LIÇÃO 05 – MAIS
TESTEMUNHAS DOS APÓSTOLOS
“E nós
somos testemunhas destas coisas, e bem assim o Espírito Santo, que Deus deu
àqueles que lhe obedecem.” (At 5,32).
O presente século é como um campo
de batalha onde os inimigos atiram seus dardos inflamados de ceticismo e
malícias contra os fundamentos da fé cristã.
No mundo das idéias, os sábios
loucos rejeitam os ensinos claros e preciosos da Bíblia e vão atrás de
evangelhos apócrifos e ensinos falsos. Usam a pesquisa cientifica para, com sua
falácia, machucar o cristianismo e Seu autor – Jesus , o divino Filho de Deus.
Um exemplo do que dizemos está na revista Época de 20 de dezembro de
2004, na qual foi veiculada uma reportagem sobre “A polemica do Código
DaVinci”, um romance do americano Dam Brown, que registra um pensamento
extravagante do autor, jogando impureza no relacionamento entre Jesus e Maria
Madalena. Tudo isso baseado num antigo evangelho gnóstico, encontrado no Egito
em 1945, segundo a mesma revista. Notamos, então, que mais uma vez o
gnosticismo se renova ocupando espaço na mídia, para minar e confundir a mente
dos incautos e desavisado.
Não quero polemizar o assunto; meu
interesse é mostrar a simplicidade e o poder testemunhador dos apóstolos Pedro
e Paulo quanto a sua convicção da divindade de Cristo, suas teofanias (aparecimento
ou revelação da divindade) no AT como “O Anjo do Senhor”,e as
profecias a nós reveladas de que Ele é Deus, antes de nascer como homem,
naquela humilde manjedoura.
I – O TESTEMUNHO DOS APÓSTOLOS – At
2,22-36.
Já vimos anteriormente às
declarações e o testemunho de João, pelo seu evangelho e sua primeira carta. As
mensagens apostólicas e epistolares de Pedro e Paulo também se juntam
coerentemente aos demais ensinos escriturísticos (relativo à Sagrada
Escritura), num sincronismo perfeito e harmonioso, no testemunho e na
doutrina de divindade do Senhor Jesus, com citações vetero-testamentária. O
ensino implícito é esclarecido com precisão e autoridade espirituais para o
deleite do crente e o ódio daqueles que dizem ter luz, mas persistem nas trevas
da incredulidade e da ignorância – “Respondeu-lhes Jesus: Se fosseis cegos,
não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Nós vemos, permanece o vosso
pecado.” (Jo 9,41).
“pela boca de duas ou de três testemunhas
se estabelecerá o fato.” (Dt 19,15b). Podemos aplicar esta verdade no ensino
histórico da deidade de Jesus - (Mt
18,16; Jo 8,17; 2Cor 13,1). Eis a realidade testemunhada.
1 – O testemunho de Pedro
– At 2,22-36.
Pedro foi testemunha da
morte e ressurreição de Jesus (vs. 22-32).
Declarou a sua exaltação (v. 33) e sua
dádiva à Igreja – o Espírito Santo. Ele ainda assegura o senhorio de Cristo – “Saiba
pois com certeza toda a casa de Israel que a esse mesmo Jesus, a quem vós
crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.” (At
2,36). Compare com Atos 3,13-16. Pelo testemunho daquele apóstolo concluo que
Jesus é.
a) Deus
exaltado – At 2,33.
Exaltado - “...sim, Deus, com a sua destra, o
elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão de
pecados. E nós somos testemunhas destas coisas, e bem assim o Espírito Santo,
que Deus deu àqueles que lhe obedecem.” (At
5,31-32). Veja também Atos 3,15; 10,39.
Os apóstolos exortaram
aos cristãos a não mentirem – “Pelo que deixai a mentira, e falai a
verdade cada um com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros.” (Ef 4,25). Pode-se afirmar, com segurança, que não
mentiram em seus escritos, já que foram inspirados pelo Espírito Santo.
b)
Deus soberano – At 2,34-35.
“Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha
direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés.” (vs 34-35). “O título ‘Senhor’ usado de Cristo é
equivalente ao nome de Jeová” (Apostila do Instituto Bíblico do Brasil).
O Deus Jeová se fez
carne na pessoa do Senhor Jesus, o qual habitou entre nós e vimos a sua
glória... “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Rm 10,13) e compare com Joel – “E há de ser
que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; pois no monte Sião e
em Jerusalém estarão os que escaparem, como disse o Senhor, e entre os
sobreviventes aqueles que o Senhor chamar.”
