Joaquim pertencia à
tribo da Judeia. Aos vinte anos tomou por esposa Ana, filha de Isachar, de sua
tribo, descendente de Davi. Desde o começo de seu matrimônio fizeram voto de
que ofereceriam seu primogênito para ser criado no templo santo, mas após vinte
anos está criança ainda não havia nascido.
Joaquim era um
homem muito rico, que cumpria suas obrigações no templo com muita generosidade.
Porém, chagado o Dia do Senhor, quando todos os filhos de Israel levam duas
oferendas ao templo, Joaquim foi impedido de participar por não ter filhos. Não
gerar descendência para Israel era considerado fator de desconfiança, como um
castigo de Deus por pecados não revelados. Sentindo-se injustiçado e sem dizer
à sua mulher, foi para o deserto, e ali montou tenda, onde jejuou por 40
dias e 40 noites, esperando uma manifestação de Deus.
Enquanto
isso, Ana, sua mulher, chorava e lamentava sua viuvez e sua esterilidade. No
Dia do Senhor não se sentiu digna de participar das orações. Sentou-se no
jardim, debaixo de um louro e ali orou fervorosamente. Em sua aflição
comparou-se aos pássaros do céu, às feras, à águia e à própria terra. Todos
eram fecundos perante ao Senhor, menos ela. Então um Anjo do Senhor apareceu e
disse-lhe: “Ana, o Senhor escutou as tuas preces, conceberás e darás à luz uma
filha e falar-se-á de tua primogênita por toda a Terra”. Ao que Ana respondeu:
“Por mim Senhor, se dou à luz seja um filho ou uma filha, oferecerei ao Senhor
e será seu servo todos os dias de sua vida”.
Também
a Joaquim, no deserto, um Anjo do Senhor se revelou anunciando que Ana
conceberá uma filha. Joaquim reuniu seu rebanho, separou parte deste para se
oferecido a Deus, aos sacerdotes e ao povo, i dirigiu-se à cidade.
Joaquim
e Ana encontraram-se na entrada da cidade na Porta Dourada, pois Ana havia
sido avisada, pelo Anjo, do retorno do marido. Cheia de alegria ela exclamou:
“Agora
sei que o Senhor Deus me encheu de bênçãos, pois era viúva e já não sou
mais não tinha filhos e vou conceber em minha entranhas”
E,
após nove meses deu à luz uma filha, à qual chamou de Maria.
E
tudo aconteceu em graça plena!
A
fonte dessas histórias reverenciadas e das famosas obras de arte se encontra no
Proto-Evangelho de Tiago. Escrito provavelmente no sec. II dc, supostamente por
Tiago, irmão de Jesus, circulou durante séculos entre os cristãos, e acabou,
sendo banido pela Igreja Católica, jamais fazendo parte, portanto, do Novo
Testamento.
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