sexta-feira, 19 de junho de 2020

Pai, Se Possível, Afasta de Mim Este Cálice: O Que Isto Significa?




Na noite de sua traição, Jesus orou ao Pai dizendo: “Meu Pai, se possível, afasta de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mateus 26,39). Diante deste versículo, muitas pessoas ficam em dúvida sobre qual o significado desse cálice do qual Jesus falou em sua oração. Neste estudo bíblico meditaremos sobre o significado dessa oração de Jesus.

Em primeiro lugar, é importante saber que muitas vezes a palavra “cálice” é usada nas Escrituras no sentido figurado. Nesse sentido, “tomar um cálice” significa suportar completamente certa experiência, seja ela favorável ou desfavorável.

Dessa forma, o cálice pode representar, por exemplo, tanto a idéia de salvação e bênção como de juízo e condenação. Por isto freqüentemente nos textos bíblicos o cálice se refere à ira de Deus (cf. Salmo 75,8; Isaías 51,17.22; Jeremias 25,15-16).
Esse cálice da ira de Deus é derramado pela exigência de sua natureza santa e justa frente à corrupção do pecado. O livro do Apocalipse fala claramente sobre o derramamento final e sem misericórdia, do cálice da ira de Deus (Apocalipse 15).
Quando Jesus disse: “Pai, se possível, afasta de mim este cálice”?
Jesus disse: “Pai, se possível, afasta de mim este cálice!”, quando estava orando no monte das Oliveiras, num jardim chamado de Getsêmani. Como foi dito, isto ocorreu na noite em que Ele foi traído. Antes, Ele havia acabado de celebrar a última Páscoa com seus discípulos, dado as instruções finais a eles, e instituído a Ceia do Senhor como uma ordenança a ser observada por seus seguidores.

Depois dessas coisas, Ele partiu para o Monte das Oliveiras como de costume. Ali Ele pediu que seus discípulos vigiassem em oração. Ele se afastou um pouco deles com o objetivo de orar. A Bíblia diz que ali Jesus orou ao Pai intensamente.

Naquele momento ele estava experimentando um estado de agonia tão extremo que até o seu suor se transformou em gotas sangue. O escritor de Hebreus também descreve que naquele momento Jesus apresentou um grande clamor com lágrimas ao Pai (Hebreus 5:7). Ali ele estava vivendo os momentos finais antes da prisão que resultaria em sua morte. Foi justamente nesse contexto que Ele clamou: “Pai, se possível, afasta de mim este cálice!”.

Por que Jesus pediu: “Afasta de mim este cálice”?

Conforme foi visto em relação aos diferentes significados de cálice na Bíblia, o significado que mais se harmoniza ao contexto do pedido de Jesus Cristo ao Pai, é o de que o cálice nesse versículo indica a ira divina. 

Ao dizer: “Pai, se possível, afasta de mim este cálice!”, Jesus demonstrou estar apavorado com a terrível experiência iminente a qual se submeteria. Diferentemente do que alguns pensam, Ele não estava temendo os sofrimentos físicos da cruz, apesar de que a crucificação era a forma mais dolorosa e cruel de execução da época. Definitivamente Ele não estava com medo de ser açoitado, humilhado, torturado e finalmente morto. 

O que deixava Jesus horrorizado a ponto de pedir: “Pai, se possível, passe de mim este cálice!”, era a expectativa de ter de suportar todo o peso da ira de Deus. Ao carregar o pecado de seu povo sobre si, Aquele que nunca pecou se fez pecado por nós (2 Coríntios 5:21). 

Conseqüentemente, o caráter santo e justo de Deus exige o castigo pela iniqüidade. A Bíblia diz que Deus é tão santo e puro que seus olhos não suportam contemplar o mal (Habacuque 1,13).

