domingo, 31 de julho de 2011

A Multiplicação dos 5 pães e 2 peixes

Mateus 14, 13-21.

Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali numa barca para um lugar deserto, à parte; quando as multidões o souberam, seguiram-no das cidades por terra. Ele, ao desembarcar, viu uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos. À tarde aproximaram-se dele os discípulos, dizendo: Este lugar é deserto e a hora é já passada; despede, pois, as multidões, para que, indo às aldeias, comprem alguma coisa para comer. Mas Jesus lhes disse: Não precisam ir; dai-lhes vós de comer. Replicaram-lhe: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes. Disse-lhes ele: Trazei-nos cá. Tendo mandado à multidão que se assentasse sobre a relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, deu graças e, partindo os pães, entregou-os aos discípulos, e os discípulos entregaram-nos à multidão. Todos comeram e se fartaram; e do que sobejou levantaram doze cestos cheios de pedaços.
Jesus andou fazendo o bem neste mundo. Por isso, por onde Ele passava sempre atraia milhares de pessoas. Homens, mulheres e crianças o seguiam por onde quer que Ele fosse.

Algumas dessas pessoas queriam ouvir tudo o que Jesus tinha para ensinar; outras queriam ser curadas e outras ainda queriam apenas estar no meio da multidão e ver o aconteceria, porque Jesus sempre ensinava coisas novas e maravilhosas demais para qualquer pessoa; também curava qualquer enfermidade. Jesus mostrava o poder de Deus e as pessoas não poderiam deixar de se admirar de tudo o que Ele fazia.

Certa vez, numa de suas viagens Jesus chegou em um lugar e viu que uma grande multidão também estava chegando para ouvi-lo. Ele sabia que já era muito tarde e logo a noite cairia, mas viu também que aquelas pessoas tinham vindo de muito longe para vê-lo. Por isso, não queria que elas fossem embora cansadas e com fome, então mandou que os discípulos alimentassem as pessoas antes de mandá-las de volta para suas casas.

Os discípulos se olharam admirados... Conversaram um pouco e depois Filipe (um dos doze discípulos de Jesus) respondeu a Jesus:

— “Senhor, para cada pessoa poder receber um pouco de pão, nós precisaríamos gastar mais de duzentas moedas de prata!!! Como vamos alimentar toda essa gente?”

Jesus sabia muito bem o que ia fazer, mas queria testar a fé dos seus discípulos. Então perguntou: “o que vocês conseguiram achar de alimentos no meio da multidão?”.

Eles procuraram... Procuraram... Até encontrarem um menino com seu lanchinho de cinco pães e dois peixinhos. Então, André (outro discípulos de Jesus) disse:

—“Senhor, encontramos apenas um menino que tem cinco pães e dois peixinhos. Mas o que é isso para alimentar tanta gente?” Jesus disse:

— Digam a todos que se sentem na grama.

Então os discípulos organizaram pequenos grupos e todos se sentaram na grama. Em seguida Jesus pegou os pães ofertados pelo menino, orou agradecendo a Deus e os repartiu com todas as pessoas; Ele fez a mesma coisa com os peixinhos.
Naquele dia, o pequeno lanche do menino alimentou quase cinco mil pessoas. O que era tão pouco, Jesus fez multiplicar e todos comeram à vontade.

Quando já estavam satisfeitos, Jesus disse aos discípulos:

— Recolham os pedaços que sobraram para que nada se estrague.

Eles ajuntaram os pedaços e encheram doze cestos com o que sobrou dos cinco pães. Jesus fez esse milagre com um simples lanche de um menino sem egoísmo.

O menino jamais tinha visto alguém multiplicar pães e peixes, mas mesmo assim, ofereceu tudo o que tinha para Jesus e viu um grande milagre acontecer através da sua pequena oferta.

sábado, 30 de julho de 2011

MARIA – A MAE DO MEU SENHOR Lc 1,43

INTRODUÇAO

Respeitada, admirada e adorada por muitos em todo o mundo, Maria continua sendo assunto repleto de controvérsias em muitos lugares. Entretanto o propósito aqui não é causar discussões, e, sim, a partir da autoridade bíblica, responder duas simples perguntas: quem foi Maria e qual o seu papel no plano eterno de Deus?

Minha informação sobre Maria se encontra quase inteiramente nos evangelhos de Mateus e Lucas. Em Mateus 1,18-25, o anjo aparece a José; enquanto, em Lucas 1,26-38, o anjo aparece a Maria. Em Lucas 2,5, está escrito que, quando José se casou com Maria, ela estava grávida de Jesus, ou seja, estava gestando o Cristo de Deus.

  1. O QUE A BIBLIA TODA DIZ SOBRE MARIA.

Antes de tudo, você precisa saber que todas as referencias que o Novo Testamento faz a Maria estão a Seguir. Pode 100% seguro. Não há nenhuma menção que a Bíblia faça sobre Maria que não esteja aqui citada. É um simples esboço para lhe oferecer segurança total sobre o assunto.

Os cinco tópicos são os nomes pelos quais nossa personagem é citada nas paginas do Novo testamento.

a)      Maria – Mt 1,16; 1,18; 1,20; 2.11; 13,55; Mc 6,3; Lc 1,27; 1,30; 1,34; 1,38; 1,39; 1,41; 1,56; 2,5; 2,16; 2,19; 2,34; At 1,14.
b)     Mãe de Jesus - Jo 2,1; 2,3; 19,25; At 1,14.
c)      Mãe do Senhor* – Lc 1,43.
d)     Sua Mãe – (alguns mencionam também o nome “Maria”); Mt 1,18; 2,11; 2,13, 2,14; 2,20; 2,21; 12,46; 13,55; Mc 3,31; Lc 2,48; 2,51; 8.19; 11;27-28; Jo 2,12; 19,26.
e)     Mulher – Jo 2,4; 19,26.

