A eleição é uma doutrina bíblica. Ela não foi revelada para ser discutida, questionada e negada pelos homens.
Pelo contrário, ela nos foi dada para conforto, encorajamento, segurança e motivação espiritual. Infelizmente, algumas pessoas a rejeitam, chamando-a de *“doutrina injusta”* ou *“doutrina do diabo”*.
Paulo diz: Por esta razão, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles obtenham a salvação que está em Cristo Jesus, com eterna glória (*”Portanto, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna”*. - 2Tm 2.10).
PRIMEIRO, QUEM SÃO OS ELEITOS?
Paulo diz: Por esta razão, tudo suporto por causa dos eleitos.
Mas, quem são esses eleitos?
Os eleitos são aquelas pessoas escolhidas por Deus, nas quais serão cumpridos os propósitos divinos.
O eleito é um predestinado para um fim antecipadamente determinado por Deus.
Trata-se de uma doutrina ensinada por Jesus (Mt 22.14; 24.22; Jo 6.39; 10.11,14,28; 15.16; 17.2,9,11 e 24), por Paulo (Rm 8.29-30; 9.11-13; Ef 1.3-14; Cl 3.12; 1Ts 1.4; 2Ts 2.13-14; Tt 1.1-2), Pedro (1Pe 1.1-2; 2.9-10; 2Pe 1.10) e demais livros da Bíblia (Dt 7.6; Sl 65.4; Is 43.10; Lc 18.7; At 13.48).
*Alguns pontos fundamentais da doutrina bíblica da eleição*:
(1) Deus é o autor da eleição (Rm 8.28-30). Ele é quem elege pessoas para cumprirem os seus planos.
(2) Deus elege soberana e incondicionalmente (Rm 9.11-13). A sua escolha não está condicionada em obras predeterminadas nem em fé prevista (1Co 1.27-28; Ef 1.4 e 2.8).
(3) Deus elegeu pessoas antes da criação de todas as coisas (Ef 1.4-5). O tempo da escolha foi antes da fundação do mundo.
(4) A eleição diz respeito a pessoas. Não há eleição para outra espécie criada, exceto a humana (At 9.15; Rm 16.13).
(5) A eleição é uma manifestação do amor e da justiça de Deus (1Ts 1.4; Rm 9.14-15). A eleição é uma prova do amor do Pai.
(6) A eleição envolve pessoas de todas as nações da terra (At 13.48; 1Co 1.26-29). É por isso que o evangelho deve ser pregado a todas as nações da terra (Mt 28.18-20).
(7) A eleição é imutável e eficaz. Os decretos de Deus são irrevogáveis e infalíveis na sua execução (Rm 11.29). A *“corrente de Deus”* jamais será quebrada (Rm 8.28-30).
(8) A eleição tem um vasto propósito: salvação (2Ts 2.13-14), santificação (Ef 1.4), produtividade (Jo 15.16), serviço (At 9.15-16), oração (Lc 18.7) e para vida eterna (At 13.48). (9) A eleição tem como alvo principal promover a glória de Deus (Ef 1.4-6).
SEGUNDO, PARA QUE SÃO ELEITOS?
Paulo responde: para que também eles obtenham a salvação que está em Cristo Jesus, com eterna glória. Primeiro, eles são eleitos para obterem a salvação.
O verbo *“obtenham”* está no presente, indicando que a salvação é possuída na hora da conversão. Paulo fala também da salvação futura: Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo (1Ts 5.9).
Não para a *“ira”* a ser revelada na volta de Cristo (1Ts 1.10; 2Ts 1.8-10), mas para obtenção ou possessão da salvação que se manifestará plenamente na segunda vinda de Cristo.
A salvação dos eleitos é apropriada no presente e será desfrutada plenamente no futuro (2Tm 1.10-12).
Segundo a salvação está em Cristo Jesus.
Em Cristo indica que a salvação está baseada ou centrada em Cristo Jesus, na sua pessoa e na sua obra de redenção (1Tm 1.15; 2.5-6).
Terceiro, é a salvação acompanhada de eterna glória.
É uma salvação com “glória eterna” (Cl 1.27; 3.4).
No dia da consumação de todas as coisas, os eleitos desfrutarão no corpo e na alma a glorificação completa (Rm 13.11).
TERCEIRO, COMO OS ELEITOS SÃO SALVOS?
Paulo diz: tudo suporto; envolve todo sofrimento que ele passa na pregação do evangelho.
Ele sofre até os últimos momentos da sua vida, por causa da proclamação do evangelho.
Os eleitos são salvos quando ouvem a pregação da palavra e são convertidos pelo Espírito Santo (Rm 10.17).
Para Paulo, a fé salvadora não é de todos (2Ts 3.2), mas somente dos eleitos.
Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para promover a fé que é dos eleitos de Deus e o pleno conhecimento da verdade segundo a piedade (Tt 1.1).
Ele via o seu ministério como um promotor de salvação. C. Spurgeon expressa esse sentimento:
“Pregar o evangelho é, para nós, questão de vida e morte; lançamos nela toda a nossa alma. Vivemos e nos alegramos se vós credes em Jesus e sois salvos; mas estamos quase prontos a morrer se vós rejeitardes o evangelho de Cristo”.
A pessoa crê em Cristo Jesus porque foi eleita por Deus. A fé é consequência da eleição. Paulo diz aos novos convertidos de Tessalônica:
Recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, reconhecendo, irmãos amados de Deus, a vossa eleição (1Ts 1.3-4).
A fé, o amor e a esperança são consequências da eleição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário