RESUMO DA PARÁBOLA
A parábola conta a história de um homem muito rico, que vivia todos os luxos da sua riqueza. Não era um homem crente. Nesse cenário temos também um mendigo chamado Lázaro que, além de ser mendigo, ainda era doente e vivia próximo de onde o rico morava. Esse mendigo buscava sobras do rico para viver. Mas era um mendigo crente! Vivia juntamente com cães nas ruas e os cães lambiam as suas feridas. Os dois morrem. O mendigo é levado ao seio de Abraão (céu) e o rico ao inferno. A cena passa a narrar que o rico via o mendigo juntamente com Abraão no céu e estava em tormentos.
LIÇÕES DA PARÁBOLA
(1) A parábola do rico e mendigo não tem a intenção de mostrar que riqueza leva ao inferno e pobreza leva ao céu. Podemos observar que o próprio Abraão estava no céu e foi rico (Gênesis 13:2). A palavra-chave sobre salvação é arrependimento (Lucas 16:30). Somente quando alguém recebe a graça de Deus e vive um arrependimento verdadeiro é que pode ser salva (Efésios 2:8-9).
(2) A morte sela o nosso destino final. A parábola, apesar de ser uma história fictícia com a intenção de trazer lições, sempre traz em si elementos da realidade, que ajudam os ouvintes a refletir. Aqui fica claro que o rico entendeu que seus parentes precisavam ser alertados de que a decisão de arrependimento deveria ser tomada em vida! Não existe segunda chance após a morte. Após a morte, tanto o mendigo quanto o rico passaram pelo juízo de Deus. Mas cada um deles recebeu um destino diferente designado pelo próprio Deus: “e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Eclesiastes 12:7).
(3) Na parábola existe reconhecimento da identidade das pessoas no pós-morte. A parábola mostra que as pessoas se reconheciam ali: “No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio” (Lucas 16:23). O rico consegue saber quem era Abraão e quem era Lázaro. Esse ponto levanta pelo menos duas polêmicas controversas:
(i) Seria possível saber a identidade das pessoas no céu e inclusive ver as pessoas que estão no inferno? Alguns pensam que sim, pois, segundo dizem, Jesus não usaria um pano de fundo falso para uma parábola. Mas a parábola não explica como isso funcionaria na prática. Nessa interpretação muitas dúvidas ficam em aberto. Por exemplo, o fato de no céu não ter dor, nem lágrimas, etc. Como isso seria possível vendo pessoas no inferno?
(ii) Essa seria uma realidade totalmente fictícia. Jesus estaria somente usando uma hipérbole (exagerando a situação) para ensinar que não há chance de conversão após a morte. Para esses a parábola não tem a intenção de explicar sobre a vida prática, sobre detalhes sobre céu e inferno.
(4) Não há como sair do céu para o inferno nem do inferno para o céu. A parábola também mostra que o destino final (céu ou inferno) não pode ser mudado, pois as pessoas não conseguem sair de um e ir para outro: “E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós” (Lucas 16:26). Essa verdade reforça ainda mais a realidade bíblica de que a oportunidade é em vida e que nada após a morte consegue mudar o destino final de uma pessoa.
(5) A palavra de Deus deve ser ouvida enquanto há tempo. O rico, terrivelmente assolado pela sua situação de condenação, deseja que seus familiares não passem o mesmo, por isso, tenta que alguém dos mortos possa ir lá avisá-los! Mas sabemos que isso não é possível, não existe comunicação entre mortos e quem está vivo. Abraão, então, traz uma lição importante: “Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos” (Lucas 16:31). Moisés e os profetas representam a mensagem de Deus, aquilo que Deus comunica ao mundo através de Sua Palavra! Os homens precisam dar atenção a ela, pois ela é verdadeira. Tudo se cumprirá à risca. Rejeitar essa mensagem é rejeitar a vida. E é isso que muitos homens fazem. Por isso, essa parábola é um chamado a repensar urgentemente como encaramos a Palavra de Deus e o próprio Deus!
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