(1) A primeira lição que salta aos olhos é a persistência. Mesmo diante de uma primeira negativa, o homem que desejava ser hospitaleiro com sua visita, e que só conseguiria fazer isso naquele momento (meia-noite) com a ajuda do vizinho, não se deixa vencer por um primeiro não na resposta ao seu pedido. Note que o homem não nega o pão, porém, o momento não é o certo. Deus nos ensina aqui que a oração não deve deixar-se desanimar quando a resposta não é imediatamente respondida como se espera. É necessário ser persistente.
(2) Precisamos fazer questão do que pedimos. Nesta parábola não temos a lição de que Deus deseja ser pressionado, ou que se formos importunos “moveremos” a mão de Deus! Observe que na parábola, apenas o momento é citado como um mau momento para o pedido ser atendido. Porém, quando o amigo observa o quanto aquilo era necessário, o quanto era persistente o pedido, por causa do esforço dele, por aceitar inclusive a vergonha de ser importuno, o amigo o atenderá, mesmo que seja para se ver livre do constrangimento. Muitas vezes Deus quer ver em nós o quanto um pedido de fato é importante, se de fato fazemos questão do que estamos pedindo e buscando, até onde estamos dispostos a ir em oração!
(3) Haverá uma resposta aos que perseveram. Na parábola, o pedido feito, inicialmente recebe uma resposta não. Mas o fato de continuar pedindo, de continuar buscando, mesmo que envergonhado, faz com que o amigo importunado o atenda no que ele precisa. Deus quer nos ver envolvidos com nossos pedidos de oração. Envolvidos nos pedidos verdadeiros, com o qual nos importamos, que são de fato importantes e pelos quais lutamos. Deus saberá dar uma resposta adequada aos nossos pedidos que fazemos com perseverança. Cabe a nós sermos firmes e constantes na oração.
(4) Jesus finaliza a parábola explicando, então, que atitude deve ter o crente com relação a oração a Deus. Ele diz: “Por isso, vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á” (Lucas 11:9). Mais abaixo ele explica como Deus age em relação aos nossos pedidos: “Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra?” (Lucas 11:11). Deus, assim como aquele amigo, é “importunado” diariamente com nossas orações. Não devemos desistir no primeiro “não”, antes, devemos perseverar nos pedidos que julgamos importantes e que sabemos que só Deus pode atender, sabedores, pela fé, de que, como Pai, Ele fará o melhor para atender às nossas necessidades da melhor forma e no melhor momento!
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