terça-feira, 27 de dezembro de 2022

NA TRIBULAÇÃO O ESPÍRITO SANTO SERÁ RETIRADO DA TERRA CONTINUAÇÃO…

Vamos dar uma examinada no texto em questão:

2 Tessalonicenses 2:1″Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos-vos, irmãos”,

2 “que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto.”

3 “Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição,”

4 “aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus.”

2 Tessalonicenses 2:5 “Não vos lembrais de que eu vos dizia estas coisas quando ainda estava convosco?”

6 “E agora vós sabeis o que o detém para que a seu próprio tempo seja revelado.”

7 “Pois o mistério da iniquidade já opera; somente há um que agora o detém até que seja posto fora;”

8 “e então será revelado esse iníquo, a quem o Senhor Jesus matará como o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda;”

 

Vamos partir do princípio de que o Espirito Santo não pode ser retirado da terra e nem de lugar nenhum pois este é onipresente.

 

Como poderíamos tirar alguém que possui o atributo da onipresença de algum lugar?

 

“Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.” Sl 139.7-10

O Espírito Santo não será retirado da terra e nem poderia ser porque ele é onipresente.

Um outro ponto a se considerar é que vai haver salvação durante a tribulação portanto o Espírito Santo não poderá ser retirado.

Vai haver salvação durante a tribulação.

Durante a tribulação o Espírito Santo não vai ser retirado da terra. Pois está comprovado pela Bíblia que haverá salvação neste período. se haverá salvação durante a tribulação então é necessário que haja o Espírito Santo, pois ele é quem trabalha convencendo o homem da necessidade de salvação.

 

Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vô-lo enviarei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Jô 16,7-8

 

Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo. 1Cor 12,3

 

Portanto se vai haver salvação durante o período da tribulação é necessário que a pessoa do Espírito Santo esteja presente na terra.

 

Provas contundentes de salvação durante a tribulação.

 

Ap 7.1-14

Os 144 mil Judeus evangelistas

1 “Depois disto vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma. 2 E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, tendo o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, quem fora dado que danificassem a terra e o mar, 3 dizendo: Não danifiques a terra, nem o mar, nem as árvores, até que selemos na sua fronte os servos do nosso Deus.” 4″ E ouvi o número dos que foram assinalados com o selo, cento e quarenta e quatro mil de todas as tribos dos filhos de Israel: 5 da tribo de Judá havia doze mil assinalados; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade, doze mil; 6 da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manassés, doze mil; 7 da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; 8 da tribo de Zebulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamim, doze mil assinalados.”

 

Perceba que não é a igreja que evangeliza durante a tribulação, mas são 144 mil judeus que se convertem e substitui a igreja na última grande comissão. Com a saída da igreja no arrebatamento Deus volta a tratar com Israel. A prova disso é que esses judeus são selados (salvos) imediatamente após a saída da igreja.

 

O texto abaixo mostra o resultado da evangelização dos 144 mil, que é a conversão de almas confira:

 

Os convertidos da tribulação

 

9 “Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos; 10 e clamavam com grande voz: Salvação ao nosso Deus, que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro. 11 E todos os anjos estavam em pé ao redor do trono e dos anciãos e dos quatro seres viventes, e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus”, 12 “dizendo: Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém. 13 E um dos anciãos me perguntou: Estes que trajam as compridas vestes brancas, quem são eles e donde vieram? 14 Respondi-lhe: Meu Senhor, tu sabes. Disse-me ele: Estes são os que vêm da grande tribulação, e levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.”

 

Palmas simboliza vitória e paz, e eles lavaram as suas vestiduras no sangue do cordeiro, ou seja se salvaram.

 

Duas testemunhas profetizam durante a tribulação no capítulo 11, elas atuam no território de Israel.

 
Além das duas testemunhas pregando durante a tribulação, também vemos um anjo pregando neste período observe:

 

Apocalipse 14:6 E vi outro anjo voando pelo meio do céu, e tinha um evangelho eterno para proclamar aos que habitam sobre a terra e a toda nação, e tribo, e língua, e povo,

 

Apocalipse 14:7 dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.

