sexta-feira, 11 de maio de 2012

SERMÃO DA MONTANHA - LIÇAO 16 – O COMPROMISSO DO CRISTÃO.




 
“Samuel replicou-lhe: Acaso o Senhor se compraz tanto nos holocaustos e sacrifícios como na obediência à sua voz? A obediência é melhor que o sacrifício e a submissão valem mais que a gordura dos carneiros.” (1 Sm 15,22).

  1. INTRODUÇAO.

Quando Jesus terminou seu Sermão da Montanha, ficou clara uma proposta de contracultura (ia de encontro à pratica dos religiosos de então). O Mestre condena o conhecimento da letra sem conhecimento do espírito da letra; Ele condena abrir os lábios em divagações (elocuções) sem fim, com o coração longe da palavra.

Jesus leva os ouvintes a um confronto próprio e a um compromisso incondicional da mente, da vontade e da vida com seus ensinamentos. Somos advertidos por Cristo dois perigos a que estamos sujeitos no relacionamento com Ele.

  1. O PERIGO DE NOS CONTENTARMOS COM O QUE FALAMOS – (Mt 7,21-23).

Jesus descreve aqui pessoas que confiam para sua salvação no que elas dizem a Cristo ou a respeito de Cristo – “Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres?”(Mt 7,21-22).

De fato, a Bíblia insiste que para sermos salvos precisamos confessar verbalmente a Cristo (“Portanto, se com tua boca confessares que Jesus é o Senhor, e se em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. É crendo de coração que se obtém a justiça, e é professando com palavras que se chega à salvação.” – Rm 10,9-10). Jesus neste texto descreve uma confissão absolutamente admirável.

                               I.      Uma confissão respeitosa (v 21) – Chama-O de senhor, como de fato é.
                            II.      Uma confissão ortodoxa (v 21) – Chama-O de Senhor com uma perspectiva divina, ou seja, condenando-O como Senhor absoluto.
                         III.      Uma confissão fervorosa (v 22) – “Senhor, Senhor”, não formal, mas com entusiasmo, zelo e devoção.
                          IV.      Uma confissão pública (v 22) – profecias, exorcismo e milagres são atividades públicas e não particulares.

A razão por Jesus rejeitar tal profissão de fé é ela ser apenas verbal e não moral; de lábios e não de vida.

  1. O PERIGO DE NOS CONTENTARMOS COM O QUE SABEMOS – (Mt 7,24-27).

No primeiro parágrafo o contraste é entre o dizer e o fazer, e aqui é entre ouvir e fazer.

É importante notar que Jesus não está falando de cristão e não cristãos, e, sim, de pessoas iguais no que diz respeito a ouvir as palavras do Mestre (v 24-26). Os dois são colocados por Jesus de um lado o que ouve e pratica; e do outro, o que não pratica apesar de ouvir. Os dois são membros da comunidade cristã visível, lêem a Bíblia, vão à igreja, ouvem sermões, compram literatura cristã. A única diferença está nos alicerces que não podem ser vistos. Apenas uma tempestade revelará a verdade.

O que é essencial para nossa vida é ser praticamente da Palavra e não somente ouvinte (Tg 1,22-25; 2,14-20), ou seja, acima de saber, está fazer o que sabemos.

  1. CONCLUSÃO.

Temos então a alternativa de seguir a multidão ou o nosso Pai que está nos céus; ser como a cana agitada pelo vento da opinião publica ou ser dirigido pela Palavra de Deus, pela revelação do Seu caráter e por Sua vontade.

Mais importante do que  escolha de uma carreira profissional ou de um companheiro para a vida, é a escolha da própria vida.

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