sexta-feira, 13 de setembro de 2024

O Espírito Santo e o Arrebatamento da Igreja

Introdução

O texto de referência:

1 Tessalonicenses 4:13-16

13 - Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não tem esperança.

14 - Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com Ele.

15 - Dizemos-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.

16 - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.

 

1 - O Espírito Santo na Vida da Igreja

Como já estudamos nas lições anteriores, é o Espírito Santo que reveste de poder, que concede os Dons Espirituais e que produz o fruto do Espírito no cristão.

Todo verdadeiro cristão é Templo do Espírito Santo, isto significa, que ele está conosco sempre, atuando como nosso guia, nos ensinando a verdade da Palavra de Deus, além de tudo isso, é o Espírito Santo que nos prepara para o grande dia do Arrebatamento da Igreja. Precisamos ter um devocional diário com o Senhor para que sejamos cristãos cheios do Espírito Santo, ou seja, para que estejamos sob a influência constante do Espírito Santo.

Nessa Lição enfatizaremos a pessoa do Espírito Santo quanto ao grande dia do Arrebatamento da Igreja, nossa maior esperança!

"Aguardando a Bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo" (Tt 2.13)

Paulo ressalta dois pontos da vida cristã, que devem ser enfatizados nesta lição: Viver e Aguardar a esperança. Ambos pontos são necessários para nossa santidade cristã.

Enquanto vivemos e aguardamos, temos a expectativa de três grandes benefícios do retorno de Cristo:

(1) A presença pessoal de Cristo. Nós ansiamos para estar com Ele

(2) A redenção de nossa natureza pecaminosa. Nós esperamos o fim da batalha contra o pecado e nossa perfeição com Cristo

(3) A restauração da criação. Nós esperamos o governo total da graça, quando a imagem de Deus estiver nas pessoas de uma forma plena, e quando a ordem criada for restaurada

 

 

1.1 - Evidências de uma igreja que está se preparando para o arrebatamento

A Igreja primitiva ou a Igreja dos tempos apostólicos era uma igreja que estava preparada para o arrebatamento, ela tinha algumas características ao qual a Igreja dessa geração deve seguir o exemplo, a saber:

1) Era um Igreja que buscava revestimento de Poder através da oração

2) Era um Igreja que fazia intercessão incessante (At 12.5)

3) Era uma Igreja que entendia o propósito de Deus e confiava na palavra profética: "Pedro dormia entre dois soldados, acorrentado com duas cadeias" (At 12.6).  Os cristãos primitivos de modo geral colocavam suas vidas em total dependência do Senhor, sem medo do futuro, tinha a esperança no cumprimento da Palavra do Senhor.

4) Era um Igreja que não se calava frente as perseguições

5) Era um Igreja inconformada com este mundo e seu sistema

6) Era uma Igreja que tinha compromisso com a Palavra de Deus, por isso, seus membros buscavam a santificação diária, dando testemunho de vida

7) Era uma Igreja que perseverava no caminho do Senhor, sempre com vigilância e fidelidade.

8) Era uma Igreja que aguardava ansiosamente o Arrebatamento da Igreja.

 

1.2 - A Igreja cheia do Espírito Santo

Paulo nos exortou a sermos cheios do Espírito Santo, ou seja, nos exortou a viver uma vida cristã em contínua influência do Espírito Santo.

O falar em línguas ou a operação de dons espirituais na vida de uma pessoa não sinaliza que a mesma é cheia do Espírito Santo. A manifestação do fruto do Espírito (Gl 5.22) na vida de uma pessoa é que sinaliza que a mesma realmente vive sobre a influência do Espírito santo:

"Nem todo aquele que diz a mim: 'Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas somente o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos dirão a mim naquele dia: 'Senhor, Senhor! Não temos nós profetizado em teu nome? E, em teu nome, não realizamos muitos milagres? Então lhes declararei: Nunca os conheci. Afastai-vos da minha presença, vós que praticais o mal" (Mt 7.21-23).

Como já mencionamos Batismo com o Espírito Santo não isenta o cristão a uma busca constante por uma renovação espiritual e estar sempre cheio do Espírito Santo.

 

1.3 - O Espírito Santo protege a Igreja, que vive a expectativa do arrebatamento

Como mencionado anteriormente a Igreja dos Apóstolos vivia na expectativa do arrebatamento. Há mais de dois mil anos, nossos irmãos já esperavam ansiosamente pela volta de Jesus.

Que possamos também, como parte da Igreja desta geração aguardarmos o grande dia do arrebatamento ansiosamente, com grande expectativa e alegria. Não podemos deixar a promessa do arrebatamento feita por Jesus para sua Igreja em posição secundária em nossas vidas, ou pior, eliminá-la na dúvida de seu cumprimento.

Na segunda Epístola de Pedro, no capítulo 3, o apóstolo faz um alerta para a igreja informando que virão pessoas duvidando e escarnecendo da volta de Jesus: "... nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação" (2Pe 3.3-4).

