Contribuição: Isaías 29:8-14
“Será também como o faminto que sonha, que está a comer, porém, acordando, sente-se vazio; ou como o sedento que sonha que está a beber, porém acordando, eis que ainda desfalecido se acha, e a sua alma com sede…”
Introdução
A palavra fala de uma tão grande alegria que experimentaram o povo judeu quando, após o longo período de cativeiro babilônico, retornaram a Jerusalém.
Desenvolvimento
No texto em destaque hoje o sentido de sonhar é diferente. No salmo a benção era real e tão maravilhosa que parecia um sonho; em Isaías O Senhor mostra uma situação inversa: o homem está enganando sua alma com coisas que não são reais, e quando despertar descobrirá que sua alma está vazia, faminta e sem esperança.
Os dias finais são duros. Muita disputa, muita injustiça, muita insegurança.
Tal como o corpo, a alma também cansa, precisa de alimento e de um lugar de descanso.
O melhor lugar para a alma deveria ser em uma igreja, de um modo geral,
O próprio Espírito Santo diz que procura uma boa ocasião para visitar o homem e operar algum dom espiritual (Romanos 1:10).
Então, a melhor ocasião para o Espírito Santo operar deveria ser num culto.
A preocupação do Senhor, quando levanta um povo para ser o portador e transmissor de suas revelações, assim como fez com Isaías, é que em muitas igrejas, aparentemente a alma está sendo saciada, porém não passa de um engano.
Estão bêbados, mas não de vinho (verso 9)
Há uma alegria que preenche temporariamente aqueles que se entregam aos movimentos religiosos, mas não é a alegria que provém do Espírito Santo (o bom vinho). Não é a alegria de conhecer o caminho e aprender a andar nele, mas é a que faz o homem titubear num caminhar incerto e inseguro.
Porque o Senhor derramou sobre vós um espírito de profundo sono
(verso 10) – a religião está dormindo, os movimentos estão dormindo.
São
como o carcereiro de Filipos, que deveria guardar a obra que recebeu,
mas colocou-a numa cela e foi dormir (Atos 16:24 e 27).
“Toda visão vos é como as palavras de um livro selado que se dá ao
que sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele dirá: Não posso porque
está selado.” (verso 11)
As igrejas evangélicas têm a Palavra nas
mãos, tem visões, tem dons, mas o entendimento está fechado, porque não
alcançam a revelação.
“Ou se dá o livro ao que não sabe ler, dizendo: Lê isto; peço-te; e ele dirá: Não sei ler.” (verso 12) – Os movimentos estão piores ainda, porque nem a Palavra estão lendo.
“E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono” (Romanos 13:11a).
“Aproxima de mim com a boca, mas o coração se afasta para longe de mim” (verso 13) – É uma obra sem transformação – sem essência – a mudança é aparente, só no exterior, mas o coração está longe do Senhor.
A mudança completa
O primeiro milagre realizado pelo Senhor foi a transformação da água em vinho.
De uma vez ele mudou tudo.
Mudou a cor da água para cor de vinho;
Mudou o cheiro da água para cheiro de vinho;
Murou o gosto da água para o gosto de vinho.
Se a mudança não fosse completa não seria vinho.
É preciso mudar a essência e não somente o nome.
Não adianta dizer que é vinho, se o gosto, a cor e o cheiro não for de vinho.
O Senhor diz: “Eis que continuarei a fazer uma obra maravilhosa no
meio desse povo” (verso 14a) – Apesar dos enganos que estão por aí, O
Senhor tem realizado a sua obra maravilhosa no meio de um povo fiel,
onde seus mistérios não estão selados – mas são revelados pelo Espírito
Santo, e a alma se farta com as delícias da Palavra de Deus.
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