(1) Comecemos analisando o texto: “Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta, ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou…” (Gênesis 4:3-5)
Em primeiro lugar é preciso observar que Deus não pode ser comprado por uma oferta. Não podemos enganar Deus com bajulações.
A visão de Deus se uma oferta é correta ou não, está mais ligada ao coração e motivação daquele que ofertou do que com a oferta em si. Sendo assim, observe bem estes detalhes no texto…
(2) Observe que Deus se agradou “de Abel” e “de sua oferta”. Primeiro o Senhor olhou para o coração e a motivação de Abel, e depois observou que sua oferta era adequada.
Da mesma forma Deus não se agradou “de Caim” e “de sua oferta”. Algo no coração e motivação de Caim não agradou a Deus. Mas que ‘algo’ era esse?
(3) Observe que a atitude inicial de Caim após a sua rejeição e de sua oferta demonstrou o que de verdade ele tinha em seu coração:
“…Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante” (Gênesis 4:5).
Ele não amava a Deus com profundidade! Poderíamos compará-lo àqueles religiosos fariseus que apenas acham que adoram a Deus externamente, mas seus corações estão distantes do Pai. Ele levou uma oferta compatível com seu mal coração, só para cumprir um “ritual”.
(4) Observe que Caim se irou, permitiu que a ira mudasse até o seu rosto, matou seu irmão cruelmente e foi malcriado com Deus, quanto Ele pergunta onde estava o irmão:
“Disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Ele respondeu: Não sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão?” (Gênesis 4:9)
Isso deixa claro que Deus o rejeitou porque ele era maligno. Não tinha a ver única e exclusivamente com a oferta em si. A oferta apenas refletiu o que havia em seu coração…
(5) Voltando a questão da oferta, veja que Caim trouxe uma oferta “do fruto da terra”. Algo que não lhe custou nada. Quem sabe algo que ele pegou em qualquer lugar e ofereceu a Deus. Temos ali a ideia de alguém que não trouxe algo realmente valoroso e de coração a Deus!
(6) Abel, por sua vez, deu algo das “primícias do seu rebanho e da gordura deste”. Primícias é a parte mais preciosa de algo, a primeira parte.
Abel ofereceu a Deus o melhor que tinha, enquanto Caim não se preocupou muito com o que ofereceu. Isso ocorreu por causa do que já existia dentro de seus corações. Caim tinha um coração maligno. Abel tinha um coração de adorador.
Quem oferta pode até enganar homens, mas nunca poderá enganar o Deus que conhece os corações no mais profundo! Foi assim que Caim foi rejeitado! Ele não passou pela avaliação completa de Deus, que vê muito mais que ofertas, que vê o coração do ofertante!
Nenhum comentário:
Postar um comentário