Se pudéssemos olhar para os judeus nos dias de Cristo, teríamos uma opinião diferente da do Senhor. Aquele povo era religioso, sofrido e buscava uma condição social melhor para a nação. Mas nosso Senhor os chamou de “filhos do diabo” (João 8:44) e disse claramente que eles eram assassinos. Nosso Senhor afirma no texto que eles não passavam de pobres escravos do pecado. Outrora a nação serviu como escravos de Faraó no Egito, mas agora o Senhor está mostrando a eles que a escravidão do pecado é imensamente pior e encoberta. Suas bocas estavam prontas para dizer blasfêmias; seus pés eram, de fato velozes para assassinar o Senhor e o Seus servos, como tentaram sempre fazer; em seus corações eles amavam qualquer mentira religiosa que chegasse para favorecer-lhes (João 8:45).
Assim vemos o quanto os filhos da desobediência estão em plena disposição para servir a iniquidade. Não há como consagrar-se para Deus e ao mesmo tempo estar consagrado ao pecado. Mesmo que não vemos uma escravidão a um vício ou outras atividades feias do pecado, a escravidão, entretanto é a mesma. Em Sodoma e Gomorra nem toda população fazia o que praticavam os sodomitas ali, mas todos trabalhavam unanimemente para o bem de todos; todos concordavam com o mal, porque o ambiente social era sustentado com o trabalho de todos. É lógico que a mulher de Ló não praticava o que aqueles homens perversos faziam, mas ela amava aquele lugar; seu coração estava lá e de fato morreu em seus pecados, juntamente com a população querida dela.
Se a alma não foi invadida pela gloriosa salvação que há no Filho de Deus, então é certo que a pessoa viverá aqui à serviço consagrado ao pecado. Sua boca, seus pés, mãos, mente, olhos, emoções, enfim todo ser, tudo será dedicado exclusivamente ao pecado. No pecado não há como servir a Deus, mesmo numa igreja, empunhando uma bíblia ou noutras atividades religiosas. O pecado não se afasta do homem, a não ser quando pela ordem do Salvador é retirado em seu domínio para sempre. Sob esse tirano domínio todo o ser do homem está fixado nesse ambiente de engano, mentira e de perigos imperceptíveis, até que Cristo chegue para reinar ali.
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