sábado, 16 de fevereiro de 2019

Ele não está aqui, ressuscitou!

Resultado de imagem para tumulo vazio

Ele não está aqui, ressuscitou!

Mt 28.1-10 

“Ele não está aqui...”. Esta foi à palavra que um anjo disse às mulheres que foram ao sepulcro no domingo de manhã. Elas foram lá para visitar um morto, mas o anjo lhes disse que ele já havia ressuscitado: "Ele não está aqui; ressuscitou...". 

Vamos falar um pouco de algumas religiões

ESPIRITISMO 

Criador - Alan Kardec
Seguidores kardecistas 

O que a Bíblia diz sobre espiritismo?
A Bíblia diz que Deus é contra o espiritismo. No livro de Deuteronômio 18,9-14, Deus dá ordens ao povo para não cometerem certas práticas, porque se assemelhariam aos povos vizinhos que não obedeciam a Deus.
Umas dessas práticas era a tentativa de comunicação com os mortos. Tal ato traria consequências negativas para o povo. O grande perigo é que tentar falar com os mortos abre uma porta para o diabo. Isto é porque comunicar com os mortos não é possível e muitas vezes a pessoa está na verdade estabelecendo contato com um demônio.
No livro de 1 Samuel 28,3-25, vemos que o rei Saul desobedeceu a Deus e procurou uma mulher que invocava espíritos. Essa atitude do Rei Saul demonstrou que ele estava longe de Deus e por isso viria a sofrer pela sua desobediência.
No Antigo Testamento, Deus não só condenava a prática do espiritismo, como ainda castigava o praticante de tal ato (Levítico 19,31). Deus quer que as pessoas O busquem para obterem respostas e não recorram a outras práticas ou entidades.
O espiritismo afirma que quando uma pessoa morre, a sua alma e espírito permanecem na terra e pode passar por vários passos para obter o aperfeiçoamento espiritual. Por outro lado, a Bíblia ensina que depois da morte, nada pode ser feito para conseguir a salvação. O destino da alma (céu ou inferno) vai depender se a pessoa durante a vida aceitou Jesus como Senhor e Salvador.
A Bíblia afirma em Hebreus 9,27 que cada pessoa vive uma só vez e depois de morrer enfrenta o julgamento. Assim, não há nenhuma indicação que o seu espírito permanece na terra ou fica contatável.
BUDISMO
Criação – Buda
Seguidores - budistas

O que é o Budismo? Os budistas acreditam em quê?

O Budismo é uma religião oriental que acredita na reencarnação e que uma pessoa pode se libertar do sofrimento através de uma vida equilibrada. Foi fundado mais ou menos 500 anos antes de Cristo por um homem chamado Siddharta (conhecido como Buda).
Quem foi Buda?
Siddharta, ou Buda, era um príncipe que cresceu protegido e no luxo. Quando já era adulto viu que sua vida de rico não era feliz. Ele começou a entender o sofrimento que há no mundo e decidiu viajar para encontrar a paz. Depois de passar por extremos de luxo e de miséria, ele descobriu, enquanto meditava que a melhor forma de viver era com equilíbrio e procurando a verdade.
Buda passou o resto de sua vida ensinando o que tinha aprendido e ganhou muitos seguidores que deram continuidade depois de sua morte.

Budismo acredita em Deus?

O Budismo não fala de Deus. Para o budista o mundo é um conjunto de forças, ou elementos, que se transformam e interagem num ciclo eterno de equilíbrio. O ser humano é só uma parte desse ciclo e a ideia de identidade individual é para eles uma ilusão.
A única forma de se libertar desse ciclo é atingir o estado de nirvana, que é quando se desliga de todas as ligações com o mundo material e se apaga a identidade. Quando uma pessoa atinge o estado de nirvana é chamado de “Buda”, que significa “esclarecido”.
Há muitos ramos diferentes do Budismo e alguns incorporam os deuses de outras religiões, como a religião Hindu. Mas o ensinamento central do Budismo ignora a questão de Deus. O importante para eles é o trabalho de cada pessoa durante sua vida.

