segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

MARIA E A ARCA DA ALIANÇA

 


1. Introdução: por que comparar Maria com a Arca?

A Bíblia apresenta tipologias — figuras, sombras e paralelos — que apontam para realidades maiores no plano da redenção (Hb 8:5; Cl 2:17).

l O serviço sacerdotal que eles realizam é apenas uma representação, uma sombra das coisas celestiais. Pois, quando Moisés se preparava para construir o tabernáculo, Deus o advertiu: "Cuide para que tudo seja feito de acordo com o modelo que eu lhe mostrei aqui no monte". - Hebreus 8:5

l ¹⁷ Pois essas coisas são apenas sombras da realidade futura, e o próprio Cristo é essa realidade.  - Colossenses 2:17

A Arca da Aliança era o objeto mais sagrado do Antigo Testamento, símbolo da presença de Deus no meio de Israel.

No Novo Testamento, vários textos e paralelos literários fazem muitos teólogos verem em Maria uma espécie de “Arca da Nova Aliança”, não no sentido de adoração, mas como símbolo teológico da encarnação de Cristo.

2. PARÁBOLA — A Casa da Arca Viva

Em uma pequena aldeia construída ao pé de uma montanha, havia uma casa muito simples. As pessoas passavam diante dela todos os dias sem perceber nada de especial. Era apenas uma casa, de madeira comum, sem enfeites, sem joias, sem ouro.

Poucos sabiam que, por dentro, ela escondia um mistério.

Um viajante estrangeiro, guiado pelo Espírito, chegou à aldeia. Quando passou diante daquela casinha, parou repentinamente. Seus olhos se encheram de lágrimas — ele sentia ali uma presença gloriosa.

O povo se espantou:

Por que você chora diante dessa casa comum?

Ele respondeu:

Porque dentro dela está o Rei que veio salvar o mundo.

A multidão riu.
Impossível! A casa é pobre… e aquilo que é santo deve estar cercado de ouro!

O viajante sorriu:
Assim pensavam de Deus… até Ele escolher uma manjedoura.

Então contou que, tempos atrás, o próprio Deus havia escolhido outra “casa”: uma arca de madeira revestida de ouro onde Sua glória repousava entre os querubins. Quem via a arca se prostrava.

Mas agora, ele disse, Deus havia escolhido uma “Arca Viva”.
Uma jovem humilde, desconhecida, silenciosa — Maria, a serva do Senhor.

Ela não era famosa. Nem rica. Nem poderosa.
Mas dentro dela habitou o Deus que criou o universo.

O valor da arca não estava na madeira, mas no que ela carregava. Assim também a grandeza de Maria não está nela mesma, mas em Quem ela trouxe ao mundo.

E, apontando para o céu, o viajante concluiu:

Assim como Israel olhava para a Arca para lembrar-se da aliança, nós olhamos para Maria para lembrar que Deus cumpre Suas promessas e veio habitar entre nós.

A multidão se calou. E muitos entenderam que o Altíssimo escolhe os vasos humildes para revelar Sua glória eterna.

3. O que era a Arca da Aliança? (Antigo Testamento)

A Arca era feita:

l de madeira de acácia (Êx 25:10),

l revestida de ouro puro,

l com o propiciatório (kapporet) e dois querubins.

Dentro dela havia:

l As tábuas da Lei

l O maná

l A vara de Arão que floresceu (Hb 9:4)

Nessa parte ficava o altar de ouro para o incenso e a arca da aliança, inteiramente coberta de ouro. Dentro da arca havia um vaso de ouro contendo maná, a vara de Arão que floresceu e as tábuas de pedra da aliança. - Hebreus 9:4

A Arca representava:

l A presença de Deus (2 Sm 6:2) - ² Partiu com eles para Baalá de Judá a fim de buscar a arca de Deus, junto à qual era invocado o nome do Senhor dos Exércitos, que está entronizado entre os querubins.

l A glória divina (Nm 10:35–36) - ³⁵ Sempre que a arca partia, Moisés exclamava: "Levanta-te, ó Senhor! Que teus inimigos se dispersem e teus adversários fujam de diante de ti!". ³⁶ E, quando a arca parava, ele dizia: "Volta, ó Senhor, aos muitos milhares de Israel!".

l O trono de Deus na terra (1 Sm 4:4)  - ⁴ Então enviaram homens a Siló para trazer a arca da aliança do Senhor dos Exércitos, que está entronizado entre os querubins. Hofni e Fineias, os dois filhos de Eli, acompanharam a arca da aliança de Deus.  