(Jl 2,32).
c)
Deus autor e doador da vida – At 3,15.
“...e matastes o Autor da vida, a quem Deus ressuscitou
dentre os mortos, do que nós somos testemunhas.”
(At 3,15) A vida eterna se mistura com a própria pessoa do Salvador, pois Ele é
a vida – “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que
morra, viverá.” (Jo 11,25). E nEle nós vivemos
e existimos “porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como
também alguns dos vossos poetas disseram: Pois dele também somos geração.” (At 17,28). A vida eterna está somente em Cristo – “E
em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado
entre os homens, em que devamos ser salvos.” (At
4,12).
d)
Deus, objeto da nossa fé – At 2,38.
“Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de
vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e
recebereis o dom do Espírito Santo.’ (At 2,38)
– “implica fé nEle”. (Apostila do Instituto Bíblico do Brasil).
e)
Deus juiz – At 10,40-42.
“A este ressuscitou Deus ao terceiro dia e lhe concedeu
que se manifestasse, não a todo povo, mas às testemunhas que Deus antes
ordenara; a nós, que comemos e bebemos juntamente com ele depois que ressurgiu
dentre os mortos. Este nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que
por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos.” (At 10,40-42; cf. Gn 18,25).
2 – O testemunho de Paulo.
a) Em
sua defesa.
Entre os apóstolos, Paulo é um dos
que mais se destacou por seu testemunho ousado e corajoso. O Senhor Jesus tinha
na sua pessoa um servo obediente e dedicado que se dava à sua missão de corpo e
alma. A experiência na estrada de Damasco marcou-o extraordinariamente e o
acompanhou em sua trajetória de vida, numa influencia positiva de trabalho e de
doutrina. Ele testemunhou, com sabedoria divina, a judeus e gentios, a sua fé
em Cristo.
Vamos aprender com seu testemunho
algumas verdades sobre a divindade de Jesus.
·
Ele é o Deus da Glória.
“...sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa
imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder,
havendo ele mesmo feito à purificação dos pecados, assentou-se à direita da
Majestade nas alturas.” (Hb 1,3; cf. At
22,6-10; 26,13-19). Paulo apresentou em
sua defesa o encontro ocorrido com a luz
divina que transformou-lhe a vida e foi o centro de suas pregações – “para
lhes abrir os olhos a fim de que se convertam das trevas à luz, e do poder de
Satanás a Deus, para que recebam remissão de pecados e herança entre aqueles
que são santificados pela fé em mim.” (At 26,18). (cf.
Mt 17,1-5; Is 9,2; 1Jo 1,5).
·
Ele é o Deus justo.
“O Deus de nossos pais de antemão te designou para
conhecer a sua vontade, ver o Justo, e
ouvir a voz da sua boca. Porque hás de ser sua testemunha para com todos os
homens do que tens visto e ouvido.” (At
22,14-15). Ananias disse a Paulo. Ver At 7,52; 3,14.
Jesus é o justo Deus
para todo o que nEle crê.
·
Ele é o Deus onisciente.
Nosso Senhor tem conhecimento
soberano e profundo do que ainda do que ainda não aconteceu ao homem, em todos
os aspectos da existência. Ele tem o controle porque sabe tudo – “Apressa-te
e sai logo de Jerusalém; porque não receberão o teu testemunho acerca de mim.” (At 22,18; cf. Jo
1,47).
b)
Em seus ensinos – Cl 1,15-19.
Nesta referencia o
apóstolo apresenta verdades extraordinárias da pessoa divina de Cristo.
- “O qual é imagem do Deus invisível,” (v
15).
- “O primogênito de toda a criação;” (v
15); “Também lhe darei o lugar de primogênito; fá-lo-ei o mais excelso
dos reis da terra.” (Sl 89,27).
- “Porque nele foram criadas todas as coisas nos
céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam
dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e
para ele.” (v 16).
- “Ele é antes de todas as coisas,” (v
17).
- “E nele
subsistem todas as coisas;” (v 17).
- “Ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o
princípio, o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a
preeminência,” (v 18).
- “Porque aprouve a Deus que nele habitasse toda a
plenitude,” (V 19).
Deus, o Pai estava nele – Jo
17,21-23 – e Deus, o Espírito Santo, estava nele em toda plenitude – Is
42,11; Jo 3,34 – Veja Lucas 4,16-21.
II – A EVIDENCIA DO ANTIGO
TESTAMENTO
1 – O Anjo do Senhor – Gn 17,7-13.
Cremos que as teofanias,
no AT, onde é mencionado o Anjo do Senhor são manifestações divinas do Messias
pré-encarnado.
Cristo é verdadeiro
homem e verdadeiro Deus e, na sua natureza divina – “Ele é antes de
todas as coisas” (Cl 1,17), como vimos
anteriormente.
O Anjo do Senhor
revelou-se em varias ocasiões e a várias pessoas na Antiga Aliança:
·
A Agar –
Gn
21,17;
·
A Abraão – Gn
18,1.13.22.31-33; 32,24-32;
·
A Moises – Ex
3,2-4;
·
A Josué – Js
5,13-15;
·
Gedeão –
Jz 6,11-24;
Notamos que ele é adorado
e honrado como Deus. Abraão suplicou e intercedeu por Sodoma e Gomorra.
Devemos observar o
episodio em que Abraão recebeu em sua casa três anjos – “Levantando
Abraão os olhos, olhou e eis três homens de pé em frente dele. Quando os viu,
correu da porta da tenda ao seu encontro, e prostrou-se em terra.” (Gn 18,2); dois deles foram destruir aquela cidade
– “À tarde chegaram os dois anjos a Sodoma. Ló estava sentado à porta de
Sodoma e, vendo-os, levantou-se para os receber; prostrou-se com o rosto em
terra,” (Gn 19,1) e aquele que ficou com
Abraão era o Anjo do Senhor, o qual se revelou como Deus – “certamente
tornarei a ti no ano vindouro; e eis que Sara tua mulher terá um filho. E Sara
estava escutando à porta da tenda, que estava atrás dele.” (Gn 18,10). Do versículo 13 em diante Ele se revela
maravilhosamente como o Senhor (Gn 18,13-20).
2 – As profecias sobre o Messias.
Há várias profecias no AT que
mostram, com precisão enfática, a pessoa do Messias, que haveria de vir para
seu povo como o grande libertador e Deus de Israel; outras o apresentam como
servo sofredor e ainda outras como o desejado das nações, que faria uma aliança
com os gentios e atrairia para si todos os homens:
a)
Seu nascimento virginal e o local onde aconteceu – Is
7,14; Mq 5,2 cf. Mt 1,23; 2,6.
b)
O propósito do seu nascimento e sua natureza divina –
Is 9,1-7 cf. Lc 1,32-33.
c)
Na sua genealogia Ele é identificado como um rebento
saído do trono de Jessé o renovo de suas raízes – Is 11,1 cf. Lc 2,23.32; At
13,22-23.
d)
Sua pessoa e seu ministério revestido da unção do
Espírito Santo – Is 11,2 cf. Lc 3,22; 4,18-19.
e)
A pedra de Sião, aprovada, preciosa e eleita – Is
28,16 cf. 1Pe 2,4-6; At 4,11.
f)
O servo escolhido em quem Deus se agrada – Is
42,1-7 cf. Mt 12,17-21.
g)
O reinado do Filho e sua vitória na ressurreição – Sl
2,6-7; 16,10 cf. At 13,33-35.
h)
O servo sofredor que levou nossos pecados sobre si – Is
53 cf. Rm 5,6.8; Mt 27,12-14; 1Pe 2,21-25.
Há na Bíblia muitas outras
profecias que se cumpriram no primeiro
advento de Cristo; são um legado precioso da mais bela história do Verbo que se
fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; Sua glória foi
vista como a glória do unigênito do Pai – “E o Verbo se fez carne, e habitou
entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do
unigênito do Pai.” (Jo 1,14)
Jesus é Deus pelos testemunhos de
Pedro e Paulo.
Jesus é Deus pelas teofanias como
o Anjo do Senhor.
Jesus é Deus porque nele se
cumprem as profecias do Antigo Testamento alusivas ao Messias.
CONCLUINDO
O Cristo que foi morto na cruz
ressuscitou ao terceiro dia e hoje é o Rei
entronizado à destra do Pai e pode salvar totalmente os que através dele
se chegam a Deus, vivendo sempre a interceder por esses – “Portanto, pode
também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, porquanto vive
sempre para interceder por eles.” (Hb 7,25).
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