sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

VIVENDO NO AMOR DE DEUS - LIÇÃO 08 – VIVENDO NA FAMÍLIA DE DEUS



VIVENDO NO AMOR DE DEUS - LIÇÃO 08 – VIVENDO NA FAMÍLIA DE DEUS

“O Espírito mesmo dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus.” (Rm 8,16).

      I.        INTRODUÇÃO.

Somos privilegiados, pelo amor e misericordia do Senhor, “a ponto de ser chamados filhos de Deus”. Esta palavra inspira convicção, mas, também, estabelece responsabilidade quanto ao estilo de vida que devemos ter: “1. Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados. 2. Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor”. (Ef 5,1-2).

Como vive nossa grande família, num relacionamento digno de filhos e da vocação que temos, num elevado propósito de harmonia com Deus e com os outros irmãos? Essa lição vai mostrar verdades Bíblicas, com prerrogativas e deveres de uma vida filial e fraterna dentro de um padrão que produz honra e glória para Deus.

    II.        VIVENDO UM RELACIONAMENTO DE AMOR COM O PAI.

“1. Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu.” (1Jo 3,1).

1.    A iniciativa de amar foi de Deus e não do homem.
“Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados”. (!Jo 4,10).
2.    O alcance do amor de Deus.
O amor de Deus nos alcançou na nossa indgnidade, na sua prova maior, a dádiva de Seu Filho na cruz –  “Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós”. (Rm 5,8); “Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3,16).
3.    Testemunho de Paulo.
Paulo testifica esse amor na sua própria vida, na entrega voluntária de Jesus por ele “...no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.” (Gl 2,20).

4.    Vivência  do amor de Deus.
É na vivência de amor com Deus que recebemos a capacidade de amar uns aos outros. “Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado...” (Jo 13,34). O perfeito amor da Divindade entre si, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, é o modelo e a inspiração para nós amarmos: “Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor.” (Jo 15,9). Nos dois versículos seguintes, Jesus desafia os discípulos a permanecerem no Seu amor como Ele permanece no amor de Paí.

   III.        VIVENDO COM RESPONSABILIDADE.

“2. Caríssimos, desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando isto se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porquanto o veremos como ele é. 3. E todo aquele que nele tem esta esperança torna-se puro, como ele é puro.” (1Jo 3,2-3)

O nosso padrão de santidade é o Senhor e não o homem, ainda que este tenha alcançado o píncaro da perfeição e da glória humanas. Olhem os escritos sagrados sobre esse assunto: “14. À maneira de filhos obedientes, já não vos amoldeis aos desejos que tínheis antes, no tempo da vossa ignorância. 15. A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: 16. Sede santos, porque eu sou santo (Lv 11,44 – Bíblia Ave Maria).” (1Pd 1,14-16).
Duas verdades se destacam em 1Jo 3,2-3, as quais se relacionam com a santidade do cristão.

1.    A restauração absoluta da imagem moral e espiritual de Deus.
A imagem moral e espiritual perdida no Éden com o pecado de Adão se revelará na volta de Cristo: ...seremos semelhantes a Deus, porquanto o veremos como ele.” (1Jo 3,2 cf. Rm 8,18-25).

2.    A esperança presente que tem o poder de aperfeiçoar e purificar.
À semelhança da santidade do Senhor, ocorre um processo contínuo de aperfeiçoamento cristão: “ E todo aquele que nele tem esta esperança torna-se puro, como ele é puro.” (v3). Ver tambem Fl 2,12-14.

  IV.        VIVENDO CONFORME O PADRÃO DIVINO.

“4. Todo aquele que peca transgride a lei, porque o pecado é transgressão da lei. 5. Sabeis que (Jesus) apareceu para tirar os pecados, e que nele não há pecado. 6. Todo aquele que permanece nele não peca; e todo o que peca não o viu, nem o conheceu.” (1Jo 3,4-6).
Este estilo não permite o hábito, o costume, a cultura e a prática do pecado. A Bíblia nos faz refletir sobre vários aspéctos dessa questão.

1.    O que pratica o pecado é um transgressor da lei, porque o pecado é a transgressão da lei.
“Todo aquele que peca transgride a lei, porque o pecado é transgressão da lei.” (v 4).
Hb 10,26-31 diz que o homem que vive deliberamente no pecado está sujeito a um castigo severo, pois, com isso “...quem calcar aos pés o Filho de Deus, profanar o sangue da aliança, em que foi santificado, e ultrajar o Espírito Santo, autor da graça!” (v 29). A vingança do Senhor cairá sobre o tal, e ele saberá que, “É horrendo cair nas mãos de Deus vivo”. (v 31).

2.    O impecável Filho de Deus veio para tirar os pecados e destruir as obras do diabo.
“5. Sabeis que (Jesus) apareceu para tirar os pecados, e que nele não há pecado. 8. Aquele que peca é do demônio, porque o demônio peca desde o princípio. Eis por que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do demônio.” (1Jo 3,5.8)
Devemos tomar posse dessa verdade e viver uma vida coerente, resisitindo até ao sangue os assédios do pecado e suas insinuações satânicas – “4. Ainda não tendes resistido até o sangue, na luta contra o pecado. 5. Estais esquecidos da palavra de animação que vos é dirigida como a filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor. Não desanimes, quando repreendido por ele;” (Hb 12,4-5);  “11. Portanto, vós também considerai-vos mortos ao pecado, porém vivos para Deus, em Cristo Jesus. 12. Não reine, pois, o pecado em vosso corpo mortal, de modo que obedeçais aos seus apetites. 13. Nem ofereçais os vossos membros ao pecado, como instrumentos do mal. Oferecei-vos a Deus, como vivos, salvos da morte, para que os vossos membros sejam instrumentos do bem ao seu serviço. 14. O pecado já não vos dominará, porque agora não estais mais sob a lei, e sim sob a graça”. (Rm 6,11-14).

