“Maridos, amai as vossas
mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela,” (Ef 5,25)
“22. As mulheres sejam
submissas a seus maridos, como ao Senhor, 23. pois o marido é o chefe da
mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador. 24.
Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as
mulheres a seus maridos. 25. Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou
a Igreja e se entregou por ela, 26. para santificá-la, purificando-a pela água
do batismo com a palavra, 27. para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem
mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e
irrepreensível. 28. Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu
próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. 31. Por isso, o homem
deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne
(Gn 2,24). 33. Em resumo, o que importa é que cada um de vós ame a sua mulher
como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido”. (Ef 5,22-28.31.33).
I.
INTRODUÇÃO
Por ser uma instituição criada por
Deus para atender aos propósitos divinos, não é de se admirar que o matrimônio
venha sendo ridicularizado sistemática e violentamente pela mídia. Por isso,
precisamos compreender a instrução divina quanto ao casamento e aplicá-la em
nossa vida diária. Na epístola aos Hebreus, as escrituras ensinam: “Vós todos considerai o matrimônio com
respeito e conservai o leito conjugal imaculado, porque Deus julgará os impuros
e os adúlteros.” (Hb 13,4). Tal verdade a respeito do casamento indica-nos
que ele deve ser respeitado, honrado e valorizado.
II.
A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO
1.
Um plano global.
Como
expressão de sua vontade, o Criador ordenou logo no principio que o homem
deixasse pai e mãe e se unisse à sua mulher, para que ambos fossem “uma carne” (Gn 2,24). É exatamente o
que acontece no ato conjugal, sendo esta a vontade de Deus para todas as
pessoas, cristã ou não: que a humanidade cresça e, através da união legitima
entre um homem e uma mulher, multiplique-se.
2.
Os indicadores da vontade de Deus.
Ao
aconselhar os jovens em relação ao namoro, noivado e casamento, é preciso
orientá-los pra que tomem decisões conscientes. Nesse particular, é preciso
buscar a vontade de Deus, cujos indicadores são:
a)
A paz de Deus no coração.
Um
dos sinais da aprovação divina quanto ao que fazemos, ou pretendemos fazer, é o
sentimento de paz interior, que nos domina os pensamentos e as emoções – “Triunfe em vossos corações a paz de
Cristo, para a qual fostes chamados a fim de formar um único corpo” (Cl
3,15).
b)
O comportamento pessoal.
Se
alguém não honra os pais, como honrará seu cônjuge? Se o noivo não respeita a
noiva, demonstrando um ciúme doentio à ponto de não lhe permitir que converse
até mesmo com pessoas da própria família, isso evidencia claramente que ele
está fora da aprovação divina. Tal relacionamento não dará certo.
c)
Naturalidade.
Procurar
“casas de profetas” para saber se o
casamento é ou não da vontade de Deus é muito perigoso. Quando o relacionamento
é da vontade de Deus, um sente amor pelo outro, sente falta do outro, considera
o outro, demonstra afeto pelo outro. Tudo flui naturalmente. Alem disso, os
pais aprovam o namoro e a igreja o reconhece. Estes indicativos realçam que
deus está de acordo com esta união.
d)
Os princípios de santidade.
Sabemos
que as tentações sobre os namorados e noivos são fortes. Mas não devemos nos
esquecer: a santidade é um requisito básico para a felicidade conjugal. Um
relacionamento que não leva em conta o princípio da castidade já está fora da
orientação divina. Portanto, se o namoro ou noivado é marcado por atos e
práticas que ofendem a Deus, é sinal de que o relacionamento já está fadado ao
fracasso – “18. Fugi da fornicação.
Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca
contra o seu próprio corpo. 19. Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do
Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso
mesmo, já não vos pertenceis? 20. Porque fostes comprados por um grande preço.
Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.” (1Cor 6,18-20). O sexo antes e
fora do casamento é pecado – “Não
cometerás adultério.” (Ex 20,14); “Esta
é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza;” (1Ts
4,3). E a virgindade, tanto do rapaz, quanto da moça, continua a ser muito
importante aos olhos de Deus.
III.
O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO
1. O
dever primordial do casal.
O
marido que não ama a própria esposa não pode dizer que obedece a Palavra de
Deus. Ao contrario, ele peca por desobediência, pois amar é uma ordem divina. A
Bíblia recomenda solenemente: “Maridos,
amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela.”
