A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 10 – RUTE:
uma gentia na genealogia de Jesus.
O livro de Rute, um dos
menores do Antigo Testamento, apresenta através dos altos e baixos de uma
família que viveu em tempos de apostasia, violência, fome i imoralidade, a
grandiosidade da providencia divina, por ação direta ou indireta, rege o
destino de Israel, bem como daqueles que se dispõem a obedecer a Deus.
Também em Rute percebemos o
cuidado e o propósito de Deus em preparar a linhagem da qual nasceria o
messias, bem como uma visão pré-figurada da Redenção Prometida.
- A HISTORIA DE UMA FAMILIA – “RETRATO DE UMA
NAÇÃO”.
Passaram-se quase cem anos desde a
tomada de Canaã. Uma nova geração, liderada por juizes, começava a dar sinais
de apostasia. A disciplina de Deus era
iminente (terror, estiagem, fome, mortandade). O desvio do povo precisava ser
corrigido. Observando de perto o drama de uma dentre muitas famílias,
compreenderemos melhor este triste momento na historia de Israel.
a)
Deixando a Terra Prometida.
Muitos começaram a deixar a Terra
Prometida,dentre os quais Elimeleque (“meu Deus é rei), sua esposa Noemi
(“ agradável, alegre”) e seus filhos: Malom (“fraqueza”) e Quilom
(“raquítico”). Partiram de Belém (“terra do pão”) rum a Moabe, terra dos
descendentes de Ló, inimigos de Israel.
A intenção da família era ficar
ali por pouco tempo, até que as coisas melhorassem. Mas pouco tempo após a
chegada. Noemi ficou viúva e seus filhos resolveram se estabelecer, contraindo
núpcias com duas moabitas, Orfa e Rute (Rt 1,4).
A mesma tristeza sente Deus hoje,
quando vê seus filhos abandonando a igreja ao menor sinal de dificuldade. Não
demora, porem o surgimento de dificuldades ainda maiores no casamento, nos
filhos que se desviam, nos negócios e na vida pessoal. “Longe de Deus não há
paz”.
b)
Decidido voltar a Israel.
Dez anos depois, viu-se Noemi completamente desamparada, com a morte
dos filhos. Decidiu voltar para Israel, pois confiava que, apesar de
empobrecida, envelhecida e abatida,seria bem recebida pelo seu povo.
Orfa e Rute amavam a sogra e
estavam decididas a seguir viagem com ela, mas a amargura de Noemi era tamanha
que nem podia orienta-las de forma adequada:
“Eis que tua cunhada voltou para o
seu povo e para os seus deuses, disse-lhe Noemi; vai com ela”. (Rt 1,15).
Israel falhou em sua missão
de testemunhar a gloria de Deus entre as nações pagãs. Todo aquele que se
afasta da vontade de Deus enfraquece o seu testemunho e acaba prejudicando
outras pessoas.
c)
Viajando com a sogra.
Ficar em Moabe não era boa
opção para as duas viúvas, sem filhos. Mesmo assim,seria preferivelmente a se
aventurar com a sogra para meio de um
povo estranho, de costumes e religião diferentes. O amor porem, falou mais
alto; assim foi que decidiram seguir Noemi (1,6).
Noemi usou de todos os argumentos
possíveis ara faze-las desistirem:
Þ
Orfa aceitou o conselho – era um bom conselho?
Þ
Rute persistiu, abrindo seu coração (1,16-17) – do
que ela teria de abrir a mão?
A decisão de Rute surpreendeu
Noemi, e a nós fica a lição que ninguém devemos subestimar,deixando de
testemunhar, principalmente se for um parente. Convide-o para ma nova vida em Cristo Jesus.
- O EXEMPLO DE UMA MULHER – “MODELO PARA UM
CRISTÃO”.
a)
Companheirismo (1,14) – com muita
lealdade, rute partilhava das mesmas lutas, alegrias e dissabores de sua sogra.
Þ
A lealdade e o companheirismo só se evidenciam nas
horas de crise.
b) Amizade. (1,16-17)
– este é um dos mais lindos exemplos de amizade registrado na Bíblia. Era capaz
de compartilhar a vida, a fé, e até a morte.
Þ
A verdadeira amizade cristã é aquela que resiste ao
tempo, distancia e circunstancia.
c) Testemunho.
(2,11-12) – seus atos falavam mais alto do que muitas
palavras; e em toda parte era notória a sua fé no Senhor.
Þ
Seu testemunho deve começar dentro de casa, mas deve ser visível por
todos, fora de casa.
d) Simpatia. (2,14-23)
– havia algo em sua vida interior e em sua personalidade que extravasava em
seus atos, a todos atraindo.
Þ
Não há necessidade de fingirmos ou usarmos de
subterfúgios para cativar pessoas; a comunhão com Cristo produz estas simpatias
em nós.
e)
Submissão. (3,1-18) – Rute foi uma mulher equilibrada.
Sabia ao tomar decisões próprias e persistir nos seus objetivos, mas sabia
também a hora de abrir mão, obedecer, submeter-se.
Þ
É da submissão a Deus, e da submissão a quem Deus
ordenar, que tiramos nossa força, ser submisso é ser forte.
f)
Nova vida. (4,1-22) – uma viúva, estrangeira
e desamparada passa agora a viver uma nova experiência de vida. Um Remidor, um
esposo, um filho, um nome, um lar, ma herança, um único Deus... todas essas
coisas estavam além da sua imaginação.
Þ
O encontro com o altíssimo traz mudanças radicais ao
nosso estilo de vida. A SUA VIDA JÁ MUDOU?
- O SURGIMENTO DE UM REMIDOR – “ANUNCIADA A
REDENÇÃO”.
É surpreendente notar como Deus
concretiza seus desígnios a despeito das circunstancias desfavoráveis criadas
pelo homem. Ele tem em suas mãos o poder e o querer de transformar em bênçãos
até mesmo os descaminhos daqueles que buscam com amor – “Aliás, sabemos que
todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são
os eleitos, segundo os seus desígnios”. (Rm 8,28).
Rute, sem estar ciente, foi
trabalhar na lavoura de Boas.
a) Quem era
Boas?
Era filho (talvez neto) de Salmom
e Raabe, parente bem próximo de Elimeleque. Ele era homem rico e temente a
Deus.
b) O que é um
Remidor?
Acontece que em Israel as terras
eram herança perpetua da família (lei do levirato – Lv 23,25-28), mas
Elimeleque abandonou a terra e agora Noemi (e Rute) só poderiam recupera-la se
alguém qualificado a remisse, comprando-a para si. Boas era esse parente
remidor (resgatador) (Dt 25,5-10).
Þ
Cristo se encarnou, semelhante a Adão para, em lugar
de Adão (que falhou), nos resgatar para Deus.
Boas, se apaixonou por Rute e tudo
fez, segundo a lei para torna-la como noiva. Também, segundo essa mesma lei (do
levirato), dedicou o primogênito à memória e linhagem de Malom, para que a
mesma não fosse interrompida. Da união nasceu-lhes Obede, o qual gerou Jessé,
pai de Davi.
Þ
Jesus Cristo, o nosso Redentor, é o único qualificado
para restaurar a comunhão entre o homem e Deus.
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