terça-feira, 21 de maio de 2013

FAMÍLIA X BÍBLIA - LIÇÃO 03 – AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO




“Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela,” (Ef 5,25)

“22. As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor, 23. pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador. 24. Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos. 25. Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, 26. para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra, 27. para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível. 28. Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. 31. Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne (Gn 2,24). 33. Em resumo, o que importa é que cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido”. (Ef 5,22-28.31.33).

                                                                                                         I.        INTRODUÇÃO
Por ser uma instituição criada por Deus para atender aos propósitos divinos, não é de se admirar que o matrimônio venha sendo ridicularizado sistemática e violentamente pela mídia. Por isso, precisamos compreender a instrução divina quanto ao casamento e aplicá-la em nossa vida diária. Na epístola aos Hebreus, as escrituras ensinam: “Vós todos considerai o matrimônio com respeito e conservai o leito conjugal imaculado, porque Deus julgará os impuros e os adúlteros.” (Hb 13,4). Tal verdade a respeito do casamento indica-nos que ele deve ser respeitado, honrado e valorizado.

                                                                  II.        A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO

1.    Um plano global.
Como expressão de sua vontade, o Criador ordenou logo no principio que o homem deixasse pai e mãe e se unisse à sua mulher, para que ambos fossem “uma carne” (Gn 2,24). É exatamente o que acontece no ato conjugal, sendo esta a vontade de Deus para todas as pessoas, cristã ou não: que a humanidade cresça e, através da união legitima entre um homem e uma mulher, multiplique-se.

2.    Os indicadores da vontade de Deus.
Ao aconselhar os jovens em relação ao namoro, noivado e casamento, é preciso orientá-los pra que tomem decisões conscientes. Nesse particular, é preciso buscar a vontade de Deus, cujos indicadores são:

a)    A paz de Deus no coração.
Um dos sinais da aprovação divina quanto ao que fazemos, ou pretendemos fazer, é o sentimento de paz interior, que nos domina os pensamentos e as emoções – “Triunfe em vossos corações a paz de Cristo, para a qual fostes chamados a fim de formar um único corpo” (Cl 3,15).

b)    O comportamento pessoal.
Se alguém não honra os pais, como honrará seu cônjuge? Se o noivo não respeita a noiva, demonstrando um ciúme doentio à ponto de não lhe permitir que converse até mesmo com pessoas da própria família, isso evidencia claramente que ele está fora da aprovação divina. Tal relacionamento não dará certo.

c)    Naturalidade.
Procurar “casas de profetas” para saber se o casamento é ou não da vontade de Deus é muito perigoso. Quando o relacionamento é da vontade de Deus, um sente amor pelo outro, sente falta do outro, considera o outro, demonstra afeto pelo outro. Tudo flui naturalmente. Alem disso, os pais aprovam o namoro e a igreja o reconhece. Estes indicativos realçam que deus está de acordo com esta união.

d)    Os princípios de santidade.
Sabemos que as tentações sobre os namorados e noivos são fortes. Mas não devemos nos esquecer: a santidade é um requisito básico para a felicidade conjugal. Um relacionamento que não leva em conta o princípio da castidade já está fora da orientação divina. Portanto, se o namoro ou noivado é marcado por atos e práticas que ofendem a Deus, é sinal de que o relacionamento já está fadado ao fracasso – “18. Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo. 19. Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? 20. Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.” (1Cor 6,18-20). O sexo antes e fora do casamento é pecado – “Não cometerás adultério.” (Ex 20,14); “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza;” (1Ts 4,3). E a virgindade, tanto do rapaz, quanto da moça, continua a ser muito importante aos olhos de Deus.
                                                                      III.        O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO

1.    O dever primordial do casal.
O marido que não ama a própria esposa não pode dizer que obedece a Palavra de Deus. Ao contrario, ele peca por desobediência, pois amar é uma ordem divina. A Bíblia recomenda solenemente: “Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela.” (Ef 5,25). O amor á esposa, ordenado pelas escrituras, deve ser o mais elevado possível. É semelhante ao amor de Cristo pela Igreja: “Como Cristo amou a Igreja”. Perceba que o termo “como” é um advérbio de modo. Por conseguinte, o amor do esposo pela esposa deve ser como o amor de Cristo por sua Igreja. É um amor sublime e sem igual.