 

Deus nunca ordenou aos anjos que pregassem, mas durante o período da tribulação ele abre uma exceção. Se vai haver pregação e salvação como provamos aqui então a presença do Espírito Santo é indispensável.

 

Com estes dois argumento que apresentei ficou claro que o Espírito não sairá. Então quem é o detentor? quem é que vai ser retirado para a manifestação do anticristo?

2 Ts 2:6 “E agora vós sabeis o que o detém para que a seu próprio tempo seja revelado.”

7 “Pois o mistério da iniquidade já opera; somente há um que agora o detém até que seja posto fora;”

8 “e então será revelado esse iníquo, a quem o Senhor Jesus matará como o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda;”

 

QUEM É O DETENTOR?

Se a Bíblia diz que alguém tem que sair para que o anticristo se manifeste então isso deve acontecer com certeza.

Passarei agora a explicar esta passagem sobre o detentor em partes:

 

Os 3 aspectos da salvação

A nossa salvação é um processo em andamento, ela se manifestará completamente no futuro.

 

  • Nosso espírito é salvo.

 

Primeiro Deus salvou o nosso espírito nos regenerando, fazendo-o nascer de novo, ou sendo recriado.

 

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, - 1Pd 1,3


“Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.”  - Jô 3,3


  • Salvação da alma.

 

Tg 1,21 - “Pelo que, despojando-vos de toda sorte de imundícia e de todo vestígio do mal, recebei com mansidão a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as vossas almas.”

 

A alma vai sendo salva a cada dia pela renovação da mente, o texto mostra que a salvação da alma é um processo contínuo. 


Sabemos que a sede da alma é a mente, a alma do homem é composta de mente, vontade e emoção. Das três faculdades da alma a mente é a principal. 


Portanto a Bíblia nos ensina a focar na renovação da mente e isso é um processo constante, que só termina com a morte. 


“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” ´Rm 12,2

 

A alma é salva quando vivenciamos Cristo crucificando a carne com as paixões. Passamos a pensar como Cristo e então andamos em novidade de vida.

 

  • A salvação do corpo.

 

O corpo é a última parte do ser do homem a ser salvo, por esta razão ainda  morremos. Pois a transformação do corpo é uma esperança futura observe.

 

Rm 8.20-25 - 20 Porquanto a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou, 21 na esperança de que também a própria criação há de ser liberta do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. 22 Porque sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora; 23 e não só ela, mas até nós, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, aguardando a nossa adoção a saber, a redenção do nosso corpo. 24 Porque na esperança fomos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? 25 Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.

 

O que Paulo está falando aqui quando diz “Em esperança fomos salvos”  confirma que esta esperança é a redenção ou salvação do corpo quando diz.  “aguardando a nossa adoção a saber, a redenção do nosso corpo. 

 

Existe uma parte da salvação que ainda não chegou e que estamos aguardando chegar. Ela se dará no futuro confira:

 

1 Pd 1.3-5 - 3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, 4 para uma herança incorruptível, incontaminável e imarcescível, reservada nos céus para vós, 5 que pelo poder de Deus sois guardados, mediante a fé, para a salvação que está preparada para se revelar no último tempo;

 

Pedro fala de uma herança incorruptível, incontaminável e imarcescível obviamente se referindo ao corpo de glória.

 

Considere atentamente a expressão “para a salvação que está preparada para se revelar no último tempo;”

 

Pedro fala de algo que irá se manifestar no futuro assim como Paulo em romanos 8. Então está bem claro que a salvação está em curso e que se dará completamente quando tivermos um corpo de glória.

 

Mais o que isso tem a ver com o detentor? E com a questão do Espírito Santo ser retirado da terra?

 

Tudo a ver

 

Quando nascemos de novo o Espírito Santo veio habitar dentro de nós E ele é a garantia do que está por vir. E o que está por vir é a bendita esperança o corpo de glória.

