se fortificando, a casa de Saul ia-se enfraquecendo cada vez mais.” (2Sm 3,1).

Obs.:

Þ      “2,1-7: Com a morte de Saul, Davi consegue a realeza sobre a tribo de Judá. Os vv. 5-7 mostram que ele procura, desde o início, ampliar o poder além das fronteiras de sua própria tribo.” – Bíblia Pastoral.
Þ      “8-32: Torna-se cada vez mais clara a oposição e competição entre as tribos do Norte e a tribo de Judá. Começa também a medição de forças entre Joab, partidário de Davi, e Abner, partidário da família de Saul. A intenção de Asael é, provavelmente, não perder de vista Abner, para que a tropa que vem atrás possa aceita-lo desmobilizando o exército inimigo. clama ódio mostra uma atitude de bom senso pois os comandantes notam que se trata de uma luta entre irmãos (vv. 26-27).” – Bíblia Pastoral


3.      ÓDIO, TRAIÇÃO E VINGANÇA – (2Sm 3,2-4,12).

É impressionante como os últimos resquícios da dinastia de Saul são marcados por ódio, traição e vingança. A morte de Abner e de Isbaal são os últimos suspiros de lideres que cavaram sua própria sepultura, pois o desígnio de Deus apontava para o reinado de Davi, enquanto estes insistiam em lutar contra o rei escolhido. Contudo, em meio a tantos acontecimentos trágicos e tristes, Davi permanecera inocente (2Sm 3,33-37;4,9-11); e Deus o fortalecia mais e mais, confirmando sua vocação monárquica (2Sm 3,36).

            Obs.:
Þ      “3,1-5: Aqui são nomeados somente os primogênitos de cada uma das esposas. Mais tarde, todos eles irão competir para suceder ao pai.” – Bíblia Pastoral.
Þ      ”6-39: O episódio salienta mais uma vez a tática de Davi para conseguir o poder sobre todo o Israel: ele não quer usar a violência e o derramamento de sangue, mas o acordo pacífico.” – bíblia Pastoral.

4.      DAVI É COROADO REI DE TODO O ISRAEL – (2Sm 5,1-5).

Finalmente Davi está livre a assumir sua missão principal – reinar sobre todo o Israel. Representantes de todas as tribos de Israel vão a Hebrom para manifestar apoio total ao novo rei. Com a citação “O Senhor te disse: és tu que apascentarás o meu povo e serás o chefe de Israel.” (2Sm 5,2b), Davi é ungido rei de Israel.
Esperar o cumprimento de uma promessa  de Deus não é algo fácil. Muitas duvidas e desafios surgem na caminhada, como aconteceu com Davi. Mas uma promessa do Deus que não ode mentir, sempre vale a pena esperar – Nm 23,19;Tt 1,2; Hb 6,18.

Obs.:

Þ      5,1-5: Davi colhe finalmente o fruto maduro de todos os seus esforços: a unificação das tribos sob sua chefia. E isso realizou-se conforme ele desejava: não através da imposição, mas através do consentimento e pedido do povo. Termina aqui o Sistema das Tribos, e Israel começa a ser uma nação com regime monárquico. O pacto é uma espécie de contrato entre o rei e os representantes (anciãos) das tribos, regulando uma troca de deveres e direitos. Parte importante nessa transação é o compromisso mútuo: o povo se compromete a pagar o tributo; e o rei se compromete a defender o povo dos inimigos externos e a organizar a vida da sociedade de acordo com a justiça e o direito.”  - Bíblia Pastoral.

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