(Ef 5,25). O amor á esposa, ordenado pelas escrituras, deve ser o mais elevado
possível. É semelhante ao amor de Cristo pela Igreja: “Como Cristo amou a Igreja”. Perceba que o termo “como” é um advérbio de modo. Por
conseguinte, o amor do esposo pela esposa deve ser como o amor de Cristo por
sua Igreja. É um amor sublime e sem igual.
2. O
amor gera união plena.
A
união é o resultado do amor sincero. Logo, o esposo deve estar unido à esposa
de modo a formar uma unidade, ou seja, “dois
constituirão uma só carne (Gn 2,24)” (Ef 5,31). Por isso, o apostolo Paulo
ensina: “O marido cumpra o seu dever
para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o
marido.” (1Cor 7,3). Isto quer dizer igualdade e reciprocidade no
casamento, marido e mulher são iguais nos haveres de um para com o outro. Isso
exige do casal união de pensamentos, de sentimentos e de propósitos.
IV.
A FIDELIDADE CONJUGAL
1. Fator
indispensável à estabilidade no casamento.
Alem
de proporcionar segurança espiritual e emocional, a fidelidade é indispensável ao
bom relacionamento conjugal. Sem fidelidade, o casamento desaba. As estruturas
do matrimonio não foram preparadas para suportar o peso da infidelidade, cujos
efeitos sobre toda a família são devastadores. O adultério é tremendamente
destrutivo tanto para o homem como para a mulher – “15. Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei,
então, os membros de Cristo e os farei membros de uma prostituta? De modo
algum! 16. Ou não sabeis que o que se ajunta a uma prostituta se torna um só
corpo com ela? Está escrito: Os dois serão uma só carne (Gn 2,24). 17. Pelo
contrário, quem se une ao Senhor torna-se com ele um só espírito. 18. Fugi da
fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o
impuro peca contra o seu próprio corpo. 19. Ou não sabeis que o vosso corpo é
templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que,
por isso mesmo, já não vos pertenceis? 20. Porque fostes comprados por um
grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.” (1Cor 6,15-20).
2. Cuidado
com os falsos padrões.
O
amor que se vê nos filmes, novelas e revistas seculares está longe de preencher
os requisitos da Palavra de Deus. É falso e pecaminoso. O verdadeiro padrão do
amor conjugal é o de Cristo para com a Igreja! Através de Malaquias, o Senhor
repreendeu severamente os varões israelitas por sua infidelidade conjugal – “13. Eis ainda outra maldade que cometeis:
inundais de lágrimas, prantos e gemidos o altar do Senhor, porque o Senhor não
dá atenção alguma a vossas ofertas e não se compraz no que lhe apresentais com
vossas mãos. 14. E dizeis: Mas por quê?! É porque o Senhor foi testemunha entre
ti e a esposa de tua juventude. Foste-lhe infiel, sendo ela a tua companheira e
a esposa de tua aliança. 15. Porventura não fez ele um só ser com carne e sopro
de vida? E para que pende este ser único, senão para uma posteridade concedida
por Deus? Tende, pois, cuidado de vós mesmos, e que ninguém seja infiel à
esposa de sua juventude. 16. Quando alguém, por aversão, repudia (a mulher) -
diz o Senhor, Deus de Israel -, cobre de injustiça as suas vestes - diz o
Senhor dos exércitos. Tende, pois, cuidado de vós mesmos e não sejais infiéis!”
(Ml 2,13-16). Biblicamente, o casamento é uma aliança que deve perdurar até a
morte de um dos cônjuges. Não é um “contrato”
com prazo de validade, mas uma união perene, cuja fidelidade é um dos elementos
indispensáveis para que os cônjuges sejam felizes.
V.
CONCLUSÃO.
Nosso desejo é que as igrejas promovam
o crescimento das crianças, adolescentes, jovens e casais na Palavra de Deus.
Enfim, que toda a família seja edificada em Cristo. Dessa maneira,
demonstraremos o valor do casamento bíblico e os perigos das novas “configurações familiares” defendidas e
apoiadas pelos que desprezam e debocham
dos princípios divinos. Portanto, que a Igreja faça soar sua voz profética e
denuncie as iniciativas que buscam destruir o casamento monogâmico,
heterossexual e indissolúvel. Se a família não for sadia a sociedade será
enferma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário