“Vá, reúna todos os judeus de Susã e
jejuem por mim. Não comam nem bebam durante três dias e três noites. Minhas
criadas e eu faremos o mesmo. Depois, irei à presença do rei, mesmo que seja
contra a lei. Se eu tiver de morrer, morrerei”.
- Ester 4,16
Introdução
Meus
irmãos, a história que o livro de Ester cuida em contar é a história do povo de
Israel quando vivia sobre o governo do Rei Assuero, Rei da Pérsia, conta,
também, como um povo foi liberto da condenação da morte e sagrou-se vencedor de
todos aqueles que eram seus adversários e perseguidores e, por último, como uma
mulher. Ester foi capaz, mesmo sendo indigna, por ser judia, de tornar-se
rainha e arriscar a sua vida por aquilo que ela acreditava e amava.
O
trecho acima é um fragmento de um diálogo e, possivelmente, o diálogo mais
importante retratado neste livro. É o retrato de um momento angustiante pelo
qual passou todo o povo do Senhor, quando Hamã e todos os inimigos do Senhor
conseguiram que fosse decretada a morte de todo o povo do Senhor, diz a Bíblia
‘Então Hamã foi ao
rei Assuero (ou Xerxes I) e disse: “Há certo povo espalhado por todas as
províncias de seu império que se mantém separado dos demais. Eles têm leis
diferentes das leis dos outros povos e não obedecem às leis do rei. Portanto,
não é do interesse do rei deixar que vivam’. - (Ester 3,8-9)”
Assim, no dia 17 de
abril, os secretários do rei foram convocados, e um decreto foi redigido exatamente
da forma como Hamã ditou. Em seguida, foi enviado aos mais altos oficiais do
rei, aos governadores das respectivas províncias e aos nobres de cada
província, em sua própria escrita e língua. O decreto foi redigido em nome do
rei Assuero (ou Xerxes I) e selado com seu anel. - (Ester 3,12).
A morte
A morte
que estava decretada para o povo de Israel era irrevogável, ou seja, ninguém
poderia desfazer o que Hamã havia feito, nem o Rei Assuero, pois a Lei
determinava que a palavra final do Rei, ou seja, onde houvesse o selo real, não
poderia ter contestação e não poderia ter revogação.
Sendo
assim, ninguém poderia livrar o povo da condenação de que “fossem destruídos, mortos e aniquilados num único dia. A data
marcada para que isso acontecesse era 7 de março do ano seguinte. Os bens dos
judeus seriam entregues a quem os matasse.” (Ester 3,13).
Amados
irmãos, muita coisa pode ser anunciada através dos versículos que lemos.
Existem muitas revelações, muitas coisas que podem se aplicar as nossas vidas
por intermédio dos textos mencionados e com base em todo livro de Ester.
Contudo, só quero abordar dois pontos: O primeiro, nós também estávamos sobre a
condenação da Lei e, neste ponto, deixo claro que diferentemente do edito feito
por Hamã e selado com o anel do Rei que era maldade, ódio e ganância, a Lei do
Senhor entregue a Moisés é boa, perfeita e justa.
Sendo
assim, o problema de nossa condenação não estava na Lei, porque “a lei foi nosso guardião até a vinda de
Cristo; ela nos protegeu até que, por meio da fé, pudéssemos ser declarados
justos.” - (Gal
3,24), mas no Homem que andava segundo a carne “Pois a mentalidade da natureza humana é sempre inimiga de
Deus. Nunca obedeceu às leis de Deus, e nunca obedecerá.” - (Rm 8,7) e,
conseqüentemente, é condenável diante dEle.
Embora
não seja a minha área, me arrisco dizer que a humanidade vive um “câncer espiritual” que se iniciou
no primeiro contato com o Adversário, desde a primeira desobediência.