 

2 Coríntios 1:22 nos selou como sua propriedade e pôs o seu Espírito em nossos corações como garantia do que está por vir. (NVI)

 

Após a redenção do corpo, o espírito que fora penhorado como garantia deixará de agir sobre nós.

 

Estamos em uma dispensação única em que o Espírito Santo age dentro e sobre os crentes. Age dentro de cada crente no processo de transformação guiando-nos em toda a verdade. E também age sobre nós através dos dons espirituais e ministeriais.

 

Essa dispensação é chamada do ministério do Espírito Santo e ela começou no pentecostes no livro de Atos capítulo 2 e vai até o arrebatamento da igreja.

 

Não é o Espírito Santo que será retirado da terra mas é ele que deixa de agir sobre os crentes por ocasião do arrebatamento. Pois a igreja não estará mais aqui então ele perde a sua função.

 

Vamos amadurecer esta ideia

 

Deus deixou o seu Espírito como garantia de algo que viria ou seja a redenção definitiva do homem incluindo o corpo.

 

2 Coríntios 5:1 “Sabemos que, se for destruída a temporária habitação terrena em que vivemos, temos da parte de Deus um edifício, uma casa eterna nos céus, não construída por mãos humanas.” 2 “Enquanto isso, gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação celestial,”

 

Habitação celestial se refere ao corpo de glória.

 

2 Coríntios 5:3 “porque, estando vestidos, não seremos encontrados nus.” 4 Pois, enquanto estamos nesta casa, gememos e nos angustiamos, porque não queremos ser despidos, mas revestidos da nossa habitação celestial, para que aquilo que é mortal seja absorvido pela vida. 5 Foi Deus que nos preparou para esse propósito, dando-nos o Espírito como garantia do que está por vir.

 
Observe que o Espirito Santo é a garantia ou penhor do que está por vir (corpo de glória)

 

A redenção do corpo é a finalização do processo de salvação do crente. E o Espírito foi dado como um penhor. Uma vez o corpo de glória nos sendo dado o penhor é retirado.

 

Quando vamos ao banco empenhar uma joia. Deixamos a joia e pegamos o dinheiro. A joia fica como garantia ou penhor  de que vamos voltar para pagar a dívida. Depois de cumprido o prazo de resgate voltamos ao banco com o dinheiro e resgatamos a joia novamente. retiramos o penhor que foi a joia e em troca cumprimos a promessa de devolver o dinheiro.

 

Da mesma forma acontecerá conosco. Deus nos deu seu Espirito como uma garantia ou penhor na promessa de que nos daria um corpo de glória e cumpriria com isso a promessa da salvação completa. No espírito, alma e corpo.

 

Por ocasião do arrebatamento essa promessa se cumpre, e uma vez estando todos nós com a salvação completada também no corpo,  então o penhor (Espírito Santo) é retirado de dentro de nós.

 

Observe as passagens abaixo.
 

Efésios 1:13-14 Quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados em Cristo com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da sua glória 


A expressão “até” indica uma validade, indica um término de algo que estava em curso, indica o fim de algo. Então o texto de Efésios diz que o Espirito Santo estará em nós até a redenção daqueles que pertencem a Deus. A herança em questão é o corpo de glória. 

 

Amadurecendo a ideia um pouco mais

 

A partir de 1 Co 12 Paulo inicia um assunto sobre os dons espirituais e no capítulo 13 ele fala sobre o dom supremo. Ele diz que os dons cessarão quando vier o que é perfeito.

1 Coríntios 13:9-10 -  porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.

 

Sobre perfeição ele fala no contexto de maturidade, quando por decisão deixamos as coisas de menino. Mas existe a perfeição completa e definitiva que vai ocorrer na transformação do corpo e isso não é dado por esforço humano a incorruptibilidade vai operar imediatamente quando nosso corpo for transformado. Nesse momento o que é em partes  que são os dons vai deixar de operar.

 

O que é em partes que vai ser aniquilado ou deixar de operar? A manifestação dos dons, isso vai deixar de operar.

 

Os dons (o que é em partes) deixa de operar na igreja assim que os corpo de glória que é a bendita esperança chegar. Porque o detentor (Espirito Santo) sai de sobre nós..

