1 - Quem foi Maria, mãe de Jesus?
Maria
foi uma mulher judia escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus. Ela era virgem
quando ficou grávida pela ação do Espírito Santo. Junto com seu marido José,
Maria provavelmente teve um papel importante na educação de Jesus durante sua
infância e, mais tarde, se tornou sua seguidora. Ela estava com os outros
discípulos de Jesus quando o Espírito Santo desceu no dia de Pentecoste.
A
Bíblia não fala muito sobre a vida de Maria mas diz que ela foi muito
abençoada, porque foi escolhida para ser a mãe do Salvador do mundo. Em Maria
temos um grande exemplo de como o Deus perfeito e imortal pode habitar dentro
de um ser humano pecador, transformando sua vida. Podemos aprender muito com a
vida de Maria.
2 - Maria descobre que
vai ficar grávida
Maria
era uma jovem que morava na cidade de Nazaré, na região da Galileia. Ela estava
noiva de um homem chamado José, mas ainda não tinham casado quando um anjo
falou com ela. O anjo se chamava Gabriel e contou a Maria que ela era muito
abençoada, porque Deus a tinha escolhido para dar à luz o Salvador do mundo
(Lucas 1:30-33). Esse era o rei prometido por Deus, que os judeus esperavam há
vários séculos.
Maria
ficou um pouco confusa sobre como poderia ter um filho se ainda era virgem.
Então o anjo Gabriel explicou que a criança seria gerada pelo Espírito Santo,
não por meios naturais, porque a criança seria verdadeiramente o Filho de Deus.
Como prova que aquilo que dizia era verdade, o anjo contou a Maria que sua
prima Isabel, que era estéril e idosa, também iria ter um filho em breve (Lucas
1:35-37).
Maria
creu na mensagem vinda de Deus e concordou em se tornar a mãe de Jesus (Lucas
1:38). Como o anjo tinha predito, ela ficou grávida ainda virgem, cumprindo
assim a profecia do Antigo Testamento: “a virgem ficará grávida” (Isaías 7:14).
3 - Por que Deus
escolheu Maria para ser mãe de Jesus?
Maria
foi escolhida por causa da graça de Deus. Os textos onde Maria é apresentada e
que também falam do nascimento de Jesus Cristo não dizem o motivo da escolha.
Não
sabemos muito sobre Maria, mas o pouco que diz a Bíblia é que era uma virgem,
de Belém, da linhagem de Davi, noiva de José, tinha por parenta Isabel (a
esposa do sacerdote Zacarias e mãe de João Batista), teve outros filhos depois
do nascimento de Jesus e seguiu-o em seu ministério.
4 - O que diz o Antigo
Testamento acerca de Maria?
O
Antigo Testamento traz uma referência a quem viria a ser a mãe de Jesus. O
Messias viria da linhagem de Davi, nasceria de uma virgem (Isaías 7:14), que
seria de Belém (Miquéias 5:2). Com certeza havia muitas jovens virgens de boa
reputação naquela época, que viviam em Belém. Mas Deus, escolheu-a, e Maria foi
agraciada, ou seja, recebeu o privilégio de dar à luz ao salvador do mundo.
5 - Qual foi a atitude
de Maria?
Maria
tinha um coração humilde. Quando ela foi visitada pelo anjo, ficou perturbada
com a saudação dele (Lucas 1:29) mas aceitou o seu papel. Ela louvou a Deus com
um cântico, considerou-se uma serva, literalmente escrava (Lucas 1:48). Ela
demonstrou uma atitude de submissão.
6 - Maria visita Isabel
Quando
ouviu que sua prima estava grávida, Maria foi visitar Isabel. O anjo Gabriel
tinha profetizado que o filho de Isabel, João Batista, iria preparar o caminho
para a vinda do Salvador. Quando Maria, já grávida, chegou na casa de Isabel, o
bebê dentro de Isabel saltou de alegria! Assim, Isabel soube logo que Maria
estava grávida do Salvador (Lucas 1:42-44).
Diante
desse acontecimento, Maria compôs uma canção glorificando a Deus. Ela
reconheceu Deus como seu Salvador e profetizou que ela seria para sempre
reconhecida como uma mulher muito abençoada (Lucas 1:46-49). Maria não se
tornou arrogante, mas deu todo o louvor a Deus.
7 - O nascimento de
Jesus
Chegou
uma hora em que José, o noivo de Maria, descobriu que ela estava grávida. Ele
achou que ela tinha sido infiel mas um anjo lhe explicou a situação e lhe deu o
nome do menino: Jesus. Por isso, José casou com Maria mas eles não tiveram
relações até ela dar à luz (Mateus 1:24-25).
Na
época em que Maria deveria ter o filho, o casal foi para Belém, por causa de um
recenseamento. A cidade estava muito cheia, então quando o menino nasceu,
tiveram de o colocar dentro de uma manjedoura, por não terem outro lugar para
ele (Lucas 2:6-7). Maria foi a mãe do Salvador do mundo mas não teve nenhum
tratamento especial na hora do parto!