Isso
porque o Homem nasceu para ser a imagem e a semelhança de Deus, o Homem foi
feito acima de tudo para amar a Deus, louvar a sua glória e ser, exatamente,
como é Deus: amoroso, justo, bom, repleto de paz, manso. Ao invés disto, seu
DNA sofreu uma mudança tão profunda que o Homem deu as costas para o Senhor.
Diz a Bíblia:
‘“Ninguém é justo, nem um sequer. Ninguém
é sábio, ninguém busca a Deus. Todos
se desviaram, todos se tornaram inúteis. Ninguém faz o bem, nem um sequer.”
“Sua conversa é repulsiva, como o odor de um
túmulo aberto; sua língua é cheia de mentiras.” “Veneno de serpentes goteja de
seus lábios.” “Sua boca é cheia de
maldição e amargura.” “Apressam-se
em cometer homicídio; por onde passam,
deixam destruição e sofrimento. Não
sabem onde encontrar paz.” “Não
têm o menor temor de Deus.”’. - (Rm 3,10-18).
Mas,
apesar disso tudo, apesar de sermos pecadores, apesar de nossas falhas, apesar
das nossas “justiças”, apesar das
nossas “bondades”, mesmo assim,
apesar de nós, Deus amou a criatura das suas mãos de forma tão grandiosa e
incrível que almejou resgatar-nos.
A Salvação
O
Senhor, em seu plano de salvação, envia o seu filho amado, o Senhor Jesus, para
buscar as ovelhas que estavam perdidas, para reconduzir os seus rebanhos, para
trazer de volta aqueles que haviam se corrompido com a Lei do pecado e da morte
e que, como o povo de Israel nos tempo de Ester, estavam condenados.
E,
assim, seguindo este Projeto, Jesus tomou do cálice da Ira de Deus contra o
pecado que havia invadido e feridos os seus amados, satisfazendo a justiça de
Deus e carregando o nosso pecado naquele madeiro para que nEle pudéssemos ter
nova vida. Portanto, Jesus, o Messias, tornou-se, também, o primeiro mártir e
somente nEle temos a certeza de viveremos uma tão grande Salvação e Vida
Eterna.
O
Senhor Jesus, assim como Ester, não hesitou em dizer “irei à presença do rei, mesmo que seja contra a lei. Se eu
tiver de morrer, morrerei”. Tendo com o Rei Ele se tornou único
mediador entre nós e o Deus todo poderoso. Pelas suas pisaduras fomos sarados,
nas suas mãos estão marcados os nossos nomes e preço do amor que salva o Homem.
O
segundo ponto que gostaria de deixar nesta mensagem é um item que Paulo, em
suas cartas as igrejas, toca insistentemente. Devemos ser imitadores dele
(Paulo), no que ele é imitador de Cristo.
A Igreja Fiel
Queridos,
sabemos que a Rainha Ester é retratada como uma mulher fiel e temente ao Senhor
e extremamente preocupada com o caminhar do povo do Senhor. Por estas
características ela é identificada na tipologia bíblica como tipo da Igreja
Fiel. Sabemos também, que vivemos em um momento terrível no tempo profético de
Deus, vivemos o período das densas trevas. Este é o tempo de escuridão máxima
que faz o prenuncio do raiar do Novo dia, ou seja, da vinda do Senhor Jesus e
do arrebatamento da Igreja.
Sendo
assim, eu me pergunto o que tem acontecido com as nossas vidas? Onde estão os
homens e mulheres que fariam de tudo para pregar o Evangelho de Cristo? Onde
está a gratidão por tudo que o Senhor tem realizado nossas vidas? Cadê? “Quando, porém, vier o Filho do Homem,
porventura, achará fé na terra?” (Lc 18,8)
Sei que
existem muitos servos fiéis, entretanto a preocupação do Senhor é de lembrar
que Cristo nos comissionou para realização de um Projeto Eterno. Existe uma
Obra que vai muito além do entendimento humano, vai muito além do nosso
entendimento e o entendimento das denominações e igrejas, porque “Agora vemos de modo imperfeito, como um
reflexo no espelho, mas então veremos tudo face a face. Tudo que sei agora é
parcial e incompleto, mas conhecerei tudo plenamente, assim como Deus já me
conhece plenamente.” - (1Cor
13,12).
Minha
preocupação com essa mensagem é que, hoje, você abandone um pouco o “Glória a Deus”, o “Glória a Jesus”, ou o “Que
benção”, pois tudo aquilo que buscamos precisa ser, sem a menor sombra de
dúvidas, exclusivamente para honra e glória do seu nome.
Hamã o inimigo
Todavia,
o que honestamente PRECISAMOS adotar e dizer de toda a alma é “Jesus eu te
amo”, “Senhor me faz te amar melhor”, “Aviva a tua Obra Senhor”, pois o momento
em que vivemos tem matado muitos crentes com heresias, feito multidões
caminharem para a Apostasia e Hamã (o Inimigo) está todos os dias procurando
inundar os nossos lares com todo tipo de secularismos, obscenidades e
abominações, seja pela TV, seja pelas Revistas ou filmes.
Mais do
que nunca, é tempo de renegar este mundo mal, façamos como a Rainha Ester que
pelo povo renunciou tudo e foi ter com o rei mesmo sem ser chamada. Ela deixou
tudo, arriscando a vida em favor de um povo que era chamado pelo nome do Senhor
dos Exércitos.
Não só
ela, mas muitos homens e mulheres foram mais fortes que a morte e renunciaram a
vida, morrendo em nome de um Evangelho Puro e Fiel. Se nos detivermos por um
instante e tentarmos nos lembrar dos nomes dos Mártires saberemos que, com
exceção de João (evangelista), todos os apóstolos morreram carregando o
opróbrio, as dores e a Glória do nome do Senhor Jesus Cristo. Foram eles:
André, Bartolomeu, Filipe, Judas Tadeu, Mateus, Paulo, Pedro, Simão Zelote, o
Tiago, Tomé, Estevão.
E todos
foram fiéis até a morte, eles imitaram em tudo o Senhor Jesus. Entretanto as
fogueiras e as perseguições não terminaram, apenas no século XX, mais de 45
milhões de pessoas morreram por carregar e a anunciar o Evangelho Eterno,
morreram nas guerras, nas ditaduras, nas missões, morreram para que alcançar
vidas e para confessar que Jesus Cristo é o Senhor.
Estes
homens e mulheres, assim como Ester, creram no poder do Senhor de transformar
situações que eram completamente terríveis e deixaram uma mensagem que sempre
que é lembrada abala os alicerces de qualquer ser humano que é: Jesus Cristo
está Vivo e por este Deus vale apena morrer!
Conclusão
Por
fim, irmãos, preciso lembrar que nada pode ter mais valor que amor do Senhor e
para aquele que é fiel não existe morte, não há tribulação, não há angústia,
não existe cansaço, porque continuamente Deus nos faz vencedores de todas as
coisas. Destaco que o Senhor Jesus nos tornou vencedor da condenação do pecado
e da morte e, hoje, ninguém jamais vai poder tirar isso de nenhum de nós, o
remanescente fiel.
Vou
repetir: nada e nem ninguém pode impedir um remido de confessar que Jesus
Cristo é o Senhor, nem o Inimigo e nem os Homens, porque grande e poderoso é o
Senhor Jesus Cristo que venceu tudo por nós, deixou o Espírito Santo para nos
consolar e nos dirigir no caminho deixado por Deus Pai. Ele nos aguarda de
diariamente, para na eternidade com Ele(s) para sempre estar.
Convido-te,
agora, a experimentar, a viver e a praticar a palavra do Senhor e verás que
ninguém há que contenha o poder e a majestade do Senhor dos Exércitos. Amém!
“Se tentar se apegar
à sua vida, o perderá. Mas, se abrir mão de sua vida por minha causa e por
causa das boas-novas, o salvará”. - (Mc 8,35).
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