Quais os significados do fermento na Bíblia?
(1) A primeira informação, por mais óbvia que seja, é o que é o fermento. Ele é um agente (uma enzima, um organismo) capaz de provocar a fermentação; levedura. Ele Também pode ser a própria massa de farinha que, tendo azedado, provoca a fermentação em outra massa de pão, quando a esta se mistura.
O fermento penetra toda a massa, a influencia a crescer e muda aspectos como sabor, cheiro e tamanho. Após essa definição simples, devemos compreender que era algo comum na cultura dos israelitas comer pão com fermento (Veja citação em Oséias 7:4).
No entanto, Deus manda que eles tirem o fermento em algumas ocasiões. A mais importante delas é a Pácoa, que era seguida da festa dos pães asmos, ou seja, sem fermento:
“Sete dias se comerão pães asmos, e o levedado não se encontrará contigo, nem ainda fermento será encontrado em todo o teu território” (Êxodo 13:7).
O fermento na Bíblia (Antigo Testamento)
(2) Essa primeira proibição tinha como símbolo a pressa com que israelitas iriam sair do Egito, rapidez essa que não permitiria que a massa ficasse descansando para o fermento fazer o efeito desejado.
Além disso, temos ainda o fermento significando corrupção e degradação em muitas partes da Bíblia. Por exemplo, esse simbolismo estava presente na proibição de se colocar fermento em ofertas levadas ao altar:
“Não oferecerás o sangue do meu sacrifício com pão levedado, nem ficará gordura da minha festa durante a noite até pela manhã” (Êxodo 23:18).
Porém, em algumas ofertas o fermento era permitido, como, por exemplo, a oferta de paz: “Com os bolos trará, por sua oferta, pão levedado, com o sacrifício de sua oferta pacífica por ação de graças” (Levítico 7:13).
O fermento na Bíblia (Novo Testamento)
(3) Com o passar do tempo, o fermento foi sendo cada vez menos usado na cultura judaica, não só devido à demora na preparação das massas, mas também porque ele foi ganhando cada vez mais esse aspecto simbólico de corrupção e decadência moral.
Ou seja, ele passou a ser visto como algo que representava o oposto da santidade que Deus desejava. Jesus usou várias vezes esse aspecto negativo, por exemplo, falando sobre o fermento dos fariseus, que comparou a sua doutrina maligna e sua hipocrisia:
“Então, entenderam que não lhes dissera que se acautelassem do fermento de pães, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus” (Mateus 16:12).
(4) Existe muitas discussão se Jesus teria usado o fermento como simbolizando algo positivo em Mateus 13:33: “Disse-lhes outra parábola: O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado”.
Alguns pensam que essa mulher mencionada por Jesus seria a representação do maligno e o fermento simboliza o mal que ele tenta adicionar em meio aos servos de Deus para contaminá-los.
Já outros pensam que Jesus estava falando aqui do poder de “contaminação” positivo do reino de Deus, usando o fermento de forma positiva.
(5) O fato é que, simbolicamente, o fermento é usado na maioria das vezes na Bíblia como representando o mal e características dele.
O apóstolo Paulo também fez esse uso negativo, quando manda que nos livremos dos aspectos negativos, imorais e corruptos do velho homem sem Deus:
“Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado” (1 Coríntios 5:7 – NVI).
Observe que Paulo usa simbolicamente a massa sem fermento simbolizando uma vida sem a contaminação do mal, influenciada por Cristo.
E, consequentemente, usa o fermento como sendo tudo de ruim, toda contaminação maligna que deve ser deixada quando nos entregamos a Jesus Cristo.
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