Como vimos, já naquele tempo o Espírito Santo protegia a Igreja quanto a viver a expectativa do arrebatamento. O que seria da Igreja sem a proteção do Espírito Santo? É o Espírito Santo que nos prepara para esse grande dia e usa muitos para anunciar a Sua Palavra.

É o Espírito Santo que leva o cristão a ter duas atitudes importantes ante o dia do arrebatamento:

1 - Santificação

É o Espírito Santo que nos leva a buscar a santificação diária, pois mesmo o cristão ter nascido de novo (regenerado) e ter sido selado pelo Espírito Santo, precisa mortificar o pecado que ainda tenta o dominar devido a natureza caída do velho homem.

2 - Vigilância

Ninguém sabe o dia do arrebatamento da Igreja, portanto, devemos viver em constante vigilância, aguardando com zelo. Na Parábola das Dez virgens, cinco eram prudentes, ouviam a voz do Espírito Santo, e viviam cheias do Espírito Santo, todavia, as outras cinco, foram descritas como loucas por viverem de forma imprudente, ou seja, viviam de qualquer maneira sem produzir fruto do Espírito, não davam créditos a renovação espiritual e o azeite acabou de suas lâmpadas, ou seja, suas vidas não estavam sendo influenciadas pelo Espírito Santo, estavam vazias e sem expectativa da volta de Cristo (Noivo) e o fim delas foi trágico.

Na Antiga Aliança, o sumo sacerdote era encarregado de cada manhã pôr em ordem as lâmpadas, mantendo-as sempre acesas (Êx 30.7,8). Na Nova Aliança, Jesus é o nosso grande sumo sacerdote (Hb 4.14; 6.20; 7.21,25), e quando mantemos íntima comunhão com Ele, o fogo que se acendeu no momento da salvação mantém-se.

 

2 - Espírito Santo: O Consolador Inseparável da Igreja

 2.1 - O Espírito Santo faz a Igreja ser reconhecida por seu amor

Na Igreja dos Apóstolos, os irmãos possuíam Dons Ministeriais, Dons Espirituais, Dons de Serviço e eles produziam o principal de tudo: O Fruto do Espírito. Havia Amor, União, Cuidado fraternal entre os irmãos!

"E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar" (At 2.42-45).

O Amor é um dos atributos do Espírito. Experimentamos esse amor no momento da salvação, e no Batismo com o Espírito Santo este amor é aumentado (Rm 5.5). Vejamos as manifestações deste amor.

(1) Amamos a Deus (Mc 12.30), amamos a Jesus, o nosso Noivo, que nos aguarda. Clamamos Maranata (1Co 16.22).

(2) Amamos a sua Palavra; seus mandamentos não são pesados (1Jo 5.3). Queremos obedecer a Palavra (1Jo 2.5).

(3) Amamos as almas perdidas e nos empenhamos em ganhá-las para Deus.

Quando Deus é apenas alguém que buscamos porque estamos em aperto; quando encaramos a Palavra de Deus com tédio e, quando não nos preocupamos com a salvação dos perdidos, é tempo de renovação do Espírito.

 

Existem vários ensinamentos dos Apóstolos combatendo o esfriamento do amor e a desesperança quanto a volta de Cristo para buscar sua igreja e quanto a ressurreição dos mortos, por exemplo, Paulo ensinou:

"Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não tem esperança [...] Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor" (1Ts 4.13;16.17)

 

2.2 - O Espírito Santo gera esperança aos crentes de um futuro glorioso

Como vimos anteriormente, o Espírito Santo usava e anda usa seus servos para gerar esperança de um futuro glorioso. Sem Esperança, não há vida, pois não há propósitos.

"Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens" (1Co 15.19)

A Esperança que temos vem do Espirito Santo para nossa vida:

"Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito santo." (Rm 15.13)

Fomos gerados de novo para uma viva esperança (1Pe 1.3). O Espírito Santo aviva a nossa esperança (Rm 15.13). Por causa da nossa viva esperança, amamos a sua vinda (2Tm 4.8), e desejamos a sua vinda (Rm 8.23). Se a vinda de Jesus não significa nada para nós, é tempo de alimentar a chama do Espírito, pois nossa lâmpada não está acesa (estamos como as cinco virgens loucas).

 

 

2.3 - É o Espírito Santo que opera a regeneração

"Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo (regenerar) não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus " (Jo 3.3-5)

Como lemos acima, Jesus disse que sem a regeneração não podemos ver o reino de Deus, pois é uma ação divina no ser humano, tornando-o participante da natureza divina e incluído na família de Deus.

A Palavra regeneração significa "voltar a criar", é um processo que ocorre no interior de uma pessoa que reconhece Jesus Cristo como Salvador:

"Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela Palavra de Deus, viva e que permanece para sempre" (1Pe 1.23)

Russell Shedd: Regeneração é a operação de Deus "mediante a ressurreição de Cristo" aplicada pelo Espírito Santo.

"Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus." (Jo 1.12-13)

John Piper: O Novo nascimento (regeneração) produz no cristão uma vida que antes não existia.

Regeneração ou Novo Nascimento é o ato pelo qual o pecador recebe a vida espiritual através da graça soberana de Deus e obra especial do Espírito Santo, passando a compreender e discernir as coisas espirituais. A regeneração é obra do Espírito Santo no íntimo das pessoas. O Processo é secreto e invisível, embora os resultados sejam evidentes [8]

 

3 - Sem Santificação ninguém verá o Senhor

A orientação é para que deixemos as obras da carne de lado e deixemos que o Espírito Santo produza o seu fruto em nós, influenciando nossa vida por completo e toda maneira de viver: "E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos de Espírito" (Ef 5.18).

Como já mencionamos Batismo com o Espírito Santo não isenta o cristão a uma busca constante pela santificação, essa última depende de cada cristão:

"Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus" (2Co 7.1)

A Santificação é posicional e progressiva.

Santificação posicional: É uma obra de santificação que ocorre no momento do novo nascimento, quando aceitamos Jesus como Salvador. O Pecador outrora separado de Deus por causa do pecado, é santificado e habitado pelo Espírito Santo.

Santificação Progressiva: É a obra de santificação do cristão mediante a graça e das decisões após o novo nascimento. É uma busca constante e pessoal no intuito de vencer e lutar contra o mundo, a carne e o diabo.

Se por um lado a Santificação posicional é uma ação exclusiva de Deus na vida de uma pessoa, a Santificação progressiva é uma busca constante de cada um de nós no objetivo de não pecar contra Deus e entristecer o Espírito Santo, pois são ações necessárias para a salvação:

"Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hb 12.14)

Santificar-se é abster-se de pecar pela atuação do Espírito Santo, para servir ao Senhor.


3.1 - A Santificação prepara a Igreja para o arrebatamento

É o Espírito Santo que nos ajuda nesse processo de santificação, nos guiando para nos afastarmos de tudo aquilo que desagrada a Deus.

As lâmpadas das cinco virgens loucas estavam apagadas por falta de azeite, a chama estava apagada, todavia, as lâmpadas das cinco virgens prudentes estavam com a chama acesa.

A Chama do Espírito Santo é Chama do Amor, da esperança, de fé e também chama de santidade.

Quando o fogo do Espírito está em ação, somos levados a buscar a santificação, isto é, a nos afastarmos daquilo que não agrada a Deus (2Co 6.14,15; 7.1), desejando sempre fazer o bem, e procurando nos tornar cada vez mais semelhantes a Jesus. Quando estas coisas estiverem em falta na nossa vida, é tempo de buscarmos o óleo do Espírito

Pr. William Barros: Também somos advertidos a não entristecer o Espírito Santo ao qual fomos selados por Ele para o dia da redenção [Ef 4.3]

 

3.2 - A Noiva deve permanecer pura e imaculada à espera do Noivo

Durante o período de noivado dos tempos bíblicos, o noivo e a noiva ficavam separados até o dia do casamento, existe um simbolismo aqui em relação a Jesus Cristo (Noivo) e a Igreja (Noiva) que também estão separados até o dia do arrebatamento, nesse dia a igreja se unirá com Cristo que deixará de ser Noivo e passará a ser esposo, será uma cerimônia de casamento celebrando e concretizando essa união.

Paulo aos Efésios escreveu:

"Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem de água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível." (Ef 5.25-27).

"Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." (1Ts 4.17).

É bom deixar claro que a cultura dos tempos bíblicos o noivado era diferente do noivado de hoje do povo ocidental, pois não havia uma definição ou distinção entre noivado e casamento, a seriedade do noivado era formalizada da mesma forma que o casamento, havia um contrato a ser obedecido, era uma desonra muito grande quando um noivo ou uma noiva violasse esse contrato. Se o Noivo ou a Noiva tivesse relação sexual com uma outra pessoa, seria acusada de adultério, tal era a seriedade de um noivado. José e Maria estava vivendo este período de noivado, quando Maria ficou grávida pelo Espírito Santo, e quando soube, José ficou sem entender este mistério e pensou em deixar Maria secretamente para não expor Maria à uma desonra pública. Observe que no período de noivado, o noivo era tratado como marido:

"Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Que estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo." (Mateus 1.18-20)

 

3.3 - Será arrebatado o crente que estiver em comunhão com o Espírito Santo

Somente fará parte do arrebatamento o crente que estiver em comunhão com o Senhor, é necessário que o crente busque ter santidade e manter a comunhão através de um devocional diário (leitura da Bíblia e oração).

A MULHER DE LÓ

A mulher de Ló é conhecida na bíblia por ter virado uma estátua de sal. Essa história é relatada em Gênesis, primeiro livro da bíblia. Ló, sobrinho de Abraão, habitava em Sodoma após ambos concordarem que seria melhor as famílias separarem-se. Os pastores de seu povo estavam se desentendendo sobre como administrar seus pertences. Foi uma separação amigável, onde Abraão, apesar de ser o mais velho (o costume da época era respeitar a autoridade do ancião) pediu que Ló escolhesse o lado que preferia seguir e foi para o oposto. Ló escolheu a direção de Sodoma, após avistar as campinas do Jordão.

 

Após adaptarem-se à região escolhida, onde as filhas de Ló chegaram a noivar-se, houve uma guerra entre reis que acarretou na captura e prisão de Ló. Assim que teve notícia disso, Abraão enviou trezentos e dezoito homens de maior competência para resgatar o sobrinho, com sucesso.

 

Pouco depois o Senhor anunciou a Abraão a destruição de Sodoma e Gomorra, por serem cidades dominadas pela homossexualidade, onde a imoralidade sexual imperava. Abraão intercedeu pelo povo diversas vezes junto ao Senhor, pedindo que livrasse toda a cidade da destruição em favor de ao menos dez justos residentes nela. O Senhor respondeu que não a  destruiria por amor dos dez, caso houvesse. O fato de ter sido posteriormente destruída por fogo e enxofre que caíam do céu nos faz deduzir que não haviam sequer dez sodomitas que estavam corretos de acordo com os princípios do Senhor.

 

De acordo com as escrituras sagradas, Ló recebeu a visita de dois anjos e os hospedou. Pouco antes de se deitarem, os anjos orientaram a Ló que juntasse a família a partisse, porque a cidade estava prestes a ser destruída.

 

O nível de promiscuidade relatado nessa passagem indica que neste momento um grupo de homens bateu a porta da casa, e disseram a Ló assim que os atendeu, que queriam “conhecer” (ter intimidade sexual) com os homens que viram entrar naquela casa. A fim de acalmar os homens, Ló ofereceu suas duas filhas virgens para que eles fizessem o que bem entendessem, e pediu que não fizessem nada com os homens pois eram anjos. O grupo não concordou e tentou arrombar a porta.

 

Foi neste momento, os dois anjos puxaram Ló de volta para dentro da casa, e cegaram os homens do lado de fora para que não vissem a porta. Em seguida orientaram a família a partir, e disseram para que, no momento da fuga não olhassem para atrás, a fim de não virarem estátua de sal.

 

Os noivos das filhas não quiseram ir, e partiam Ló, sua esposa e as duas filhas. Consta que sua esposa olhou para atrás e imediatamente virou uma estátua de sal. E Ló passou a viver em uma caverna, com as filhas.

 

O fato de ter enviado anjos a casa de Ló e indica que o Senhor poupou a família de Abraão que habitava naquela cidade. E no discurso cristão, a “Mulher de Ló” cujo nome próprio não é citado, é uma referência constante quando o tema é o agir na desobediência; ou quando olhar para atrás significa ao cristão lembrar o passado, num tempo de pecado, de quando não havia entendimento da Palavra ou respeito pelos princípios do Senhor.  

domingo, 8 de setembro de 2024

O RAPAZ QUE SE VESTIU COM UM LENÇOL

 

Marcos 14.51-52

Vamos ler o texto:

“Um jovem, vestindo apenas um lençol de linho, estava seguindo a Jesus. Quando tentaram prendê-lo, 52 ele fugiu nu, deixando o lençol para trás”.  NVI

“Um jovem, enrolado num lençol, seguia Jesus. Alguns tentaram prendê-lo, mas ele largou o lençol e fugiu nu”. NTLH

 

Introdução

Na Bíblia, são quatro os evangelhos. Esta história resumida é encontrada somente no evangelho de Marcos. Então, de 4 Evangelhos, encontramos este registro em apenas um, parece sem importância. Parece.

E talvez você nunca parou pra prestar atenção nesse texto, mas, o fato é que essa pequena história, oferece lições alegóricas significativas, para a nossa vida cristã.

Então, nesta noite eu quero falar sobre isso: o rapaz que se vestiu com um lençol.

Parece até cena de comédia, mas não é. Teria até sido comédia, se não fosse uma cena real, um caso verídico, acontecido em Jerusalém.

Mas, o que será que houve para aquele rapaz estar vestido somente com um lençol?

“Ah! Em Jerusalém devia estar muito quente, fazendo um calor daqueles... que, coitado, tirou a roupa e acabou dormindo nu, pelado”. Não, isso é imaginação nossa!

Como também é imaginação dizer que esse rapaz vestido de lençol, teria sido o discípulo de Jesus de nome Marcos, em cuja casa Judas Iscariotes foi primeiro, na tentativa de entregar Jesus para ser preso. Aí, acordado depressa, sem tempo de se vestir, se enrolou no lençol e saiu. Isto também é fruto da imaginação dos pesquisadores...

Se você prestar atenção, vai ver que a cidade de Jerusalém estava vivendo a noite mais dramática da sua história.

É que Judas estava liderando um grupo de religiosos fanáticos e soldados romanos, cruéis e impiedosos, estavam à caminho para prender Jesus.

