NOVO CÉU E NOVA TERRA
Isaías 65:17 “Porque eis que eu crio céus
novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se
recordarão”.
INTRODUÇÃO
O pecado de desobediência de Adão e
Eva afetou toda a criação, incluindo a natureza. Como conseqüência da Queda a
terra recebeu uma sentença de juízo (Gn 3.17). A natureza aguarda a sua
redenção, que será instaurada por Deus no fim dos tempos (2Pe 3.13). Paulo diz
que Deus, “segundo o seu beneplácito”, tomou a decisão “de tornar a congregar
em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que
estão nos céus como as que estão na terra” (Ef 1.5,10).
I. TODAS AS COISAS SERÃO RENOVADAS
- Deus criou os céus. Quando a Bíblia fala a
respeito dos “céus”, normalmente refere-se ao espaço sideral. No
princípio, Ele criou “os céus”, mas o “Céu”, morada de Deus já existia.
Deus habita nos “céus”, acima do espaço sideral (Sl 11.4).
- A renovação divina dos céus. Deus irá
restaurar todo o universo, expurgando os efeitos da Queda e as ações do
Diabo e seus anjos. A Terra passará por um processo de transformação e
estará livre dos efeitos da ação maligna e do homem (Is 34.4; Ap 21.4). Na
renovação divina, toda a Terra será transformada (2Pe 3.7).
II. NOVOS CÉUS E NOVA TERRA
- Em Cristo, céus e terra serão congregados. O
apóstolo Pedro afirma que aguardamos novos céus e nova Terra (2Pe 3.13). O
texto da Epístola de Pedro nos mostra que o propósito divino é uma nova
criação (Is 66.22). Os céus e a Terra serão purificados e restaurados pelo
fogo. Os crentes esperam ansiosamente pela restauração do mundo de Deus.
- Novos céus e nova terra. A Igreja de Jesus tem
sido perseguida ao longo da História, mas está perto o tempo em que não
haverá mais nenhuma ação maligna ou humana contra o povo do Senhor (Hb
11.36-39). Com a restauração de todas as coisas, nos “novos céus” e “na
nova terra”, “não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se
recordarão”.
III. NOVA JERUSALÉM
- Foi preparada no céu. Será um lugar santo de
comunhão e relacionamento com Deus (Ap 21.3). Ali encontraremos uma linda
praça, no meio da qual atravessa o “rio da vida”, com a “árvore da vida”
em suas margens (Ap 22.2; 21.6). Só os que têm o nome escrito no Livro da
Vida entrarão nessa linda cidade. Neste mundo tenebroso, enfrentamos lutas
e sofremos com a degradação do meio ambiente, as enchentes, secas e
variações climáticas, mas haveremos de desfrutar de um novo lugar que está
preparado para aqueles que creem e o aguardam.
- Os muro e as doze portas. “E tinha um grande e
alto muro com doze portas, e, nas portas, doze anjos, e nomes escritos
sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel” (Ap 21.12, 13).
Cada porta é “uma pérola”; a praça é “de ouro puro, como vidro
transparente” (Ap 21.21); o muro é de jaspe, “a cidade, de ouro puro,
semelhante a vidro puro” (Ap 21.18,21). Os nomes nas portas representam a
fidelidade de Deus para com Abraão, Isaque e Jacó (cf. Rm 9.27; 11.29).
Nela, não haverá templo, pois o “seu templo é o Senhor, Deus
Todo-Poderoso, e o Cordeiro” (Ap 21.22).
- Os doze fundamentos da cidade. “E o muro da
cidade tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do
Cordeiro” (Ap 21.14). Os nomes dos apóstolos nos fundamentos representam a
Igreja de Cristo como “coluna e firmeza da verdade” (1Tm 3.15), através da
“doutrina dos apóstolos” (At 2.42), que representa a mensagem do evangelho
de Cristo. Seus fundamentos são gloriosos (Ap 21.19,20). Só chegando lá
poderemos ver o cuidado do Senhor em projetar tanto brilho e fulgor da
cidade divina. A cidade tem formato cúbico (Ap 21.16,17).
- Ali não haverá mais tristeza. “E Deus limpará
de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem
clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas” (Ap 21.4; 1Co
15.26). Um dos principais motivos para a tristeza é a morte. Nas grandes
cidades ou nos pequenos lugarejos, sempre existe um cemitério, onde entes
queridos são enterrados. Ninguém pode escapar da morte. Mas, na Nova
Jerusalém, a morte não mais existirá (Ap 20.14; 1Co 15.26). Não haverá
luto nem lágrimas.
Ela descerá do céu (Ap 21.2) e servirá de fonte permanente de luz para as nações (Ap 21,24,26). A Cidade Santa iluminará as nações, mas nela não haverá “nem sol, nem lua”, pois “a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada” (Ap 21.23). - Não haverá pecado nem pecadores. “E não
entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira, mas
só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro” (Ap 21.27). Ali
não haverá maldição contra ninguém (Ap 22.3), pois os corruptos já estarão
no lago de fogo e só os salvos viverão na Santa Cidade. Todos os ímpios
que não se arrependerem ficarão de fora (Ap 22.15; 1Co 6.10) e todos os
que praticam atos indignos aos olhos de Deus não terão acesso à Nova
Jerusalém, pois seu lugar e destino é o inferno (Sl 9.17).
CONCLUSÃO
Um dos hinos da Harpa Cristã declara:
“Metade da glória celeste jamais se contou ao mortal”. O que a Bíblia revela,
afastando um pouco o véu da eternidade, não é a expressão plena da realidade
que se descortinará aos olhos dos salvos em Cristo Jesus, que com Ele reinarão,
na Nova Jerusalém. Por isso, vale a pena ser crente fiel, santo e dedicado a
fazer a vontade de Deus.
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