 

1 Coríntios 13:9-10 -  porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.

 

Veja a definição da palavra “aniquilado” no grego.

 

Aniquilado - καταργεω katargeo de 2596 e 691 ; TDNT – 1:452,76; v 1) desempregado, inativo, inoperante 1a) fazer um pessoa ou coisa não ter mais eficiência 1b) privar de força, influência, poder 2) fazer cessar, pôr um fim em, pôr de lado, anular, abolir 2a) cessar, ser posto de lado 2b) ser afastado de, separado de, liberado de, livre de alguém 2c) terminar todo intercurso com alguém - Fonte: dicionário grego Strong

 

A operação do Espírito vai ser posta de lado, pois não terá mais utilidade para a igreja. Pois a sua missão terminou.

 

CONCLUSÃO

 

Durante a tribulação o Espírito Santo não será retirado da terra, O Espírito Santo será retirado de sobre os crentes e não da terra. O que cessa é a sua manifestação no corpo de Cristo porque este saiu no arrebatamento.

domingo, 18 de dezembro de 2022

Sinais do Fim dos Tempos

Os sinais do fim dos tempos descrevem acontecimentos que vão culminar na segunda vinda de Jesus para buscar a Sua igreja.

 

A Bíblia nos revela vários sinais que indicam que o fim dos tempos está próximo. Muitos desses sinais já se manifestam hoje, veja quais são.

 

  1. Guerras - Jesus afirma em Mateus 24:7 que nos últimos tempos, antes do fim, nações entrarão em desacordo. Atualmente vemos como existem vários conflitos armados entre nações.
  1. Falsos mestres e falsos "cristos" - Muitos se levantarão anunciando que são Jesus Cristo, e na realidade conseguirão enganar muitas pessoas (Mateus 24:5). Isso já acontece nos dias de hoje. Quando Jesus voltar, virá com grande glória e esplendor, e ninguém poderá negar que Ele é o Senhor.
  1. Abandono da fé - Em 1 Timóteo 4:1 a Palavra de Deus nos diz que algumas pessoas abandonarão a fé porque seguirão os ensinamentos de espíritos malignos e enganadores. Por isso devemos nos manter firmes no que a Bíblia ensina.
  1. Desastres naturais e fome - Outro sinal que o fim está próximo são catástrofes, como vemos em Mateus 24:7. Enchentes, secas, incêndios, tsunamis e terremotos são muito comuns nos dias de hoje, assim como a fome para muitas pessoas.
  1. Má conduta do ser humano - Vemos em Mateus 24:12 e 2 Timóteo 3:2-3 que nos últimos dias o comportamento mau do ser humano vai piorar. É possível ver hoje em dia que a maldade das pessoas parece estar se agravando.
  1. Esforço pela paz e segurança - 1 Tessalonicenses 5:3 afirma que haverá um falso sentimento de paz e segurança. Hoje em dia, muitas países se juntam tentando garantir a paz, o que indica que o fim está iminente.
  1. Morte de cristãos - No fim dos tempos, muitas pessoas perderão a sua vida por anunciarem a sua fé, como é possível ver em Mateus 24:9-10. Este é outro sinal que já se verifica atualmente.
  1. Pregação do Evangelho - A Bíblia nos diz que o fim virá quando o Evangelho for pregado em todo o mundo (Mateus 24:14). As boas novas do Evangelho têm sido anunciadas em todos os continentes, mas ainda há muitas pessoas que precisam ouvir sobre o amor de Deus e o sacrifício de Jesus.   

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Os amigos de Jó

Jó 2.11-13

 

Introdução: Quando os amigos de Jó ficaram sabendo que ele estava sofrendo luto, perdas e dores físicas, logo foram visitá-lo. Eles foram juntos com o propósito de “condoer-se e consolá-lo” (v.11) e realmente ficaram com dó de Jó quando “levantando eles de longe os olhos e não o reconhecendo, ergueram a voz e choraram” (v.12). Ficaram juntos com Jó em silêncio por sete dias (v.13), mas depois tentaram consolar seu amigo com argumentos próprios sem saber que se tratava de algo espiritual (Jó 1 e 2). Jó estava sozinho, até sua mulher estava descrente (Jó 2.9), então precisa de ajuda. A maior parte do livro de Jó é dedicada aos diálogos com seus amigos.

