Abrão se identifica como um hebreu e, como comerciante e nômade, certamente seria um poliglota, por necessidade social.
Em Ur, Abrão viveu justamente no período em que a antiga língua suméria estava entrando em extinção para dar lugar ao acadiano, também conhecido como acádio ou assírio babilônico que era um idioma do tronco semita assim como o hebraico.
Abrão, portanto, deveria falar fluentemente sumeriano e acadiano. Ele também pode ter aprendido alguns idiomas cananitas dos quais seria formada a língua hebraica, que talvez pode ter começado como um dialeto próprio do clã de Abrão que acabou virando idioma.
De fato, o hebraico possui muitas semelhanças (principalmente de palavras) com idiomas vizinhos (todos semitas). Em suma, as pessoas que viajavam geralmente aprendiam uma grande variedade de idiomas.
E Abrão foi uma das pessoas mais viajadas de sua época. Ele provavelmente era fluente nas línguas das regiões onde viveu, e teria aprendido um pouco de cananeu ao longo do caminho. Ele pode ter também ter falado um pouco egípcio. Tudo isso, misturado, era realmente o que constituiria a futura língua hebraica dos descendentes de Abrão.
Assim como a língua portuguesa é uma língua neolatina, formada da mistura de muito latim vulgar com influência árabe e das tribos que viviam na região (como o galego), o hebraico também é uma mistura de assírio, cananeu e (em menor grau) egípcio.
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