Então, ali, se criou um cenário de tumulto, de confusão, de violência e medo. Alguns discípulos de Jesus, corriam de um lado para o outro, enquanto. outros até fugiam.

Já era noite isso. Muitas pessoas vendo a movimentação, apenas ficavam de longe, olhando a cena ou dando no pé.

Mas é aqui, nesse quadro de agonia e desespero, que ocorre esse fato curioso, inusitado: o de um jovem que não se conteve.

Do jeito que estava, enrolado em um lençol, pulou da sua cama e se infiltrou no meio da multidão que estava levando Jesus preso.

O rapaz não se deu conta de que lençol não é roupa. Ele não se apercebeu que estava indevidamente vestido e que poderia ser surpreendido e exposto ao vexame.

Que cena perfeita para ilustrar aquele tipo de gente, que se diz cristã, sem realmente estar comprometida com o Cristianismo. Vai passar vergonha.

Que cena perfeita, meus irmãos, para ilustrar aquele tipo que se diz evangélico, mas que não tem nada de evangelho na vida dele! Vai passar vergonha.

Esse jovem vestido com um lençol é, portanto, um símbolo daqueles que seguem a multidão, mas sem saber direito o que está fazendo e o que está acontecendo.

Esse jovem vestido com um lençol, bem representa aqueles que são seguidores ocasionais de Jesus. Tem uma multidão aglomerada ali, um movimento, então, eles estão lá, só pra ver o que está acontecendo.

Esse jovem vestido com um lençol bem representa aqueles que estão somente curiosos... estão seguindo a Jesus, mas sem medir as consequências.

Ora, aquele jovem estava vestido inconvenientemente e, portanto, despreparado para enfrentar as dificuldades próprias de quem segue a Jesus.

O quê? ...dificuldades próprias de quem segue a Jesus? ...então, se eu seguir a Jesus, se eu me tornar um crente, se eu for batizado e participar da igreja, eu vou ter dificuldades próprias disso?

Ué, não te contaram não? Ser um crente em Jesus, um seguidor dos ensinamentos de Jesus, implica em luta, em combate – e dos bons, porque o apóstolo Paulo até falou no final de sua vida: “Combati o bom combate”.

Irmão, se Jesus teve uma coroa de espinho e uma cruz pra carregar, você acha que vai viver o Cristianismo numa boa, de perna pra cima e papo pro ar?

Tem um evangelho de facilidades sendo pregado por aí. Essa semana eu estava aqui na calçada do prédio e conversava com o pastor Paulo Diniz sobre isso – tem um evangelho de só vitória sendo pregado, um evangelho fácil de ser praticado, porque é um evangelho sem cruz, que fascina.

Por isso, amados, é que quero refletir nesse texto. Ele nos dá boas lições:

Em primeiro lugar, a lição de que:

 

1. PRECISO FIRMAR UM COMPROMISSO PESSOAL COM JESUS

O rapaz coberto com um lençol é um símbolo dos que seguem a Jesus sem compromisso.

Ele estava no meio do povo que seguia a Jesus. O verso fala que ele “estava seguindo Jesus”, mas, era ele um seguidor fiel de Jesus? Era ele um discípulo comprometido com Jesus? Era hábito dele, estar na companhia de Jesus?

Não era. Aquele jovem se tornou discípulo de Jesus por casualidade, um discípulo casual, por uma noite, por um momento. Aconteceu um movimento em frente à janela dele, então ele saiu para ver o que estava acontecendo e foi seguindo Jesus.

Fez como muitos estão fazendo ainda hoje: Percebem que há um movimento no mundo – o movimento de Jesus, e se envolvem no movimento, entram para a igreja porque a música é bonita, a oração é poderosa, a pregação é interessante ou porque, lá também participa o Fulano, o Sicrano.

Mas não se tornaram seguidores de Jesus de verdade. Não firmaram um compromisso pessoal com Jesus.

Quantos estão numa célula da igreja ou no meio da multidão da igreja, mas ainda sem compromisso com o Cabeça da igreja, que é Jesus?

Você acha que isso conta? Você acha que na hora do arrebatamento, estar numa reunião da igreja, fará com que você seja livrado do inferno e levado para o céu?  Só porque está no meio dos crentes, no meio dos que seguem a Jesus?

Se você estudar a Bíblia, vai aprender nela que para não ficar separado de Deus, que para não ser deixado fora do seu reino, no dia quando Jesus voltar, volta essa que será rápida como o relâmpago que risca o céu da nascente até o poente, então, para não ficar de fora, você precisa ter um compromisso pessoal com Jesus.

É o que faltava naquele moço: uma aliança com Jesus, um compromisso firme com Jesus.

Ele era um discípulo? Bem, ele estava ali no meio dos que seguiam a Jesus... sim, estava, mas por casualidade. Ele se tornou um discípulo de improviso, que resolveu seguir Jesus movido apenas pela curiosidade da hora.

Em momento algum ele reconheceu que Jesus é o Filho de Deus, enviado para ser nosso Salvador e nosso Senhor.

Em momento algum, aquele moço sentiu a miséria do seu pecado e a necessidade que tinha de comprometer-se com Jesus para a sua salvação. Ele apenas quis ver de perto. Apenas quis conhecer o movimento.

Mas, Jesus é o Filho de Deus, não é um astro de cinema nem mesmo um cidadão famoso para ser conhecido e admirado.

Jesus é o Filho de Deus para ser seguido, para ser obedecido, para ser amado, porque, conforme pregou João Batista, Ele é o enviado de Deus que tira o pecado do mundo. Ele é o Salvador!

Está escrito em Atos 4.12: “A salvação só pode ser conseguida por meio dele. Pois não há no mundo inteiro nenhum outro que Deus tenha dado aos seres humanos, por meio do qual possamos ser salvos.”

Ouça, se você gosta das coisas de Deus, mas ainda não firmou um compromisso com Deus, isso só significa que você segue a Jesus casualmente ou que ainda está andando de braços dados com o pecado. Em realidade, você ainda não é crente, ainda não se tornou cristão e a gravidade disso é que será deixado de fora do reino de Deus.

Porque para participar do reino de Deus, não basta gostar de Jesus, não é suficiente gostar... é preciso que firme um compromisso pessoal com Ele. Você está disposto?

 

Em segundo lugar, este texto traz a lição de que:

 

2. PRECISO ABANDONAR MEU MODO SUPERFICIAL DE VIVER

O rapaz que se vestiu com um lençol é um símbolo daqueles que vivem superficialmente.

Entendemos pelo v.52, que o lençol era a única cobertura que aquele jovem possuía. Era, portanto, um arranjo, uma proteção superficial. Não havia mais nada além daquilo que era aparente.

Tanto que, lemos nesse verso, quando os PMs puseram a mão no rapaz, para prendê-lo, ele largou mão do lençol, então, hummm... aí, meu, “pernas para que te quero?!”

Não havia mais nada com que se tapar, se cobrir, não tinha nada mais para proteger a parte íntima do moço. Por que? ...porque ele estava coberto superficialmente.

Muitas pessoas hoje, estão assim: Protegidas da vergonha? só por uma casca. Comprometidas com Deus? ...só por uma camada muito fina de compromisso. Obedientes a Deus? Só pro gasto, vivendo uma vida de santidade rasa, superficial, medíocre.

Quantas pessoas, conhecidas como cristãs, membros de igreja, mas que têm apenas um lençol por cobertura?

Um jovem, enrolado num lençol, seguia Jesus... no v.51 está escrito isto: que Jesus era seguido por um jovem, coberto unicamente por um lençol.

Você acha isso certo? Acha isso prudente?

É verdade que uma pessoa pode chegar à Jesus da forma como estiver: sentada ou em pé, deitada, andando, ou correndo, vestida ou nua, saudável ou doente...

Eu conheço pessoas que não fazem oração se estiverem sem camisa, que não põe a mão na Bíblia, se estiverem desnudos. Pensam ser isso um ato de desrespeito. Desrespeitoso é desobedecer a Jesus, é não levá-Lo a sério. Isto é uma desonra.

Eu creio que quando uma pessoa, mesmo na imundície do seu pecado, se puder e resolve procurar a Jesus, mesmo com o bafo do pecado, mesmo com o fedor do pecado, se essa pessoa, resolve procurar por Jesus, eu creio, da forma como ela estiver, Jesus a recebe. Jesus abraça essa pessoa.

Mas, seguir a Jesus da forma que se quiser, não dá não! O problema com aquele moço era a sua superficialidade.

Quantos hoje estão assim, seguindo a Jesus só até certo ponto? ...depois, quando se fala de ingressar numa célula, de receber preparo para o batismo, de ser um adorador ativo nas celebrações da igreja ou de receber treinamento para a obra de Deus, param de caminhar.

 

Por que param?

Porque não são sérios, mas superficiais na sua decisão por Jesus... estão tendo apenas um lençol servindo de cobertura, apenas um verniz, apenas uma casca.

Não tem a essência, que é a entrega de si mesmo, a renúncia de si mesmo, a morte para si mesmo.

Não, não dá para seguir Jesus do jeito que se quiser seguir, vestido com um lençol. É preciso que abandonemos o nosso modo superficial de vida... Jesus requer renúncia de nós mesmos.

É profundidade na decisão de amá-Lo e obedecê-Lo, e não superficialidade.

Aliás, aquele que seguir a Jesus coberto por um lençol, terá a sua vergonha exposta, e nada mais restará fazer, senão fugir desnudo. Já pensou?

Se você está na decisão de seguir Jesus, abandone a superficialidade... e se aprofunde no estudo da Palavra de Deus, mergulhe na adoração, invista no seu crescimento espiritual.

Porque Jesus requer a essência!

