quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

O que a Bíblia diz sobre o porte de armas e a autodefesa?

  A Bíblia traz ideias bem diferentes do que a gente imagina. Ele defende que as nações precisam de uma cultura de paz por um mundo mais pacífico.

Mas quando a cultura não é suficiente para pacificar o mundo, você precisa fazer um exercício de força contra as violências que vêm contra você, explica.

1 - Jesus portou uma arma

A Bíblia mostra Jesus empunhando um chicote de cordas com o qual “expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas.” (João 2,15).

O azorrague era um tipo de chicote dos mais violentos daquela época, aquele que foi usado contra Jesus quando Ele estava sendo torturado, antes de ser crucificado

Jesus não bateu em ninguém, mas Ele usou essa arma para ameaçar os cambistas que estavam na sua propriedade, que era o templo. Ele afastou essas pessoas de forma armada.

Armar-se e usar essa arma de forma correta não é um ato pecaminoso, e não é um ato que ofende ao Senhor.

2 - Uso de armas no Antigo Testamento

Cristãos podem dar tiro por aí? Pode andar com arma na cintura?”“. No Antigo Testamento (AT) onde há muitos relatos de guerra. Se você espremer escorre sangue, porque no AT Deus se apresenta com o Deus da guerra. É o Deus que usa Israel também como uma força militar..

A passagem que está no livro de Êxodo 22,2-3.

“Se o ladrão, surpreendido de noite em flagrante delito de arrombamento, for ferido de morte, não haverá homicídio; mas se o sol já se tiver levantado, haverá homicídio. Ele fará a restituição: se não tiver nada, será vendido em compensação do seu roubo..”

Quer dizer que quando está tudo escuro (noite), e alguém invade a sua casa, colocando sua vida em risco, você usar de força até letal para proteger a sua casa e sua família, não será considerado pecado perante Deus.

Se isso acontece de dia e você percebe que o cara não está ali pra matar, ou coisa assim, mas está apenas roubando, e você mata essa pessoa, aí sim você é culpado de sangue.

A justificativa para esse texto é a autodefesa. Se você ou sua família corre risco de morte, defender-se não é um erro, mesmo que o agressor morra. Mas aqui fica claro que não foi morte intencional. Já que, no meio da noite, não foi possível identificar a intenção do ladrão.
Se for durante o dia, e o ladrão for morto propositalmente por conta de um bem material, então aquele que defendeu seu bem está errado aos olhos de Deus.

3 - Autodefesa é defendida pela Bíblia

Se durante um roubo, a vida é colocada em risco durante o processo “se uma arma está apontada para você, o cara está dentro da sua casa e você não sabe quais são as intenções dele […] o uso comedido de violência de forma proporcional, que pode chegar a uma violência letal é completamente permitido por Deus”, defende.

4 - Violência contra um agressor em casos de estupro

A ideia não é que a violência é permitida no AT só pra você se defender e defender sua casa, mas também defender aquele que está numa situação de vulnerabilidade.

Imagina uma pessoa sendo violentada sexualmente o que você faria? Você tem que, de alguma forma, segurar o cara, apagar o cara, dar um ‘mata-leão’ nele, dar uma pancada na cabeça dele.

Não há como proteger uma pessoa que está sendo atacada, sem ser de forma violenta. Você não vai dizer ‘moço, por favor, você poderia por obséquio retirar-se deste ato forçoso contra esta pessoa?’ Isso não existe..

Tem que tirar o cara de cima da pessoa; e o modo de fazer isso vai ser violento. Não é autodefesa, mas é defesa do outro.

Não é porque amamos a violência, nem porque queremos se vingar, mas porque queremos proteger.

5 - Toda grande ditadura começa com o desarmamento civil

Se alguém chega na sua casa pra matar sua família, você não entrega flores e canta ‘Imagine’ (música de John Lennon)”. Desarmar um povo, era um instrumento de domínio sobre ele. Toda grande ditadura se deu através do desarmamento civil. Foi o que Hitler fez na Alemanha, é o que a gente encontra na Venezuela.

O direito do armamento civil, nos Estados Unidos, não existe só por causa da defesa pessoal. Em termos políticos, existe também para que a população possa se defender do próprio governo. .
Um povo armado nunca vai ser dominado politicamente por um tirano. O armamento é uma defesa diante de potências nacionais que se levantam contra o indivíduo.

A palavra de Deus diz que a autodefesa é uma coisa boa. Defender o fraco é uma coisa maravilhosa. […] Jesus se armou e mandou se armar. E uma nação sem armas é uma nação que está debaixo da ira de Deus, que está sendo punida por Deus, e sujeita ao vilipêndio de líderes e dominações estrangeiras e cruéis contra o próprio povo.

6 - Estatuto do Desarmamento não resolveu

A Lei 10.826, de 22 de dezembro de 2003, conhecida como Estatuto do Desarmamento, entrou em vigor no dia seguinte à sanção do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

A lei federal, ao que tudo indica, foi usada com o pretexto de ajudar a diminuir a taxa de homicídios no país. Depois do pico de 39,3 mil mortes em 2003, os números, num primeiro momento, caíram para aproximadamente 37 mil.

Quase 10 anos depois, em 2012, esse número subiu 42,4 mil. Mesmo considerando o crescimento da população, o índice de violência permaneceu alto demais. Ou seja, o desarmamento foi realizado, mas os conflitos seguiram. Quer dizer que o problema não foi resolvido.

7 - Campanha do Desarmamento foi uma farsa?

Para o jornalista Reinado de Azevedo, sim. Ele questionou, no ano passado, o porquê de 14 unidades da federação não terem apresentado uma redução de homicídios. “Deveria deixar claro que a queda de 11% no número de homicídios entre 2004 e 2010 se deve, basicamente, a São Paulo e Rio”, disse.

O jornalista mostra através de dados da segurança pública, que o número de homicídios nos demais estados brasileiros, manteve o crescimento, independente da Campanha do Desarmamento.

Os números sobre a violência no Brasil servem justamente para desmistificar essa cascata cretina sobre a campanha do desarmamento.

Além disso, denúncias apuradas revelaram que, em algumas ocasiões, armas entregues por cidadãos nas campanhas de desarmamento, que deveriam ser destruídas, foram desviadas indo parar em mãos criminosas.

Em 2016, o Brasil alcançou a marca histórica de 62.517 homicídios, segundo informações do Ministério da Saúde. Isso equivale a 30,3 mortes para cada 100 mil habitantes, uma das mais altas taxas de homicídios do mundo. O limite considerado como suportável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 10 homicídios por 100 mil habitantes.

Obs.: Como Teólogo Biblista esta é a minha visão a respeito do PORTE DE ARMA E A AUTODEFESA. 

Por: Marco Antonio Lana (Teólogo Biblista). 


segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

LIVRO DE JOSUÉ




Josué
Autor: Incerto (Josué)
Data: Cerca de 1400—1375 a.C.
Autor
O autor do Livro de Josué não pode ser determinado pelas Escrituras. O uso do pronome “nós” e “nos” (como em 5,6) sustenta a teoria de que o autor deve ter sido testemunha de alguns acontecimentos que ocorreram durante este período. Js 24,26 sugere que o autor de pelo menos grandes seções foi o próprio Josué.
Outras passagens, entretanto, não poderiam ter sido escrita por Josué. Sua morte é registrada no capítulo final (24,29-32). Vários outros acontecimentos que ocorreram após a sua morte são mencionados: A conquista de Hebrom por Calebe (14,6-15); a vitória de Otniel (15,13-17); e a migração para Dã (19,47). Passagens paralelas em Jz 1.10-16 e Jz 18 confirmam que esses acontecimentos ocorreram apos a morte de Josué.
É mais provável que o livro tenha sido composto em sua forma final por um escriba ou editor posterior, mas foi baseado em documentos escritos por Josué.
Data
O Livro de Js cobre cerca de vinte anos da história de Israel sob a liderança de Josué, assistente e sucessor de Moisés.
A data comumente aceita da morte de Josué é por volta de 1375 aC. Portanto, o livro engloba a história de Israel entre 1400 aC e 1375 Ac e é provável que tenha sido compilado pouco tempo depois.
Contexto Histórico
O livro começa nas vésperas da entrada de Israel em Canaã. Politicamente, Canaã se dividia em várias cidades-estados, cada uma com seu governo autocrático e todas hostis umas com as outras. Moralmente, as pessoas eram depravadas; a anarquia e a brutalidade eram comuns. A religião Cananéia enfatizava a fertilidade e o sexo, adoração da serpente e o sacrifício de crianças. O cenário estava estabelecido e a terra propícia para a conquista.
Em contrapartida, o povo de Israel estava sem pátria havia mais de quatrocentos anos (Gn 15,13). Eles tinham vivido em servidão aos Faraós egípcios e depois ficaram perambulando sem rumo no deserto por mais de quarenta anos. Entretanto, embora imperfeitamente, continuavam fiéis ao único e verdadeiro Deus e se apegavam à promessa que ele tinha feito ao antepassado deles, Abraão. Séculos antes, Deus havia prometido transformar Abraão e seus descendentes em uma grande nação e dar-lhes Canaã como pátria sob a condição de que eles continuassem fiéis e obedientes a ele (Gn 17). Agora, eles estavam prestes a vivenciar o cumprimento dessa promessa.
Conteúdo
O Livro de Josué é o sexto do AT e o primeiro de um grupo de livros chamado os Profetas Anteriores. Coletivamente, esses livros traçam o desenvolvimento do Reino de Deus na Terra Prometida até o cativeiro da Babilônia— Um período de cerca de novecentos anos. Josué narra o período da entrada de Israel em Canaã através da conquista, divisão e estabelecimento da Terra Prometida.
Cristo Revelado
Cristo é revelado no Livro de Js de três maneiras; por revelação direta, por modelos e por aspectos iluminantes de sua natureza.
Em 5.13-15, o Deus Triúno apareceu a Josué como o “príncipe do exercito do SENHOR” . Através de sua aparição, Josué teve certeza de que o próprio Deus era o responsável. Era tarefa de Josué, bem como nossa, seguir os planos do príncipe, além de conhecer o príncipe.
Um modelo é um símbolo, uma lição objetiva. Pode-se encontrar tipos em uma pessoa, em um ritual religioso e mesmo em um acontecimento histórico. O próprio Josué era um modelo de Cristo. Se nome, que significa ”Jeová é Salvação”, é um equivalente hebraico do grego “Jesus”. Josué guiou os israelitas até a possessão de sua herança prometida, bem como cristo nos leva à possessão da vida eterna.
O cordão de fio de escarlata na janela de Raabe (2,18.21) ilustra a obra de redenção de Cristo na cruz. O Pano cor de sangue pendurado na janela salvou Raabe e sua família da morte. Assim, Cristo também derramou seu sangue e foi pendurado na cruz para nos salvar da morte.
Um dos aspectos da natureza de Cristo revelada em Josué é o da promessa cumprida. No final de sua vida, Josué testemunhou: “nem uma só promessa caiu de todas as boas palavras que falou de vós o SENHOR, vosso Deus” (23,14). Deus, em sua graça e fidelidade, sustentou e preservou seu povo tirando-os do deserto e levando-o à Terra Prometida. Ele fará o mesmo por nós através de Cristo, que é a Promessa.
O Espírito Santo em Ação
Uma tendência constante da obra do ES flui através do Livro de Js. Inicialmente, sua presença surge em 1.5, quando Deus conhecendo a esmagadora tarefa de comandar a nação de Israel, forneceu a Josué a promessa de seu Espírito sempre presente.
O trabalho do Espírito Santo era o mesmo antes de agora: ele atrai as pessoas a um relacionamento de salvação com Cristo e realiza os propósitos do Pai. Seu objetivo em Josué, bem como no AT, era a salvação de Israel, pois, foi através dessa nação que Deus escolheu salvar o mundo (Is 63,7-9)
Várias características sobre a maneira como o Espírito opera podem ser vistas em Josué. A obra do Espírito Santo é contínua: “Não te deixarei nem te desampararei” (1,5). O Espírito Santo está comprometido a realizar a tarefa, independentemente de quanto tempo demore. Sua presença contínua é necessária para o sucesso do plano de Deus na vida dos homens. A obra do Espírito Santo é mútua: “Tão somente sê forte e mui corajoso para teres cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares” (1,7). Foi dito: “Sem ele, não podemos; sem nos ele não quer”. A cooperação com o Espírito Santo é essencial à vitória. Ele nos habilita a cumprir nosso chamado e a completar a tarefa ao nosso alcance. A obra do Espírito Santo é sobrenatural. A queda de Jericó foi obtida mediante a destruição milagrosa de seus muros (6,20). A vitória foi alcançada em Gibeão, quando o Espírito deteve o sol (10,12-13). Nenhuma obra de Deus, seja a libertação da servidão ou possessão da bênção, é realizada sem ajuda do Espírito.
Esboço de Josué
I. Preparação da herança 1.1-5.15
Mediante a escolha do líder do exército 1.1-18
1) Josué ouve o chamado 1.1-9
2) Josué dá o mandamento 1.10-15
3) Josué recebe estímulo 1.16-18
Mediante o preparo do exército para a batalha 2.1-5.15
1) Procurando a moral do inimigo 2.1-24
2) Posicionando o povo para a batalha 3.1-5.1
3) Fortalecendo as tropas para a guerra 5.2-12
4) Convencendo um líder a servir 5.13-15
II. Possuindo a herança 6.1-12.24
O território central 6.1-8.35
1) A obediência traz a conquista – Jericó 6.1-27
2) O pecado traz a derrota – Acã 7.1-26
3) O arrependimento traz a vitória – Ai 8.1-29
4) A lei traz a bênção – Monte Ebal e monte Gerizim 8.30-35
O território do Sul 9.1-10.43
1) O engano traz o cativeiro – Gibeonitas 9.1-27
2) Os milagres trazem a liberação – Amorreus 10.1-43
O território do Norte 11.1-15
Revisando os territórios conquistados 11.16—12.24
1) Os territórios 11.16-23
2) Os reis 12.1-24
III. Compartilhando a herança 13.1-22.34
Distribuindo a herança 13.1-21.45
1) Partes ainda não conquistadas 13.1-7
2) Partes para Ruben, Gade e Manassés 13.8-33
3) Dividindo as partes a oeste da Jordânia 14.1-5
4) Uma parte para Calebe 14.6-15
5) Uma parte para Judá 15.1-63
6) Uma parte para Efraim e Manassés 16.1-17.18
7) Partes para as tribos restantes 18.1-19.48
8) Uma parte para Josué 19.49-51
9) Cidades de refúgio e para os levitas 20.1-6.21.42
10) Epílogo 22.1-34
Discutindo o futuro 22.1-34
1) Uma benção para as tribos do Leste 22.1-9
2) Uma explicação para o altar 22.10-34
IV. O discurso final de Josué e sua morte 23.1—24.33
Josué aconselha os líderes 23.1-16
Josué desafia o povo 24.1-28
Josué morre 24.29-33

sábado, 22 de dezembro de 2018

O SONO DA ALMA



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O que acontece depois da morte? 

Embora os detalhes não sejam muitos, na Bíblia nós encontramos a informação sobre o que realmente acontece depois da morte. Quem estiver em Cristo vai estar com o Senhor, mas os que morrem em seus pecados vão para um lugar de sofrimento, separados de Deus, enquanto aguardam o Juízo Final.

A Bíblia nos diz que a nossa existência não consiste apenas em nossos corpos físicos, mas também em nossas almas. A morte é a separação entre corpo e alma, e não o fim da nossa existência. Para os que acreditam em Jesus, para os salvos, estas quatro coisas acontecem após a morte:

1) Vão estar na presença de Cristo: Sabemos que Jesus está agora assentado à direita de Deus no céu. O apóstolo Paulo afirmou que partir significava estar com o Senhor (“Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor.


Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne.Filipenses 1,23-24) e que era melhor estar ausente do corpo e presente com o Senhor (“Por isso estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor (“Porque andamos por fé, e não por vista). Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor. Pois que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes. 2 Coríntios 5,6-9). Jesus também deu a entender que depois da morte quem crê nele vai estar imediatamente com ele (“E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso. Lucas 23,43).


2) Vão estar em um lugar de glória: Jesus chamou de “Paraíso” o lugar onde vamos habitar com ele (“Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor. 2 Coríntios 5,8) e Paulo, como vimos acima, disse que será “muito melhor” estar com Jesus do que aqui (“Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Filipenses 1,23).

3) Vão continuar aguardando a ressurreição: Mesmo depois da morte, vamos continuar aguardando a ressurreição, quando receberemos corpos gloriosos (“E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. Romanos 8,23) (“Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas. Filipenses 3,21).

4) Serão aperfeiçoados: Após a morte, os cristãos estão finalmente limpos de todo pecado e não mais vão pecar, passando a ser então perfeitos, nesse sentido (“Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Romanos 8,29) (“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.1 Tessalonicenses 5,23) (“Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Efésios 5,27).

Para os que não acreditam em Jesus:

Quem morre sem ter colocado fé em Jesus para perdão de seus pecados fica completa e eternamente separado de Deus e da sua graça e bênção. Segundo a Bíblia, o descrente entra em uma realidade dolorosa e cheia de sofrimento (Seol ou Hades – sepultura, cova inferno), enquanto aguarda o juízo final. Jesus fala sobre essa situação na parábola do homem rico e Lázaro, em Lucas 16,22-26 (E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.
E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.”. )

Na volta de Jesus e após o juízo final, o descrente (todo aquele cujo nome não se encontrar no Livro da Vida) será lançado no inferno, juntamente com a besta, o falso profeta, o diabo, a morte e o Hades (“E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. Apocalipse 19,20) (“E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre. Apocalipse 20,10) (“E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo. Apocalipse 20,14-15). Muitos grupos religiosos, como os Adventistas do Sétimo Dia e as Testemunhas –de - Jeová, acreditam que quando o homem morre, ele fica inconsciente, não percebendo o que se passa ao seu redor.Para nós evangélicos, tirando algumas implicações, essa problemática doutrinária não é tão relevante – sono da alma ou imortalidade. Agora, para os Adventistas e Testemunhas –de - Jeová, devido às suas doutrinas exóticas, isso é realmente uma problemática. Para os Adventistas seria a questão da doutrina do Juízo Investigativo*, sem sono da alma essa doutrina fica irreparavelmente quebrada. Para as Testemunhas –de - Jeová é a questão da doutrina do paraíso na Terra, afinal a onde seria o paraíso?

Porém, a Bíblia não ensina a doutrina do “Aniquilacionismo”, vulgarmente chamada de “Sono da Alma”. O fato de que a alma dos cristãos vai imediatamente para a presença de Deus (“Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor.Filipenses 1,23) mostra que a doutrina do sono da alma está equivocada. Essa doutrina ensina que quando os cristãos morrem, eles entram em um estado de inexistência e que voltarão à consciência somente quando Cristo voltar e ressuscitá-los para a vida eterna 

 As Escrituras quando falam da morte como “dormir”, trata-se apenas de uma metáfora usada para indicar que a morte é apenas temporária para os cristãos, como é temporário o sono. Isso é visto claramente, por exemplo, quando Jesus fala a seus discípulos sobre a morte de Lázaro – “Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo” (Jó 11,11).

Devemos notar que Jesus não diz aqui que alma de Lázaro adormeceu, nem qualquer texto bíblico de fato afirma que a alma de alguém está dormindo ou inconsciente (declaração necessária para provar a doutrina do sono da alma). Em vez disso Jesus diz apenas que Lázaro adormeceu. João prossegue, explicando: “Mas Jesus falara da sua morte; eles, porém, entenderam que falava do repouso do sono.

“Então Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu” (“Jó 11,13-14). Os outros versículos que falam sobre dormir após a morte são igualmente metáforas que ensinam que a morte é temporária.

Já os textos que indicam que os mortos não louvam a Deus, ou que a atividade consciente cessa depois da morte, devem ser entendidos da perspectiva da vida nesse mundo. De nossa perspectiva, uma vez que a pessoa esteja morta, ela não se envolve mais com atividades como essas. Mas o Salmo 115 apresenta a perspectiva bíblica plena sobre essa posição.

O texto diz: “Os mortos não louvam o Senhor (na congregação aqui na terra), nem os que descem à região do silêncio” (parêntese nosso). Prossegue, porém, no próximo versículo com um contraste indicando que aqueles que crêem em Deus bendirão o Senhor para sempre: “Nós, porém, bendiremos o Senhor, desde agora e para sempre.” (Salmos 115,17-18).

A Bíblia mostra que as almas dos cristãos vão imediatamente à presença de Deus e desfrutam da comunhão com Ele ali (“Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor. 2 Coríntios 5,8) (“Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Filipenses 1,23) (“À universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; Hebreus 12,23). Jesus não disse: “Hoje já não terás mais consciência de nada que esta acontecendo”, mas sim “Hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23,43).

Certamente o conceito de paraíso naquela época não era de existência inconsciente, mas sim de existência de grande bênção e de regozijo na presença de Deus. Paulo não disse: “Tenho o desejo de partir e ficar inconsciente por muito tempo”, mas sim “tenho o desejo de partis e estar com Cristo” (Filipenses 1,23) — e sem dúvida ele sabia que Cristo não era um Salvador inconsciente, adormecido, mas sim alguém que está vivo, ativo e reinando no céu.

Estar com Cristo era desfrutar a bênção da comunhão da sua presença, e é essa a razão por que partir e estar com ele era incomparavelmente melhor. Foi por isso que ele disse: “Preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (2 Coríntios 5,8). Apocalipse 6,9-11 e Apocalipse 7,9-10 também mostram claramente as almas dos mortos que foram para o céu orando e adorando a Deus: “Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”.

E eles foram vistos “em pé, diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação” (Apocalipse 7,9-10).

Todos esses versículos negam a doutrina do “aniquilacionismo” ou “sono da alma”, pois deixam claro que a alma do cristão experimenta comunhão consciente com Deus no céu imediatamente após a morte.

“O Homem é uma alma que faz uso de um corpo. A alma se mantém em atividade e ultrapassa o corpo”. (Santo Agostinho).

Em Fim a Pergunta é: “O que a Bíblia diz sobre o sono da alma?”

Resposta: O conceito do “sono da alma” não é uma doutrina bíblica. Quando a Bíblia diz que uma pessoa está “dormindo” em relação à morte (Lucas 8,52; 1 Coríntios 15,6), não significa um “sono” literal. Dormir é só uma forma de descrever a morte porque um corpo morto aparenta estar dormindo. 

A Bíblia nos diz que no momento que morremos, somos levados ao céu ou ao inferno, dependendo de se colocamos nossa fé em Cristo para a nossa salvação. Para os Cristãos, estar ausente do corpo é estar presente com o Senhor (“Por isso estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor (Porque andamos por fé, e não por vista). Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor. 2 Coríntios 5,6-8; Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor.Filipenses 1,23). 

Para os incrédulos, a morte significa punição eterna no inferno (“E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. Lucas 16,22-23). No momento que morremos, temos que encarar o julgamento de Deus (“E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo.” Hebreus 9,27). Até à ressurreição, no entanto, há um céu temporário chamado de “Paraíso” (“E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso. Lucas 23,43; Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar. 2 Coríntios 12,4) e um inferno temporário chamado no grego de “Hades” (“E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno. Apocalipse 1,18; E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.
E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. 20,13-14).
De certa forma, o corpo de uma pessoa está “dormindo” enquanto sua alma está no Paraíso ou Hades. Esse corpo então é “acordado” e transformado em um corpo eterno que essa pessoa possuirá por toda a eternidade.

Esses corpos eternos são o que possuiremos por toda a eternidade, quer estejamos no céu ou no inferno.

Aqueles que estavam no Paraíso serão enviados ao novo céu e nova terra (“E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Apocalipse 21,1). Aqueles que estavam no Hades serão lançados no lago de fogo (“E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo. Apocalipse 20:11-15). Esses serão os dois destinos finais de todas as pessoas – baseado completamente em se aquela pessoa confiou apenas em Jesus Cristo para a salvação de seus pecados ou não.

Grupos atuais que defendem a doutrina do sono da alma são a Igreja Adventista do Sétimo Dia, as Testemunhas de Jeová, os Cristadelfianos e outros

Por: Marco Antônio Lana (Teólogo Bíblico)