(1) O Poder terapêutico da palavra
Algo terapêutico é algo que cura, que sara, que tem propriedades medicinais. Em sua exposição sobre a língua, Tiago nos indica esse poder de “curar” que as nossas palavras podem ter: “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo” (Tiago 3:2). Nossas palavras têm certo poder sobre nosso corpo e também sobre a vida de outras pessoas. Provérbios 16:24 nos ensina que “Palavras agradáveis são como favo de mel: doces para a alma e medicina para o corpo”. O bom uso das palavras tem o poder de trazer bênçãos preciosas em nossa vida e na vida de outras pessoas. Podem curar corações deprimidos, indicar caminhos para perdidos, animar almas cansadas e sobrecarregadas. Por isso, usar palavras para “curar” pessoas é um bom poder que podemos extrair das palavras.
(2) O Poder influenciador da palavra
Quando Tiago fala da língua ele destaca o poder influenciador que ela tem usando dois exemplos: o freio e o leme. “Ora, se pomos freio na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro. Observai, igualmente, os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro” (Tiago 3:3-4). Tanto o freio usado no cavalo, quanto o leme usando nos navios, conseguem influenciá-los. Essa influência pode ser boa, evitando acidentes. Mas pode ser má, levando a terríveis consequências. As nossas palavras também são assim.
Podemos usar o poder influenciador delas para o bem ou para o mal. Muitos homens malignos de nossa história fizeram isso. Hitler usou o poder influenciador da palavra para levar seu povo a apoiá-lo em atrocidades. Martin Luther King Jr., ao contrário, usou o poder influenciador da palavra para lutar contra as injustiças sociais em seu país.
(3) O Poder destrutivo da palavra
Tiago ainda usa mais duas figuras interessantes: o fogo e o veneno (Tiago 3:6,8). A aplicação dele mostra o poder destruidor de uma única fagulha para destruir um bosque e também o poder mortífero do veneno. Nossas palavras também têm esse poder tanto contra nós mesmos quanto contra as outras pessoas. O poder destrutivo dos palavrões, das ofensas, das humilhações, exemplificam muito bem esse poder devastador que o uso das nossas palavras podem ter. Relacionamentos, famílias, governos e muitas outras coisas já foram destruídas por esse poder maligno do mau uso das palavras.
(4) O Poder saciador da palavra
Agora as figuras usadas no texto bíblico são o fruto e a água (Tiago 3:11-12). Esses dois elementos têm em si o poder saciador. O fruto sacia a fome, a água, a sede. Nossas palavras podem ser usadas para saciar corações que estão sedentos, para abençoar vidas que estão desnutridas. Tudo depende de qual “árvore” colhemos os frutos e de qual fonte pegamos a água. A fonte amarga gera palavras amargas. A árvore com frutos não comestíveis gera apenas desilusão e desalento. Por isso, o servo de Deus deve buscar nas fontes mais abençoadas e nas árvores mais frutíferas as boas palavras para abençoar não só a sua vida como também a do próximo. Vale lembrar que Jesus disse que Ele é a água da vida e que ele é a videira verdadeira. Excelentes fontes para buscarmos boas palavras, palavras de bênção para usarmos no dia a dia.
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