sábado, 21 de dezembro de 2013

VIVENDO NO AMOR DE DEUS - LIÇÃO 02 – A COMUNHÃO QUE NASCE NO VERBO DA VIDA.



VIVENDO NO AMOR DE DEUS - LIÇÃO 02 – A COMUNHÃO QUE NASCE NO VERBO DA VIDA.

“O que vimos e ouvimos nós vos anunciamos, para que também vós tenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo”. (1Jo 1,3).

      I.        INTRODUÇÃO.

Há características humanas que aparecem em todos os grupos, independentemente de sua experiencia com Deus. A disposição de estar juntos é uma delas – na igreja, geralmente chamamos a isso de comunhão. Pode-se observar com facilidade que também os descrentes têm certo prazer em estar juntos, em ter comunhão. As pessoas se reúnem num bar (especialmente em volta de uma rodada de cerveja), num campinho de futebol, numa reunião de venda de vasilhas ou produtos de beleza, numa igreja, e assim por diante. O fato é que da mesma forma como o sol nasce “sobre maus e bons”, até aqueles que são maus “sabem dar boas coisas aos seus filhos”. Temos todos a marca da vida social, queremos estar juntos, formar famílias e participar de grupos sociais.

Do outro lado, se comunhão não é marca única daqueles que estão no evangelho, mas de todas as pessoas, há, porém, algo que faz diferença entre os ajuntamentos naturais e a comunhão verdadeira. Que diferença há entre uma reunião de pessoas fora da igreja e aquela que acontece em nome do evangelho em uma igreja?

Em 1Jo 1,1-4 nos ensina que a verdadeira comunhão é resultado de um encontro pessoal com Jesus, o Verbo da vida. Encontramos nele os fundamentos de uma comunhão verdadeira, e aprendemos aquilo que pode nos dar alegria completa, resultado da transformação que o evangelho opera em nossa vida.

    II.        RAÍZES DA VERDADEIRA COMUNHÃO (1Jo 1-3).

1.    Experiencia real e pessoal com Jesus.
Apenas aqueles que tiveram uma experiencia real e pessoal com Jesus podem promover a comunhão verdadeira – “o que vimos e ouvimos” (vs 1.3), “o que temos contemplado e as nossas mãos têm apalpado” (v 1). Da mesma forma como no direito secular procura-se uma testemunha – chave, que tenha verdadeiramente presenciado o fato e o conte como ocorreu, também se espera que o evangelho seja contado por aqueles que de fato viram o Senhor. Ainda que seja importante a fé de nossos pais, ou dos missionários do passado, ou mesmo do padre ou pastor da igreja, o evangelho é comunicação de vida pessoal que o cristão tem para transmitir aos outros. A igreja é a comunhão dos salvos – o corpo vivo de Cristo. Enquanto nao temos uma experiencia pessoal e profunda com Deus, não há o que dizer ao mundo, e não há comunhão verdadeira para ser compartilhada.
A pergunta para você que estuda a Bíblia é se de fato você já teve um encontro pessoal e profundo com Deus o Verbo da vida.

2.    Testemunho Pessoal.
Apenas por meio pessoal se promove comunhão verdadeira – “porque a vida se manifestou, e nós a temos visto; damos testemunho e vos anunciamos a vida eterna, que estava no Pai e que se nos manifestou” (v2). Duas expressões são aqui usadas para nos informar a maneira como a comunhão verdadeira é comunicada: “damos testemunho” e “vos anunciamos”. Todos sabemos que “a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem vem por meio da pregação a respeito de Cristo” (Rm 10,17), que os cristãos devem ir pregar o evangelho – “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.” (Mc 16,15), e que devemos ser testemunhas de Deus em todos os lugares – “mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo.” (At 1,8). Somente por meio de testemunho dos cristãos uma pessoa pode chegar ao conhecimento da verdade que há em Cristo, nascer de novo e ser introduzida no Corpo de Cristo -  e é desse modo que acontece a comunhão dos salvos.

   III.        A COMUNHÃO VERDADEIRA REFLETE A VIDA DE DEUS EM NÓS – (1Jo1,1-2).

1.    A comunhão verdadeira e ajuntamento natural.
A distancia entre a comunhão verdadeira e o ajuntamento natural é proporcional à distancia entre a vida e a morte – “1. O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos olhos, o que temos contemplado e as nossas mãos têm apalpado no tocante ao Verbo da vida. 2. porque a vida se manifestou, e nós a temos visto; damos testemunho e vos anunciamos a vida eterna, que estava no Pai e que se nos manifestou” (v 1-2).