 

Você tem amigos?

 

Vamos refletir nas palavras dos amigos de Jó para reconhecer alguns tipos de amizade:

 

1- Elifaz e a EXPERIÊNCIA

 

O primeiro amigo a falar foi Elifaz, o temanita por que era da região de Temã. O discurso de Elifaz é baseado na experiência de vida, relembrando exemplos bons da vida de Jó (Jó 4.3-4), bem como momentos ruins (Jó 22.7-10). Talvez Elifaz fosse o mais velho de todos ali, por isso foi o primeiro a ter direito à palavra. Os três discursos de Elifaz estão nos capítulos 4, 5, 15 e 22 do livro de Jó.

 

Note as palavras de Elifaz para seu amigo Jó quanto à experiência:

·         Experiências do próprio Jó: Elifaz tenta lembrar seu amigo de situações que já tinha enfrentado e vencido, dizendo: “eis que tens ensinado a muitos e tens fortalecido mãos fracas. As tuas palavras têm sustentado aos que tropeçavam, e os joelhos vacilantes tens fortificado. Mas agora, em chegando a tua vez, tu te enfadas; sendo tu atingido, te perturbas” (Jó 4.3-5).  Além disso, diz que Jó teve outras oportunidades de ajudar outras pessoas, mas não fez (Jó 22.7-10) por isso estava precisando ser ajudado para sentir na pele a necessidade.

·         Experiências de outras pessoas: depois Elifaz recorda Jó de fatos que ocorreram a outras pessoas: “lembra-te: acaso, já pereceu algum inocente? E onde foram os retos destruídos? Segundo eu tenho visto, os que lavram a iniquidade e semeiam o mal, isso mesmo eles segam” (Jó 4.7-8). Se Deus é justo com outas pessoas também o seria com Jó. Também advertiu “queres seguir a rota antiga, que os homens iníquos pisaram?” (Jó 22.15), pois se Jó pecasse também seria castigado.

·         Experiências de Elifaz: então começa a dizer sobre suas próprias experiências pessoas dizendo “quanto a mim, eu buscaria a Deus e a ele entregaria minha causa” (Jó 5.8) e chama atenção para seus conselhos “escuta-me, mostrar-to-ei; e o que tenho visto te contarei” (Jó 15.17). Sem saber a dor que havia em seu amigo, Elifaz acha que também já sofreu como Jó. Os conselhos de Elifaz são “reconcilia-te” (Jó 22.21) e “se te converteres” (Jó 22.23), mostrando-se como alguém que tem experiência com Deus.

 

As experiências de vida nunca podem ser desprezadas porque “a tribulação produz perseverança, e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança” (Romanos 5.3,4). Mas as experiências de cada um são diferentes e até com uma mesma pessoa, as situações são diversas em cada momento.

 

Existem amigos, como Elifaz, que acham que ‘ele faz’, ou seja, baseiam em sua própria sabedoria e conhecimento achando-se superiores. Se você tem um amigo que se acha muito sábio, com ar de superioridade, este não é um verdadeiro amigo que se coloca, junto ou no lugar do próximo.

 

Procure amigos experientes, mas que sejam humildes!

 

2- Bildade e a VAIDADE

 

O segundo amigo de Jó a tentar lhe consolar foi Bildade, o suíta, pois vinha da região de Suá. O argumento de Bildade era quanto às vaidades do mundo, mostrando a seu amigo que tudo passaria. Os três discursos de Bildade nos capítulos 8, 18 e 25 do livro de Jó mostram que se preocupava muito com as vaidades dos seres humanos.