2.    O amor gera união plena.
A união é o resultado do amor sincero. Logo, o esposo deve estar unido à esposa de modo a formar uma unidade, ou seja, “dois constituirão uma só carne (Gn 2,24)” (Ef 5,31). Por isso, o apostolo Paulo ensina: “O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido.” (1Cor 7,3). Isto quer dizer igualdade e reciprocidade no casamento, marido e mulher são iguais nos haveres de um para com o outro. Isso exige do casal união de pensamentos, de sentimentos e de propósitos.

                                                                                       IV.        A FIDELIDADE CONJUGAL

1.    Fator indispensável à estabilidade no casamento.
Alem de proporcionar segurança espiritual e emocional, a fidelidade é indispensável ao bom relacionamento conjugal. Sem fidelidade, o casamento desaba. As estruturas do matrimonio não foram preparadas para suportar o peso da infidelidade, cujos efeitos sobre toda a família são devastadores. O adultério é tremendamente destrutivo tanto para o homem como para a mulher – “15. Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, então, os membros de Cristo e os farei membros de uma prostituta? De modo algum! 16. Ou não sabeis que o que se ajunta a uma prostituta se torna um só corpo com ela? Está escrito: Os dois serão uma só carne (Gn 2,24). 17. Pelo contrário, quem se une ao Senhor torna-se com ele um só espírito. 18. Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo. 19. Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? 20. Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.” (1Cor 6,15-20).

2.    Cuidado com os falsos padrões.
O amor que se vê nos filmes, novelas e revistas seculares está longe de preencher os requisitos da Palavra de Deus. É falso e pecaminoso. O verdadeiro padrão do amor conjugal é o de Cristo para com a Igreja! Através de Malaquias, o Senhor repreendeu severamente os varões israelitas por sua infidelidade conjugal – “13. Eis ainda outra maldade que cometeis: inundais de lágrimas, prantos e gemidos o altar do Senhor, porque o Senhor não dá atenção alguma a vossas ofertas e não se compraz no que lhe apresentais com vossas mãos. 14. E dizeis: Mas por quê?! É porque o Senhor foi testemunha entre ti e a esposa de tua juventude. Foste-lhe infiel, sendo ela a tua companheira e a esposa de tua aliança. 15. Porventura não fez ele um só ser com carne e sopro de vida? E para que pende este ser único, senão para uma posteridade concedida por Deus? Tende, pois, cuidado de vós mesmos, e que ninguém seja infiel à esposa de sua juventude. 16. Quando alguém, por aversão, repudia (a mulher) - diz o Senhor, Deus de Israel -, cobre de injustiça as suas vestes - diz o Senhor dos exércitos. Tende, pois, cuidado de vós mesmos e não sejais infiéis!” (Ml 2,13-16). Biblicamente, o casamento é uma aliança que deve perdurar até a morte de um dos cônjuges. Não é um “contrato” com prazo de validade, mas uma união perene, cuja fidelidade é um dos elementos indispensáveis para que os cônjuges sejam felizes.

                                                                                                       V.        CONCLUSÃO.
Nosso desejo é que as igrejas promovam o crescimento das crianças, adolescentes, jovens e casais na Palavra de Deus. Enfim, que toda a família seja edificada em Cristo. Dessa maneira, demonstraremos o valor do casamento bíblico e os perigos das novas “configurações familiares” defendidas e apoiadas  pelos que desprezam e debocham dos princípios divinos. Portanto, que a Igreja faça soar sua voz profética e denuncie as iniciativas que buscam destruir o casamento monogâmico, heterossexual e indissolúvel. Se a família não for sadia a sociedade será enferma.

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