O ajuntamento de pessoas sem a vida que há em Cristo é semelhante a uma comunhão que aconteceria em um cemitério – pessoas colocadas juntas, mas sem poder de compartilhar vida. O filho pródigo experimentou bem esse fato quando desejava fartar-se das comidas dos porcos, “mas ninguém lhe dava nada” (Lc 15,16), Ainda que seja bonito ver pessoas juntas em sociedades (até mesmo na sociedade familiar), espiritualmente falando, seus participantes nada têm a oferecer, a não ser que conheçam a Jesus como o Senhor e Salvador.

2.    Presença de Deus e a comunhão verdadeira.
A presença de Deus faz enorme diferença tanto na forma como no conteúdo da comunhão verdadeira – “2. porque a vida se manifestou, e nós a temos visto; damos testemunho e vos anunciamos a vida eterna, que estava no Pai e que se nos manifestou” (v 2). Quando Jesus está presente em um ajuntamento, as coisas são diferentes. Os discípulos no caminho de Emaús tiveram essa experiencia – Lc 24,13-35). Quando Jesus faz parte do processo, há predomínio da palavra de Deus, Seu santo caráter é comunicado aos participantes do grupo, há santidade de propósito, temor do Senhor, manifestações claras de seu amor nas conversas, nos planos e nas realizações comuns. O Senhor Jesus fez diferença quando os discípulos enfrentaram tempestade, quando uma mãe saiu de Naim para sepultar o seu único filho, ou quando o grupo se reuniu em grande multidão e não havia pão para todos comerem. Da mesma forma, nossa vida em comum é muito diferente quando o Senhor Jesus é presente, dominando os relacionamentos e usando a vida daqueles que se unem para o louvor da Sua glória.

  IV.        A COMUNHÃO VERDADEIRA PRODUZ ALEGRIA COMPLETA (1Jo 1,3-4).

“3. o que vimos e ouvimos nós vos anunciamos, para que também vós tenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo. 4. Escrevemo-vos estas coisas para que a vossa alegria seja completa.”

1.    Pode ser compartilhada pelo Pai e com Seu Filho Jesus Cristo 1Jo 1,3).
Muitos pensam que ser cristão é ter uma vida triste – ou que se mede a espiritualidade de alguém pela maneira séria, sem manifestação de alegria – sem o sorriso aberto, a boa gargalhada, o gostoso sentimento do bem – estar. A Bíblia não ensina assim! O que se deve observar é que há grande diferença entre a alegria do cristão e a que é resultante do pecado. Finalmente se percebe quando a alegria é pecaminosa, que inclui deboche, malícia, maldade, egoismo de toda sorte. Do outro lado, a alegria que “ninguém poderá tirar” é tão livre das marcas do pecado que se pode gozá-la livremente sem culpas ou temores. A alegria segundo Deus é diferente!

2.    Deve ser compartilhada pelos cristãos em Cristo Jesus (1Jo 1,4).
Alegria é experiencia que se comunica, que não se contém fechada e individual. Por isso o texto faz imediata relação entre alegria e comunhão. Todo aquele que goza comunhão verdadeira com Deus e Sua igreja é naturalmente tomado pelo desejo de trazer outros a essa comunhão. Trata-se de algo tão especial que o Senhor Jesus deu "vós alheios a Deus e inimigos pelos vossos pensamentos e obras más, eis que agora ele vos reconciliou pela morte de seu corpo humano, para que vos possais apresentar santos, imaculados, irrepreensíveis aos olhos do Pai”. (Cl 1,21-22). A alegria verdadeira vivida pela igreja primitiva foi naturalmente manifestada no partir do pão, na comunhão, no ajuntamento diário daqueles que iam sendo salvos (At 2,44-47). Quanto mais plena (abundante) a vida cristã, mais ela se “determinará” para beneficio de outros.

    V.        CONCLUSÃO.

Comunhão é uma palavra especificamente cristã e indica  a participação comum na graça de Deus, a salvação de Cristo e a presença do Espirito no ser interior que é o direito de nascimento espiritual de todos os cristãos.


O Verbo da vida que se manifestou desde o princípio – “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus.” (Jo 1,1) – teve como objetivo da a todos os que crerem o poder de serem feitos filhos de Deus – “Mas a todos aqueles que o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, (Jo 1,12). O mesmo Verbo da vida que testemunhamos diariamente é aquele que concede ao homem a benção da comunhão com o Pai e com Seu Filho, Jesus Cristo – (1Jo 1,3).

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