 

Em terceiro lugar, este texto traz a lição de que:

 

3. PRECISO ROMPER COM OS MEUS INTERESSES EGOÍSTAS

O rapaz coberto com um lençol era adepto da filosofia do “levar vantagem em tudo”. Muito querida por nós, a filosofia do “dar um jeitinho”.

Aquele jovem preferiu o que dá certo em lugar do que é certo. Não era certo sair enrolado num lençol, mas naquele momento deu certo.

Era noite e ele pensou: “vou passar despercebido pelo povo”. Aquele lençol enrolado no corpo, à noite, quem iria dizer que não era uma roupa decente? E você sabe de como era o figurino da época, não é de Jesus? ...as roupas eram compridas e esvoaçantes.

A escuridão favorecia a ideia do rapaz. Ele pensou: “ninguém vai ficar sabendo que é um lençol, então, eu vou lá!” Foi o famoso jeitinho.

Muitos ainda hoje agem desta mesma forma. Estão mais interessados em que algo dê certo pra eles do que ter aquilo que é certo.

Me lembro de haver atendido um casal que procurava bênção para o casamento. O casal era querido na congregação, mas não participava da igreja. E quando fui procurado, me disseram: “Pastor, queremos que nosso casamento funcione, por favor nos abençoe, celebrando a cerimônia.” Eles queriam aquilo que dá certo, porque feita a cerimônia, nunca mais o casal foi visto na congregação. Eles não queriam aquilo que é certo...

O que me aborrece muito nas campanhas de oração, é ver o povo se acotovelando para ter os seus interesses atendidos. Pessoas que são capazes de qualquer sacrifício para ter a bênção de Deus, mas depois da bênção alcançada (porque Deus é muito misericordioso), já não permanecem no propósito de buscar a presença de Deus.

Quantos estão buscando os seus interesses egoístas? Quantos estão buscando por vantagens pessoais? Buscando conveniências?

Ah! Se queremos tomar parte no Reino de Deus, é preciso romper com esses interesses egoístas.

 

Aquele que segue a Jesus, tem a maior vontade, não por satisfazer os seus próprios interesses, mas por cumprir os interesses de Deus e do próximo.

 

E a quarta lição deste texto é que, se vou ser um seguidor de Jesus, então:

 

4. Preciso Estar Preparado

O rapaz que se cobriu com um lençol é um símbolo daqueles que andam vulneráveis. Esse moço se viu indefeso ao ser atacado. Ele foi identificado como seguidor de Jesus e foram prendê-lo, aí, ao precisar usar suas mãos, o lençol caiu e ele ficou nu.

Eram suas mãos que faziam com que o lençol aderisse ao corpo. Então, ao liberar as mãos, o lençol caiu, deixando o rapaz exposto, desprotegido!

Ele perdeu o lençol, a única coisa que lhe protegia... ficou nu e fugiu nu. Ninguém pode se sentir seguro, preparado para uma hora de crise (porque seguir a Jesus implica em luta, implica em guerra) ... mas não há como se sentir seguro enrolado num lençol. Você fica em “maus lençóis”, se confiar num lençol.

Mas há muitas pessoas que estão seguindo a Jesus, que estão no caminho de Deus, foram batizadas, se tornaram membros da igreja, e que estão completamente despreparadas para a luta.

São crentes que não sabem orar. São crentes que não sabem manusear a Bíblia... Quando se é um novo crente, isto é compreensível, mas depois de 1 ano, 1 ano e meio, 2 anos, 5 anos, 10 anos...

Todos deviam estar bem seguros, bem protegidos... mas, quando o inimigo ataca, quantos estão vulneráveis e até saem de carreira!

Crentes que, se sofrem ataque na área sexual, são acertados em cheio... crentes que se sofrem ataque no casamento, são acertados em cheio... se sofrem ataque financeiro, são acertados em cheio... se sofrem ataque na vida profissional, são acertados em cheio.

Porque ocorre isso? ...porque tais crentes estão trajando apenas um lençol.

Não é prudente se vestir com um lençol!

Amado filho de Deus, você precisa estar vestido com toda a armadura de Deus. Estude Efésios 6 pra se inteirar do assunto.

Então, na hora da crise, na hora quando o inimigo ataca, porque você está revestido por uma armadura, mal algum te alcançará, ou como disse o profeta Isaías: “Toda arma forjada contra ti não prosperará” (Is 54.17).

Mas se você estiver despreparado, enquanto segue a Jesus... se estiver seguindo a Jesus sem estudar a Bíblia, sem fazer oração, sem ter comunhão com a igreja, você estará trajando apenas um lençol... e poderá ficar exposto à desonra e à vergonha.

Portanto, se você segue a Jesus, ou se está resolvendo isto, saiba que é preciso estar preparado.

 

Conclusão

Você precisa ser um discípulo de verdade, um seguidor de Cristo verdadeiro... um cristão autêntico, pronto a viver e morrer com Cristo e por Cristo, sem precisar fugir envergonhado.