3.    A comunhão com Cristo opõe-se ao pecado.
“6. Todo aquele que permanece nele não peca; e todo o que peca não o viu, nem o conheceu.” (1Jo 3,6).
Não podemos dizer que andamos com Cristo se vivermos em pecado. São dois caminhos totalmente contrários, assim como o camiho da luz e trevas não se unem. Servir a Deus nos leva para longe do pecado, assim como servir ao inimigo nos leva para bem longe de Deus – “Aquele que peca é do demônio, porque o demônio peca desde o princípio. Eis por que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do demônio.” 1Jo 3,8).

    V.        VIVENDO COM DISCERNIMENTO.

“7. Filhinhos, ninguém vos seduza: aquele que pratica a justiça é justo, como também (Jesus) é justo. 8. Aquele que peca é do demônio, porque o demônio peca desde o princípio. Eis por que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do demônio. 9. Todo o que é nascido de Deus não peca, porque o germe divino reside nele; e não pode pecar, porque nasceu de Deus. 10. É nisto que se conhece quais são os filhos de Deus e quais os do demônio: todo o que não pratica a justiça não é de Deus, como também aquele que não ama o seu irmão. (1Jo 3,7-10).

A ingenuidade espiritual tem levado muitos cristãos à decepção e ao desencanto no caminho de seus relacionamentos. Ouvi falar de um casal que chegou em nossa cidade demonstrando vida supostamente piedosa, como prática de muito fervor e aparência espiritual. Procuraram alguns irmãos e logo iniciaram um forte movimento de oração, libertação e cura. Alguns dias depois o homem arranjou uma viagem para outro estado e, para isso, levou um carro emprestado de um dos irmãos e um filho deste como motorista. Na vagem foram bebendo juntos. Dias mais tarde, a amente que o suposto missionário havia conquistado na viagem telefonou para a mae do rapaz, dizendo a cidade onde estavam e pedidndo que ela fosse buscar seu filho urgentimente, pois o obreiro fraudulento maquinava matá-lo para ficar com o carro. O final da história é qeu o filho foi achado e o homem foi preso. Qaunto ingenuidade!
Em 1Jo 3,7-11, há uma orientação bem distinta que nos ajuda a saber a diferença entre os filhos de Deus e os filhos do Malígno, principalmente no meio cristão.

1.    A prática que faz a diferença.

“7. Filhinhos, ninguém vos seduza: aquele que pratica a justiça é justo, como também (Jesus) é justo. 8. Aquele que peca é do demônio, porque o demônio peca desde o princípio. Eis por que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do demônio”. (1Jo 3,7-8).

a)    “7. Filhinhos, ninguém vos seduza: aquele que pratica a justiça é justo, como também (Jesus) é justo.” (v 7). Uma das maneiras de saber se o homem é de Deus é a justiça por ele vivida e praticada.
b)    “8. Aquele que peca é do demônio, porque o demônio peca desde o princípio.” (v 8). Assim como Deus é a fonte do bem e a justiça Satanás é a fonte de todo o mal.

2.    A experiencia que faz a diferença.
“Todo o que é nascido de Deus não peca, porque o germe divino reside nele; e não pode pecar, porque nasceu de Deus.” (1Jo 3,9).
Nascer é a experiencia de quem está vivo e de quem já morreu, pois não teria morrido se não tivesse vivo. O cristão nasce de Deus, e isto é a coisa mais importante na vida de um homem, pois as bênçãos de um novo relacionamento dão a ele todas as riquezas e todos os tesouros em Crsito, inclusive a vitória sobre o pecado e seu poder: “Todo o que é nascido de Deus não peca” (v 9). O que permanece nele é a palavra do Senhor, a divina semente – “Pois fostes regenerados não duma semente corruptível, mas pela palavra de Deus, semente incorruptível, viva e eterna.” (1Pd 1,23). O salmista disse: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti” (Sl 119,11).

3.    A revelação que faz a direfença.
“É nisto que se conhece quais são os filhos de Deus e quais os do demônio: todo o que não pratica a justiça não é de Deus, como também aquele que não ama o seu irmão.” (1Jo 3,10).
Quando a pessoa se revela como filha de Deus, a luz dessa revelação é a prática da justiça, do amor e da generosidade. Do outro lado, os filhos de Satanás se revelam quando praticam a injustiça, o ódio, a inveja e a avareza. “É nisto que se conhece quais são os filhos de Deus e quais os do demônio” (v 10).

  VI.        CONCLUSÃO.


Tudo o que praticamos deve nos identificar como filhos de Senhor: “1. Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados.” (Ef 5,1). Devemos lutar diariamente contra o pecado; nossa residência não deve ser minada por atitudes ou atos que venham desabonar nossa filiação ao Pai e fazê-lo desacreditado no mundo – “Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste.” (Jo 17,21).

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