Assim como o evolucionismo, o criacionismo é uma teoria que tenta explicar a origem da vida e a evolução do homem. No entanto, é importante ressaltar que a teoria criacionista segue uma linha de pensamento distinta da teoria evolucionista.
O criacionismo se baseia na fé da criação divina, como narrado na Bíblia Sagrada, mais especificamente no livro de Gênesis na qual Deus criou todas as coisas, inclusive o homem. Lembrando que diversas culturas possuem sua versão própria do criacionismo, como é o caso da mitologia grega, da mitologia chinesa, cristianismo entre outras.
O evolucionismo se baseia em pesquisas cientificas, que surgiram com o experimento científico de Oparin-Haldane. Eles acreditavam que os gases existentes teriam formado as primeiras moléculas orgânicas e mais tarde os primeiros seres vivos. A experiência de Staley Miller acabou defendendo essa teoria, já que ele construiu um equipamento que imitava as condições da Terra naquela época e obteve a presença de aminoácidos no líquido formado.
Charles Darwin, com sua publicação “A origem das espécies” (1859), afirmava que o homem era resultado de uma longa evolução que começou com os hominídeos até o homo sapiens, o que corresponde as nossas características atuais.
Darwin sugeriu que o homem e o macaco teriam um mesmo ascendente em comum por conta das semelhanças biológicas, mas isso não significa que homem é um descendente do macaco. Ele sugeriu que todos os seres vivos tiveram um ancestral comum. Ele também desenvolveu a ideia da seleção natural, na qual apenas os seres vivos mais adaptados ao ambiente imposto poderiam sobreviver.
CRIACIONISMO X EVOLUCIONISMO
Quanto à questão da evolução, há uma série de argumentos que diferenciam criacionistas e evolucionistas.
De acordo com a teoria criacionista:
-Deus criou o homem e os demais seres vivos já na forma atual há menos de 13 mil anos;
-Os fósseis (inclusive de dinossauros) são animais que não conseguiram embarcar na Arca de Noé a tempo de salvarem-se do dilúvio;
-Deus teria criado todos os seres vivos seguindo um propósito e uma intenção;
-O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus e, portanto, não descende de primatas;
-Não há como comprovar a hipótese evolutiva em laboratório e, portanto, ela não é científica;
-Desde Darwin, vários aspectos de sua teoria já foram revistos, o que prova sua inconsistência;
-A Segunda Lei da Termodinâmica demonstra que os sistemas tendem naturalmente à entropia (desorganização);
-A perfeição dos seres vivos comprova a existência de um Criador inteligente;
-Mesmo admitindo a evolução, ela só poderia ser de origem divina por caminhar sempre no sentido da maior complexidade e do aperfeiçoamento biológico;
-A origem da vida ainda não é explicada de modo satisfatório pelos evolucionistas.
Já para a teoria evolucionista:
-O homem e os demais seres vivos são resultado de uma lenta e gradual transformação que remonta há milhões de anos;
-Os fósseis e sua datação remota confirmam que a extinção de espécies também faz parte do processo evolutivo;
-As transformações evolutivas são resultado de mutações genéticas aleatórias expostas à seleção natural pelo ambiente;
-O homem não é descendente dos primatas atuais, mas tem uma relação de parentesco. Ambos descendem de um ancestral comum já extinto;
-Seres vivos com ciclo de vida mais curto comprovam a evolução por seleção e adaptação, como no caso de populações de bactérias resistentes a determinados antibióticos;
-Apenas detalhes científicos que ainda não estavam claros no tempo em que Darwin viveu, como os avanços na área da Genética e da Biologia Molecular, foram revistos. No essencial, a teoria é válida há 145 anos;
-A Segunda Lei da Termodinâmica não se aplica a sistemas abertos, como os seres vivos;
-Os seres vivos são complexos, mas longe de serem perfeitos. O apêndice humano é um exemplo de estrutura residual sem função;
-A evolução não caminha sempre para a maior complexidade. Insetos atuais são mais simples que seus ancestrais já extintos. Nem sempre a evolução significa melhoria, apenas maior adaptação ao meio ambiente;
-Aspectos fundamentais envolvendo a origem da vida ainda precisam ser mais bem esclarecidos, mas o método científico e não-dogmático é o caminho mais adequado para atingir esses objetivos.
Marco Antonio Lana (Teólogo)
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