Onde a Arca estava, Deus estava. Ninguém podia tocá-la sem autorização (2 Sm 6:6–7).

l ⁶ Quando chegaram à eira de Nacom, os bois tropeçaram, e Uzá estendeu a mão e segurou a arca. ⁷ A ira do Senhor se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu por causa disso. E ele morreu ali mesmo, ao lado da arca de Deus. - 2 Samuel 6:6,7

 

4. O paralelo Maria × Arca no Novo Testamento

A Bíblia não diz explicitamente: “Maria é a arca”. Porém, os paralelos literários de Lucas foram escritos para que o leitor perceba a tipologia.

A) A Arca carregava a presença de Deus — Maria carregou Deus encarnado

l “O Espírito Santo virá sobre ti... o ente santo que de ti há de nascer será chamado Filho de Deus.” - (Lc 1:35)

Assim como a Arca continha a presença divina, o ventre de Maria carregou o Verbo vivo (Jo 1:14).

l ¹⁴ Assim, a Palavra se tornou ser humano, carne e osso, e habitou entre nós. Ele era cheio de graça e verdade. E vimos sua glória, a glória do Filho único do Pai. - João 1:14

 

B) A Arca continha as Tábuas da Lei — Maria carregou o Autor da Lei

A Lei foi escrita em pedra; Jesus é a Palavra viva feito carne.

 

C) A Arca guardava o Maná — Maria carregou o “Pão da Vida”

l “Eu sou o pão vivo que desceu do céu.” (Jo 6:51)

O maná sustentava Israel no deserto; Cristo sustenta nossa alma para a vida eterna.

 

 

 

 

D) A Arca guardava a vara de Arão — Maria carregou o “Ressuscitado”

A vara que floresceu representava:

l autoridade,

l vida que vence a morte.

l Maria carregou o Messias que ressuscitaria entre os mortos.

 

5. Paralelos diretos entre Lucas 1 e 2 Samuel 6

Lucas faz uma construção literária que ecoa o transporte da Arca.

 

Arca da Aliança (2Sm 6)

Maria (Lc 1)

A Arca subiu para a “montanha de Judá” (2Sm 6:2)

Maria “subiu à montanha, à cidade de Judá” (Lc 1:39)

Davi exclama: “Como virá a arca do Senhor a mim?” (2Sm 6:9)

Isabel exclama: “Como me é dado que a mãe do meu Senhor venha a mim?” (Lc 1:43)

A Arca permaneceu 3 meses na casa de Obede-Edom (2Sm 6:11)

Maria permaneceu 3 meses na casa de Isabel (Lc 1:56)

Davi saltou de alegria diante da Arca (2Sm 6:14,16)

João Batista saltou no ventre de Isabel diante de Maria (Lc 1:41,44)

 

Lucas não copiou por coincidência. Ele espera que o leitor reconheça o padrão da Arca na figura de Maria.

 

6. Apocalipse 11:19–12:1 — A Arca e a Mulher

O texto não tem divisão original de capítulos.
Logo, Apocalipse 11:19 e 12:1 devem ser lidos juntos:

l “Abriu-se o templo de Deus... e viu-se a Arca da Aliança...
E apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida do sol...”

João:

l vê a Arca da Aliança no céu,

l imediatamente apresenta a Mulher que dá à luz o Messias.

A Mulher é:

l Israel,

l Sion,

l mas também, tipologicamente, Maria, pois ela é a mãe do Cristo (Ap 12:5)

⁵ A mulher deu à luz um filho, que governará todas as nações com cetro de ferro, e ele foi arrebatado para junto de Deus e de seu trono. - Apocalipse 12:5

⁴ Mas, quando chegou o tempo certo, Deus enviou seu Filho, nascido de uma mulher e sob a lei.  - Gálatas 4:4

A proximidade dos textos sugere que a Arca celestial aponta para a maternidade messiânica da Mulher.

 

7. Maria NÃO é adorada — ela é um símbolo cristológico

A tipologia não coloca Maria como:

l deusa,

l mediadora de salvação,

l objeto de culto.

Pelo contrário, a tipologia exalta Cristo, pois tudo que a Arca simbolizava, Cristo é em plenitude.

Maria é a serva que Deus escolheu como vaso santo para encarnar o Salvador.

Assim como:

l a Arca era santa por causa de quem estava nela,

l Maria é honrada por causa de Quem estava nela: Jesus Cristo.

 

8. Conclusão: a Arca aponta para Cristo, e Maria para a encarnação

A Arca era o trono da presença divina. Maria é o vaso da encarnação do Filho eterno.

A tipologia é bela e profunda:

l A Arca carregava símbolos da aliança;

l Maria carregou o Autor da Nova Aliança.

 

9. DEVOCIONAL COMPLETO Maria, a Serva que Carregou a Presença

“O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo te envolverá; por isso o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.”
(Lucas 1:35)

 

Reflexão

A Arca da Aliança era o lugar onde Deus manifestava Sua presença no Antigo Testamento. Mas no Novo Testamento, Deus fez algo ainda mais profundo: Ele habitou no ventre de uma jovem humilde chamada Maria.

Maria não foi escolhida por ser perfeita, mas por ser disponível. O que a torna especial não é dela — é a presença de Deus nela.

Assim como a Arca não era ouro por fora que a tornava santa, mas Quem estava no seu interior, também Maria é digna de honra porque carregou Aquele que é Santo.

E aqui está a verdade que toca nossa vida devocional:

l O mesmo Espírito que envolveu Maria agora habita em nós. 

l O mesmo Cristo que formou-se no ventre dela deseja ser formado em nosso interior (Gl 4:19).

l A mesma glória que encheu a Arca deseja encher o nosso coração.

Aplicação prática

Disponha-se como Maria:

l Diga: “Eis-me aqui. Faça-se em mim a Tua vontade.”

l Carregue Cristo na vida diária:
• Nas palavras
• Nas atitudes
• No amor ao próximo

l Reconheça a glória no comum:
Deus escolhe vasos humildes.
Não despreze o pouco, nem o simples.

l Lembre-se:
Você também é um portador da presença.
Seu corpo é templo do Espírito.

Oração

“Senhor Deus, assim como escolheste Maria para carregar a Tua presença, escolhe também meu coração como morada Tua. Que Cristo seja formado em mim, que minha vida revele Teu amor e que eu caminhe consciente de que sou teu templo. Em nome de Jesus. Amém.”

sábado, 29 de novembro de 2025

BRASIL VS BÍBLIA

A Terra era tão povoada antes do Dilúvio quanto é hoje?

Resposta curta: Não.

Mas a humanidade pré - diluviana provavelmente era muito mais populosa do que normalmente imaginamos, talvez até alcançando centenas de milhões — porém não o nível de bilhões de habitantes atuais.

1. Base bíblica – Deus ordenou: “Frutificai e enchei a terra” (Gn 1:28; 9:1)

l Deus deu a ordem para a humanidade multiplicar-se e encher a terra.

l Antes do dilúvio, não há limites de natalidade registrados.

l As pessoas viviam quase mil anos (Matusalém 969, Adão 930, etc., Gn 5).

l Portanto, uma única família poderia gerar inúmeras gerações simultâneas.

Isso significa que a população cresceria muito rápido. Mesmo com apenas algumas famílias fundadoras, em 1.600 anos (período até o dilúvio), a humanidade teria se espalhado de forma muito ampla.