 

Perceba os argumentos de Bildade:

·         Vaidade do tempo: Bildade mostra que tudo passa “porque nós somos de ontem e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra” (Jó 8.9). Faz também uma comparação com plantas que são belas, mas secam (Jó 8.11,12) e com uma teia de aranha que não tem firmeza (Jó 8.14-18). Lembra também que outras pessoas já viveram e sofreram tanto como Jó (Jó 8.8-10) e que tudo que estava vivendo iria passar rapidamente (Jó 8.7, 21,22).

·         Vaidade das palavras: Bildade repreende seu amigo por falar demais “até quando falarás tais coisas? E até quando as palavras da tua boca serão qual vento impetuoso?” (Jó 8.2), pois para Bildade não adiantava ficar falando, mas sim confiar em Deus (Jó 8.5,6). Por isso chama atenção “até quando andarás à caça de palavras? Considera bem, e, então, falaremos” (Jó 18.2), achando que Jó estaria exagerando em suas palavras, embora na verdade estava apenas desabafando.

·         Vaidade dos homens: Bildade defende a justiça Divina e afirma que o homem é pecador (Jó 25.1-6), injusto e merecedor de todo sofrimento, “por que somos reputados por animais, e aos teus olhos passamos por curtos de inteligência?” (Jó 18.3). Ainda fala quanto aos que são maus que serão frustrados se pensam que não têm castigo (Jó 18.5-10). Descreve o futuro de quem não confia em Deus dizendo que “tais são, na verdade, as moradas do perverso, e este é o paradeiro do que não conhece a Deus” (Jó 18.21). Com este argumento, Bildade diz que tanto os filhos de Jó pagaram pelos seus erros (Jó 8.4) como o próprio Jó era merecedor disso tudo.

 

O discurso de Bildade é muito sábio, quanto às doutrinas das Escrituras, mas são desprovidos de sentimento. Enquanto afirma que tudo passa, o tempo, as palavras e as intenções humanas, Bildade não reconhece a dor de seu amigo que a cada segundo é longo por causa de suas feridas e angústia. Jó precisava desabafar o que sentia e estava disposto a buscar a Deus.

 

Existem amigos que são como Bildade, uma verdadeira ‘beldade’, ou seja, falam palavras bonitas, porém não sentem o que estamos sofrendo. São pessoas que só pensam em si mesmas. Para eles mais vale o seu próprio eu e suas vaidades do que compartilhar o que vivemos.  Se você perceber vaidade, orgulho ou arrogância em uma pessoa saiba que esta não é uma amizade verdadeira.

 

Cuidado com amigos que são vaidosos!

 

3- Zofar e o LEGALISMO

 

O terceiro amigo a falar com Jó foi Zofar, o naamatita, pois era da região de Naamá. O discurso de Zofar foi legalista. Acusou Jó de estar pagando pelos próprios erros. Não se importava com o sofrimento de seu amigo, preferindo assistir mais um julgamento Divino condenando-o por seus pecados. Os dois discursos de Zofar estão nos capítulos 11 e 20 do livro de Jó.

 

Percebe-se o legalismo nas palavras de Zofar:

·         Legalismo da religiosidade: no primeiro discurso de Zofar, no capítulo 11, faz uma linda pregação sobre a bondade e justiça de Deus ensinando ‘verdades’ que Jó não saberia (Jó 11.1-4). Defende a sabedoria de Deus (Jó 11.5-10) e condena os pecadores como merecedores de castigo (Jó 11.11,12 e 20). Depois dá conselhos a Jó que se arrependa e volte a buscar a Deus (Jó 11.13-19).

·         Legalismo das opiniões: Zofar se achava muito entendido e por isso falava baseado nas suas próprias opiniões “visto que os meus pensamentos me impõem resposta, eu me apresso” (Jó 20.2) e que “o meu espírito me obriga a responder segundo o meu entendimento” (Jó 20.3b). Para Zofar valia mais estar do lado certo, ou seja, com a razão, do que apoiar seu amigo.