Os 4 princípios do Budismo

Buda ensinou 4 princípios que dizia ser verdades fundamentais:
1.    Viver é sofrer – a vida leva ao sofrimento e à morte, que leva de novo ao renascimento;
2.    Sofrimento é causado por apegos e desejos – é a ganância humana e o apego a coisas materiais que leva ao sofrimento, porque essas coisas sempre acabam e não podem satisfazer;
3.    O sofrimento tem que acabar – o objetivo da vida deve ser eliminar o sofrimento se desapegando de tudo neste mundo, para chegar ao estado do nirvana;
4.    Viver sem sofrimento exige um certo estilo de vida – para se libertar deste mundo é preciso viver de forma moderada, tanto nas ações como no pensamento e na disciplina.

O Budismo e a Bíblia

Embora a Bíblia seja a favor de uma vida moderada (Provérbios 3,21), ela discorda com o fundamental do Budismo. A Bíblia diz que só temos uma vida (Hebreus 9,27), não nos reencarnamos. Também diz que o sofrimento e a morte são o resultado do pecado no mundo (Romanos 6,23) e que não podemos atingir a salvação por nossas ações, só pela fé em Jesus (Romanos 9,30-32).
O Budismo não acredita no perdão dos erros, só de equilíbrio entre o bem e o mal, e admite que muitos poucos conseguem atingir a liberdade. A Bíblia tem uma mensagem muito mais positiva. Fala de um Deus justo mas que nos ama e por isso deu seu Filho para todos termos um relacionamento pessoal com ele (João 3,16). Com sua ajuda podemos ser livres e temos a esperança da vida eterna no Céu, onde não há sofrimento (Apocalipse 21,4).
ISLAMISMO
Criador – Maomé
Seguidores – Islã – Muçulmanos.

O que é o Islamismo (Islã)? Em que os muçulmanos acreditam? 

O Islamismo (ou Islão) é uma religião que acredita em um só Deus e que um homem chamado Maomé foi o seu profeta. O seu livro sagrado é o Corão, que os muçulmanos acreditam ser revelações que o anjo Gabriel deu a Maomé.

Em que os muçulmanos acreditam?

Os muçulmanos acreditam em um só Deus (Alá significa Deus em árabe) que criou tudo e que enviou profetas para anunciar e lembrar ao povo a importância de o adorar. Eles acreditam que pessoas da Bíblia, como Adão, Abraão e Moisés foram profetas e aceitam partes da Bíblia como revelações de Deus mas que foram corrompidas. Para os muçulmanos Jesus foi só um profeta, porque Deus no Islão não tem filho. Maomé foi o último dos profetas e o Corão é a palavra definitiva de Deus não corrompida.
Acreditam num julgamento final de todos os homens, que ou irão para o Céu ou para o Inferno. O Islão também diz que todos estão predestinados (Deus sabe quem vai ser salvo e quem não vai) mas que temos livre arbítrio também. Acreditam que para ir para o Céu é preciso ser muçulmano.

O Islão e a Bíblia

A grande diferença é que o Islão não aceita Jesus como Filho de Deus. Para o crente isso é irreconciliável com o que a Bíblia diz (1 João 2,22). O Islão não aceita a Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) e diz que Maomé era um homem perfeito, sem pecado (1 João 1,8).
Embora tenha raízes no Judaísmo e no Cristianismo, o Islão não está de acordo com a Bíblia. O crente deve amar o muçulmano mas rejeitar o Islão.

As 5 regras do muçulmano – pilares do Islão

A vida do muçulmano é de adoração e sujeição ao seu Deus. Essas 5 regras são sua forma de mostrar isso:
1.    Confissão de fé – uma pessoa torna-se muçulmana quando acredita e diz em árabe que só há um Deus e que Maomé foi seu profeta. Os muçulmanos repetem isso muitas vezes na vida porque é a base do Islão.
2.    Oração – os muçulmanos oram a seu Deus 5 vezes ao dia virados para Meca, sua cidade mais sagrada.
3.    Esmola – todo o muçulmano deve guardar uma parte do seu dinheiro para ajudar os pobres e necessitados. Muitos interpretam essa regra como uma chamada para a ação social também.
4.    Jejum – no mês do Ramadão os muçulmanos jejuam desde o nascer até ao pôr do sol, para aprender disciplina e sacrifício. No fim do mês têm uma grande festa para celebrar.
5.    Peregrinação – todo o muçulmano que tem possibilidade deve ir a Meca pelo menos uma vez na vida para participar de um ritual sagrado, visitando lugares importantes na História do Islão.
Há uma minoria que acredita que a guerra santa também é um pilar do Islão, mas a grande maioria rejeita esse ponto de vista.