2. Quanto tempo houve até o Dilúvio?

Pelos cálculos de Gênesis 5, o dilúvio ocorreu aproximadamente 1.656 anos após Adão.

Isso é um tempo enorme — equivalente ao período entre o Império Romano e hoje.

3. Crescimento populacional possível

Mesmo um crescimento pequeno, como 1% ao ano, produziria:

Em 1.600 anos = centenas de milhões.

Mas o crescimento certamente era mais lento por diversos fatores (violência, guerras, doenças, dispersão).

A maioria dos estudiosos cristãos conservadores sugere algo entre:

100 milhões a 1 bilhão de habitantes antes do Dilúvio.

Não há números na Bíblia, mas matematicamente, com longas vidas e fertilidade prolongada, é plausível.

4. A Terra estava totalmente habitada?

Provavelmente não.

Não havia:

l grandes impérios

l megacidades como hoje

l tecnologia avançada global

l comunicação de longa distância

Mas havia:

l Civilização

l cidades (Gn 4:17 – Caim construiu uma cidade)

l cultura organizada (música, metalurgia – Gn 4:21-22)

l famílias, clãs e tribos espalhados

l A terra estava povoada, mas não globalmente lotada como hoje.

5. Por que não estava cheia como hoje?

1. A humanidade ainda estava em expansão inicial

Apenas 1.600 anos haviam se passado desde Adão.

2. Regiões eram inabitáveis

Sem engenharia, sem agricultura intensiva, sem irrigação moderna — grande parte do planeta era difícil para grandes assentamentos.

3. A humanidade era concentrada no Crescente Fértil

A narrativa bíblica sempre aponta para a região da Mesopotâmia.

4. Deus decretou o julgamento antes que a terra fosse “totalmente cheia”

A corrupção moral acelerada interrompeu o processo de expansão mundial.

6. Então o que significa “encher a terra”?

Plano original: espalhar-se e dominar toda a criação.
O que aconteceu: a humanidade se concentrou localmente, cresceu muito, mas se corrompeu e falhou no mandato criacional.
Depois do Dilúvio: Deus repete a ordem (Gn 9:1), renovando o plano.

E somente depois da Torre de Babel (Gn 11) que os povos são realmente espalhados “por toda a terra”.

Conclusão

l Antes do Dilúvio, havia muita gente, talvez milhões ou até mais.

l Mas a Terra não estava cheia como hoje.

l A expansão mundial só se completou após Babel.

 

“A ORIGEM DO BRASIL E DOS POVOS AMERICANOS SEGUNDO A BÍBLIA”

1. O Ponto de Partida: Noé e os Três Ramos da Humanidade

Após o Dilúvio, a Bíblia afirma que:

l “Dele Noé se repovoou toda a terra.” - (Gênesis 9:19)

l Os três filhos de Noé tornaram-se troncos étnicos universais:

Ø Sem → Oriente Médio, Ásia Menor, Hebreus, Assírios, Árabes

Ø Cam → África, litoral do Oriente Médio, Canaã, Egito

Ø Jafé → Europa, Norte da Ásia, Ilhas e arquipélagos ao norte

Segundo Gênesis 10:5 - “Por estes se dividiram as ilhas das nações…”

Os descendentes de Jafé são chamados goim — “nações”.

A origem mais remota dos povos indígenas americanos é jafetita.

2. A Torre de Babel: O Marco da Dispersão Mundial

Gênesis 11 relata:

l A humanidade ainda era um só povo

l Falava uma só língua

l Estava concentrada no Oriente (Mesopotâmia)

l Desejava impedir a dispersão: “não sejamos espalhados” (Gn 11:4)

Então Deus confunde as línguas e espalha os povos.

Efeito Teológico

l Deus força o cumprimento de Gn 1:28 (“enchei a terra”).

l A diversidade linguística e étnica nasce aqui.

l Daqui surgem as famílias que irão popular toda a Terra — inclusive as Américas.

3. Para onde foram os filhos de Jafé?

A etnologia bíblica identifica os sete filhos de Jafé:

l Gômer

l Magogue

l Madai

l Javã

l Tubal

l Meseque

l Tiras

As nações que deles derivam deram origem a grupos que migraram para:

l Cáucaso

l Europa

l Sibéria

l Ásia profunda

l E, séculos depois, rumo à América.

O ponto-chave:

Os povos que caminharam mais ao norte e leste (Rússia/Sibéria) são os que alcançaram o Pacífico e depois a América.

4. O Caminho para a América — Bíblia + Arqueologia

A Bíblia não descreve diretamente a chegada às Américas.
Mas fornece a origem dos povos, enquanto a arqueologia explica o trajeto.

Trajeto reconstruído:

l Ararate (Armênia atual) – ponto de saída pós-dilúvio

l Sinear (Babel) – centro de dispersão

l Norte do Oriente Médio

l Cáucaso

l Stepes russas

l Sibéria

l Estreito de Bering congelado (ponte de terra)

l Alasca → Canadá → EUA → América Latina

l Brasil (via costa, rios e interior)

Ponto Teológico

A promessa de Deus se cumpre:

“Multiplicai-vos e enchei a terra.” (Gn 9:1)

A chegada dos povos à América é parte direta do mandato cultural divino.

5. Quem eram os primeiros habitantes do território brasileiro?

✔ Povos originários

Quando o Brasil foi alcançado pelos europeus, havia:

l Tupis e Guaranis

l Jês

l Karibs

l Aruaques

l Inúmeras tribos amazônicas

l Todos, no final, descendentes de - Jafé → Europa e Ásia

l Subgrupos migrantes → Sibéria → América

Continuidade teológica

Mesmo povos isolados e longe do Oriente Médio:

➡ mantêm o imago Dei
➡ fazem parte da humanidade pós-diluviana
➡ são incluídos na promessa universal do evangelho (At 17:26; Mt 28:19)

6. A Colonização Portuguesa: Como ela se encaixa na narrativa bíblica?

Acesso ao Atlântico: Descendentes de Jafé encontram descendentes de Sem

Segundo a Bíblia:

l Os povos da Europa → descendentes de Jafé

l Os hebreus → descendentes de Sem

No século XVI, dois grandes ramos jafetitas (portugueses e espanhóis) se expandiram.

Quando os portugueses chegaram ao Brasil, encontraram outro ramo jafetita, muito distante na árvore, que havia migrado milhares de anos antes.

Não foi encontro de “raças diferentes”, mas de ramificações longínquas da mesma humanidade pós-diluviana.

7. O Propósito Divino na História do Brasil

Atos 17:26 afirma:

“De um só fez toda a geração dos homens… e determinou os tempos e os limites da sua habitação.”

Isso significa que:

✔ Deus determinou:

l Que os povos indígenas estivessem no território hoje chamado Brasil

l Que os portugueses aqui chegassem no tempo oportuno

l Que o evangelho se espalhasse no continente

l Que o Brasil se tornasse uma nação majoritariamente cristã

8. Conclusão Teológica

1. Todos os povos do Brasil — indígenas, europeus, africanos — são descendentes de Noé.

2. As tribos indígenas têm origem nos grupos jafetitas pós-Babel.

3. O Brasil é fruto do encontro de vários ramos da família pós-diluviana.

�� 4. O mandato divino “enchei a terra” se cumpre plenamente aqui.

5. A colonização e a formação do Brasil fazem parte do processo histórico providencial de Deus.

COMPARAÇÃO ENTRE AS PIRÂMIDES DA AMÉRICA E DO EGITO

As pirâmides são estruturas icônicas em todo o mundo. Embora geograficamente distantes, as pirâmides egípcias e americanas compartilham semelhanças impressionantes — mas também diferenças fundamentais.

A seguir, uma análise completa.

1. SEMELHANÇAS ENTRE AS PIRÂMIDES DA AMÉRICA E DO EGITO

1.1 Formato piramidal

Tanto no Egito quanto nas Américas encontramos estruturas em forma de pirâmide:

l Base quadrada

l Lados inclinados

l Ponta elevada (ou topo plano, no caso americano)

É uma forma arquitetônica universalmente eficiente.

1.2 Construção com blocos de pedra

l Ambas as regiões utilizaram:

l técnicas de corte

l Encaixe

l transporte de megálitos

l matemática aplicada

l alinhamentos precisos

1.3 Alinhamentos astronômicos

Muitas pirâmides foram construídas com:

l alinhamento com solstícios

l alinhamento com constelações

l observatórios solares incorporados

Exemplos:

l Egito → alinhamento com Órion e com o norte verdadeiro.

l América → alinhamento solar no Templo de Kukulkán, Teotihuacan orientada aos astros.

1.4 Função religiosa

Nenhum desses povos construiu pirâmides “apenas” como casas ou depósitos.

As pirâmides eram:

l centros espirituais

l Templos

l lugares de culto

l plataformas para rituais

1.5 Mito de “montanha sagrada”

Tanto egípcios quanto os povos americanos viam a pirâmide como:

➡ uma “montanha artificial”
➡ uma ligação entre o céu e a terra
➡ um ponto onde o divino se manifesta

Isso remete ao conceito pós - diluviano do Monte Ararate como o ponto do encontro entre Deus e o homem.

2. DIFERENÇAS ENTRE AS PIRÂMIDES DA AMÉRICA E DO EGITO

2.1 Forma

Egito: pirâmides de lados lisos.

América: pirâmides em degraus (“escalonadas”).

2.2 Função

Egito: túmulos reais, especialmente para faraós.

América: templos, centros cerimoniais, altares de sacrifício.

Os maias, astecas e incas não usavam pirâmides como túmulos reais.

2.3 Arquitetura interna

Egito: túneis, câmaras, sarcófagos.

América: nenhuma câmara mortuária central (com exceções como Palenque).

2.4 Tempo de construção

Egito → maioria construída em 2600–2000 a.C.

América → 1200 a.C. até 1500 d.C.

Ou seja:

As pirâmides americanas são muito mais recentes.

2.5 Estilo e finalidade religiosa

Egito → culto solar e funerário.

América → culto astral, sacrifício humano, rituais comunitários.

3. QUAL A RELAÇÃO ENTRE ELAS SEGUNDO A BÍBLIA?

A Bíblia dá a chave para entender por que povos tão distantes construíram pirâmides semelhantes:

Gênesis 11 — Torre de Babel

Toda a terra tinha uma mesma língua e uma mesma maneira de falar.

A Torre de Babel foi:

l um zigurate em forma piramidal

l com degraus

l base quadrada

l topo elevado

l centro religioso

Quando Deus dispersou as nações:

“Dali os espalhou o Senhor por toda a terra.”

O que isso explica?

1. A técnica foi levada para diferentes regiões

Os descendentes de Noé e Babel levaram consigo a ideia:

l de uma montanha artificial

l de um templo escalonado

l de um contato entre céu e terra

Por isso vemos pirâmides:

l na Mesopotâmia

l no Egito

l na Índia

l na Ásia

l na América

2. O simbolismo comum vem antes da dispersão

A ideia de uma construção alta que conecta homens aos deuses é universal porque:

Foi aprendida em Babel antes da divisão das línguas.

3. Descendentes jafetitas migraram para a Ásia e depois para a América

Esses povos carregaram consigo:

l conhecimentos arquitetônicos

l tradições religiosas

l simbolismo ancestral do zigurate

Resultado:

As pirâmides americanas são herdeiras indiretas da arquitetura de Babel.
As pirâmides egípcias são herdeiras diretas do mesmo conceito.

4. CONCLUSÃO TEOLÓGICA

A Bíblia nos permite entender o fenômeno global das pirâmides:

l Egito e América construíram pirâmides porque:

Ambos descendem dos povos que viram ou herdaram a tradição da Torre de Babel.

l A forma piramidal é um eco arquitetônico do mundo pós-diluviano.

O que mudou foi:

l Cultura

l Finalidade

l Religião

l Engenharia

l tempo histórico

Mas a memória antiga permaneceu.


Ofir, Tarsi e terra sem fim seria o Brasil?

 

1. O que é Ofir na Bíblia?

Ofir era um lugar famoso por sua riqueza, especialmente por seu ouro (1 Reis 10:11; Jó 22:24).

“¹¹ (Os navios de Hirão, que carregavam ouro de Ofir, também trouxeram de lá grande quantidade de madeira de junípero e pedras preciosas. ¹² O rei utilizou a madeira para fazer a escadaria do templo do Senhor e a do palácio real, além de harpas e liras para os músicos. Nunca mais foi importada nem se viu tanta madeira de junípero.)  - 1 Reis 10:11,12

“²⁴ lançar ao pó as suas pepitas, o seu ouro puro de Ofir às rochas dos vales,” - Jó 22:24

Os navios de Salomão e de Hirão iam até Ofir buscar: Ouro, Prata, Marfim, Macacos, Pavões (1 Reis 10:22)

Alguns estudiosos tentaram identificar Ofir com lugares como:

Índia (região de Goa),

África Oriental,

Arábia do Sul,

E até Sudeste Asiático.

Mas nenhuma identificação é conclusiva.

Teorias modernas:

Algumas teorias nacionalistas ou simbólicas, especialmente em países da América Latina e das Filipinas, sugerem que Ofir poderia ser o Brasil ou as Américas, pela abundância de recursos naturais.

Essa ideia, embora criativa, não possui provas arqueológicas ou textuais sólidas.

2. O que é Társis?

Társis aparece também como uma região distante para onde Jonas tentou fugir de Deus (“³ Mas Jonas fugiu da presença do Senhor, dirigindo-se para Társis. Desceu à cidade de Jope, onde encontrou um navio que se destinava àquele porto. Depois de pagar a passagem, embarcou para Társis, para fugir do Senhor.“ - Jonas 1:3).

Era um local comercial rico, ligado ao tráfico de metais preciosos como estanho e prata (¹² ‘Társis fez negócios com você, tendo em vista os seus muitos bens; eles deram prata, ferro, estanho e chumbo em troca de suas mercadorias. - Ezequiel 27:12).

Em 1 Reis 10:22 e 2 Crônicas 9:21, Társis é relacionada aos navios de longa viagem.

O rei tinha no mar uma frota de navios mercantes junto com os navios de Hirão. Cada três anos a frota voltava, trazendo ouro, prata, marfim, macacos e pavões. - 1 Reis 10:22 e 2 Crônicas 9:21

É geralmente identificada com:

Tartessos, uma região na costa da Espanha (sul da Península Ibérica), famosa na Antiguidade.

3. "Terra sem fim" é o Brasil?

A expressão "terra sem fim" não aparece diretamente como um termo técnico na Bíblia.

Mas poetas e escritores portugueses, como Camões e cronistas coloniais, usaram essa expressão para descrever o Brasil – um país vasto, rico em florestas, rios e recursos naturais.

Teologicamente, algumas correntes associaram o descobrimento do Brasil com um possível cumprimento profético de “terras longínquas”.

Profeticamente falando: pode o Brasil ser mencionado?

Isaías 66:19:

“...e enviarão sobreviventes deles às nações: a Társis, Pul, Lude, aos que manejam o arco, a Tubal e Javã, às ilhas remotas que nunca ouviram falar de mim...”

Alguns interpretam “ilhas remotas” como continentes longínquos, incluindo a América.

Mas são interpretações espirituais ou simbólicas, não literais.

 RESUMO FINAL

Elemento

Identificação provável

Pode ser o Brasil?

Comentário

Ofir

Índia / África

Teoricamente sim

Mas sem provas concretas

Társis

Espanha / Mediterrâneo

Simbolicamente

Mas a Bíblia aponta para o Ocidente

Terra sem fim

Expressão poética

Sim

Ligada ao Brasil por escritores pós-bíblicos