·         Legalismo de acusações: Zofar também argumenta que Jó era muito rico porque “oprimiu e desamparou os pobres, roubou casas que não edificou” (Jó 20.19) então não poderia continuar na prosperidade (Jó 20.15-18). Convicto disto, Zofar deseja toda sorte de castigos para Jó (Jó 20.20-28), dizendo que “tal é, da parte de Deus, a sorte do homem perverso, tal a herança decretada por Deus” (Jó 20.29). Para Zofar a justiça estava acima dos sentimentos.

 

Zofar parte do pressuposto de que Jó é injusto e está em pecado, esquecendo-se que também era pecador. O tom das palavras de Zofar mostra que sua religiosidade era a resposta para tudo.

 

Pessoas legalistas são insensíveis, não se importam com o sofrimento alheio e sempre encontram um motivo que justifique o que aconteceu. Para estas pessoas as causas justificam tudo, doa a quem doer. Um verdadeiro amigo socorre ao seu próximo e não lhe acusa ou deseja o mal. Se você conhece alguém que valoriza mais as normas e religiosidade do que a vida das pessoas, então não é um verdadeiro amigo.

 

Cuidado com amigos legalistas!

 

4- Eliú e a MISERICÓRDIA

 

O último amigo que falou com Jó foi Eliú, que parece ter chegado depois, ou não foi citado antes porque era mais jovem que os outros (Jó 32.4 e6). Eliú era educado e esperou sua vez de falar (Jó 32.4,5), mas ficou nervoso “contra os três amigos, porque, mesmo não achando eles o que responder, condenavam a Jó” (Jó 32.3). Também se irritou com Jó por ter caído nas argumentações de seus três amigos tentando se defender pela sua própria experiência, vaidade e legalismo (Jó 32.2), pois isto seria auto justificar-se diante de Deus ao invés de buscar sua misericórdia. O longo discurso de Eliú está nos capítulos 32, 33, 34, 35,  36 e 37 do livro de Jó.

Eliú conduz a conversa para misericórdia:

·         Misericórdia em vez de experiência: Eliú descobre que de nada adianta ter experiência de vida sem conhecer a misericórdia de Deus, pois antes “dizia eu: falem os dias e a multidão dos anos ensine a sabedoria” (Jó 32.7). Depois descobre que “os de mais idade não é que são mais sábios, nem os velhos, os que entendem o que é reto” (Jó 32.9). Não adianta falar muito porque “só gritos vazios Deus não ouvirá” (Jó 35.13), nem basear-se em conhecimentos humanos, mas buscar sabedoria em Deus “que nos ensina” (Jó 35.11). Eliú entende que quando o homem reconhece a grandeza de Deus e sua pequenez diante do Senhor então conhece a verdadeira sabedoria revelada por Deus (Jó 33.14,15).

·         Misericórdia e não vaidade: Eliú reconhece suas limitações sentindo-se constrangido (Jó 32.18), mas declara que “não sei lisonjear” (Jó 32.22) e é humilde com “sinceridade do meu coração” (Jó 33.3). Reconhece como todos são pequenos diante de Deus e precisam se arrepender (Jó 34.19-23). Eliú descreve a soberania e perfeição de Deus acima de todas as coisas (Jó 36.24-33) e por isso todos devem se render ao Senhor (Jó 37.1-23), “por isso os homens o temem, Ele não olha para os que se julgam sábios” (Jó 37.24). Ao perceber a arrogância dos três amigos, vê que estavam mais preocupados em se mostrar sábios, do que em ajudar Jó.

·         Misericórdia e não legalismo: Eliú não defende Jó nem seus amigos (Jó 32.15) e promete que “não farei acepção de pessoas” (Jó 32.21) colocando-se no mesmo patamar de pecador que os outros, “também sou formado do barro” (Jó 33.6). Chama atenção de Jó quanto às suas defesas mostrando que Deus é maior que tudo (Jó 33.8-13). Reconhece os livramentos de Deus (Jó 33.23-26) e que “tudo isto é obra de Deus” (Jó 33.29) com propósito para o bem e não para o mal (Jó 34.12-15). Eliú corrigiu Jó por se defender para não ser rebelde (Jó 34.37) se não reconhecesse a grandeza de Deus (Jó 35.1-7), que é bom dando sempre oportunidades (Jó 36.11) então precisava se confessar reconhecendo-se como pecador ao invés de se justificar (Jó 36.12-21). Eliú percebe que os três amigos de Jó o estavam condenando ao invés de ensinar sobre a misericórdia e perdão de Deus.

