Lucas (Lc)
Autor: Lucas
Data: Cerca
de 59—75 dC
Autor
Tanto o estilo quanto a linguagem oferecem evidências convincentes de que a mesma pessoa escreveu Lucas e Atos. “ O primeiro tratado” At 1,1 é, então provavelmente, uma referência ao terceiro evangelho, como o primeiro de uma série de dois volumes. E o fato de o escrito dedicar ambos os livros a Teófilo também demonstra solidamente uma autoria comum. Visto que a tradição de igreja atribui com unanimidade essas duas obras a Lucas, o médico, um companheiro próximo de Paulo (Cl 4,14; Fm 24; 2Tm 4,11), e, como as evidências internas sustentam esse ponto de vista, não há motivos para contestar a autoria de Lucas.
Tanto o estilo quanto a linguagem oferecem evidências convincentes de que a mesma pessoa escreveu Lucas e Atos. “ O primeiro tratado” At 1,1 é, então provavelmente, uma referência ao terceiro evangelho, como o primeiro de uma série de dois volumes. E o fato de o escrito dedicar ambos os livros a Teófilo também demonstra solidamente uma autoria comum. Visto que a tradição de igreja atribui com unanimidade essas duas obras a Lucas, o médico, um companheiro próximo de Paulo (Cl 4,14; Fm 24; 2Tm 4,11), e, como as evidências internas sustentam esse ponto de vista, não há motivos para contestar a autoria de Lucas.
Data
Eruditos que admitem que Lucas usou o Evangelho de Marcos como fonte para escrever seu próprio relato datam Lc por volta do ano 70 dC. Outros, entretanto, salientam que Lucas o escreveu antes de At, que ele escreveu durante o primeiro encarceramento de Paulo pelos romanos, cerca de 63 dC. Como Lucas estava em Cesaréia de Filipe durante os dois anos em que Paulo ficou preso lá (At 27,1), ele teria uma grande oportunidade durante aquele tempo para conduzir investigações que ele menciona em 1,1-4. Se for este o caso, então o Evangelho de Lc pode ser datado por volta de 59-60 dC, mas no máximo até 75 dC.
Eruditos que admitem que Lucas usou o Evangelho de Marcos como fonte para escrever seu próprio relato datam Lc por volta do ano 70 dC. Outros, entretanto, salientam que Lucas o escreveu antes de At, que ele escreveu durante o primeiro encarceramento de Paulo pelos romanos, cerca de 63 dC. Como Lucas estava em Cesaréia de Filipe durante os dois anos em que Paulo ficou preso lá (At 27,1), ele teria uma grande oportunidade durante aquele tempo para conduzir investigações que ele menciona em 1,1-4. Se for este o caso, então o Evangelho de Lc pode ser datado por volta de 59-60 dC, mas no máximo até 75 dC.
Conteúdo
Uma característica distinta do Evangelho de Lc é sua ênfase na universalidade da mensagem cristã. Do cântico de Simeão, louvando Jesus como “luz... Para as nações” (2,32) ao comissionamento do Senhor ressuscitado para que se “pregasse em todas as nações” (24,47), Lc realça o fato de que Jesus não é apenas o Libertador dos judeus, mas também o Salvador de todo o mundo.
Uma característica distinta do Evangelho de Lc é sua ênfase na universalidade da mensagem cristã. Do cântico de Simeão, louvando Jesus como “luz... Para as nações” (2,32) ao comissionamento do Senhor ressuscitado para que se “pregasse em todas as nações” (24,47), Lc realça o fato de que Jesus não é apenas o Libertador dos judeus, mas também o Salvador de todo o mundo.
A
fim de sustentar esse tema, Lc omite muito material que é estritamente de
caráter judaico. Por exemplo, ele não inclui o pronunciamento de condenação de
Jesus aos escribas e fariseus (Mt 23), nem a discussão sobre a tradição judaica
(Mt 15,1-20; Mc 7,1-23). Lc também exclui os ensinamentos de Jesus no Sermão da
Montanha que tratam diretamente do seu relacionamento com a lei (Mt 5,21-48; 6,1-8.16-18).