*A palavra Senhor aqui significa Deus. Isabel cheia do Espírito Santo diz: “E donde me provém isto, que venha visitar-me a [mãe do meu Senhor]?” Lc 1,43. Mudando a palavra Senhor para Deus lemos: “E donde me provém isto, que venha visitar-me a [mãe do meu Deus]?” Lc 1,43. Aqui nos deixa bem claro que Isabel estava cheia do Espírito Santo e o próprio Espírito Santo falou através de Isabel que Maria é a mãe do Deus filho aqui na terra.

  1. O MAGNIFICAT – Lc 1,46-56

O nome se deve ao fato de que na Vulgata (versão latina da Bíblia) esse poema começa pela palavra magnificat. A frase completa é magnificat anima mea Domiminum – “minha alma magnífica ao Senhor”.

As palavras deste cântico revelam a pequenez humana em face da intervenção divina. Ao declarar que Deus é o Salvador dela (Lc 1,47), Maria está reconhecendo que é uma serva como outra pessoa. O esboço proposto a seguir nos ajuda a ter uma idéia geral do conteúdo do poema de adoração.
a)      Alegria e gratidão ao Senhor (Lc 1,46-49);
b)      A misericórdia e a soberania do Senhor (Lc 1,50-51);
c)      O amor especial do Senhor pelos humildes no mundo (Lc 1,52-53);
d)      A aliança e a misericórdia do Senhor para com Israel (Lc 54-55).

  1. FATOS REVELADORES.

a)      Jô 2,3-4 – “E, tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm vinho. Respondeu-lhes Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.” Temos dois fatos importantes nesse texto bíblico.
·         Jesus não chama Maria de “mãe”, mas sim de “mulher” (no grego gyne, de ginecologia);
·         “O que tenho eu contigo?”. Esse não é um tratamento áspero. Parece que Jesus reclama a Sua emancipação do lar (cf. Lc 3,23), pois agora, ele “não tem onde reclinar a cabeça” (lc 9,58); e a sua comida “consiste em fazer a vontade daquele que me enviou” (Lc 4,34). Leia o comentário de uma autoridade em exegese do Novo Testamento.

“Quando o Senhor disse “mulher”, não se expressou rudemente. Pelo contrario, foi um ato de carinho de sua parte ao usar esta palavra para fazer Maria ver que já não devia continuar pensando Nele como se fora unicamente seu filho; pois quanto mais o tivesse como filho, mais sofreria quando Ele sofresse. Maria deveria se empenhar a olhar para Jesus como seu Senhor, e não como seu filho” (El Evangelio Según San Juan, pg. 123).

b)     Jo 19,25-27 – O mesmo acontece em Jo 19,25-27, em que novamente Jesus chama de Maria de “mulher” e não de mãe.

c)      At 1,12-14 – Finalmente temos em At 1,12-14 a ultima referencia à Maria no Novo Testamento. Ela estava entre os discípulos, aguardando o derramamento do Espírito Santo.

  1. MARIA E A IGREJA

a)      Maria era uma pobre e humilde mulher que vivia em Nazaré da Galileia, noiva de um carpinteiro. (Mt 1,18).
b)      Maria, como ser humano e mãe, é uma testemunha da verdadeira humanidade de Jesus, mas também da verdadeira divindade de Jesus (Filho do Homem – Filho de Deus- Lc 1,35).
c)      Maria deve ser reconhecida como bem-aventurada de Deus (Lc 1,,48) e um exemplo de obediência e fé a serem seguidos (Lc 1,38).
d)      Maria foi uma vida que Deus usou para cumprir a Sua promessa de enviar o Salvador do mundo (Lc 1,30-31)
e)      Maria foi uma mulher que creu nas palavras do Senhor Jesus Cristo (Lc 2,19.51; At 1,4.14)
f)        Maria é um exemplo de mulher humilde – e de mulher exaltada (Lc 1,48).
g)      Maria á mãe de Deus (Lc 1,43).
h)      Maria mãe da Igreja (Jo 19,27).
i)        Foi prevista no Antigo testamento (Gn 3,15)
j)        Maria é mediadora ou intercessora (Jo 2, 1-11).
k)      Maria permaneceu Virgem (A Bíblia não fala filhos de Maria e sim irmãos* de Jesus).
l)        Maria foi elevada ao céu (Ap 12,1-2).
m)   Impecabilidade de Maria,

*A palavra irmão pode ser:
·         Filhos do mesmo pai com a mesma mulher,
·         Filhos do mesmo pai com mulheres diferentes (vice-versa).

A Bíblia esta cheia desses exemplos: Abraão teve filhos com três mulheres; Jacó também teve vários filhos com mulheres diferentes, etc.

A Bíblia fala muito pouco de José. Fica difícil afirmar qual era a idade certa de José quando se casou com Maria, qual era a idade dele quando morreu. Biblicamente falando não podemos afirmar nada sobre ele.

Conforme a tradição José casou, já velho e viúvo, com Maria. Ele tinha seis filhos - Quatro homens e duas mulheres (Tiago, José, Judas e Simão - Mc 6,3).

CONCLUSÃO

Se você tiver interessado em estudar mais sobre este assunto, recomendo o livro O Papado e o Dogma de Maria, Hernandes Dias Lopes, São Paulo – Editora Hagnos – http://www.hagnos.com.br/.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

É BOM SENTIR CIÚMES?