Dessa forma, Jesus teria de enfrentar a morte sabendo que estaria completamente abandonado da presença misericordiosa e amorosa do Pai. Todo o cálice da maldição divina por causa do pecado estava prestes a ser derramado sobre Ele na cruz do Calvário. Ali Ele haveria de experimentar todo o horror do inferno para redimir o seu povo.

Na cruz, Ele não gritou: “Meu Deus, está doendo!”; nem mesmo disse: “Meu Deus, eu não quero morrer, me tira daqui!”; mas seu grito foi: Meu Deus, meu Deus! Por que me abandonastes? (Mateus 27,46). Esse grito de angustia revela o extremo amargor do cálice que lhe foi dado a tomar.

Que não seja feita a minha vontade

Jesus não apenas orou pedindo: “Pai, se possível, afaste de mim este cálice!”, mas Ele também acrescentou: “Que não seja feita a minha vontade, mas a tua”. Essa foi uma declaração de completa submissão ao Pai.

Sabemos que na Trindade ontológica não existe qualquer idéia de hierarquia. Pai, Filho e Espírito Santo são igualmente Deus, possuidores dos mesmos atributos e merecedores de igual glória e honra. Mas na economia da salvação o Filho não hesitou em se submeter voluntariamente e totalmente a vontade do Pai.

Aqui é preciso entender que não houve qualquer conflito entre a vontade divina e os desejos de Cristo em sua humanidade. Isto fica claro quando Ele próprio diz: “Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, me salva desta hora? Não; eu vim precisamente com este propósito, para esta hora” (João 12,27).

A frase: “Pai, se possível, afasta de mim este cálice”, jamais deve ser vista como significando uma declaração de que Jesus queria escapar de sua missão. Ao contrário disso, ela deve ser vista como uma oração que reflete a profundidade, a importância e o valor da obra redentora de Cristo em nosso favor.

Sua morte não foi como qualquer outra morte. Não foi um mero exemplo a ser seguido. Não foi simplesmente um ato heróico como foram as mortes de muitos mártires da História. Sua morte foi expiatória! Ele ocupou o lugar de pecadores, e por eles tomou o cálice da ira de Deus até o fim.


Na noite de sua traição, Jesus orou ao Pai dizendo: “Meu Pai, se possível, afasta de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mateus 26,39). Diante deste versículo, muitas pessoas ficam em dúvida sobre qual o significado desse cálice do qual Jesus falou em sua oração. Neste estudo bíblico meditaremos sobre o significado dessa oração de Jesus.

Em primeiro lugar, é importante saber que muitas vezes a palavra “cálice” é usada nas Escrituras no sentido figurado. Nesse sentido, “tomar um cálice” significa suportar completamente certa experiência, seja ela favorável ou desfavorável.

Dessa forma, o cálice pode representar, por exemplo, tanto a idéia de salvação e bênção como de juízo e condenação. Por isto freqüentemente nos textos bíblicos o cálice se refere à ira de Deus (cf. Salmo 75,8; Isaías 51,17.22; Jeremias 25,15-16).

Esse cálice da ira de Deus é derramado pela exigência de sua natureza santa e justa frente à corrupção do pecado. O livro do Apocalipse fala claramente sobre o derramamento final e sem misericórdia, do cálice da ira de Deus (Apocalipse 15).

Quando Jesus disse: “Pai, se possível, afasta de mim este cálice”?

Jesus disse: “Pai, se possível, afasta de mim este cálice!”, quando estava orando no monte das Oliveiras, num jardim chamado de Getsêmani. Como foi dito, isto ocorreu na noite em que Ele foi traído. Antes, Ele havia acabado de celebrar a última Páscoa com seus discípulos, dado as instruções finais a eles, e instituído a Ceia do Senhor como uma ordenança a ser observada por seus seguidores.

Depois dessas coisas, Ele partiu para o Monte das Oliveiras como de costume. Ali Ele pediu que seus discípulos vigiassem em oração. Ele se afastou um pouco deles com o objetivo de orar. A Bíblia diz que ali Jesus orou ao Pai intensamente.