O surgimento do Islamismo

O Islão começou em 610 d.C. quando Maomé disse ter recebido uma revelação divina do anjo Gabriel quando estava no deserto. Ele começou a pregar em sua terra natal, Meca (que fica na atual Arábia Saudita), e ganhou muitos seguidores. As revelações continuaram durante vários anos e mais tarde foram escritos e organizados no Corão.
Maomé e os seus seguidores levaram o Islão para outras cidades árabes, que se uniram e conquistaram outras terras. Onde iam, pregavam o Islão e muitos povos conquistados se converteram.
O Islão é hoje a segunda maior religião do mundo, depois do Cristianismo. Tal como o Cristianismo, que se divide em Católicos, Protestantes, Ortodoxos e muito mais, o Islamismo também tem grupos com interpretações diferentes. Os dois grupos principais são os Sunitas e os Xiitas.

Ser muçulmano não significa ser árabe

É um erro normal associar todos os árabes ao Islamismo. Mas os árabes são as pessoas que moram na Península Arábica. Tem árabes de outras religiões, como judeus e cristãos. Muçulmanos são as pessoas que seguem o Islão e podem ser de qualquer nacionalidade.
CRISTIANISMO 

Criador – Jesus Cristo

Seguidores – Cristãos

O que é o Cristianismo? 

O Cristianismo é a religião centrada na vida e na pessoa de Jesus Cristo. Os principais ensinamentos do Cristianismo se encontram em seu livro sagrado: a Bíblia. Atualmente, o Cristianismo é a maior religião do mundo.


As pessoas cuja religião é o Cristianismo se chamam de cristãos. Cristão significa “pertencente a Cristo”, porque o objetivo do cristão é se tornar mais como Jesus. O Cristianismo é mais do que uma religião ou uma tradição – é uma forma de viver e um relacionamento com Deus.
Em que os cristãos acreditam?
Dentro do Cristianismo, existem vários grupos separados, com crenças diferentes. No entanto, a maioria dos cristãos acredita em alguns ensinamentos fundamentais. 
  • Existe um único Deus, todo-poderoso, perfeito e criador de todas as coisas
  • A Bíblia é a Palavra de Deus e a base de toda a fé cristã – 2 Timóteo 3,16-17
  • Deus criou a humanidade à Sua imagem, para dominar sobre a terra – Gênesis 1,27-28
  • As pessoas pecam (fazem coisas erradas e são imperfeitas)
  • Por causa do pecado, ficamos separados de Deus e debaixo de Sua justa condenação – Romanos 3,23
  • Apesar de sermos falhos, Deus nos ama e não fica feliz em nos castigar
  • Para nos salvar do pecado e suas consequências, Deus enviou Jesus à terra para levar o castigo em nosso lugar – João 3,16
  • Jesus é o Filho de Deus, que nasceu de uma virgem, pregou na terra durante alguns anos, depois morreu em uma cruz mas ressuscitou três dias depois – 1 Coríntios 15,3-5
  • Na cruz, Jesus pagou o preço por nossos pecados, nos salvando da condenação
  • Para ser salvo, você precisa se arrepender de seus pecados e crer em Jesus – Romanos 10,9-10
  • Todo cristão deve ser batizado – Atos dos Apóstolos 2,38
  • A Igreja é o conjunto de todos aqueles que realmente creem em Jesus e são salvos
  • A vida cristã deve ser caracterizada pelo amor ao próximo e as boas obras, que Jesus nos ajuda a fazer
  • Depois que ressuscitou, Jesus subiu ao Céu, mas prometeu que um dia vai voltar para julgar a todos; nesse dia, os condenados sofrerão castigo eterno, mas os salvos receberão a vida eterna – Apocalipse 22,12

A origem do Cristianismo

O Cristianismo surgiu com Cristo. Quando Jesus veio, ele cumpriu as profecias do Antigo Testamento sobre a vinda do Cristo, que significa “ungido”, o salvador. Essas profecias tinham sido dadas ao povo judeu e Jesus viveu como judeu. Mas Jesus foi mais que um judeu devoto – ele completou o Judaísmo.
Durante cerca de três anos, Jesus pregou, fez milagres e treinou algumas pessoas para serem os futuros líderes da Igreja – os apóstolos. Depois que ele morreu e ressuscitou, os apóstolos e outros seguidores de Jesus continuaram a se reunir para orar, adorar a Deus e se encorajarem.
Algumas semanas depois da ressurreição, o Espírito Santo desceu sobre os discípulos e eles começaram a pregar corajosamente o evangelho a outras pessoas (Atos dos Apóstolos 2,40-41). Esse dia marca o início oficial da Igreja e, por extensão, do Cristianismo.
Os cristãos cedo se começaram a distinguir dos judeus, mostrando que não eram apenas um novo tipo de Judaísmo radical. Seu foco principal era Jesus, que dava uma visão nova sobre Deus e Suas leis. Com o tempo, judeus e cristãos se afastaram cada vez mais e o Cristianismo ficou reconhecido como uma religião diferente.

Símbolos do Cristianismo

O símbolo mais reconhecido da Cristianismo é a cruz. No tempo de Jesus, a cruz era um instrumento de tortura usado para matar criminosos de maneira lenta e dolorosa. Apesar de ser inocente, Jesus morreu em uma cruz para pagar o castigo de nossos pecados (1 Pedro 2:24). Por causa disso, de símbolo de sofrimento e maldição, a cruz transformou-se em símbolo de esperança!
O poder de um túmulo vazio
No frio e cinzento da madrugada três mulheres dirigiram-se pelas ruas escuras de Jerusalém. Era o amanhecer do primeiro dia da semana, mas seus corações estavam pesados. Seus pés se arrastavam lentamente sobre as pedras irregulares das ruas de Jerusalém. No dia anterior, o sábado, elas tinham visto a sua esperança em Jesus de Nazaré esmagada.
Elas testemunharam dEle uma morte cruel por crucificação. Tinha sido a esperança de que Ele iria resgatar Israel e entregá-los a partir de seus opressores romanos; mas agora os seus sonhos e esperanças jazia na túmulo vazio.
Salomé era a esposa de Zebedeu (Mt 27. 56; Mc 15. 40) e a mãe dos apóstolos Tiago e João. Com ela foi Maria de Cléofas, a mãe de Tiago, o Menor, outro dos doze discípulos.
Em suas mãos elas carregavam especiarias. Como sua última medida de devoção, elas queriam ungir o corpo morto de Jesus. Cada uma das mulheres tinha sua própria relação peculiar com Cristo.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

LIVRO DOS JUIZES



Resultado de imagem para livro de juizes
Juízes (Jz)
Autor: Desconhecido
Data: Entre 1050 e 1000 aC
Autor
O autor de Juízes é desconhecido. O Talmude atribui o livro de Juízes a Samuel. Este bem pode ter escrito partes do Livro, já que se afirma que era um escritor (1Sm 10.25).
Data
O Livro de Juízes cobre o período entre a morte de Josué e a instituição da monarquia. A data real da composição do livro é desconhecida. No entanto, evidências internas indicam que ele foi escrito durante o período inicial da monarquia que se seguiu à coroação de Saul. Porém antes da conquista de Jerusalém por Davi, cerca de 1050 a 1000 aC. Esta data tem o apoio de dois fatos: 1) As palavras “naqueles dias, não havia rei em Israel” (17.6) foram escritas num período em que Israel tinha um rei. 2) A declaração de que “os jubuseus habitaram com os filhos de Benjamim em Jerusalém até ao dia de hoje” (1.21) aponta para um período anterior à conquista da cidade por Davi (2Sm 5.6,7).
Contexto Histórico
Juízes cobre um período caótico na história de Israel: cerca de 1380 a 1050 aC. Sob a liderança de Josué, Israel conquistou e ocupou de forma geral a terra de Canaã, mas grandes áreas ainda permaneceram por ser conquistadas pelas tribos individualmente. Israel praticava continuamente o que era mau aos olhos do Senhor e “não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos” (21.25). Ao servirem de forma deliberada a deuses estranhos, o povo de Israel quebrava a sua aliança com o Senhor. Em consequência, o Senhor os entregava nas mãos dos opressores. Cada vez que o povo clamava ao Senhor, este, com fidelidade, levantava um juiz a fim de prover libertação ao seu povo. Estes juizes, a quem o Senhor escolheu e ungiu com o seu Espírito, eram militares e civis. O Livro de Juizes não olha apenas retroativamente para a conquista de Canaã, liderada por Josué, registrando as condições em Canaã durante o período dos juízes, mas também antecipa o estabelecimento da monarquia em Israel.
Conteúdo
O Livro de Juizes está dividido em três seções principais: 
1) Prólogo (1.1-3.6) 
2) narrativas (3.7-16.31); e 
3) epílogo (17.1-21.25). 
A primeira parte do prólogo (1.1-2.5) estabelece o cenário histórico para as narrativas que seguem. Ali é descrita a conquista incompleta da Terra Prometida (1.1-36) e a reprimenda do Senhor pela infidelidade do povo à sua aliança (2.1-5). 
A segunda parte do prólogo (2.6-3.6) oferece uma visão geral do corpo principal do Livro, que são as narrativas. Estas descrevem os caminhos rebeldes de Israel durante os primeiros séculos na Terra Prometida e mostram como o Senhor se relacionou com a nação naquele período, um tempo caracterizado por um ciclo recorrente de apostasia, opressão, arrependimento e libertação.
A parte principal do livro (3.7-16.31) ilustra esse padrão que se repete na história antiga de Israel. Os israelitas faziam o que era mau aos olhos do Senhor (apostasia); o Senhor os entregava nas mãos de inimigos (opressão); o povo de Israel clamava ao Senhor (arrependimento); e, em resposta ao seu clamor, o Senhor levantava libertadores a que ele capacitava com o seu Espírito (libertação). Seis indivíduos— Otniel, Eúde, Débora, Gideão, Jefté e Sansão—, cujo papel de libertadores é narrado com mais detalhes, são classificados como “juízes maiores”. Seis outros, que são mencionados rapidamente— Sangar, Tola, Jair, Ibsã, Elom e Abdom—, são conhecidos como “juízes menores”. Um décimo terceiro personagem, Abimeleque, está vinculado à história de Gideão.
Duas histórias são acrescentadas ao Livro de Juízes (17.1—21.15) na forma de um epílogo. O propósito desses apêndices não és estabelecer um final ao período dos juízes, mas descrever a corrupção religiosa e moral existente nesse período. A primeira história ilustra a corrupção na religião de Israel. Mica estabeleceu em Efraim uma forma pagã de culto ao Senhor, a qual foi adotada pelos danitas quando estes abandonaram o território que lhes coube por herança e migraram para o norte de Israel. A segunda história no epílogo ilustra a corrupção moral de Israel ao relatar a infeliz experiência de um levita em Gibeá, no território de Benjamim, e a consequente guerra benjamita. Aparentemente, o propósito desta seção final do livro é ilustrar as consequências da apostasia e anarquia nos dias em que “não havia rei em Israel”.
O Espírito Santo em Ação
A atividade do Espírito Santo do Senhor no Livro de Juízes é claramente retratada na liderança carismática daquele período. Os seguintes atos heróicos de Otniel, Gideão, Jefté e Sansão são atribuídos ao Espírito do Senhor:
O Espírito do Senhor veio sobre Otniel (3.10) e o capacitou a libertar os israelitas das mãos de Cusã-Risataim, rei da Síria.
Através da presença pessoal do Espírito do Senhor, Gideão (6.34) libertou o povo de Deus das mãos dos midianitas. Literalmente, o Espírito do Senhor se revestiu de Gideão. O Espírito do Senhor capacitou este líder escolhido por Deus e agiu através dele para implementar o ato salvífico do Senhor em benefício do seu povo.
O Espírito do Senhor equipou Jefté (11.29) com habilidades de liderança no seu empreendimento militar contra os amonitas. A vitória de Jefté sobre os amonitas foi o ato de libertação do Senhor em benefício de Israel.
O Espírito do Senhor capacitou Sansão e executar atos extraordinários. Ele começou a impelir Sansão para sua carreira (13.25). O Espírito veio poderosamente sobre ele em várias ocasiões. Sansão despedaçou um leão apenas com as mãos (14.6). Certa vez matou trinta filisteus (14.19) e, em outra ocasião, livrou-se das cordas que amarravam as suas mãos e matou mil filisteus com uma queixada de jumento (15.14,15).
O mesmo Espírito Santo que deu condições a esses libertadores para que fizesse façanhas e cumprissem os planos e propósitos do Senhor continua operante ainda hoje.
Esboço de Juízes
I.              Prólogo: As condições em Canaã após a morte de Josué 1.1-3.6
·         Continuação das conquistas pelas tribos de Israel 1.1-26
·         Conquista incompletas da terra 1.27-36
·         A aliança do Senhor é quebrada 2.1-5
·         Introdução ao período dos juízes 2.6 –3.6
II.            História de opressões e libertações durante o período dos juízes 3.7-16.31
A - Opressão mesopotâmica por meio de Otniel 3.7-11
B - Opressão moabita por meio de Eúde 3.12-30
C - Opressão filistéia e libertação por meio de Sangar 3.31
·         Opressão cananita e libertação por meio de Débora e Baraque 4.1-5.31
·         Opressão midianita e libertação por meio de Gideão 6.1– 8.35
·         Breve reinado de Abimeleque 9.1-57
·         Carreira de Tola como Juiz 10.1,2
·         Carreira de Jair como Juiz 10.3-5
·         Opressão amonita e libertação por meio de Jefté 10.6 –12.7
·         Carreira de Ibsã como juiz 12.8-10
·         Carreira de Elom como juiz 12.11,12
·         Carreira de Abdom como juiz 12.13-15
·         Opressão filistéia e libertação por meio de Sansão 13.1-16.31
III.           Epílogo: Condições que ilustram o período dos juízes 17.1-21.25
·         Apostasia: A idolatria de Mica e a migração dos danitas 17.1 –18.31
·         Imoralidade: Atrocidade em Gibeá e a guerra benjamita 19.1-21.15