A questão é extremamente polêmica, pois é muito difícil precisarmos até que ponto sentir ciúmes é benéfico ou maléfico ao relacionamento de um casal. Uns atribuem ao ciúme um sentimento de zelo necessário para a manutenção do casamento imaculado (sem pecado). Outros já vêem o ciúme como sentimento doentio, extremamente possessivo e destrutivo. Afinal, sentir ciúme é bom para o casamento ou não? Devemos deixar nosso cônjuge fazer o que quiser, falar e sair com quem quiser? Ou devemos controlar cada passo seu, vigiando seus movimentos, suas conversas, seus olhares?... Uma vez que vivemos em uma sociedade corrompida quanto aos valores morais, na qual não mais se respeita o fato de alguém ser casado, tampouco se tem temor de Deus, é normal que tenhamos um sentimento de zelo por nosso cônjuge. Porém, certamente esse sentimento de ciúme, ou zelo, precisa ser medido e equilibrado com um relativo sentimento de confiança. Dizemos “relativo” porque quem é totalmente confiável? Sem duvida, a carne humana é corrompida e não confiável – “Porque os verdadeiros circuncisos somos nós, que prestamos culto a Deus pelo Espírito de Deus, e pomos nossa glória em Jesus Cristo, e não confiamos na carne.” – Fl 3,3; “Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem, porque o querer o bem está em mim, mas não sou capaz de efetuá-lo.” – Rm 7,18 – Tenha você vinte, quarenta ou mesmo setenta anos de idade, seja culto, ou ignorante, a carne que possui ainda é uma carne de pecado. Mas se um casal ama Cristo e busca viver em Sua presença, se os dois oram juntos, participam de pastorais para ouvir a Palavra de Deus, e por outro lado, possuem um relacionamento aberto, conversam sobre tudo, há carinho e qualidade, por que ainda alimentar a desconfiança?

O grande problema é para onde estamos direcionados nossos sentimentos – para carne ou para o espírito? “Ora, a aspiração da carne é a morte, enquanto a aspiração do espírito é a vida e a paz.” – Rm 8,6 – Se nosso cônjuge é alguém que deixa controlar pelos desejos carnais, nossa desconfiança jamais poderá ajudar-nos a controlá-lo, restringi-lo ou mesmo impedi-lo de fazer o que pensa. Tudo que precisamos fazer é primeiramente ser alguém que vive no espírito, em comunhão com Deus. A experiência mostra que o ciúme exagerado só desgasta o relacionamento. Além disso, a Palavra de Deus mostra que se prostituição é obra da carne, ciúme também é – “Ora, as obras da carne são estas: fornicação (prostituição), impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus!” Gl 5,19-21 – Se ao invés de confiar em si mesmo para controlar seu cônjuge, você confiar em Deus e buscá-lo de todo o coração, fique tranqüilo (a) – Deus é um Deus zeloso pelo seu povo. Não iria Ele Zelar por seu cônjuge? Portanto, não faça do ciúme o problema de seu casamento, mas entregue seu cônjuge a Deus – “Ou imaginais que em vão diz a Escritura: Sois amados até o ciúme pelo espírito que habita em vós?” – Tg 4,5.

ARAUTOS DE JESUS - 08 – ANUNCIADO PELO PROFETA ISAIAS – Is 9,1-7

Entre todos, talvez seja o profeta Isaias o que mais anunciou o Senhor Jesus. Na verdade o Novo Testamento diz que Isaias viu a Gloria de Jesus – “Assim se exprimiu Isaías, quando teve a visão de sua glória e dele falou.” Jô 12,41 – Deveremos identificar o momento em que o profeta viu a gloria do Senhor com a ocasião de seu chamamento, quando viu “o Senhor sentado num trono muito elevado; as franjas de seu manto enchiam o templo. – Is 6,1 – Isaias profetizou a vinda de Jesus falando praticamente tudo sobre ele, como, por exemplo, sua pregação, sua obra, sua rejeição, sua eternidade, etc. Aqui veremos uma profecia em particular – a do capitulo 09 de Isaias, que fala do nascimento de Jesus.

  1. A NOITE CHEGARÁ O FIM.

O primeiro anúncio de Isaias foi de que a noite do povo chegaria ao fim – “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz.” Is 9,1ª – Uma das principais características dos profetas era trazer mensagem de esperança. Nesse trecho, Isaias se refere especialmente a uma região desprezada pelo povo de Israel, que era a Galiléia. Esta sempre foi habitado por estrangeiros e, por isso, os israelitas a desprezavam. Deus, entretanto, não a deixará abandonada para sempre. Nem as trevas a continuariam obscurecendo.

Naquele tempo Israel estava sendo terrivelmente ameaçado pela Síria, e logo a Assíria projetaria sua sombra sobre a nação. Na invasão dos assírios, a região de Galiléia seria a primeira a cair. A afirmar que restauraria a Galiléia. Deus incluía toda a nação naquele momento, oprimindo pelo inimigo, o povo literalmente “andava em trevas”, mas, com a libertação que viria do Senhor, veria “grande luz”“O povo que andava em trevas viu uma grande luz; e sobre os que habitavam na terra de profunda escuridão resplandeceu a luz.” – is 9,2 – Em vez de tristezas, o povo teria alegria, pois qualquer vestígio de batalhas desapareceria – Is 9,3-5 – O lugar mais tenebroso seria o primeiro a ver a luz.

Apesar de haver um cumprimento literal dessa profecia com a restauração do exilo da Babilônia e a reconstrução da nação, incluindo Galiléia, que geograficamente foi a  primeira a ser habitada com a volta do exílio, certamente o momento de maior iluminação que aquele povo já viu se deu bem mais tarde, quando um jovem com não mais que 30 anos andou por aquela região pregando a palavra de Deus e realizando sinais mais maravilhosos jamais vistos. Seus nomes era Jesus de Nazaré.

Embora Jesus tenha nascido em Belém, passou a maior parte de sua vida e os primeiros anos de seu ministério justamente da Galiléia, a ponto de se discriminado pelos judeus, que não aceitavam um galileu pudesse se profeta. Jesus honrou aquela região com sua presença. O povo de lá foi o primeiro a  ver a luz. Assim, a profecia de Isaias se cumpriu totalmente, conforme o Novo Testamento testifica, quando Jesus se mudou de Nazaré para Cafarnaum, na Galiléia – “Deixando a cidade de Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, à margem do lago, nos confins de Zabulon e Neftali, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías.” Mt 4,13-14 – Foi a partir daí que Jesus começou a pregar e dizer – “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” Mt 4,17.