Para isso, firme um compromisso pessoal com Cristo;

Abandone todo modo superficial de vida;

Rompa com os seus interesses egoístas;

E esteja sempre bem preparado.

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Volte para seu Lugar em Deus

E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? Gênesis 3:9

 

Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. Apocalipse 2:5

 

Introdução desta pregação:

Muitas vezes, nos afastamos do lugar onde deveríamos estar aos olhos de Deus. Em nossa vida espiritual, é fácil nos desviar do caminho da obediência, da intimidade e da missão que Ele nos designou. 

 

Que fique claro que nesta pregação não estamos falando de um lugar físico, mas um lugar onde Deus nos quer. 

 

Hoje, vamos explorar essa realidade à luz de algumas histórias bíblicas e descobrir como Deus espera ansiosamente por nossa volta ao lugar onde Ele nos chamou.

 

Portanto, o tema deste sermão é “Volte para seu Lugar em Deus”. Neste tema podemos aprender algumas lições…

 

I. Ás vezes saímos do lugar

A. Adão saiu do lugar da intimidade – Deus perguntou a Adão: “Onde estás?” (Gênesis 3:9), não apenas sobre sua localização física, mas sobre seu estado espiritual. Da mesma forma, podemos nos afastar da intimidade com Deus, permitindo que as preocupações e as distrações deste mundo nos separem d’Ele.

B. Elias saiu do caminho da missão – Deus perguntou a Elias: “Que fazes aqui?” (1 Reis 19:9), quando o profeta estava desanimado e fugindo de sua missão. Às vezes, perdemos o foco e nos afastamos da missão que Deus nos confiou.

C. O filho pródigo saiu da casa do pai – O filho pródigo deixou a casa de seu pai em busca de independência e prazeres mundanos (Lucas 15:11-13). Sua partida representou uma separação do amor e da provisão do pai. Da mesma forma, às vezes nos afastamos da presença e dos cuidados de Deus em busca de nossos próprios desejos egoístas.

D. Pedro saiu do lugar da vocação – Apesar de ter sido chamado por Jesus para ser “pescador de homens”, após negar o Senhor três vezes, Pedro se encontra “fora do lugar” ao ir pescar novamente (João 21).

E. Éfeso deixou as primeiras obras – “Lembra-te, pois, de onde caíste“. A igreja em Éfeso foi repreendida por ter deixado seu primeiro amor (Apocalipse 2:4-5), abandonando as obras de dedicação e amor que haviam marcado seu início.

 

II. Deus avisa e espera a volta

Deus sempre nos avisa quando nos desviamos do caminho. Ele nos chama de volta ao lugar da obediência e da intimidade.

Mas, devemos ficar atentos à voz de Deus e as oportunidades que Ele nos dá.

Em Apocalipse 2:5, Ele exorta a igreja em Éfeso a se arrepender e voltar ao seu primeiro amor, prometendo restauração e renovação para aqueles que retornam ao Seu caminho.

 

III. Como voltar?

A. “Lembra-te, pois, de onde caíste”

Em primeiro lugar, é preciso lembrar do lugar, do momento e onde. Ou seja, a partir de quando começou a cair? Qual foi o erro?

B. “Arrepende-te

Em segundo lugar, é preciso arrependimento. Recomeçar. Mudar. Voltar.

C. “Pratica as primeiras obras”

Em terceiro lugar, colocar em prática as primeiras obras. O verdadeiro arrependimento está acompanhado de obras. Tem que ser de coração e não da boca pra fora.

 

IV. Deus restaura o que volta

A. Adão foi restaurado – Embora Adão tenha pecado e sido expulso do Jardim do Éden, Deus ainda lhe deu esperança, prometendo um Salvador que traria redenção à humanidade (Gênesis 3:15).

B. Elias foi restaurado – Após sua fuga e desânimo, Deus restaurou Elias, fortalecendo-o e renovando sua missão (1 Reis 19:15-18).

C. O filho pródigo voltou para os braços do pai – Mesmo após desperdiçar sua herança, o filho pródigo foi recebido de volta com amor e celebração por seu pai (Lucas 15:20-24).

D. Pedro voltou para o chamado de Deus – Apesar de negar Jesus três vezes, Pedro foi restaurado por Cristo e comissionado para apascentar Suas ovelhas (João 21:15-17).

 

Conclusão deste sermão:

O coração do Pai está cheio de amor e compaixão por nós, seus filhos errantes. Ele nos chama a voltar para o lugar da obediência, da intimidade, da santidade e da missão que Ele nos deu.

Assim como Ele restaurou Elias, o filho pródigo e Pedro, Ele está pronto para nos receber de volta em Seus braços de amor e nos restaurar para a plenitude de nossa vocação em Cristo.

Podemos ouvir o chamado do Senhor hoje e retornar ao lugar onde Ele deseja que estejamos, para Sua glória e nosso bem-estar eterno. Volte para seu Lugar em Deus!