Barrabás (do aramaico Bar Abbas,
"filho do pai") nasceu na cidade de
Jopa, ao sul da Judeia. Tinha a
profissão de remador de botes e foi contemporâneo de Jesus Cristo. É um
personagem citado no Novo Testamento, no episódio do julgamento
de Jesus por Pôncio Pilatos.
NARRATIVA BÍBLICA
Era
integrante de um partido judeu que lutava contra a dominação romana denominado zelote.
Seu
grupo agia através de ataques às legiões como meio de fustigar as forças
invasoras dominantes. Foi preso após um ataque a um grupo de soldados romanos
na cidade de Cafarnaum, onde
possivelmente um soldado foi morto. «E
havia um chamado Barrabás, que, preso com outros amotinadores, tinha num motim
cometido uma morte.» (Marcos
15:7)
Segundo
o texto bíblico, quando Jesus foi acusado pelos sacerdotes judeus perante Pôncio Pilatos, o governador da
Judeia, depois de interrogá-lo, não encontrou motivos para sua condenação. Mas
como o populacho, presente ao julgamento, vociferava contra o prisioneiro
exigindo sua crucificação,
Pilatos mandou flagelá-lo e depois exibi-lo, ensanguentado,
acreditando que a multidão se comoveria (um episódio conhecido como Ecce homo. Mas tal não
aconteceu.
Pressionado,
o governador tentou um último recurso: mandou trazer um condenado à morte, tido
como ladrão e assassino, chamado Barrabás, e, valendo-se de uma (suposta)
tradição judaica, concedeu ao povo o direito de escolher qual dos dois acusados
deveria ser solto e o outro crucificado. Então, o povo manifestou-se pela
libertação de Barrabás.
NARRATIVA FORA DA BÍBLIA
Barrabás é um personagem misterioso, citado
breve e exclusivamente no Novo Testamento,
no contexto do julgamento de Jesus.
Ele seria um criminoso condenado à morte pela justiça romana, que acaba
libertado por vontade do populacho judeu, posto a escolher entre ele e o
Nazareno.
Ester,
sua esposa, foi morta por ser uma seguidora de Jesus.
Barrabás
passa por várias situações críticas, seja como escravo-mineiro, seja como
gladiador em plena capital do Império Romano. E, em todas elas, a lembrança de
Jesus parece persegui-lo, através de outros personagens, como o seu companheiro
de infortúnio, Sahak, e o treinador de gladiadores, Lucius.
Por
força disso, Barrabás quase se torna cristão e é nesse estado que ele
interpreta o incêndio de Roma, ocorrido no reinado de Nero, como um prenúncio
do advento de uma nova era, prometida pelo Cristo.
Até o
fim, ele se mantém atado a Jesus, posto que também sofre o suplício da cruz.
Mas, se o Nazareno (segundo os Evangelhos) expira dizendo: "Pai, em
Tuas mãos entrego o meu espírito!", Barrabás que, apesar de tudo não
conseguiu converter-se a nenhum deus, encerra sua vida murmurando para a noite:
"Escuridão, entrego-me à tua guarda!".
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