quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

O QUE APRENDEMOS DAS AVES

O que aprendemos das aves

‘Pergunte às aves dos céus, e elas o informarão. Quem dentre todas elas não sabe que foi a mão de Jeová que fez isso?’ — Jó 12,7.9.

MAIS de três mil anos atrás, um homem chamado Jó viu que as aves podem nos informar muito sobre as obras de Deus. O comportamento das aves também foi tema de várias parábolas e comparações na Bíblia. Muitas referências bíblicas a aves nos ensinam lições importantes sobre a vida e sobre nossa amizade com Deus.

O NINHO DA ANDORINHA



Quem morava em Jerusalém conhecia bem as andorinhas. Elas faziam ninhos nos cantos dos telhados. Todo ano, algumas andorinhas faziam seus ninhos no templo de Salomão. É provável que elas achassem o templo um lugar tranquilo e seguro para criar seus filhotinhos.

O Salmo 84, que foi composto por um dos filhos de Corá, fala de ninhos de andorinha no templo. Os filhos de Corá tinham o privilégio de servir no templo só por uma semana a cada seis meses. Mas o compositor desse salmo queria ser como uma andorinha, que podia morar na casa de Jeová. Ele disse: “Como é belo o teu grandioso tabernáculo, ó Jeová dos exércitos! Todo o meu ser desfalece de saudade; sim, estou fraco de tanto ansiar pelos pátios de Jeová. . . . Até mesmo o pássaro encontra uma casa ali e a andorinha um ninho para si, onde ela cuida dos seus filhotes perto do teu grandioso altar, ó Jeová dos exércitos, meu Rei e meu Deus!” (Salmo 84,1-3) Será que nós também temos esse desejo forte de sempre nos reunir com o povo de Deus, junto com os nossos filhos? — Salmo 26,8.12.

A CEGONHA MIGRA NA HORA CERTA



O profeta Jeremias escreveu: “A cegonha nos céus conhece as suas estações.” Na região onde Jeremias morava, dava para observar a migração das cegonhas. Um relatório mostrou que, durante uma primavera, mais de 300 mil cegonhas-brancas migraram da África para o norte da Europa, passando pelo vale do Jordão. Assim como outras aves migratórias, as cegonhas “se apegam ao tempo do seu retorno”. (Jeremias 8,7) É como se elas tivessem um relógio interno com um alarme que dispara na hora certa. Assim, milhares de aves voltam para casa para passar o verão.

O Atlas Collins da Migração das Aves * diz: “O mais incrível é que a migração das aves ocorre de modo instintivo.” Jeová Deus criou as aves migratórias com uma sabedoria natural. Elas conhecem as estações por instinto. Nós também podemos discernir o tempo em que vivemos. (Lucas 12,54-56) Só que, diferente das cegonhas, não fazemos isso por instinto. Precisamos do conhecimento de Deus para entender em que época estamos vivendo. Nos dias de Jeremias, os israelitas não prestaram atenção ao que estava acontecendo em volta deles. Deus explicou qual era o problema: “Eles rejeitaram a palavra de Jeová; que sabedoria eles têm?” — Jeremias 8,9.

Assim como a cegonha, é importante discernir o tempo. Hoje existem muitas evidências de que estamos nos “últimos dias”, como diz a Bíblia. (2 Timóteo 3,1-5) E você, reconhece que estamos no tempo do fim?

A ÁGUIA ENXERGA LONGE



A Bíblia fala muitas vezes da águia. É comum ver essa ave elegante voando nos céus da Terra Prometida. Como a Bíblia diz, a águia faz o seu ninho em lugares bem altos e “de lá ela procura alimento, seus olhos enxergam longe”. (Jó 39,27-29) A águia tem o olho tão bom que consegue enxergar um coelho a um quilômetro de distância.

Assim como a águia consegue enxergar longe, Deus consegue ver o que vai acontecer no futuro. Ele diz: “Desde o princípio anuncio o final, e desde os tempos antigos as coisas que ainda não foram feitas.” (Isaías 46,10) A sabedoria de Jeová e sua capacidade de ver o futuro são impressionantes. Por isso, fazer o que Jeová diz é o melhor para nós. — Isaías 48,17-18.

A Bíblia fala que as pessoas que confiam em Deus são como águias. Isaías 40,31 diz: “Os que esperam em Jeová recuperarão as forças. Voarão alto como as águias.” Para conseguir voar alto, a águia aproveita uma coluna de ar quente. Daí, abre as asas e fica voando em círculos dentro dessa coluna de ar. Assim, ela sobe cada vez mais. A águia consegue pairar e voar por longas distâncias sem usar suas próprias forças. Do mesmo modo, os servos de Jeová confiam que ele lhes dá “o poder além do normal”. — 2 Coríntios 4,7-8.

“A GALINHA AJUNTA SEUS PINTINHOS”



Pouco antes de morrer, Jesus olhou para a capital de Judá e disse em tom de tristeza: “Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados . . . Quantas vezes eu quis ajuntar seus filhos, assim como a galinha ajunta seus pintinhos debaixo das asas! Mas vocês não quiseram.” — Mateus 23,37.

Uma das características mais fortes das aves é o modo como elas tentam proteger seus filhotes. As aves que fazem ninhos no chão, como as galinhas, precisam ficar sempre atentas a possíveis ameaças. Quando uma galinha vê um gavião voando perto de seus pintinhos, ela cacareja alto. Os pintinhos entendem o alerta e correm para debaixo das asas dela. Eles também ficam ali para se esconder do calor do sol ou de chuva forte. Do mesmo modo, Jesus ofereceu proteção espiritual aos habitantes de Jerusalém. E hoje ele nos oferece proteção e alívio dos problemas e das ansiedades da vida. — Mateus 11,28-29.

Com certeza, essas aves podem nos ensinar muitas lições. Da próxima vez que você observar uma delas, lembre-se das comparações que a Bíblia faz. A andorinha ensina você a dar valor ao local que usamos para adorar a Jeová. Você pode confiar que Deus vai lhe dar poder para “voar alto” como as águias. Busque a proteção espiritual que Jesus oferece, assim como os pintinhos buscam proteção debaixo das asas da galinha. E lembre-se da lição da cegonha: é preciso prestar atenção no tempo em que estamos vivendo.


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