Naquele momento ele estava experimentando um estado de agonia tão extremo que até o seu suor se transformou em gotas sangue. O escritor de Hebreus também descreve que naquele momento Jesus apresentou um grande clamor com lágrimas ao Pai (Hebreus 5:7). Ali ele estava vivendo os momentos finais antes da prisão que resultaria em sua morte. Foi justamente nesse contexto que Ele clamou: “Pai, se possível, afasta de mim este cálice!”.

Por que Jesus pediu: “Afasta de mim este cálice”?

Conforme foi visto em relação aos diferentes significados de cálice na Bíblia, o significado que mais se harmoniza ao contexto do pedido de Jesus Cristo ao Pai, é o de que o cálice nesse versículo indica a ira divina.

Ao dizer: “Pai, se possível, afasta de mim este cálice!”, Jesus demonstrou estar apavorado com a terrível experiência iminente a qual se submeteria. Diferentemente do que alguns pensam, Ele não estava temendo os sofrimentos físicos da cruz, apesar de que a crucificação era a forma mais dolorosa e cruel de execução da época. Definitivamente Ele não estava com medo de ser açoitado, humilhado, torturado e finalmente morto.

O que deixava Jesus horrorizado a ponto de pedir: “Pai, se possível, passe de mim este cálice!”, era a expectativa de ter de suportar todo o peso da ira de Deus. Ao carregar o pecado de seu povo sobre si, Aquele que nunca pecou se fez pecado por nós (2 Coríntios 5:21).

Conseqüentemente, o caráter santo e justo de Deus exige o castigo pela iniqüidade. A Bíblia diz que Deus é tão santo e puro que seus olhos não suportam contemplar o mal (Habacuque 1,13).

Dessa forma, Jesus teria de enfrentar a morte sabendo que estaria completamente abandonado da presença misericordiosa e amorosa do Pai. Todo o cálice da maldição divina por causa do pecado estava prestes a ser derramado sobre Ele na cruz do Calvário. Ali Ele haveria de experimentar todo o horror do inferno para redimir o seu povo.

Na cruz, Ele não gritou: “Meu Deus, está doendo!”; nem mesmo disse: “Meu Deus, eu não quero morrer, me tira daqui!”; mas seu grito foi: Meu Deus, meu Deus! Por que me abandonastes? (Mateus 27,46). Esse grito de angustia revela o extremo amargor do cálice que lhe foi dado a tomar.

Que não seja feita a minha vontade 

Jesus não apenas orou pedindo: “Pai, se possível, afaste de mim este cálice!”, mas Ele também acrescentou: “Que não seja feita a minha vontade, mas a tua”. Essa foi uma declaração de completa submissão ao Pai.

Sabemos que na Trindade ontológica não existe qualquer ideia de hierarquia. Pai, Filho e Espírito Santo são igualmente Deus, possuidores dos mesmos atributos e merecedores de igual glória e honra. Mas na economia da salvação o Filho não hesitou em se submeter voluntariamente e totalmente a vontade do Pai.

Aqui é preciso entender que não houve qualquer conflito entre a vontade divina e os desejos de Cristo em sua humanidade. Isto fica claro quando Ele próprio diz: “Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, me salva desta hora? Não; eu vim precisamente com este propósito, para esta hora” (João 12,27).

A frase: “Pai, se possível, afasta de mim este cálice”, jamais deve ser vista como significando uma declaração de que Jesus queria escapar de sua missão. Ao contrário disso, ela deve ser vista como uma oração que reflete a profundidade, a importância e o valor da obra redentora de Cristo em nosso favor.

Sua morte não foi como qualquer outra morte. Não foi um mero exemplo a ser seguido. Não foi simplesmente um ato heroico como foram as mortes de muitos mártires da História. Sua morte foi expiatória! Ele ocupou o lugar de pecadores, e por eles tomou o cálice da ira de Deus até o fim.

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