Introdução
Hoje em dia, muitos
têm ungido com óleo buscando curar doentes e consagrar objetivos e pessoas ao
Senhor. O objetivo deste artigo não é gerar confusão ou críticas, mas buscar
agradar ao Espírito Santo obedecendo às verdades das Escrituras. Por favor, não
use este texto em seu intelectualismo hipercrítico pecaminoso, mas em amor
corrija seu irmão. Também, não é o alvo deste um detalhamento completo sobre o
uso do óleo, principalmente no Antigo Testamento, mas questionarmos o uso dele
no Novo com o que é feito atualmente.
Transcrevo abaixo parte do estudo do Pr. Eduardo Dantas[1] sobre
o mesmo assunto, o qual nos dará uma boa base para prosseguirmos:
1. A ORIGEM DO ÓLEO
Leia (Êx 30.22-33) observamos que Deus estava estabelecendo as primeiras
diretrizes para o seu povo que libertara do cativeiro no Egito e que colocara
em uma peregrinação em direção à terra prometida. Estava estabelecendo
mandamentos para o culto de um modo geral.
Dentre os mandamentos estava o de que fosse preparado um óleo que foi
chamado de óleo sagrado da unção. Era um preparado específico que tinha uma
fórmula específica ditada pelo próprio Deus a Moisés e não era, de maneira
alguma, somente o óleo da oliveira ou azeite. Era, também, uma fórmula que não
poderia ser copiada por ninguém sob pena de ser banido do povo de Deus. O óleo
da unção tinha objetivo definido e era o de santificar os elementos do culto,
de consagrá-los completamente para Deus, de tal maneira que quem tocasse em
algum dos objetos consagrados se tornaria Santo (Vers 29). Mas havia uma
proibição: o óleo da unção não poderia, de maneira nenhuma, ser aplicado sobre
o corpo de alguém e somente os sacerdotes poderiam ser ungidos com o óleo (Vers
32,33).
2. UNÇÃO DE PESSOAS
2.1 Unção de Reis – Os reis eram ungidos como libertadores para o povo
de Israel e para governar sobre o povo como seu pastor: “Amanhã a estas horas
te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por capitão sobre o
meu povo de Israel, e ele livrará o meu povo da mão dos filisteus; porque tenho
olhado para o meu povo; porque o seu clamor chegou a mim.” (I Samuel 9:16)
2.2 Unção de Sacerdotes – Deus instruiu Moisés a ungir sacerdotes, de
modo a consagrá-los e reconhecê-los como pessoas separadas para servir a Deus
através do sacerdócio. Os sacerdotes julgavam sobre as diferenças entre as
pessoas do povo, faziam expiação, santificavam o povo perante Deus, ouviam
confissões de pecados, eram a ligação entre o povo e DEUS.
2.3 Unção de profetas – O ofício profético era estabelecido pelo ato da
unção: “O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu,
para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de
coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;
A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a
consolar todos os tristes; A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê
glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em
vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça,
plantações do SENHOR, para que ele seja glorificado.” (Isaías 61:1-3 )
Não há uma descrição clara nas Sagradas Escrituras sobre como, ou qual,
seria o ritual para a unção de profetas, mas, este fato está razoavelmente
estabelecido através do texto de Isaías acima citado.
Diante desses textos acima, concluímos que Cristo cumpriu essas 3 unções
de Profeta, Rei, e Sacerdote. Profeta: ao anunciar as Boas Novas, Rei: como
Libertador do povo e Rei do universo, e Sacerdote: em fazer a ligação entre o
povo e Deus.
3. TIPOS DE ÓLEO
Existem alguns tipos de óleo usado na bíblia para diversos fins tais
como:
3.1 Unguento – Gordura misturada com
perfumes especiais que lhe davam características muito desejáveis. Era
utilizado para ungir os pés dos hóspedes, simbolizando a alegria pela chegada
daquele hóspede, e desejando-lhe boas vindas:
“E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com unguento, e lhe tinha
enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão Lázaro estava enfermo.” (João
11:2)
Também como era utilizado no cuidado pessoal com o corpo, pois, é um
excelente hidratante:
“Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três semanas. Alimento
desejável não comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com
unguento, até que se cumpriram as três semanas.” (Daniel 10:2-3)
“Lava-te, pois, e unge-te, e veste os teus vestidos, e desce à eira;
porém não te dês a conhecer ao homem, até que tenha acabado de comer e beber.”
(Rute 3:3)
3.2 Óleos curativos – O óleo tem poderes curativos, permitindo amolecer
feridas e purificá-las. O óleo quando misturado a certas ervas, pode
proporcionar medicamentos poderosos para vários males. Não é de surpreender que
os médicos em Israel tivessem desde tempos antigos conhecimento destas ervas e
da forma de utilizá-las no processo curativo de doentes.
“Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas,
e inchaços, e chagas podres não espremidas, nem ligadas, nem amolecidas com
óleo.” (Isaías 1:6)
“E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho;
e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;”
(Lucas 10:34)
3.3 Unguento fúnebre – Este unguento era utilizado na preparação do
corpo para o sepultamento, como parte de um processo de embalsamamento:
“Ora, derramando ela este unguento sobre o meu corpo, fê-lo
preparando-me para o meu sepultamento.” (Mateus 26:12)
“E as mulheres, que
tinham vindo com ele da Galileia, seguiram também e viram o sepulcro, e como
foi posto o seu corpo. E, voltando elas, prepararam especiarias e unguentos; e
no sábado repousaram, conforme o mandamento.” (Lucas 23:55-56)
Os termos no grego para ungir do Novo Testamento
Antes, de prosseguirmos, quero mostrar um distinção feita pelo Novo
Testamento com relação ao “ungir” que em muito nos ajudará. Isto é, há dois
termos no grego para “ungir”:
– aleipho (218 αλειφω) de 1 (como partícula de união) e
base de 3045; TDNT – 1:229,37; v
1) ungir
Sinônimos ver verbete 5805
– chrio (5548 χριω) provavelmente semelhante a 5530
pela idéia de contato; TDNT – 9:493,1322; v
1) ungir
1a) consagrando Jesus para o ofício messiânico e concedendo-lhe os
poderes necessários para o seu ministério
1b) revestindo os cristãos com os dons do Espírito Santo
Sinônimos ver verbete 5805
– 5805 – Sinônimos
218 – é a palavra comum e mundana para ungir
5548 – é a palavra
sagrada e religiosa para ungir[2]
Há ainda o termo chrisma, mas o mesmo advém do termo chrio:
– chrisma (5545 χρισμα) de 5548; TDNT – 9:493,1322; n n
1) qualquer coisa untada, ungüento, geralmente preparado pelos hebreus
com ervas aromáticas e óleo.
Unção era a
cerimônia inaugural para os sacerdotes[2]
Ou seja, há um termo comum e mundano (aleipho) para ungir e
um termo sagrado e religioso (chrio e chrisma). Por mundano não
entenda pecaminosa, mas corriqueiro e habitual, como fins medicinais, estéticos
ou funerário.
O uso do óleo
Dito isto, consideremos quatro questões sobre o uso do óleo:
1) O Novo Testamento não prescreve unção com óleo na consagração de
ministros
Mas somente a imposição de mãos – considerada pelo autor de Hebreus como
“rudimentos da doutrina de Cristo” (Hebreus 6:1,2)
“E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio
de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas
e Nicolau, prosélito de Antioquia; E os apresentaram ante os apóstolos, e
estes, orando, lhes impuseram as mãos.” (Atos 6:5-6)
“E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo:
Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então,
jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.” (Atos
13:2-3)
“A ninguém imponhas precipitadamente as mãos [para o
ministério], nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro.”
(1 Timóteo 5 : 22)
Alguém pode argumentar que isso era feito no Velho Testamento e teremos
que concordar. Contudo, estamos na Nova Alianças e as leis sacerdotais não mais
vigoram, pois temos um novo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque e não
de Arão (Hebreus 7,11). A unção com óleo nos tempos
antigos foi realizada como simbologia para nossa esperança (Romanos 15,4) em dois sentidos
(i) Cristo foi ungido pelo Pai como nosso Rei-Profeta-Sacerdote com o
Espírito Santo e com virtude.
Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te
ungiu [chrio] com óleo de alegria mais do que a teus companheiros. (Hebreus
1:9)
O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu [chrio] para
evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração (Lucas
4:18)
Porque verdadeiramente contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste
[chrio], se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os
povos de Israel; (Atos 4:27)
Como Deus ungiu [chrio] a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com
virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo,
porque Deus era com ele. (Atos 10:38)
Esse é um motivo para grande alegria! Deus ungiu seu Filho para
nos libertar. A unção do Filho está diretamente relacionada a nossa Salvação!
Nós temos Aquele que foi ungido diretamente por Deus Pai como Rei, Profeta e
Sacerdote.
(ii) Cristo e o Pai, em graça divina, nos tornaram participantes da
unção de Cristo nos dando igualmente o Espírito, como também nos tornando reis
e sacerdotes diante dele.
Mas o que nos confirma convosco em Cristo, e o que nos ungiu, é Deus, o
qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações. (2
Coríntios 1:21,22)
“E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder
para todo o sempre. Amém.” (Apocalipse 1:6)
Não precisamos de nenhuma unção [chrio] de homens, pois
já fomos ungidos por Deus. O que nos leva ao próximo ponto.
2) O Novo Testamento não prescreve unção com óleo no Batismo do Espírito
Santo
Como vimos anteriormente, a simbologia do óleo e do Espírito do Antigo
Testamento foi cumprida em Cristo e em nós quando recebemos o mesmo. Não precisamos
ser ungidos com óleo, pois o verdadeiro Óleo, o Espírito, foi derramado sobre
nós.
Vemos nos relatos de batismo com o Espírito Santo somente o uso de
imposição de mãos:
“Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.” (Atos
8:17)
“E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e
falavam línguas, e profetizavam.” (Atos 19:6)
Outro texto que pode nos auxiliar neste quesito é 1 João 2:20,27:
E vós tendes a unção [chrisma] do Santo, e sabeis tudo.[…] E a unção
[chrisma] que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que
alguém vos ensine; mas, como a sua unção [chrisma] vos ensina todas as coisas,
e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele
permanecereis. (1 João 2:20,27)
Este texto mostra que nós, todo e qualquer verdadeiro cristão nascido de
novo, tem hoje a unção do Santo, o Espírito, porque já a receberam no passado.
Vale lembrar que o termo usado para unção é chrisma (Unção era
a cerimônia inaugural para os sacerdotes) que provem de chrio que
é o termo sagrado e religioso para ungir.
A consequência desta verdade é que não devemos ungir ninguém para
“capacitar para o ministério”, porque todo cristão já tem a unção,
que é o Espírito, que o capacita.
3) O Novo Testamento não prescreve unção com óleo com o termo religioso
e sagrado para curas físicas
Há no Novo Testamento dois episódios que relacionam doenças, cura, ungir
e óleo e ambas usam aleipho, o termo com sentido corriqueiro.
E expulsavam muitos demônios, e ungiam [aleipho] muitos enfermos com
óleo, e os curavam. (Marcos 6:13)
Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem
sobre ele, ungindo-o [aleipho] com azeite em nome do Senhor; E a oração da fé
salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados,
ser-lhe-ão perdoados. (Tiago 5:14,15)
O termo aparece 8 vezes no novo testamento (Mt 6:17; Mc 6:13; 16:1; Lc
7:38,46; Jo 11:2; 12:13; Tg 6:14). Leia os textos se deseja comprovar o uso
corriqueiro.
Isso mostra que a intenção de Marcos e Tiago não era uma unção religiosa
ou milagrosa, mas a conotação médica explicada no artigo do Pr. Eduardo Dantas.
Contextualizado os versículos para os dias de hoje seria algo como: “eles davam
o remédio e oravam com fé e Deus curava o enfermo”. Isto significa que Tiago
afirma que o presbítero não deveria zelar só pela saúde espiritual ou
pelas questões espirituais, mas também pela saúde física; e que deveria fazer a
“oração de fé”.
Apesar, do termo “oração de fé” dar outro artigo quero fazer uma breve
consideração sobre o assunto.
a) O que é Fé
Um dos enganos que as pessoas tem atualmente é não saber o que é fé.
Coloca-se fé na fé e não fé em Deus. Fé é confiar em Deus, no Seu poder e na
Sua vontade e não em nossa própria capacidade de confiar em Deus. Orar com fé
não é orar com poder é orar confiante no poder de Deus. Observe que Tiago fala
do profeta Elias, que “era homem sujeito às mesmas paixões que nós”. Ou seja, o
enfoque não é nossa capacidade ― estamos sujeitos à paixões e falhas ― mas na
capacidade de Deus.
b) Óleos, remédios e Fé
Tendo em mente o que realmente significa fé, o perigo de focar na sua
fé, no óleo ou no remédio é grande. Quando você faz isso (colocar mais
confiança em como você orou, ou se passou óleo ungido ou não, ou até se tomou
remédio ou não do que a confiança em Deus), você está cometendo idolatria.
c) Tenha Fé
Por fim, não quero desestimular a oração pelo enfermos, mas quero
encorajar segundo a verdade. Não quero que você pense: “agora, tudo que resta é
dar o remédio e só dizer Deus seja feita sua vontade”. Não! Quando alguém
estiver doente, medique a pessoa e ore para que Deus que a cure, confiando não
no remédio, nem na sua capacidade, mas no Deus de Elias (nosso Deus) que fez
parar de chover por 3 anos.
4) O Novo Testamento não prescreve a unção para consagrar objetos
Como bem apontou o Pr. Eduardo Dantas somente os objetos relacionados ao
templo eram ungidos e consagrados ao Senhor. Esta unção era tão série que não
era usada para ungir nenhum objeto caseiro. Logo, quero apresentar três motivos
para você não ungir os objetos em sua casa ou igreja:
1) Como dito anteriormente, não estamos mais sob a lei cerimonial do
Velho Testamento. Ela foi abolida no novo sacerdócio de Cristo. Portanto
preceitos como ungir o templo não são válidos e praticá-los é negar as realizações
de Cristo.
2) Não temos mais templos no molde do Antigo Testamento. Sua igreja
local não é um templo. Sua igreja local é um edifício onde os templos de Deus
se reúnem. Você é o templo de Deus, habitado por Ele, através do Espírito (1 Cor 6,19). Deus não habita em templos
feitos por mãos de homens; (At 17,24).
3) Portanto, se há alguma coisa a ser ungida ou consagrada, esta é você,
cristão. E não é você que fará isto. Deus já o fez, como vimos anteriormente,
através da unção do Espírito.
Isso significa que você não precisa ungir seu carro. Ele já é de Deus,
tanto porque toda terra Lhe pertence, quanto pela fato de você ser apenas
um servo e mordomo daquilo que Deus colocou em suas mãos. Não se iluda achando
que você pode consagrar alguns itens para Deus e outros não. Nada é teu e tudo
que você tem Ele lhe deu para o objetivo exclusivo de exaltar Glória de Deus (e
isto inclui o copo onde você bebe o suco).
Seu comprometimento de usar qualquer objeto para a glória de Deus já foi feito
quando você se converteu. Renove-o e o viva intensamente.
Conclusão
Gostaria de resumir topicamente o que foi falado acima para favorecer a
compreensão:
1) Podemos observar nas Escrituras dois usos para o termo ungir: o
corriqueiro e o religioso.
a) Sentido religioso:
– No Velho Testamento, temos a simbologia da unção de reis, sacerdotes e
profetas e do templo.
– No Novo Testamento, esta simbologia foi cumprida em Cristo de duas
formas:
i) Ele foi ungido nosso Rei-Profeta-Sacerdote com o Espírito e com
virtude por Deus Pai.
ii) Nós fomos ungidos por Deus com o Espírito como reis e sacerdotes,
capacitando-nos para a vida cristã; e nos tornamos templos de Deus, através de
Seu Espírito.
– Portanto, não devemos tomar o lugar de Deus e ungir ou consagrar
a alguém ao ministério ou como simbologia do batismo do Espírito Santo.
– Nem devemos consagrar aquilo que Deus já separou para si mesmo. Tudo
quanto é nosso já é dele e igualmente, já nos comprometemos quando nos
convertemos a usar tal para glória de Deus.
b) Sentido corriqueiro:
– Nos dois testamentos vemos o óleo sendo usado com intuito medicinal,
estético e funerário.
– É neste sentido que Tiago e Marcos nos recomenda ungir as pessoas, ou
seja, cuidar de suas doenças. Atualmente, seria o mesmo que dar algum remédio
ao doente.
– Portanto, não devemos ungir o doente esperando que essa unção o cure,
mas devemos medicá-lo e orar a Deus pela cura com fé, confiando não em óleos e
remédios ou em nossa capacidade, mas na capacidade e no poder de Deus.
Adendo 1: “Não toqueis nos meu ungidos”
Diante do que foi exposto acima, gostaria que você reconsiderasse os
versículos de Salmo 105:15 e 1 Crônicas 16:22 que dizem “Não toqueis os meus
ungidos”. Gostaria de fazer três observações
1) Os versículos são verdadeiros. Deus nos alerta contra quem toca em
Seus ungidos. Não o despreze porque alguns tem abusado dele.
2) Cristo é O Ungido de Deus. Portanto a primeira aplicação do versículo
é: “na verdade o Filho do homem vai, como dele está escrito, mas ai daquele
homem por quem o Filho do homem é traído [cuspido, batido, entregue,
crucificado]! Bom seria para o tal homem não haver nascido.” (Mc 14,21).
3) Todo cristão (e não só alguns seletos) é ungido de Deus (1Jo 2,20.27), portanto ai daqueles que
martirizam, abusam ou zombam de cristãos. Estes iram clamar “até quando, ó
verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que
habitam sobre a terra?” (Ap 6,10) e Deus
em seu devido tempo certamente responderá.
Sendo assim, não fale mal do seu irmão e também não tema denunciar
falsos profetas que usam aqueles versículos para defenderem seu pecado.
[1] Dantas, Eduardo. Estudo Bíblico – Óleo de Unção. Acessado em 21 de
Maio de 2011.
[2] DICIONÁRIO BÍBLICO
STRONG. © 2002 Sociedade Bíblica do Brasil.