JESUS CRISTO - LIÇÃO 12 – A RESSURREIÇÃO DE CRISTO.
“Não está
aqui, porque ressurgiu, como ele disse. Vinde, vede o lugar onde jazia.” (Mt
28,6).
“Cristo
Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à
direita de Deus, e também intercede por nós.” (Rm 8,34).
A ressurreição de Cristo ocupa o centro da história da
redenção. Primeiro o NASCIMENTO de Cristo, segundo a MORTE de
Cristo, segue-se a RESSURREIÇÃO, vem então a ASCENSÃO, e,
finalmente, a PAROUSIA de Cristo.
Primeiro
Um berço
(Lc 2,1)
|
Segundo
Uma cruz
(Mt
27,37-38)
|
Terceiro
Um
túmulo vazio
(Mt
28,1-10)
|
Quarta
Uma
subida
(Hb 1,1)
|
Quinta
Uma
trombeta
(1Ts
4,16)
|
A ressurreição de Cristo não foi
simplesmente um retorno da morte, à semelhança da ressurreição de Lazaro – (Jo
11,1-44).
Se a ressurreição semelhasse a
outras ressurreições que temos no Novo Testamento. Ele teria Se submetido à
fraqueza e ao envelhecimento, e por fim teria morrido outra vez, exatamente
como todos os outros. A ressurreição de Jesus tornou-se as primícias de um novo
tipo de vida humana; uma vida na qual este corpo será aperfeiçoado, não estando
mais sujeito à fraqueza, morte ou envelhecimento, mas tornando-se capaz de viver diferentemente – (1Cor 15,20-23).
A ressurreição de Jesus não foi
sua transformação para um corpo imaterial, mas sua aquisição de um “corpo
espiritual” que podia materializar-se e desmaterializar-se à vontade – (Jo
20,19-24).
I – A IMPORTANCIA DA DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO.
Conforme Rm 10,9 – “Porque,
se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que
Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo.” – a ressurreição de Cristo é indispensável para a salvação. Portanto,
vamos considerar alguns pontos essenciais que justificam a importância da doutrina
na vida da Igreja.
1 – É a doutrina fundamental do cristianismo.
Há quem admita a
necessidade da morte de Cristo, mas negue a importância da sua Ressurreição
corporal. A importância vital da ressurreição física de Cristo fica evidenciada
pela conexão fundamental desta doutrina com o cristianismo (1Cor
15,12-19). Aqui Paulo mostra que tudo depende
da ressurreição corporal de Jesus.
2 – A importância da doutrina na aplicação da salvação.
A Bíblia diz que Deus
elevou Jesus à sua própria direita, para que Ele fosse a cabeça de todas as
coisas para a Igreja (Ef 1,19-23).
Vamos olhar para Rm 6,5 – “Porque, se temos sido unidos a ele na
semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua
ressurreição.” – para ver como Paulo aplica a
ressurreição de Cristo à nossa salvação.
3 – A importância da doutrina como argumento para os
milagres de Cristo.
Dr. Strong diz que, ao
tentarmos provar os milagres da Bíblia, não deveríamos principiar com a jumenta
de Balaão ou com Jonas e o grande peixe,mas sim com a ressurreição de Cristo,
os outros milagres não apresentarão dificuldade alguma. Costumamos dizer que
aceitação da ressurreição de Cristo e a conversão de Paulo são os dois pilares
mais fortes da fé cristã.
II – FATOS HISTÓRIOCOS DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO.
A ressurreição de Cristo foi um
fato histórico. A teoria de que Jesus não chegou a morrer realmente, mas
simplesmente caiu em um desmaio, do qual o ar frio do túmulo e as especiarias O
reviveram, é uma blasfêmia e uma gritante perversão do claro significado das
expressões bíblicas. Que Cristo havia realmente morrido é evidenciado pelos
seguintes fatos:
1 – O centurião e os saldados o declararam morto – “mas vindo a Jesus, e vendo que já estava morto, não
lhe quebraram as pernas.” (Jo 19,33).
2 – As mulheres vieram esperando
ungir um corpo morto – “Ora, passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de
Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo.” (Mc 16,1).
3 – Sangue e água fluíram do corte
em seu lado – “contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e
logo saiu sangue e água.” (Jo 19,34).
A respeito desse fato Evans – “Fisiologistas
e médicos concordam que tal condição dos órgãos vitais, inclusive o coração,
impede a possibilidade de um simples desmaio, e prova a morte”.
O Próprio Cristo declarou – “fui
morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre! e tenho as chaves da morte e
do inferno.” (Ap 1,18). No que acabamos de dizer, nada melhor do que o
argumento do testemunho. Mulheres e homens que atestaram a ressurreição de
Jesus.
Três coisas são necessárias para
fazer com que um testemunho seja digno de confiança.
a)
As testemunhas têm que ser competentes, isto é, tem
que ser testemunhas oculares..
b)
As testemunhas têm que ser em numero suficiente.
c)
As testemunhas têm que ter boa reputação – (1Cor
15,1-8).
III – LIÇÕES PRÁTICAS DA
RESSURREIÇÃO DE CRISTO.
Não queremos que este assunto
fique apenas no campo das especulações teológicas. O nosso propósito no estudo
desta doutrina é que cada cristão apropria-se dela para a prática da sua vida
cristã e da sua espiritualidade. Paulo diz – “Fomos, pois, sepultados com
ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os
mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.”
(Rm 6,4). Vejamos as lições práticas que podemos tirar da ressurreição de
Cristo para a nossa vida:
1 – A ressurreição de Cristo
garante a ressurreição dos mortos – “Porque, se cremos que Jesus
morreu e ressurgiu, assim também aos que dormem, Deus, mediante Jesus, os
tornará a trazer juntamente com ele.” (1Ts 4,14).
2 - A ressurreição de Cristo estimula a nossa
esperança – “Logo, também os que dormiram em Cristo estão perdidos.” (1Cor
15,18).
3 – A ressurreição de Cristo é o
alicerce de nossa fé e de nossa pregação – “E, se Cristo não foi
ressuscitado, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.” (1Cor
15,14).
4 – A ressurreição de Cristo
assegura a nossa justificação e o perdão dos nossos pecados – “o qual
foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitado para a nossa
justificação.” (Rm 4,25); “Quem os condenará? Cristo Jesus é quem
morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de
Deus, e também intercede por nós.” (Rm 8,34).
CONCLUINDO
O cristianismo está baseado no evangelho da ressurreição
de Jesus de Nazaré, porque nesse acontecimento Deus vindicou a reivindicação de Jesus de ser o
representante primordial de seu reino vindouro. O cristianismo não poderia ter
começado se a crucificação tivesse sido o fim absoluto de Jesus. A causa de
Jesus teria perecido com Ele.
Ao ressuscitar Jesus dos mortos, Deus elevou a causa pela
qual Ele viveu e morreu ao mais alto
poder da história da Salvação. A Igreja de Jesus Cristo entrou nesse ponto, com
uma criação do Espírito, para anunciar a erupção escatológica na forma de
vida - vida nova e isenta de morte – que
Jesus herdou por meio da ressurreição.
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