LIÇÃO 05 – COMO BRILHA A VERDADEIRA LUZ
“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo.” (Jo
15,12).
I.
INTRODUÇÃO.
Você já imaginou o que seria o
sol sem o seu fulgor? A lua e as estrelas sem o seu brilho luminoso? Os
relâmpagos sem as suas setas luminosas? O mundo vivendo em eterno apagão? O
valor da luz é insubstituível. Quando Deus disse “haja luz” (Gn 1,3), foi porque, na Sua sabedoria, viu a
importância da luz na criação do mundo, sem ela tudo se transformaria num caos
e num pesade-lo sem fim. Na revelação bíblica, a luz figura o bem, a verdade, a
autenticidade, a perfeição, a santidade e o caráter perfeito da Dinvidade.
Quando o Senhor Se revela como Rei do universo, na glória do Seu trono e da Sua
majestade, a luz que O rodeia é fulgurante e poderosa.
O Verbo divino, que é a perfeita
revelação do Pai, declara de Si mesmo: “Eu
sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da
vida.” (Jo 8,12). Como cristãos, somos ordenados a viver neste mundo como
uma luz intensa e elevada: “Vós sois a
luz do mundo. Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as
vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus.” (Mt 5,14.16).
Eu estou convicto de que todos
nós já conhecemos o alto valor do tema desta lição, pelo menos em teoria; mas
quantos fracassos e derrotas já tivemos, por deixar as tevas do pecado invadirem
nossa vida! Nosso desejo é que possamos trazer o conhecimento que temos do
assunto à pratica dos ensinos bíblicos, que enfatizam o valor da luz
relacionado ao brilho de nossas ações.
II.
A LUZ
BRILHA NA OBEDIENCIA À LEI DE DEUS.
“7. Caríssimos, não vos escrevo nenhum mandamento novo, mas sim o
mandamento antigo, que recebestes desde o princípio. Este mandamento antigo é a
palavra que acabais de ouvir. 8. Todavia, eu vos escrevo agora um mandamento
novo - verdadeiramente novo, nele como em vós, porque as trevas passam e já
resplandece a verdadeira luz.” (1Jo 2,7-8).
O assunto obediencia à lei de
Deus é muito polemizado entre nós, cristãos. Nos dias de Paulo, houve muita
discusão entre ele e os chamados “judaizantes”,
que desejavam impor o legalismo judaico aos cristãos gentílicos.
Devemos evitar extremos em nossa
vida cristã, como os dois seguintes.
1.
Viver
sem lei.
O cristão é uma pessoa sem lei.,
e pode fazer tudo o que deseja. “Vós,
irmãos, fostes chamados à liberdade. Não abuseis, porém, da liberdade como
pretexto para prazeres carnais. Pelo contrário, fazei-vos servos uns dos outros
pela caridade” (Gl 5,13).
2.
Observar
a lei.
O cristão tem que observar a lei
do Antigo Testamento, inclusive os dias de festas, as luas novas, os sabados e
a abstinência de comida e bebida.
“16. Ninguém, pois, vos critique por causa de comida ou bebida, ou
espécies de festas ou de luas novas ou de sábados. 17. Tudo isto não é mais que
sombra do que devia vir. A realidade é Cristo.” (Cl 2,16-17). Não são dias,
festas ou alimentos que nos recomendam a Deus, mas a fé que atua pelo amor. Diz
o Dr. Champlin, em sua obra O Novo Testamento Interpretado, pagina 236: “O novo mandamento é a lei do amor”, conforme
foi moldada por Cristo. Em João 13,34-35, lemos “34. Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos
tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. 35. Nisto todos
conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” A
recíproca é verdadeira, como disse alguém: “Não
podemos amar sem obedecer e não podemos obedecer sem amar”. O amor é
consequência da luz que há em nós. Não estamos debaixo de um jugo legalista,
mas debaixo da “lei do amor”, ou
seja, a “lei de Cristo” – “10. Se
guardardes os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor, como também eu
guardei os mandamentos de meu Pai e persisto no seu amor. 11. Disse-vos essas
coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa.
12. Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo.” (Jo
15,10-12), embora esse princípio já estivesse na antiga lei, isto é, na
legislação mosaica.
III.
A LUZ
BRILHA NA PRÁTICA DO AMOR CRISTÃO.
“9. Aquele que diz estar na luz, e odeia seu irmão, jaz ainda nas
trevas. 10. Quem ama seu irmão permanece na luz e não se expõe a tropeçar. 11.
Mas quem odeia seu irmão está nas trevas e anda nas trevas, sem saber para onde
dirige os passos; as trevas cegaram seus olhos. (1Jo 2,9-11).
1.
A
luz, na Bíblia, é:
a) O próprio Deus, o Pai – “Deus é a luz” (1Jo 1,5, cf. 1Tm 6,16).
b) O Senhor Jesus Cristo – “[O Verbo] era a verdadeira luz que, vindo
ao mundo, ilumina todo homem.” (Jo 1,9); Ele diz de Si mesmo: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8,12; 9,5).
c) O cristão – “Vós sois a luz do mundo.”
