domingo, 1 de setembro de 2024

Diná, na Bíblia: 3 Lições da triste história da filha de Jacó e Lia

Sabe aquela curiosidade que as adolescentes têm de saber como é o mundo lá fora, como funcionam as baladas, as festinhas mundanas? Pois é, essa curiosidade também invadiu o coração de Diná. Quando ela tinha por volta de 15 anos de idade, saiu para fazer amizades com garotas pagãs.

 

Essa história não acaba nada bem, pelo contrário; ela termina de uma forma terrível e trágica, com consequências irreversíveis para toda a família de Jacó.

 

Diná foi a única filha de Jacó mencionada na Bíblia Sagrada, certamente pelo triste fato que ocorreu em sua vida, trazendo muita angústia e vergonha aos seus pais, bem como a toda a sua família.

 

Você ficou curioso para saber mais sobre essa história? Então, vamos lá, descobrir o que aconteceu com essa garota e as lições valiosas que podemos aprender com a triste história de Diná, filha de Jacó.

 

História de Diná

 

A história de Diná é narrada no livro de Gênesis, capítulo 34, versículos 1 a 31. Diná era filha de Jacó e Lia, e a narrativa descreve um incidente trágico envolvendo Diná e Siquém, um príncipe local.

 

A história começa quando Diná sai para visitar as mulheres da terra. Siquém, filho de Hamor, o heveu, vendo-a, apaixona-se por ela e a desonra, violentando-a. No entanto, Siquém demonstra interesse em casar-se com Diná e pede a seu pai Hamor que intervenha para conseguir a permissão de Jacó e dos filhos para que ele possa casar-se com ela.

 

Quando os filhos de Jacó, especialmente Simeão e Levi, souberam do ocorrido, ficaram indignados e tramaram uma vingança. Eles concordaram com a proposta de Siquém e Hamor, mas sob a condição de que todos os homens da cidade se circuncidassem, como um sinal de aliança.

 

Os homens da cidade concordaram com a circuncisão, mas, enquanto eles ainda estavam se recuperando da operação, Simeão e Levi atacaram a cidade, mataram todos os homens, inclusive Siquém e Hamor, e resgataram Diná. Eles justificaram seu ato pela desonra causada à sua irmã e pelo desrespeito demonstrado por Siquém.

 

Quando Jacó soube do que aconteceu, ficou preocupado com as possíveis consequências para sua família. Ele repreendeu seus filhos por agirem impulsivamente e colocarem em risco a segurança deles naquela terra. Simeão e Levi justificaram suas ações, alegando que não permitiriam que sua irmã fosse tratada como uma prostituta.

 

Significado do nome Diná

Diná, cujo nome em hebraico é (דִDina), significando “Julgada” ou “Vindicada”, é apresentada na Bíblia hebraica como a filha de Jacó, o patriarca do povo de Israel, e Lia, sua primeira esposa.

 

3 Lições que aprendemos com a história de Diná

 

A vida desta jovem chamada Diná, nos ensina lições valiosas, tanto para os adolescentes e jovens, quanto para os pais. Era para ser só um passeio, descontrair um pouco, fazer algumas amizades diferentes, contudo, se tornou uma história de dor e muitas lágrimas. Sendo assim, vamos conhecer as principais lições da história de Diná na bíblia.

 

1. Estamos no mundo, mas não somos mais deste mundo

A primeira lição que aprendemos com a trágica história de Diná é que corremos grandes riscos quando nos associamos com pessoas que não são da nossa “próle”. Devemos entender, que embora estamos neste mundo, o mundo não deve estar em nós.

 

Jesus quando estava orando por Seus discípulos, orou assim:

 

“Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. Eles não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.” (João 17:15-16)

 

Claro, que não devemos pensar que o cristão deve excluir-se do mundo, no sentido de não se associar com outras pessoas, mas sim excluir de sua vida os seus usos e costumes, suas práticas perniciosas e influências negativas.

 

Muitas vezes, quando pessoas cristãs se associam com pessoas do mundo, temem ser por elas rejeitadas. Pelo simples fato de serem “diferentes”. Já que suas práticas e palavras não combinam com as delas, então, para serem aceitas e com a desculpa de não “escandalizá-las”, mudam sua maneira de ser e viver.

 

Contudo, ao agirem dessa forma, elas se arriscam a serem influenciadas e seduzidas pelos pecados dessas pessoas e acabarem completamente desviadas dos caminhos de Jesus.

 

2. Cuidado com as más influências

“Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.” (1 Coríntios 15:33)

 

A segunda lição que a história de Diná, filha de Jacó nos ensina é que ninguém está imune às más influências, como também, ninguém muda sua maneira de pensar e de viver da noite para o dia. Isto acontece paulatinamente e de maneira sutil.

 

É uma concessão ali, outra ali, e, aos poucos, nossos valores éticos, morais e espirituais vão desaparecendo. Cedendo então, lugar as práticas e paixões que antes aborrecíamos.

 

Ao Diná, se associar com as jovens siquemitas, ela não percebeu os riscos que corria. Sempre que pisamos no terreno “encantado de satanás”, corremos um grande risco de sermos atingidos pelo inimigo.

 

3. Pais estejam atentos as amizades de seus filhos

Queridos leitores, nós como pais devemos estar de olho com quem nossos filhos estão andando. Vivemos em mundo terrivelmente contaminado por satanás, são tantos laços armados para ferir a honra e a dignidade de nossos filhos.

 

A história de Diná trás uma grande lição de advertência aos pais, para estar atentos as amizades de seus filhos. Jacó e Lia, falharam ao permitir que Diná saísse para fazer amizade com as jovens siquemitas, menosprezando os riscos de tal amizade, e por isso, colheram resultados desastrosos.

 

Devemos sempre orar, pelas amizades de nossos filhos. Buscando sempre pela palavra do Senhor, sabedoria para educá-los nos valores morais e espirituais que farão deles, não apenas bons cidadãos neste mundo, mas, principalmente, futuros cidadãos do reino Celestial.

 

Conclusão


Ao refletir sobre a história de Diná, somos desafiados a cultivar discernimento nas nossas relações, a fim de preservar nossa fé e valores, mesmo em meio às influências divergentes que o mundo pode oferecer. A tragédia de Diná serve como um alerta para a importância da sabedoria e discernimento na busca por relacionamentos saudáveis e edificantes.

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