Lc também omite as instruções de Jesus aos Doze para se absterem de ministrar
aos gentios e samaritanos (Mt 10,5).
Por
outro lado, Lc inclui muitas características que demonstram universalidade. Ele
enquadra o nascimento de Jesus em um contexto romano (2,1-2; 3,1), mostrando
que o que ele registra tem significado para todas as pessoas. Ele enfatiza
ainda, as raízes judaicas de Jesus. De todos os escritores dos Evangelhos só
ele registra a circuncisão e dedicação de Jesus (2,21-24), bem como sua visita
ao Templo quando menino (2,41-52). Somente ele relata o nascimento e a infância
de Jesus no contexto de judeus piedosos como Simeão, Ana, Zacarias e Isabel,
que estavam entre os fiéis restantes “esperando a consolação de Israel” (2,25).
Por todo o Evangelho, Lc deixa claro que Jesus é o cumprimento das esperanças
do AT relacionadas à salvação.
Um versículo chave do evangelho de Lc é o 19,10, que declara que Jesus “veio buscar e salvar o que se havia perdido”. Ao apresentar Jesus como Salvador de todos os tipos de pessoas, Lc inclui material não encontrado nos outros evangelhos, como o relato do fariseu e da pecadora (7,36-50); a parábola do fariseu e o publicano (18,9-14); a história de Zaqueu (19,1-10); e o perdão do ladrão na cruz (23,39-43).
Lc ressalta as advertências de Jesus sobre o perigo dos ricos e a simpatia dele pelos pobres (1,53;4,18; 6,20-21.24-25; 12,13-21; 14,13; 16,19-31; 19,1-10).
Um versículo chave do evangelho de Lc é o 19,10, que declara que Jesus “veio buscar e salvar o que se havia perdido”. Ao apresentar Jesus como Salvador de todos os tipos de pessoas, Lc inclui material não encontrado nos outros evangelhos, como o relato do fariseu e da pecadora (7,36-50); a parábola do fariseu e o publicano (18,9-14); a história de Zaqueu (19,1-10); e o perdão do ladrão na cruz (23,39-43).
Lc ressalta as advertências de Jesus sobre o perigo dos ricos e a simpatia dele pelos pobres (1,53;4,18; 6,20-21.24-25; 12,13-21; 14,13; 16,19-31; 19,1-10).
Este
evangelho tem mais referências à oração do que os outros evangelhos. Lc
enfatiza especialmente a vida de oração de Jesus registrando sete ocasiões em
que Jesus orou que não são encontrados em mais nenhum outro lugar (3,21; 5,16;
6,12; 9,18.29; 11,1; 23,34.46). Só Lc tem as lições do Senhor sobre a oração
ensinada nas parábolas do amigo importuno (18,9-14). Além disso, o evangelho é
abundante em notas de louvor e ação de graças ( 1,28,46-56.68-79; 2,14.20.29-32;
5.25-26; 7.16; 13,13; 17,15; 18,43)
Cristo Revelado
Além
de apresentar Jesus como o Salvador do mundo, Lc dá os seguintes testemunhos sobre
ele:
Jesus
é o profeta cujo papel equipara-se ao Servo e Messias (4,24; 7.16.39; 9.19; 24.19)
Jesus
é o homem ideal, o perfeito salvador da humanidade. O título “Filho do Homem” é
encontrado 26 vezes no evangelho.
Jesus
é o Messias. Lc não apenas afirma sua identidade messiânica, mas também tem o
cuidado de definir a natureza de seu messianismo. Jesus é, por excelência, o
Servo que se dispõe firmemente a ir a Jerusalém cumprir seu papel (9,31.51).
Jesus é o filho de Davi (20,41-44), o Filho do Homem (5,24) e o Servo Sofredor
(4,17-19, que foi contado com os transgressores (22.37).
Jesus
é o Senhor exaltado. Lc refere-se a Jesus como “Senhor” dezoito vezes em seu
evangelho.
