sexta-feira, 16 de julho de 2021

Eunucos de nascença: Jesus disse que as pessoas podem nascer homossexuais? Mt 19,12





Eunuco é um homem que teve sua genitália removida parcial ou totalmente, por motivação bélica, punição criminal ou imposição religiosa. Se convertido a eunuco já adulto, o indivíduo perde a capacidade de reprodução e tem uma substancial perda hormonal em seu organismo. 

O que é eunuco na Bíblia?

 

Na Bíblia eunuco é normalmente um homem que foi castrado. Eunuco também pode se referir às vezes a um homem com deformação genital ou a um homem que pratica celibato.

 

Nos tempos da Bíblia em alguns países, certos homens eram castrados. Normalmente esses homens eram escravos que trabalhavam para o rei. Um eunuco podia mais facilmente ganhar a confiança do rei, porque o rei sabia que ele não iria seduzir sua rainha. Por isso, muitos eunucos estavam ao serviço da rainha e do harém.

 

Deus proibiu a castração ao seu povo (Deuteronômio 23:1). Um eunuco não poderia entrar na assembleia de Deus. Mas Deus prometeu que um dia os eunucos fiéis a Deus iriam ser aceites (Isaías 56:4-5). Isso aconteceu com a ressurreição de Jesus. O eunuco etíope que aceitou Jesus como salvador quando ouviu o evangelho representa o cumprimento dessa promessa (Atos dos Apóstolos 8:36-38).

 

Jesus e os eunucos 


Jesus falou sobre eunucos no contexto do casamento. Ele disse que havia três tipos de eunuco:

De nascimento – homens que nascem sem capacidade ou sem vontade de ter relações sexuais

Feitos pelos homens – homens castrados

Voluntários – homens que decidiram não ter relações sexuais, optando pelo celibato para se dedicarem totalmente ao evangelho

 

Jesus tinha dito que o casamento é uma coisa para a vida toda e que o divórcio é uma coisa ruim. Se divorciar para casar com outra pessoa é o mesmo que adultério. Então os discípulos disseram que era melhor não casar (Mateus 19:9-10). Jesus explicou que o casamento não é para todos. Algumas pessoas estão destinadas ao celibato. Esses eram os eunucos (Mateus 19:11-12).


O texto em que Jesus fala sobre os “eunucos” é Mateus 19:12: Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir admita”.


Podemos ver no contexto, que Jesus estava tratando a questão do divórcio, respondendo a um questionamento dos fariseus (Mateus 19:3). Os discípulos reagiram com cinismo à resposta dura de Jesus aos fariseus sobre o divórcio, dizendo a Jesus que se o casamento tinha esse nível de seriedade era melhor não casar (Mateus 19:10).


Jesus, então, dá essa resposta aos seus discípulos em Mateus 19:11-12, que é o objeto direto de nossa análise. O que Jesus faz é explicar aos seus discípulos a condição do homem com relação ao casamento. Sendo assim, Jesus apresenta três questões a eles:


A primeira é que “há eunucos de nascença” (Mateus 19:12). A palavra grega usada é “eunouchos” e significa “superintendente do dormitório, camareiro, mordomo” ou “no palácio de monarcas orientais que sustentam numerosas esposas, o superintendente das dependências das mulheres ou do harém…” ou “alguém naturalmente incapacitado para o casamento, para gerar filhos…” (Léxico Grego de Strong).


Observando o contexto (que era sobre divórcio e casamento) em que Jesus aplica essa palavra, é óbvio que o significado buscado por Jesus era de alguém incapacitado para o casamento por algum defeito de nascença.


Não há qualquer possibilidade de Jesus estar falando aqui de alguém que “nasce gay”. Isso estaria totalmente em desarmonia com o texto e contexto, seria forçar o texto a dizer o que não diz. 


A segunda é que “há outros a quem os homens fizeram tais” (Mateus 19:12). Era muito comum na antiguidade que homens fossem castrados para cuidar de haréns ou por outro motivo. 


Esses homens, então, eram considerados eunucos e dificilmente contrairiam um casamento por causa da condição social em que viviam e até mesmo física.


Lembrando que nas culturas antigas o fato de ter filhos era tido como essencial em um casamento e não tê-los era considerado uma espécie de maldição, o que fazia dos eunucos castrados pessoas excluídas com relação a isso.


A terceira é que “há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus” (Mateus 19:12). Observe que Jesus usa novamente a palavra “eunuco”, mas aqui Jesus está claramente apontando para homens que escolheram o celibato voluntariamente para cuidar das coisas de Deus, do reino dos céus. 


O próprio Jesus era um desses homens que escolheram o celibato para se dedicar exclusivamente a obra de Deus. Temos muitos outros que também se declaram assim na Bíblia e viviam como eunucos. 


Eunucos de nascimento são homossexuais? 


Não, eunucos de nascimento não são homossexuais. Jesus estava falando sobre pessoas que não se casam nem têm relações sexuais, ou por incapacidade, ou por não terem essa inclinação. Não estava falando sobre pessoas que mantêm relações homossexuais.

 

Um homossexual que escolhe o celibato poderia ser considerado um eunuco voluntário. Ele estaria escolhendo a castidade como forma de não ceder à tentação. A Bíblia diz que praticar homossexualismo é pecado (Romanos 1:26-27).


Assim, fica muito claro que Jesus jamais defendeu que alguém nasce homossexual. Os que colocam esse tipo de palavra na boca de Jesus deturpam aquilo que Ele disse. Alguns por pura inocência por não saber interpretar o texto corretamente, já outros, com intenção clara de buscar que suas escolhas e achismos tenham mais “força” tentando se apoiar em um nome poderoso como o de Jesus Cristo. 


O fato é que a Bíblia não apoia a prática homossexual nem no Antigo Testamento nem no Novo Testamento. Apenas para dar um exemplo, quero citar Romanos 1:26-27: 


“Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro”.


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