  1. A ESPERA PELO MESSIAS.

Em todo momentos difíceis pelos quais o povo de Israel passou a idéia de um libertador que viria começou a ser disseminada. Ele seria o “Messias”, literalmente, o “ungido”, que teria a missão especifica de libertar o povo. Dá própria Bíblia, o povo extraia essa nação lendo, por exemplo, sobre o descendente da mulher – “Maria – Lc 1,31-33 prometido ainda no jardim do Éden – “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Gn 3,15 – sobre a promessa de que Deus levantaria um profeta igual a Moisés – “O Senhor, teu Deus, te suscitará dentre os teus irmãos um profeta como eu: é a ele que devereis ouvir.” Dt 18,15 – bem como sobre o descendente de Davi que assentaria para sempre no seu trono – “Quando chegar o fim de teus dias e repousares com os teus pais, então suscitarei depois de ti a tua posteridade, aquele que sairá de tuas entranhas, e firmarei o seu reino. Ele me construirá um templo, e firmarei para sempre o seu trono real.” 2Sm 7,12-13.

Sempre que o povo se encontrava numa situação desesperadora, voltava os olhos para o Messias esperando a manifestação dele.aquela não era um espera injustificada porque, de fato, o Messias viria, Isaias, com olhar profético o viu como já nascido, e afirmou – “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu.” Is 6,9ª. Esse menino seria a concretização de todos os sonhos de Israel. O nascimento dele seria a verdadeira luz que iluminaria a todos os que jaziam nas sombras da morte. Jesus se identificou com o Messias que o Novo Testamento, é chamado o Cristo. Quando André, irmão de Pedro, encontrou-se com Jesus foi dizer a seu irmão – “Achamos o Messias (que quer dizer Cristo) e o levou a Jesus.” Jô 1,41-42 – Pena que o povo judeu, esperando um rei terreno, nunca viu em Jesus as características do Messias profetizado por Isaias, que vão muito além das que um rei terreno pode ter.

  1. OS TITULOS DO MESSIAS.

O menino visto por Isaias teria qualidades que dificilmente poderiam a ser atribuído a um homem comum. O profeta disse que o nome dele seria – “e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz.” Is 9,6b – O primeiro título “Maravilhoso e Conselheiro” – aponta para a realidade supra-humana do Messias. Ele seria extremamente além do comum, por isso a designação maravilhosa pode ser trazida como sobrenatural. Como Conselheiro, o Messias teria a sabedoria plena. Uma vez ungido pelo Espírito Santo, teria em si toda a sabedoria necessária para salvar seu povo.

O segundo titulo, “Deus Forte” – demonstra o elemento divino do Messias. Ele não seria apenas um homem; teria à própria natureza divina. Isaias já havia profetizado que o Messias seria o “Emanuel”, que literalmente significa “Deus Conosco”. Agora ele vai além atribuindo ao Messias o titulo que é dado ao próprio Deus – Deus Forte, isto pode ser visto em Is 10, no qual o profeta fala sobre a conversão do povo – “Naquele tempo, o restante de Israel e os remanescentes da casa de Jacó deixarão de apoiar-se naquele que os fere, mas apoiar-se-ão com confiança no Senhor, o Santo de Israel. Um resto voltará um resto de Jacó, para o Deus forte.” Is 10,20-21 – não há como negar. Isaias entendia que o Messias de alguma forma seria homem, e, ao mesmo tempo, o Próprio Deus.

O terceiro título conferido ao Messias por Isaias é “Pai da Eternidade”. Não devemos entender esse título como Pai da Eternidade e sim como Pai Eterno. Ele seria para o povo o Pai eternamente disponível, eternamente amoroso, eternamente cuidadoso, ou seja, alguém que cuidará de seus filhos para sempre.

O quarto título, “Príncipe da Paz” – Deus já havia se revelado a Gerdeão como o Senhor da paz, aquele que põe fim às guerras, aquele que garante a paz. O Messias seria o Príncipe da Paz, pois não só acabaria com a guerra, mas teria prosperidade após a batalha.

Assim vemos que o Messias teria todas as qualidades para salvar e cuidar de seu povo. Seria um sobrenatural conselheiro capaz de ajudar seu povo e, ao mesmo tempo, o Deus Forte que garantiria a vitória, sendo uma fonte de segurança eterna e estabelecendo uma paz perene.

Nem é preciso dizer que somente Jesus cumpre perfeitamente essa profecia. Ele é o verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Somente Ele tem a sabedoria eterna; somente Ele é Deus poderoso; somente Ele é nosso Pai Eterno; somente Ele nos garante a paz. Não há duvidas – Isaias anunciou Jesus.

  1. O REINADO DO MESSIAS.

Isaias não predisse somente os títulos do Messias, como também o reinado dele. Ainda em is 9,6b o profeta disse – “... e o governo estará sobre os seus ombros;” – Complementou – “Seu império será grande e a paz sem fim sobre o trono de Davi e em seu reino. Ele o firmará e o manterá pelo direito e pela justiça, desde agora e para sempre. Eis o que fará o zelo do Senhor dos exércitos.” Is 9,7 – O governo que ele teria sobre si aumentaria progressivamente até ocupar toda a terra. A conseqüência desse governo seria o estabelecimento da paz, uma paz que também cresceria até atingir todos os limites imagináveis. Ele reinaria assentado sobre o trono de Davi, que simboliza o trono de Deus. Vencidos todos os inimigos, o trono de Davi repousaria sobre paz sem fim. O reino estabelecido e firmado mediante o juízo e a justiça para sempre. Isso parecia bom demais para ser verdade, por isso o profeta acrescentou que o zelo do Senhor dos Exércitos seria responsável por sua realização, ou seja, aconteceria porque o Senhor dos Exércitos tomaria as providencias necessárias.

Podemos ver no Novo Testamento que somente Jesus poderia cumprir essa profecia. O anjo Gabriel, quando se apresentou a Maria – “a mulher em Gn 3,15” – para lhe anunciar o nascimento de Jesus, disse-lhe – “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.” Lc 1,31-33 – Os cristãos podem esperar de Cristo toda a sabedoria, toda a vitória, toda a eternidade, toda a paz prometida pelo Messias. Muito disso está disponível para esta vida, mas o cumprimento pleno será no dia da segunda vinda de Jesus.

  1. CONCLUSAO.

Isaias viu e anunciou Jesus – O Messias - Disse que Jesus se manifestaria na Galiléia, teria qualidades divinas e um reino eterno. Somente Jesus em si as qualidades que Isaias atribuiu ao Messias. Apesar de o povo de Israel não ter aceitado Jesus, todas essas qualidades sempre estiveram bem diante dos seus olhos.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

ARAUTOS DE JESUS - 07 – ANUNCIADO NO TEMPLO: DEUS CONOSCO – 1Rs 6,1-22; 2Cr 6,1-7,3

Davi não pôde construir o templo, mas juntou muito material importante para a construção dele. Salomão, seu filho, coube a imensa e honrosa tarefa de construir o templo da nação. É quase impossível definir o significado e a importância que o tempo tinha para o israelita. Deus o havia tirado da terra do Egito fazia cerca de 480 anos, e somente agora Israel se concentrava como uma nação estabelecida na terra da promessa. Não somente pelo significado religioso, mas pela própria importância, o templo de Salomão foi uma das mais importantes construções do mundo antigo. Foi a demonstração definitiva que Israel era o povo de Deus.

  1. A ESTRUTURA DO TEMPLO.

Cumprindo a promessa feita a Davi, Deus possibilitou que Salomão s assentasse no trono e empreendesse a construção do templo. Salomão levou sete anos para concluir a obra – “e no ano undécimo, no mês de Bul, que é o oitavo mês, foi o templo acabado em todas as suas partes e em todos os seus pormenores. O templo foi construído em sete anos.” – 1 Rs 6,38, que foi o maior empreendimento da historia de Israel. Era a confirmação do povo como uma grande nação estabelecida definitivamente na terra de Canaã, desde que saíra do Egito. O templo todo era incrivelmente esplendoroso e de uma riqueza impressionante, mas são alguns detalhes dessa construção magnífica nos interessa estudar. O templo era uma espécie de cópia do tabernáculo que já estava com Israel desde os tempos de Moisés, mas com dimensões muito superiores. Basicamente, ele possuía três comprimentos, sendo um átrio para o povo, um átrio para os sacerdotes e o lugar santíssimo. O lugar santíssimo era a parte mais interior da construção e também era chamado de “Santo dos Santos”. Era uma espécie de cubo perfeito medindo 9,15m de todos os lados – “O santuário tinha por dentro vinte côvados de comprimento, vinte de largura e vinte de altura. Salomão revestiu-o de ouro fino, e cobriu o altar de cedro.” – 1 Rs 6,20. O povo não poderia entrar no átrio dos sacerdotes, e nos “Santos dos Santos” somente o sumo sacerdote poderia entrar uma vez por ano no dia da expiação. Entre o Santo dos santos e o átrio dos sacerdotes ficava uma espessa cortina que impedia a visão do que havia dentro. Na área do átrio dos sacerdotes havia alguns objetos usados no culto, como o altar do holocausto e abacia de bronze usado para purificação. No interior do Santo dos Santos localizava a arca da aliança, que representava a presença de Deus -  “Ali virei ter contigo, e é de cima da tampa, do meio dos querubins que estão sobre a arca da aliança, que te darei todas as minhas ordens para os israelitas.” – Ex 25,22. Duas estatuas de querubins, cujas asas se tocavam, cobriam a arca numa atitude de proteção - “Salomão pô-los no fundo do templo, no santuário. Tinham as asas estendidas, de sorte que uma asa do primeiro tocava uma das paredes e uma asa do segundo tocava a outra parede, enquanto as outras duas asas se encontravam no meio do santuário.” 1 Rs 6,27. Dentro da arca estavam duas tabuas da lei dada por Deus a Moisés no monte Sinai – “O Senhor disse a Moisés: “Sobe para mim no monte. Ficarás ali para que eu te dê as tábuas de pedra, a lei e as ordenações que escrevi para sua instrução. ”” Ex 24,12, a vara de Arão que se floriu representando o Espírito Santo que desceu em Pentecostes após a morte de Jesus – At 2, e o maná – o pão que Deus mandou do céu para sustentar o povo de Israel durante 40 anos representando Jesus – “Este é o pão que desceu do céu. Não como o maná que vossos pais comeram e morreram. Quem come deste pão viverá eternamente.” Jô 6,58 – podemos confirmar em Hb 9,4 estes objetos – “Aí estava o altar de ouro para os perfumes, e a Arca da Aliança coberta de ouro por todos os lados; dentro dela, a urna de ouro contendo o maná, a vara de Aarão que floresceu e as tábuas da aliança;” Hb 9,4 –  O elemento mais abundante no templo era o ouro. O Santo dos Santos e todo interior da casa eram cobertos de ouro puro – “A casa ficou assim inteiramente coberta de ouro, como também toda a superfície do altar que estava diante do santuário.” 1 Rs 6,22 – Toda essa riqueza e esplendor nos falam do templo como uma espécie de cópia do templo celestial. Na verdade o tabernáculo havia sido construído de acordo com as ordens dadas pelo próprio Deus – “Construireis o tabernáculo e todo o seu mobiliário exatamente segundo o modelo que vou mostrar-vos”. Ex 25,9 – O templo havia seguido as estruturas do tabernáculo.

  1. A FINALIDADE DO TEMPLO.

O templo possui uma simbologia impressionante. Algumas coisas se destacam quando estudamos sua estrutura. Primeiramente, devemos pensar na santidade de Deus. A arca da aliança contendo as tabuas da lei, a vara de Arão e o maná – (Hb 9,4) – ficava num lugar inacessível para o povo. O fato de que somente o sumo sacerdote, e apenas uma vez por ano tinha acesso a esse lugar nos fala fortemente a respeito de santidade de Deus. O Antigo Testamento como um todo é enfático ao assegurar-la. Por outro lado, vemos que o fato de Deus estar separado mostra a condição decaída do homem, que não tem direito de estar na presença dele. É justamente essa questão do pecado que se destaca em segundo lugar na estrutura do templo.