Jesus
é o amigo dos proscritos humildes. Ele é constantemente bondoso para com os
rejeitados.
O Espírito Santo em Ação
Há
dezesseis referências explicitas ao ES, ressaltando sua obra tanto na vida de
Jesus quanto no ministério continuo da igreja.
Em
primeiro lugar: a ação do ES é vista na vida de várias pessoas fiéis,
relacionadas ao nascimento de João Batista e Jesus (1,35.41.67; 2,25-27), bem
como no fato de
João
ter cumprido seu ministério sob a unção do ES (1,15). O mesmo Espírito
capacitou Jesus para cumprir seu ministério.
Em
segundo lugar: O ES capacita Jesus para cumprir seu ministério — o Messias
ungido pelo ES. Nos caps 3-4, há cinco referencias ao Espírito, usadas com
força progressiva. 1) O Espírito desce sobre Jesus em forma corpórea, como uma
pomba (3,22); 2) Ele leva Jesus ao deserto para ser tentado (4,1); 3) Após sua
vitória sobre a tentação, Jesus volta para a Galiléia no poder do mesmo (4,14)
4) Na sinagoga de
Nazaré,
Jesus lê a passagem messiânica: “O Espírito do Senhor está sobre mim...”(4.18;
Is 61.1-2), reivindicando o cumprimento nele (4.21). Então, 5) evidência seu ministério
carismático está repleta (4.31-44) e continua em todo seu ministério de poder e
compaixão.
Em
terceiro lugar: O ES, através de oração de petição leva a cabo o ministério
messiânico. Em momentos críticos daquele ministério, Jesus ora antes, durante
ou depois do acontecimento crucial (3.21; 6.12; 9.18,28; 10.21). O mesmo ES que
foi eficaz através de orações de Jesus dará poder as orações dos discípulos
(18.1-8) e ligará o ministério messiânico de Jesus ao ministério poderoso deles
através da igreja (24.48.49).
Em
quarto lugar: O ES espalha alegria tanto a Jesus como à nova comunidade. Cinco
palavras gregas denotando alegria ou exultação são usadas duas vezes com mais
freqüência tanto Lc como Mt ou Mc. Quando os discípulos voltam com alegria de
sua missão (10.17), “Naquela mesma hora, se alegrou Jesus no ES e disse...”
(10.21). Enquanto os discípulos estão esperando pelo Espírito prometido
(24.49), “adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém. E estavam
sempre no templo, louvando e bendizendo a DEUS” (24.52-53)
Esboço de Lucas
I.
Prólogo
1.1-4
II.
II.
A narrativa da infância 1.5-2.52
·
Anúncio
do nascimento de João Batista 1.5-25
·
Anúncio
do nascimento de Jesus 1.26-38
·
Visita
das duas mães 1.39-56
·
O
nascimento de João Batista 1.57-80
·
O
nascimento de Jesus 2.1-40
·
O
menino Jesus no templo 2.41-52
III.
Preparação para o ministério público 3.1-4.13
·
O
ministério de João Batista 3.1-20
·
O
batismo de Jesus 3.21-22
·
A
genealogia de Jesus 3.23-38
·
A
tentação 4.1-13
IV.
O ministério galileu 4.14-9.50
·
Em
Nazaré e Carfanaum 4.14-44
·
Do
chamamento de Pedro ao chamamento dos doze 5.1-6.16
·
O
Sermão da Montanha 6.17-49
·
Narrativa
e diálogo 7.1-9.50
V.
A narrativa de viagem (no caminho para Jerusalém) 9.51-19.28
VI.
O ministério de Jerusalém 19.29-21.38
·
Acontecimentos
na entrada de Jesus em Jerusalém 19.29-48
·
História
de controvérsias 20.1-21.4
·
Discurso
escatológico 21.5-38
VII.
A paixão e glorificação de Jesus 22.1-24.53
·
A
refeição de Páscoa 22.1-38
·
A
paixão, morte e sepultamento de Jesus 22.39-23.56
·
A
ressurreição e a ascensão 24.1.53
Nenhum comentário:
Postar um comentário