(Mt 5,14). “Assim, brilhe vossa luz
diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai
que está nos céus.” (Mt 5,16; cf. Ef 5,8-13).
2.
O
argumento do apóstolo João fundamenta-se no que Deus é e no que somos Nele.
a) Deve
haver anuencia da nossa parte à palavra (v 9).
b) Deve
haver consciência da nossa posição (v 10).
c) Deve
haver coerência no nosso viver (ou estamos na luz do amor ou estamos nas trevas
do ódio) (v 11).
Se Deus é luz e luz representa a
perfeição de Seu carater, devemos refletir essa luz no amor que devemos ter. O
Senhor Jesus é luz, e a Bíblia diz Dele: “como
amou os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou.” (Jo 13,1).
Portanto, devemos amar também! Pense nisso, querido irmão(ã)! Quando João nos
exorta a amar, é porque ele vê o potencial que temos em Cristo para o
verdadeiro amor.
IV.
A LUZ
BRILHA NAS CONVICÇÕES QUE TEMOS.
“12. Filhinhos, eu vos escrevo, porque vossos pecados vos foram
perdoados pelo seu nome. 13. Pais, eu vos escrevo, porque conheceis aquele que
existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevo, porque vencestes o Maligno. 14.
Crianças, eu vos escrevo, porque conheceis o Pai. Pais, eu vos escrevi, porque
conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevi, porque
sois fortes e a palavra de Deus permanece em vós, e vencestes o Maligno.”
(1Jo 2,12-14).
A convicção do que somos e do que
temos em Cristo nos leva aos mais altos degraus da vida cristã. O apóstolo
Paulo estava imbuído dessa verdade, quando, escrevendo aos efésios, diz: “3. Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo, que do alto do céu nos abençoou com toda a bênção espiritual em
Cristo, 4. e nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis, diante de seus olhos.” (Ef 1,3-4). No texto em referencia,
1Jo 2,12-14, o “apóstolo do amor”
projeta despertar a convicção de todos, quando afirma verdades extraordinárias
acontecidas na vida do cristão.
1.
O
perdão dos pecados.
“Filhinhos, eu vos escrevo, porque vossos pecados vos foram perdoados
pelo seu nome.” (v 12). Perdão é uma benção espiritual que o Pai nos dá
pelos méritos de Seu Filho (1Jo 1,7.9;
Mc 2,5; Lc 7,48). A nossa parte é: “Se
reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os
pecados e para nos purificar de toda iniqüidade.” (1Jo 1,9).
2.
O
conhecimento de Deus.
Esta é outra bênção que recebemos
pela iluminação do Espirito Santo e pela revelação de Jesus Cristo (1Jo 2,13-14; Jo 1,18; 14,8-9). O
conhecimento de Deus, para o cristão aconteceu quando foi salvo por sua
conversão a Cristo, e acontece no dia a dia de comunhão com o Senhor – “Anseio pelo conhecimento de Cristo e do
poder da sua Ressurreição, pela participação em seus sofrimentos, tornando-me
semelhante a ele na morte” (Fl 3,10). Enquanto o primeiro conhecemos foi
instantâneo, o segundo é progressivo.
3.
A
vitória sobre Satanás.
A vitória sobre o maior inimigo é
outra bênção que vemos na vida dos jovens para quem João escreveu: “jovens, eu vos escrevo, porque tende
vencido o Maligno” (v 13). O cristão nao deve enfrentar o inimigo com armas
e estratégias humanas e, sim, com a armadura espiritual, como a descrita em Ef
6,10-18.
4.
A
força de guardar a palavra de Deus.
“Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes e a palavra de Deus
permanece em vós, e vencestes o Maligno.” (v 14b). Podemos meditar em três
tipos de poderes para que a Palavra permaneça em nosso coração.
a)
O
poder da devoção – o estudo devocional da Bíblia é um exercício que dá
capacidade na batalha contra o mal (2Tm
3,10-17).
b)
O
poder da contrição – o arrependimento da culpa ou do pecado é condição é
con dição indispensável para a palavra de Deus permanecer no cristão (Sl 51,1-10). A palavra de Deus o
afastará do pecado ou o pecado o afastará da palavra de Deus (Sl 119,11).
c) O poder do caráter – há muitos de nós
que fraquejamos na luta, porque não temos o carater de guardar puro nosso
caminho pela observação da palavra de Deus (Sl 119,9; 1Tm 4,12).
V.
CONCLUSÃO.
Obedecer, amar e ter convicçãosão
coisas bem práticas e normais para todos
os que estão em comunhão com Crsito, a luz verdadeira que veio ao mundo para
iluminar a todos os homens.
Nossa vida pde refletir essa luz
se deixarmos tão somente o brilho do Senhor nos envolver no exercício piedoso
do nosso testemunho e dos nossos relacionamentos.
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