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

O que a Bíblia diz sobre o porte de armas e a autodefesa?

  A Bíblia traz ideias bem diferentes do que a gente imagina. Ele defende que as nações precisam de uma cultura de paz por um mundo mais pacífico.

Mas quando a cultura não é suficiente para pacificar o mundo, você precisa fazer um exercício de força contra as violências que vêm contra você, explica.

1 - Jesus portou uma arma

A Bíblia mostra Jesus empunhando um chicote de cordas com o qual “expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas.” (João 2,15).

O azorrague era um tipo de chicote dos mais violentos daquela época, aquele que foi usado contra Jesus quando Ele estava sendo torturado, antes de ser crucificado

Jesus não bateu em ninguém, mas Ele usou essa arma para ameaçar os cambistas que estavam na sua propriedade, que era o templo. Ele afastou essas pessoas de forma armada.

Armar-se e usar essa arma de forma correta não é um ato pecaminoso, e não é um ato que ofende ao Senhor.

2 - Uso de armas no Antigo Testamento

Cristãos podem dar tiro por aí? Pode andar com arma na cintura?”“. No Antigo Testamento (AT) onde há muitos relatos de guerra. Se você espremer escorre sangue, porque no AT Deus se apresenta com o Deus da guerra. É o Deus que usa Israel também como uma força militar..

A passagem que está no livro de Êxodo 22,2-3.

“Se o ladrão, surpreendido de noite em flagrante delito de arrombamento, for ferido de morte, não haverá homicídio; mas se o sol já se tiver levantado, haverá homicídio. Ele fará a restituição: se não tiver nada, será vendido em compensação do seu roubo..”

Quer dizer que quando está tudo escuro (noite), e alguém invade a sua casa, colocando sua vida em risco, você usar de força até letal para proteger a sua casa e sua família, não será considerado pecado perante Deus.

Se isso acontece de dia e você percebe que o cara não está ali pra matar, ou coisa assim, mas está apenas roubando, e você mata essa pessoa, aí sim você é culpado de sangue.

A justificativa para esse texto é a autodefesa. Se você ou sua família corre risco de morte, defender-se não é um erro, mesmo que o agressor morra. Mas aqui fica claro que não foi morte intencional. Já que, no meio da noite, não foi possível identificar a intenção do ladrão.
Se for durante o dia, e o ladrão for morto propositalmente por conta de um bem material, então aquele que defendeu seu bem está errado aos olhos de Deus.

3 - Autodefesa é defendida pela Bíblia

Se durante um roubo, a vida é colocada em risco durante o processo “se uma arma está apontada para você, o cara está dentro da sua casa e você não sabe quais são as intenções dele […] o uso comedido de violência de forma proporcional, que pode chegar a uma violência letal é completamente permitido por Deus”, defende.

4 - Violência contra um agressor em casos de estupro

A ideia não é que a violência é permitida no AT só pra você se defender e defender sua casa, mas também defender aquele que está numa situação de vulnerabilidade.

Imagina uma pessoa sendo violentada sexualmente o que você faria? Você tem que, de alguma forma, segurar o cara, apagar o cara, dar um ‘mata-leão’ nele, dar uma pancada na cabeça dele.

Não há como proteger uma pessoa que está sendo atacada, sem ser de forma violenta. Você não vai dizer ‘moço, por favor, você poderia por obséquio retirar-se deste ato forçoso contra esta pessoa?’ Isso não existe..

Tem que tirar o cara de cima da pessoa; e o modo de fazer isso vai ser violento. Não é autodefesa, mas é defesa do outro.

Não é porque amamos a violência, nem porque queremos se vingar, mas porque queremos proteger.

5 - Toda grande ditadura começa com o desarmamento civil

Se alguém chega na sua casa pra matar sua família, você não entrega flores e canta ‘Imagine’ (música de John Lennon)”. Desarmar um povo, era um instrumento de domínio sobre ele. Toda grande ditadura se deu através do desarmamento civil. Foi o que Hitler fez na Alemanha, é o que a gente encontra na Venezuela.

O direito do armamento civil, nos Estados Unidos, não existe só por causa da defesa pessoal. Em termos políticos, existe também para que a população possa se defender do próprio governo. .
Um povo armado nunca vai ser dominado politicamente por um tirano. O armamento é uma defesa diante de potências nacionais que se levantam contra o indivíduo.

A palavra de Deus diz que a autodefesa é uma coisa boa. Defender o fraco é uma coisa maravilhosa. […] Jesus se armou e mandou se armar. E uma nação sem armas é uma nação que está debaixo da ira de Deus, que está sendo punida por Deus, e sujeita ao vilipêndio de líderes e dominações estrangeiras e cruéis contra o próprio povo.

6 - Estatuto do Desarmamento não resolveu

A Lei 10.826, de 22 de dezembro de 2003, conhecida como Estatuto do Desarmamento, entrou em vigor no dia seguinte à sanção do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

A lei federal, ao que tudo indica, foi usada com o pretexto de ajudar a diminuir a taxa de homicídios no país. Depois do pico de 39,3 mil mortes em 2003, os números, num primeiro momento, caíram para aproximadamente 37 mil.

Quase 10 anos depois, em 2012, esse número subiu 42,4 mil. Mesmo considerando o crescimento da população, o índice de violência permaneceu alto demais. Ou seja, o desarmamento foi realizado, mas os conflitos seguiram. Quer dizer que o problema não foi resolvido.

7 - Campanha do Desarmamento foi uma farsa?

Para o jornalista Reinado de Azevedo, sim. Ele questionou, no ano passado, o porquê de 14 unidades da federação não terem apresentado uma redução de homicídios. “Deveria deixar claro que a queda de 11% no número de homicídios entre 2004 e 2010 se deve, basicamente, a São Paulo e Rio”, disse.

O jornalista mostra através de dados da segurança pública, que o número de homicídios nos demais estados brasileiros, manteve o crescimento, independente da Campanha do Desarmamento.

Os números sobre a violência no Brasil servem justamente para desmistificar essa cascata cretina sobre a campanha do desarmamento.

Além disso, denúncias apuradas revelaram que, em algumas ocasiões, armas entregues por cidadãos nas campanhas de desarmamento, que deveriam ser destruídas, foram desviadas indo parar em mãos criminosas.

Em 2016, o Brasil alcançou a marca histórica de 62.517 homicídios, segundo informações do Ministério da Saúde. Isso equivale a 30,3 mortes para cada 100 mil habitantes, uma das mais altas taxas de homicídios do mundo. O limite considerado como suportável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 10 homicídios por 100 mil habitantes.

Obs.: Como Teólogo Biblista esta é a minha visão a respeito do PORTE DE ARMA E A AUTODEFESA. 

Por: Marco Antonio Lana (Teólogo Biblista).