 

As palavras de Eliú foram como bálsamo, mesmo que confrontando o ambiente de auto piedade onde Jó tentava se condoer diante da insensibilidade de seus ‘amigos’. Enquanto Jó se justificava em vez de reconhecer a justiça de Deus, seus amigos, o condenavam em vez de ajudá-lo. A sabedoria de Eliú se destaca porque apresenta a Jó um Grande Amigo que é o Deus misericordioso e que pode mudar todas as coisas. Então Jó se lembrou “como fui nos dias do meu vigor, quando a amizade de Deus estava sobre a minha tenda” (Jó 29.4). O Deus que para Jó tinha se tornado um inimigo castigador e irado, agora se revela cheio de bondade e amor, graças ao ensino do jovem Eliú, que conhecia a misericórdia Divina.

 

Amigos como Eliú sempre chegam na hora certa, são sábios, respeitosos e acima de tudo colocam Deus em primeiro lugar. São pessoas que não se julgam superiores, nem melhores, mas procuram se colocar em nosso lugar. A palavra misericórdia significa ‘miséria do coração’ e tem o sentido de sentir a dor do outro.

 

Ao invés de julgar por nossa experiência pessoal, pela vaidade de se achar melhor ou condenar com legalismo é melhor fazer como Jesus disse “bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mateus 5.7).

 

Procure amigos que conheçam a misericórdia de Deus!

 

Faça amigos verdadeiros!

 

CONCLUSÃO

 

Jó 42.10 “Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o SENHOR deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra”

 

A vida Jó mudou depois que aprendeu a orar por seus amigos. Jó sabia que precisava de amigos verdadeiros, mas que acima de tudo dependia de Deus e que também deveria ser um amigo para seu próximo. Foi na sua angústia que Jó conheceu a verdadeira amizade, pois “ao aflito deve o amigo mostrar compaixão” (Jó 6.14) e mudou seu comportamento reconhecendo “eu sou irrisão para os meus amigos” (Jó 12.4).

 

Jó desabafou sua solidão quando viu que “todos os meus amigos íntimos me abominam, e até os que eu amava se tornaram contra mim” (Jó 19.19). Somente quando esteve completamente só é que passou a buscar a Deus como amigo, pois “os meus amigos zombam de mim, mas os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus” (Jó 16.20). Então pediu a seus companheiros que reconhecessem seu sofrimento dizendo “compadecei-vos de mim, amigos meus, compadecei-vos de mim” (Jó 19.21).

 

Quando Jó se concertou com Deus passando a orar e ouvir a voz de Deus (Jó 38 e 39), confessando-se pecador (Jó 40.3-5) e ouviu Deus falar com ele de maneira poderosa (Jó 40.6-24 e 41.1-34). Por isso Jó reconhece que somente agora conhecia Deus como um verdadeiro amigo, porque “na verdade, falei do que não entendia, coisas maravilhosas demais para mim, coisas que não conhecia... eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem” (Jó 42.3b e 5). Agora Jó estava disposto a aprender a verdade (Jó 42.4) reconhecendo-se como pecador (Jó 42.6).

 

Entretanto chegou a hora de Jó ajudar seus amigos, porque “tendo o SENHOR falado estas palavras a Jó, o SENHOR disse também a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó” (Jó 42.7).  Então Jó orou por seus amigos ao invés de fazer como eles e começar a discutir quem estava com razão.

 

Amigos de verdade são aqueles que oram por você e com você. Não adianta ficar falando e argumentando. Os amigos de Jó foram sinceros enquanto ficaram em silêncio e choraram com Jó e também quando ficaram em silêncio (Jó 2.12,13). Mas verdadeiros amigos oram e colocam tudo diante do maior de todos os Amigos: JESUS!

 

Procure amigos de Oração!