Quando
o menino nasceu, pastores de ovelhas visitaram a família, porque tinham sido
avisados sobre o nascimento de Jesus por anjos. Depois disso, Maria e José
dedicaram seu filho a Deus no templo, como era costume entre os judeus. Lá,
eles receberam profecias sobre como o menino iria mudar o mundo. Maria guardou
todos esses acontecimentos em sua memória e refletiu sobre eles (Lucas 2:19).
Depois
de uma visita de magos do Oriente, Maria e José tiveram de fugir com seu filho
para o Egito, porque o rei Herodes queria matar o menino. Eles ficaram algum
tempo no Egito, depois voltaram e moraram em Nazaré, onde Jesus cresceu.
8 - Maria teve outros
filhos além de Jesus? Quem eram os irmãos de Jesus?
Sim,
Maria muito provavelmente teve outros filhos além de Jesus. A evidência bíblica
sugere fortemente que Maria teve outros filhos. A Bíblia diz que Jesus tinha
quatro irmãos (Tiago, José, Judas e Simão) e pelo menos duas irmãs (Marcos 6:3).
Maria era virgem quando Jesus nasceu, mas nada na Bíblia indica que ela se
manteve virgem depois disso.
9 - Irmãos ou primos?
A
Bíblia diz que Jesus tinha irmãos, não primos. Na língua hebraica não se fazia
distinção entre irmão e primo, mas o Novo Testamento foi escrito em grego, que
tem uma palavra para “irmão” e outra distinta para designar “primo”. Os
escritores do Novo Testamento, nas referências acerca de Jesus, usaram a
palavra “irmão” (adelfos).
Alguns
argumentam que o Novo Testamento foi escrito por judeus e para judeus e por
isso usaram a palavra grega para “irmão” no sentido hebraico de parente. Mas
Lucas era gentio e estava escrevendo para gentios e ele usou a palavra irmão
(Lucas 8:19-20). Lucas foi muito cuidadoso na sua escrita e teria usado a palavra
“primo” (anepsios) se não fossem realmente os irmãos de Jesus..
10 - Filhos de Maria?
A
Bíblia não diz que os irmãos de Jesus eram filhos de Maria. Mas também não diz
que eram filhos somente de José. Por outro lado, os irmãos de Jesus são
mencionados quase sempre com a mãe de Jesus (Mateus 12:46). Claramente eram
muito ligados à Maria. E, embora possa ter outros significados, a palavra
“adelfos” significa literalmente “saída
do mesmo útero”. Não está explícito que eram filhos de Maria, mas está
implícito.
Um
argumento um pouco confuso sugere que os irmãos de Jesus eram na verdade seus
discípulos. Jesus tinha discípulos com o mesmo nome que seus irmãos, mas, tal
como acontece hoje, esses nomes eram muito comuns. Muitos naquela época se
chamavam Tiago, José, Judas, Simão e até Jesus! Só entre os Doze Apóstolos
havia dois homens chamados Simão, dois Tiago e dois chamados Judas. E os irmãos
de Jesus não eram seus discípulos no início; eles pensavam que ele estava louco
(Marcos 3:21; João 7:3-5).
11 - Maria, sempre virgem?
Nada
na Bíblia sugere que Maria ficou sempre virgem nem que precisava manter-se
virgem depois do nascimento de Jesus. Isso vem de duas ideias erradas:
·
Sexo
é pecado
·
Maria
nunca pecou
Na
verdade a Bíblia ensina que todos pecaram (Romanos 3:23). Maria não é contada
como exceção. Só Jesus nunca pecou. Tal como Jesus esteve dentro de Maria,
pecadora como nós, Ele habita também dentro de cada pecador que se arrepende.
O
sexo (dentro do casamento) não é pecado. O primeiro mandamento que Deus deu à
humanidade foi para se multiplicar (Gênesis 1:28). Jesus nasceu de uma virgem
para confirmar Sua natureza divina. Nada indica que depois disso Maria e José
não tiveram um casamento normal e aprovado por Deus, produzindo filhos.
12 - Maria perde seu
filho em Jerusalém
Todos
os anos, Maria e José iam para Jerusalém com outros parentes para celebrarem a
Páscoa. Quando Jesus fez 12 anos, ele também foi com eles. Quando a festa
terminou, os pais começaram a viagem para casa, mas não repararam que Jesus não
estava com eles! Certamente, o menino estaria com algum de seus primos. Mas, ao
fim de um dia de caminhada, não encontraram seu filho.
Maria
e José voltaram para Jerusalém e procuraram Jesus por três dias. Por fim
encontraram seu filho no templo, conversando com os professores que explicavam
as Escrituras (Lucas 2:46-47). Maria ralhou Jesus. Ela e José tinham ficado
muito aflitos e preocupados com ele! Jesus explicou que o templo era a casa de
seu Pai mas Maria e José não entenderam do que ele estava falando (Lucas 2:48-50).
No
fim, tudo acabou bem e Jesus não deu mais trabalho a seus pais. Mas esse
acontecimento também ficou gravado na memória de Maria.
