(1) Não estamos diante de um casamento polígamo.
Muitos se confundem achando que as dez virgens são noivas desse noivo. Essa não é a realidade dessa parábola. Para entender isso, é importante entender que no casamento judaico, temos geralmente três estágios:
O primeiro é o compromisso, geralmente um acordo feito pelos pais do menino e da menina, prometendo um ao outro.
Segundo, temos o noivado, onde o casal se compromete em uma festa realizada geralmente na casa da noiva, diante de testemunhas, onde a noiva recebe presentes como sinal do comprometimento.
Terceiro, vem o casamento. O noivo saí com seus amigos em cortejo até a casa do pai; ali está a noiva, que é levada a casa de seus pais, onde se realiza a festa do casamento. É bem provável que Jesus esteja usando esse último estágio em sua parábola. As dez virgens podiam ser damas de honra da noiva, ou amigas dela e do noivo que iriam em cortejo com o noivo até a festa do casamento. A ideia de um casamento de um noivo com dez moças não faz sentido, já que o noivo rejeita cinco delas, o que é impensável nas tradições do casamento judaico.
(2) O noivo vem em hora improvável
Sabemos que esse noivo representa Jesus Cristo. O texto mostra o noivo chegando em um horário improvável para um casamento: “Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro!” (Mateus 25:6). Jesus demonstra aqui que Sua vinda será repentina, em momento que não se espera, ou seja, ele demonstra que estar vigilantes é um dever dos servos prudentes. A fé de que o noivo virá, a vigilância e o zelo são elementos importantes para que estejamos preparados para a vinda do noivo.
(3) As dez virgens representam a igreja com os salvos e não salvos
As dez virgens da parábola são figura clara da igreja visível como um todo, que parece conter 100% de pessoas que realmente amam a Deus, mas que, na verdade, não contém. A vinda no noivo revelará quem são os prudentes (salvos) e quem são os imprudentes (não salvos).
(4) Não haverá segunda oportunidade após a vinda do noivo
Os imprudentes não terão segunda oportunidade: “Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta! Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço” (Mateus 25:11-12). Por mais que as cinco virgens imprudentes, agora que viram que o noivo realmente veio, buscassem comprar azeite de última hora (o que era improvável, pois era meia-noite), já era tarde demais. Após a vinda do noivo a oportunidade de entrar na festa acaba!
(5) A parábola das dez virgens ensina-nos a nos preparar agora
Por isso, aqueles que ainda não tem certeza de sua salvação e não entregaram seus corações a Jesus Cristo, precisam atentar para o recado do mestre que finaliza a parábola: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mateus 25:13)
Jesus finaliza a parábola das dez virgens não respondendo de forma precisa ao que os discípulos queriam saber. Os discípulos queriam saber o “quando” seria a vinda de Cristo e o final dos tempos. Jesus preferiu mostrar que Ele viria, que Sua vinda era certa, que a “festa” já estava organizada, ainda que parecesse tarde.
Jesus, o noivo, queria que Seus servos estivessem vigilantes e alertas, pois o dia e hora não será de conhecimento de nenhum de nós, por isso, estar preparados é fundamental!
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