Podemos dizer que o templo como um todo foi construído exatamente para solucionar o problema do pecado, uma vez que Deus é Santo, não há como o pecado se aproximar dele, a menos que algo seja feito para minimizar os efeitos do pecado. O altar do holocausto tinha primeiramente essa intenção, pois era um local onde os sacerdotes ofereciam sacrifícios de animais a Deus. O objetivo desses sacrifícios era fazer expiação pelos pecados do povo. Judicialmente falando, era como se o animal sacrificado estivesse pagando pelos pecados do ofertante. A bacia de bronze era usada para lavar os pedaços dos animais sacrificados, e também havia local para os próprios sacerdotes se purificarem. Tudo no templo girava em torno do sacrifício a Deus. No dia da Expiação, o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos levando sangue de um animal. Era a única ocasião em que o homem ficava na presença de Deus, e precisava estar munido de sangue, demonstrando o pagamento pelo pecado do povo, reconhecendo também seu próprio pecado e confiando na misericórdia de Deus, via no sangue do animal um substituto do próprio homem.

Podemos, sem sombra de duvidas, afirmar que o templo, nessa função de demonstrar a santidade de Deus e a expiação do pecado do povo, simbolizava o próprio Senhor Jesus. Não é por acaso que Jesus que se identificou com o templo. A Bíblia diz que Jesus chamou seu próprio corpo de templo, afirmando que seria destruído e reconstruído em três dias, referindo-se à sua ressurreição – “Respondeu-lhes Jesus: Destruí vós este templo, e eu o reerguerei em três dias.” Jô 2,19 – Jesus veio para cumprir de forma definitiva aquilo que o templo realizava de forma continua. O templo proporcionava ao povo uma forma de ter os pecados perdoados, e Jesus veio para fazer isto de uma vez por todas. A morte na cruz foi uma espécie de sacrifício expiatório. Cristo fez a vez do cordeiro que era sacrificado com o substituto dos pecados. A Bíblia diz que Jesus carregou o nosso pecado na cruz – “Carregou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro para que, mortos aos nossos pecados, vivamos para a justiça. Por fim, por suas chagas fomos curados (Is 53,5).” 1Pd 2,24 – Ele realizou de forma definitiva aquilo que o templo realizava diariamente; expiação. A morte de Jesus torna desnecessária a continuação do templo. Na verdade, o templo era um protótipo de Cristo. Ele foi necessário até a vinda de Jesus e, nesse sentido, foi um dos maiores anúncios do Messias que podem ser vistos no Antigo Testamento.

Hoje, espiritualmente, todos os cristãos têm acesso ao Santo dos Santos, ou seja, à presença de Deus. A Bíblia declara – “Por esse motivo, irmãos, temos ampla confiança de poder entrar no santuário eterno, em virtude do sangue de Jesus, pelo caminho novo e vivo que nos abriu através do véu, isto é, o caminho de seu próprio corpo.” Hb 10,19-20 – Jesus, com sua morte, rasgou o véu do santuário – “O véu do templo rasgou-se então de alto a baixo em duas partes.” Mc 15,38 – abrindo-nos um caminho para o trono de Deus. Não há mais a necessidade de um sumo sacerdote terreno, todos nós somos sacerdotes e podemos nos apresentar diante de Deus porque a marca do sangue de Jesus está sobre nós. O autor das cartas aos Hebreus nos incentiva – “Aproximemo-nos, pois, confiadamente do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e achar a graça de um auxílio oportuno.” Hb 4,16.

  1. A PRESENÇA DE DEUS NO TEMPLO.

Quando concluiu a construção, Salomão realizou uma grande festa para dedicar o templo ao Senhor. Naquele momento, o rei dirigiu uma oração ao Senhor agradecendo todas as promessas cumpridas que haviam sido feitas e todo povo e, especialmente, pedindo a presença do Senhor ao templo. Salomão sabia que o templo não podia ser lugar da habitação do Senhor, pois ele habita nos céus, porem suplicou que os olhos e ouvidos do Senhor estivessem atentos a tudo que fosse realizado naquela casa – “Por conseguinte, doravante, ó meu Deus, que vossos olhos estejam abertos e vossos ouvidos atentos a (toda) prece feita neste lugar!” – 2Cr 6,40.

Salomão orou – “Que de dia e de noite vossos olhos estejam abertos para esta casa, para este lugar em que prometestes fazer a residência de vosso nome. Escutai o pedido que vosso servo vos apresenta.” 2Cr 6,20 – Entre as varias coisas que Salomão pediu a Deus estavam a necessidade de fazer justiça entre o justo e o perverso – “Se um homem pecar contra seu próximo, e lhe for exigido juramento, se ele vier jurar diante de vosso altar, neste templo, escutai-o do alto dos céus, agi e julgai vossos servos de modo a condenar o culpado, fazendo recair sobre ele o peso de sua falta, e de modo a justificar o inocente tratando-o de acordo com sua inocência.” 2Cr 6,22-23 – o perdão pelos pecados confessados – “Quando vosso povo de Israel, por ter pecado contra vós, for subjugado pelo inimigo, se ele retornar a vós, render glória ao vosso nome, entrar neste templo para dirigir-vos preces e súplicas, escutai-o do alto dos céus, e perdoai o pecado de vosso povo de Israel, reconduzindo-o à terra que lhe destes a ele e a seus pais.” 2Cr 6,24-25, o fim da seca, da fome, das pragas e doenças – “Quando a terra for assolada pela fome, peste, ferrugem, mangra, gafanhoto, pulgão, quando os inimigos cercarem as cidades da terra de Israel, ou se houver uma calamidade ou uma epidemia qualquer, e um homem, ou todo o povo de Israel, vos dirigir uma prece suplicante, e cada qual, reconhecendo sua chaga dolorosa, estender as mãos para este templo,” 2Cr 6,28-29 – a consideração da oração do estrangeiro – “Quando o estrangeiro, o que não é do vosso povo de Israel, vier de uma terra longínqua, atraído pela fama de vosso nome e do poder de vosso braço, para rezar neste templo, escutai-o do alto dos céus, lá donde habitais, e concedei a esse estrangeiro tudo o que vos pedir. Todos os povos da terra conhecerão assim vosso nome e vos temerão como vosso povo de Israel, cientes de que vosso nome é invocado sob este templo que vos construí. 2Cr 6,32-33 – a vitória do povo na guerra – “Quando vosso povo fizer guerra contra seus inimigos em qualquer direção à qual vós o enviardes, e eles vos invocarem, voltando-se para esta cidade de vossa escolha e para este templo que construí à glória de vosso nome, escutai do alto dos céus suas preces suplicantes e fazei-lhes justiça.” 2Cr 6,34-35 – e a restauração de cativeiros – “se eles retornarem a vós de todo o seu coração e de toda a sua alma, na terra do exílio ou onde estiverem deportados, e vos dirigirem sua oração, voltando-se para a pátria que destes a seus pais, para a cidade de vossa predileção e para este templo que construí à glória de vosso nome, escutai do alto dos céus, lá onde habitais, suas preces súplices, fazei-lhes justiça e perdoai a vosso povo os pecados cometidos contra vós.” 2Cr 6,38-39.

Ao final daquela oração “desceu fogo do céu e consumiu o holocausto com os sacrifícios; e a glória do Senhor encheu o templo.” – 2Cr 7,1. Essa foi a maneira como Deus respondeu à oração de Salomão, demonstrando que havia aceitado a consagração do templo. O fogo enviado do céu que consumiu o holocausto e os sacrifícios demonstrava que Deus havia consentido com o propósito do templo de providenciar expiação. Deus estava dando uma demonstração visível de que o fogo consumidor da justiça não seria derramado sobre os homens, mas sobre os animais sacrificados. Ao fazer isso, autorizava oficialmente o funcionamento do templo. Alem do fogo, a própria gloria do Senhor encheu o templo. Com essa demonstração, Deus estava dizendo ao povo que desejava habitar entre os homens, e isso agora era possível justamente porque o sacrifício fazia expiação dos pecados retirando todo o empecilho para que Deus estivesse no meio do povo. Naquele momento, o Senhor se revelou como o “Deus Conosco”.
Em Jô 1,14 – “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade. – a palavra “habitou” pode ser entendida como “estabeleceu seu tabernáculo” Jesus e “Deus Conosco”, e no templo ele foi previamente anunciado. O que o templo representava para Israel, o nome de Jesus significava hoje para os cristãos. O povo deveria orar no templo ou voltado para o templo, e Jesus nos ensinou a orar no nome dele – “Naquele dia pedireis em meu nome, e já não digo que rogarei ao Pai por vós.” Jô 16,26. Cristo reúne em sua pessoa todas as benditas características do templo.

  1. CONCLUSSAO.

Percebemos que Jesus foi amplamente prefigurado no templo da nação de Israel. Jesus cumpriu aquilo que o templo não conseguia – a expiação definitiva. Embora alguns achem que o templo ainda será reconstruído e que novamente  se oferecerão sacrifícios  nele, não devemos pensar que Deus deseja e aceita isso. Todo sacrifício já cessou porque Jesus ofereceu um sacrifício no qual os pecados foram perdoados definitivamente. Ele é a salvação completa de todo o que crê.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

VIVENDO EM CRISTO - LIÇÃO 13 – O CRISTÃO PRODUTIVO

“Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai à direção do sul pelo caminho que desce de Jerusalém a Gaza, o qual está deserto... mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e Filipe o batizou.” – Ef 8,26-38.

INTRODUÇAO:

O que Jesus mais espera do cristão é que ele seja produtivo, pois produção é sinônimo de crescimento e fortalecimento do reino de Deus. Muitos cristãos almejam isso, mas poucos são aqueles que alcançam uma produtividade tal que os faça felizes.

É a minoria dentro da Igreja que sabe o que representa dar um fruto, ou seja, um outro cristão que foi trazido por ele (a). Alguém que canta, ora, vive a fé e expressa a gratidão a Deus, agradecendo também ao tal cristão (ã) pela palavra pregada, ensinada e vivida, que foi enxertada em sua mente e no seu coração. Por outro lado, um drogado leva muitos a se drogarem, um alcoólatra leva muitas pessoas a se embebedarem, um mulherengo leva muitos a se perderem, mas são poucos cristãos que levam outra pessoas até Jesus. O que falta e o que é preciso para dar frutos?

  1. OBEDIÊNCIA A DEUS:

    • Todo cristão é responsável por viver uma vida que glorifique a Deus e por ser um verdadeiro embaixador em nome do Senhor.
    • Muitos perguntam o que fazer, e por onde começar. Talvez a melhor resposta esteja no texto lido, à vida de Filipe.
    • Filipe era obediente à voz de Deus. A ordem vinda era para que ele se levantasse e saísse para a banda do sul – “Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai à direção do sul pelo caminho que desce de Jerusalém a Gaza, o qual está deserto.” – At 8, 26, onde havia uma região deserta que ficava entre Jerusalém e Gaza. Ele não subestimou tal ordem. Não viu dificuldade, mas foi e obedeceu a voz do Espírito Santo de Deus.
    • Quantas vezes tem tentado nos usar de uma forma maravilhosa para a salvação das pessoas, mas esbarra em nosso corre-corre diário em coisas humanas, em sistemas inadequados e, principalmente, nos obstáculos financeiros!
    • Muitos gostariam de obedecer a Deus, mas poucos têm obedecido. Um cristão produtivo não olha as dificuldades, apenas obedece, vai e faz a obra que Deus determinou.

  1. CONFIAR MAIS EM DEUS:

    • A voz do Senhor foi para Filipe disse: “Chega-te e ajunta-te a esse carro.” – At 8,29, e ele fez segundo a voz de Deus.
    • Confiar é tão importante quanto à obediência, Filipe sabia que Deus ia fazer dele um vaso de bênçãos para a salvação daquele eunuco (castrados ver Mt 19,12) da rainha de Candace, rainha dos Etíopes.
    • Muitas vezes queremos ir, fazer, realizar, mas não confiamos totalmente em Deus, achamos que o Espírito Santo de Deus não vai nos dar o suporte necessário para tal realização.
    • Isso é falta de confiança em Deus. E muitos nunca produzem nada, nada fazem para Deus. Assim entregam o mundo para os vícios e paixões carnais.
    • Como é maravilhoso confiar em Deus e sentir que Ele pode nos usar de uma forma fantástica para a salvação das pessoas!

  1. GASTAR TEMPO COM A PALAVRA DE DEUS:

    • Filipe viu que o etíope lia as escrituras, viu que lia o livro do profeta Isaias e perguntou: “Entendes, porventura, o que estás lendo?” – At 8,30.
    • A resposta daquele eunuco é a resposta de todas as pessoas em todos os tempos – “Pois como poderei entender, se alguém não me ensinar?” – At 8,31.
    • A resposta do eunuco serve para milhares de pessoas que ainda hoje nada sabem a respeito de Jesus, porque não há ninguém que lhes ensine; que lhes explique e que viva a palavra de Deus.
    • Quantos temos em nossas Igrejas que são versados na palavra do Senhor, mas lhes faltam confiança e obediência a Deus! Preferem ficar dentro da Igreja, e muitos somente para dar trabalho à liderança.
    • O cristão produtivo gasta tempo com a palavra de Deus – “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho.” – Sl 119,105; “Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti.” – Sl 119,11 – Ela precisa ser lida; obedecida; vivida e pregada para que outros venham a entender o plano do Senhor para a vida.

  1. INTERESSAR-SE PELA SALVAÇÃO:

    • “Filipe abriu a sua boca e anunciou Jesus” – At 8,35;
    • Falou que o profeta Isaias nada falava de si mesmo, mas de Jesus que viria ao mundo para salvar e libertar os pecadores.
    • O cristão precisa anunciar dia – a – dia a sua salvação – “Cantai ao Senhor em toda a terra; proclamai de dia em dia a sua salvação.” 1Cr 16,23.
    • “Publicai entre as nações a sua gloria, entre todos os povos as suas maravilhas. Porque grande é o Senhor, e mui digno de louvor; também é mais temível do que todos os deuses.” 1Cr 16,24-25.
    • O cristão em Jesus Cristo precisa contar a glória de Deus através da sua salvação.
    • Muitos nunca contaram a alguém os feitos do Senhor Jesus, nunca deixaram brilhar a salvação na vida das pessoas.
    • Nunca contaram a um amigo, colega ou parente o que Jesus fez em suas vidas. Querem ser produtivos é desejo de muitos, mas enfrentar a realidade é privilégio de poucos cristãos no Senhor Jesus.
    • A obra é de Deus, a salvação é de Deus, mas o interesse em fazer a obra é de todos aqueles que obedecem, confia e vai a campo, nem que seja num deserto entre uma cidade e outra.




  1. ENVOLVENDO-SE MAIS COM A OBRA DE DEUS:

    • Para aqueles que querem se envolver com a obra de Deus, sempre há trabalho e a voz do Senhor através do Espírito Santo.
    • Nunca um cristão fiel e obediente ficou em casa sem saber aonde ir e o que fazer. O reino de Deus sempre agrupou essas pessoas e deu trabalho para todas.
    • Ao ser batizado e aceitado Jesus, comecei a dar frutos para o meu Deus:

a)      Faço parte da Pastoral Familiar junto com minha esposa desde o ano 2000. Fomos, por quatro anos, Coordenadores desta Pastoral.
b)      Faço palestras para encontros de noivos e encontros de casais
c)      Faço Teologia Bíblica.
d)      Levo a palavra de Deus através da internet.

    • Muitos só vão às celebrações, não querem assumir compromisso com Deus.
    • Envolver-se com a obra de Deus é ir e parar as pessoas, ensiná-las sobre a salvação e coloca-las frente a frente com Jesus para que elas decidam ou não por Ele.

  1. TESTEMUNHAR MAIS EM CRISTO:

    • O eunuco perguntou a Filipe: “Eis aqui água; que impede que eu seja batizado?” – At 8,36. A resposta foi enfática a pergunta: “é lícito, se crês de todo o coração.” – At 8,37, ele respondeu: “Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.” – At 8,37.
    • A maior bênção para um cristão é ouvir outra pessoa confessar Jesus Cristo como Senhor e com ajuda dela.
    • É melhor que ouvir o grito de um gol marcado pelo Brasil num final de copa do mundo.
    • É melhor que ouvir sobre a vitória à presidência da republica de um candidato em que votamos.
    • Não há nada que se possa comparar a isso.
    • Muitos cristãos nunca fizeram qualquer coisa para que isso acontecesse.

CONCLUSÃO:

  • Meu irmão, você quer ser um cristão produtivo?
  • Quer dar muitos frutos para Jesus?

Comece hoje a obedecer, confiar, testemunhar e cumprir em você a palavra de Deus. Conte sua vida cristã para outras pessoas e elas vão se deleitar com tudo que Jesus tem feito por nós. Ore a Deus pelas pessoas e faça como André que levou Pedro a Jesus e Filipe que levou o eunuco e centenas de pessoas a trabalhar para que Jesus vença. Seja você mais uma dessas pessoas que brilham e são produtivas.



ORAÇAO:

Senhor! Me de força na fé para levar o Cristo Jesus às pessoas e traze-las para dentro da Igreja como os apóstolos fizeram. Amem!

LEITURAS BÍBLICAS:


  • Segunda-feira – Jô 3,16-38
  • Terça-feira – 1 Cr 16,23-26
  • Quarta-feira – Mc 16,15-16
  • Quinta-feira – Jô 5,24
  • Sexta-feira – 1 Jô 5, 7-13
  • Sábado – Rm 8,1

MARCO ANTONIO LANA (TEÓLOGO)