13 - Maria e o
ministério de Jesus
Quando
Jesus começou seu ministério, ele foi para um casamento na cidade de Caná e
Maria também foi. A certa altura, Maria contou a Jesus que o vinho tinha
acabado, uma situação muito embaraçosa para os noivos (João 2:1-3). Jesus não
tinha realizado nenhum milagre e explicou à sua mãe que sua hora ainda não
tinha chegado. Parece que Maria esperava que ele assumisse seu lugar como Rei
de Israel, mas Jesus sabia que ainda era cedo para isso.
Depois
Maria disse aos empregados que eles deveriam fazer o que Jesus lhes ordenasse
(João 2:4-5). Jesus mandou encher vários potes grandes com água e a água se
transformou em vinho da melhor qualidade! Esse foi seu primeiro milagre.
Mais
tarde durante seu ministério, os parentes de Jesus acharam que ele não estava
bem da cabeça e tentaram impedi-lo de continuar a pregar. Em uma ocasião, Maria
veio com seus outros filhos para visitar Jesus onde ele estava pregando. Porém,
havia uma multidão no seu caminho. Por isso, enviaram uma mensagem a Jesus,
pedindo para ele parar de pregar um pouco para conversar com eles (Marcos
3:31-32). Jesus usou a ocasião para explicar que sua verdadeira família são
todos aqueles que fazem a vontade de Deus (Marcos 3:33-35).
Jesus
não rejeitou sua mãe, mas também não permitiu que ela atrapalhasse seu
ministério. Apesar de amar sua mãe, ele tinha de cumprir a vontade de Deus
acima de tudo. Seus discípulos também eram sua família.
14 - A crucificação
Maria
foi testemunha da crucificação de Jesus. Ela ficou ao pé da cruz enquanto ele
sofria, junto com o apóstolo João. Ao vê-los, Jesus encomendou sua mãe aos
cuidados de João. A partir desse dia, João passou a receber Maria como parte de
sua família (João 19:25-27).
Como
filho mais velho, Jesus teria a responsabilidade de cuidar de sua mãe na sua
velhice. Mesmo quando estava cumprindo seu propósito de salvar a humanidade,
Jesus não se esqueceu de garantir que sua mãe estava bem cuidada. Com esse ato,
ele mostrou que cada pessoa individualmente é importante para Deus. Ele se
preocupa com todos os detalhes de nossas vidas.
15 - O dia de Pentecoste
Depois
que Jesus morreu e ressuscitou, Maria e os irmãos de Jesus se juntaram aos
outros discípulos em oração, aguardando a vinda do Espírito Santo (Atos dos
Apóstolos 1:14). A família de sangue e a família espiritual estavam finalmente
unidas, pela sua fé em Jesus.
No
dia de Pentecoste, estavam todos reunidos em um só lugar orando, quando o
Espírito Santo desceu sobre eles como línguas de fogo. Eles começaram a falar
em outras línguas e a pregar sobre Jesus para outras pessoas e, nesse dia, três
mil pessoas se converteram!
Depois
disso, a Bíblia não nos conta mais nada sobre a vida de Maria.
16 - Maria ascendeu ao
Céu?
A
Bíblia não diz em lado nenhum que Maria ascendeu ao Céu. Essa é apenas uma
história que se tornou tradição entre alguns grupos cristãos. Mas não existe
nenhuma evidência forte que isso tenha acontecido.
Maria
precisava de Jesus tanto quanto qualquer outra pessoa. Ela foi muito abençoada,
mas ela própria reconheceu que precisava de um salvador. Maria era uma mulher
normal, pecadora mas com fé em Deus. Ela seguia a Deus de todo coração e
provavelmente foi um bom exemplo de devoção para Jesus enquanto ele crescia.
Mas não existe evidência nenhuma na Bíblia que ela foi perfeita nem que ela
tenha subido corporalmente ao Céu, como Jesus fez.
17 - Por que ela não
deve ser adorada?
Porque
ela era uma mulher como qualquer outra. Só devemos adorar a Deus, não a homens
(Êxodo 20:2-5). A Bíblia diz que Maria foi agraciada, ou seja, achou graça aos
olhos do Senhor. A palavra graça, na língua original (grega), quer dizer favor
imerecido, ou seja, ela recebeu o privilégio, pela graça de Deus e sem merecer,
de ser a mãe de Jesus, colocando-a assim ao mesmo nível de qualquer outra
mulher.
No
primeiro milagre de Jesus, ela reconheceu quem ela era e quem era Jesus,
submetendo-se à vontade dele, mandando os discípulos ter com ele e fazer o que
lhes ordenasse, pois ela nada poderia fazer (João 2:1-5). Maria foi muito
privilegiada por ter sido escolhida para ser a mãe de Jesus, o Messias tão
aguardado pela humanidade. Mas ela não foi a mãe de Deus, porque ela não O
gerou, foi o Espírito Santo que gerou Cristo dentro do corpo dela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário