sábado, 29 de março de 2014

VIVENDO NO AMOR DE DEUS - LIÇÃO 15 – NÓS TEMOS SEGURANÇA



VIVENDO NO AMOR DE DEUS - LIÇÃO 15 – NÓS TEMOS SEGURANÇA

“Sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para conhecermos o Verdadeiro. E estamos no Verdadeiro, nós que estamos em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” (1Jo 5,20).

I. INTRODUÇÃO.

Aquele que creu em Cristo e o aceitou como salvador foi feito filho de Deus – “Mas a todos aqueles que o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1,12) e tem a vida eterna – “Isto vos escrevi para que saibais que tendes a vida eterna, vós que credes no nome do Filho de Deus.” (1Jo 5,13). Ainda que historicamente não alcançamos a vida eterna, visto que nosso corpo é ainda mortal, todavia, já estamos, espiritualmente, assentados nos lugares celestiais em Cristo – “juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos céus, com Cristo Jesus.” (Ef 2,6). Nessa posição, podemos orar com confiança sabendo que temos um sumo sacerdote junto ao pai – “14. Temos, portanto, um grande Sumo Sacerdote que penetrou nos céus, Jesus, Filho de Deus. Conservemos firme a nossa fé. 15. Porque não temos nele um pontífice incapaz de compadecer-se das nossas fraquezas. Ao contrário, passou pelas mesmas provações que nós, com exceção do pecado. (Hb 4,14-15); “Enquanto a lei elevava ao sacerdócio homens sujeitos às fraquezas, o juramento, que sucedeu à lei, constitui o Filho, que é eternamente perfeito.” (Hb 7,28).

Que segurança temos como filhos de Deus?

II. A SEGURANÇA DE QUE DEUS RESPONDE ÁS ORAÇÕES.

“13. Isto vos escrevi para que saibais que tendes a vida eterna, vós que credes no nome do Filho de Deus. 14. A confiança que depositamos nele é esta: em tudo quanto lhe pedirmos, se for conforme à sua vontade, ele nos atenderá.” (1Jo 5,13-14).

Orar é mais que pedir. É confiar, é um sinal de que conhecemos e confiamos em Deus, caso pedir ou receber. Tiago fala dos que nada recebem em oração por pedir mal – “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, com o fim de satisfazerdes as vossas paixões.” (Tg 4.3). Lembremo-nos que a oração ensinada na Bíblia é feita ao Pai – “Eis como deveis rezar: PAI NOSSO, que estais no céu, santificado seja o vosso nome” (Mt 6,9); “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda.” (Jo 15,16) e em nome do Filho – “E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.” (Jo 14,13). Se orarmos de acordo com a vontade de Deus, que está revelada nas Escrituras, oraremos com confiança  (v 14). Nesse sentido, quem lê bem a Bíblia ora melhor.

E se a nossa confiança em Deus nos dá convicção de que Ele nos ouve, então as nossas orações são respondida – “E se sabemos que ele nos atende em tudo quanto lhe pedirmos, sabemos daí que já recebemos o que pedimos.” (1Jo 5,15); “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, pois para se achegar a ele é necessário que se creia primeiro que ele existe e que recompensa os que o procuram.” (Hb 11,6).

Se já temos convicção da vida eterna (v 13), então devemos ter também confiança de que temos as orações respondidas (vs 13-14). O que já nos deu o maior, a salvação, também em o poder de nos dar o menor, as respostas às orações – “Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas que por todos nós o entregou, como não nos dará também com ele todas as coisas?” (Rm 8,32). Sendo assim, podemos entrar na presença de Deus com confiança (Hb 10,19-22).

É bom lembrar neste ponto que Deus pode responder a nossa oração com um “sim” (Gn 25,21; Êx 2,23-25; At 7,34; Tg 5,12-20), um “não” (Dt 3,23-29; 2Sm 12,15-23; 2Cor 12,7-9; 1Tm 5,23; 2Tm 4,20) ou um “espera” (Sl 5,3; 37,7; 42,5).

III. A SEGURANÇA DE QUE ELE ACEITA A NOSSA INTERCESSÃO.

“15. E se sabemos que ele nos atende em tudo quanto lhe pedirmos, sabemos daí que já recebemos o que pedimos. 16. Se alguém vê seu irmão cometer um pecado que não o conduza à morte, reze, e Deus lhe dará a vida; isto para aqueles que não pecam para a morte. Há pecado que é para morte; não digo que se reze por este. 17. Toda iniquidade é pecado, mas há pecado que não leva à morte.” (1Jo 5,15-17).

Há uma promessa no v 15. A de que Deus aceita a nossa intercessão, isto é, a nossa oração em favor dos outros. O amor cristão, tão sugerido por João, se aplica também na intercessão. Interceder é demonstrar amor, é pedir a ação de Deus na vida de outros. Samuel entendeu esse ofício como uma responsabilidade – “Longe de mim também esse pecado contra o Senhor de cessar de orar por vós! Eu vos mostrarei o caminho bom e reto.” (1Sm 12,23). Paulo  fazia questão de interceder pelas igrejas (Ef 1,15-16; Cl 1,9-12).

Deus pode restourar a vida espiritual de um irmão se houver intercessão por ele (v 16). Jesus orou para que Pedro não desfalecesse (Lc 22,32). Tiago fala da restouração da saúde dos que recebem da intercessão (Tg 5,14-16).

Qualquer pecado na igreja deve produzir o cuidado espiritual dos irmãos (Gl 6,1). A intercessão, no entanto, não pode ser exercida pelos que  estão mortos em seus pecados (Ef 2,1). Os que rejeitam a Cristo já estão mortos (Jo 8,24).

Como pedir que Deus restaure a vida espiritual de uma pessoa qu ainda não nasceu espiritualmente? Rejeitar a Cristo é um pecado tão grave como a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mt 3,29; Mt 12,22-32).
Os que se perdem o fazem por praticar a injustiça (v 17); por não receber pela a justiça de Cristo (Rm 5,1).

IV. A SEGURANÇA DE NOSSA POSIÇÃO EM CRISTO.

“18. Sabemos que aquele que nasceu de Deus não peca; mas o que é gerado de Deus se acautela, e o Maligno não o toca. 19. Sabemos que somos de Deus, e que o mundo todo jaz sob o Maligno. 20. Sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para conhecermos o Verdadeiro. E estamos no Verdadeiro, nós que estamos em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. 21. Filhinhos, guardai-vos dos ídolos! (1Jo 5,18-21).

Os últimos versículos falam de três certezas do crente.

1. A certeza do poder de Deus em nós – (v 18).

Aqui está em foco o poder de Deus em guardar os Seus filhos. Em 1Jo 3,6 está relatado o esforço humano em se proteger do mal; aqui está descrita a ação de Deus a nosso favor. O pecado, mesmo que acidental (1Jo 2,1)., ainda está presente no contexto cristão. Mesmo assim, somos protegidos por Deus contra as ciladas de Satanás (v 18). Não nos esqueçamos de que temos à nossa disposição um instrumento espiritual, a armadura Deus, para nos proteger das ciladas do diabo (Ef 6,10-20).

2. A certeza de que somos de Deus – (v 19).

Aqui está a segurança de que somos de Deus, Sua propriedade exclusiva (1Pd 2,9). Sua lavoura e moradia (1Cor 3,9-17).

Não estamos salvos e entregues ao mundo e o Maligno. Estamos em Cristo, e essa condição nos dá um senso de confiança e segurança. Devemos dar graças a Deus, que sempre nos conduz em triunfo (2Cor 2,14). Em qualquer circunstância, somos  do Senhor (Rm 14,8).

3. A certeza do poder da encarnação de Cristo – (v 20).

Este é o terceiro “sabemos” que João cita. Nós sabemos que a encarnação foi um fato, ainda que os gnósticos a negassem. Esse Jesus revelado é o verdadeiro Deus e a vida eterna. Em Sua encarnação, Ele nos revelou o Deus e Pai (Jo 14,9; Hb 1,3). O centro de todas as coisas é que Jesus Se encarnou, e através Dele conhecemos a Deus e a vida eterna (1Jo 5,11). Essa tão grande verdade nos motiva a não confiarmos em ídolos (V 21). Confiamos em Deus e em Sua Palavra, e por ela somos informados de toda a obra vicária de Cristo, Sua encarnação e ressurreição. E assim temos a vida eterna.

V. CONCLUSÃO.

João enche-nos, com suas palavras, de uma segurança imensa. Paulo, referindo-se aos cuidados de Deus com o Seu povo, declara que estamos tão seguros que nada poderá separar-nos do amor de Deus que está em Jesus Cristo (Rm 8,31-39). É essa confiança que nos dá intrepidez para entrar na presença de Deus (Hb 10,19-23) e perseverar em oração (Rm 12,12). Ame

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