1 - Segundo o livro A fé Católica – Perguntas e respostas – de Diogo Luis Fuitem – nas páginas de 63 a 66: “Na ocasião do sepultamento da pessoa falecida, a comunidade reunida realizava as exéquias, isto é, fazia as orações que celebravam a esperança cristã na vida eterna, proclamavam a ressurreição de Jesus Cristo, pediam pela passagem do falecido ao céu e serviam de conforto para os parentes enlutados. O ponto central das exéquias era a Santa Missa. O Catecismo da Igreja Católica, no número 1689, considera a Eucaristia “o coração da realidade pascal da morte cristã”. E, repetindo as palavras do ritual de exéquias, diz: - Na Eucaristia, a Igreja expressa sua comunhão eficaz com o finado. Oferecendo ao Pai, no Espírito Santo, o sacrifício da morte e ressurreição de Cristo, ela pede para que o fiel falecido seja purificado de seus pecados e de suas consequências e seja admitido à plenitude pascal do Banquete do Reino”.
2 - Evidentemente, analisando o objetivo central da missa de sétimo dia, que é pedir a Deus que o falecido seja purificado de seus pecados e consequências e seja admitido ao céu, verificamos que essa atitude não tem qualquer embasamento bíblico. Na Bíblia, não encontramos respaldo para afirmar que uma pessoa pode conseguir o perdão do pecado de outra pedindo por ela a Deus, e nem que uma pessoa possa ser salva após estar morta, caso seja realizada por ela missa de sétimo dia.
3 - O arrependimento é algo pessoal e realizado em vida: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1João 1,9). E a salvação também acontece em vida e, em hipótese alguma, encontramos na Bíblia menção de que uma pessoa possa ser salva após a sua morte através de petições de vivos.
4 - O que a Bíblia afirma é que após morrermos já sofremos o juízo: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hebreus 9,27). Esse juízo sela o destino eterno da pessoa, não havendo mais possibilidade de segundas chances após a morte.
5 - Dessa forma, fazer missa de
sétimo dia, por tudo que ela representa, não é uma prática que se harmoniza com
o ensino da Palavra de Deus. E é por isso que evangélicos não fazem missa de
sétimo dia, é um tipo de ritual que não se enquadra como uma doutrina bíblica e
saudável.
Para nós, os evangélicos, após a
morte, o que cabe é o cuidado com os familiares e amigos que ficaram e sofrem a
dor da perda. Ao que faleceu, somente Deus pode lhe imputar a salvação ou a
condenação, pois apenas Deus conhece plenamente cada coração.
Podemos claro, inferir pelos frutos do falecido se este teve
uma vida de discípulo ou não, mas a palavra final é apenas de Deus. Não cabe a
nenhum vivo sequer orar por mortos, pois, segundo demonstramos, a Bíblia não
nos permite tal intercessão por mortos e nem pelas consequências eternas de sua
vida na terra.
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