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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

AS TRÊS CRUZES NO CALVARIO


Texto: Lucas 23,39-43

Introdução:

A – Três cruzes foram levantadas no Calvário naquele dia chamado pela cristandade de Sexta-Feira Santa. Essas três cruzes nos devem ensinar lições preciosas para a nossa vida diária. São três cruzes com três histórias e decisões diferentes.

1 – A cruz feita para Jesus estava bem no centro. Jesus estava ladeado por dois criminosos: um a sua esquerda e o outro a sua direita.
2 – Jesus permaneceu em agonia seis horas, expirando às três horas da tarde. (hora nona).
3 – Assim, nos relata Lucas em seu evangelho: “E também eram levados outros dois que eram malfeitores, para serem executados com Ele. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali O crucificaram, bem como aos malfeitores um à direita, outro à esquerda”.( Lucas 23:32,33)
a)     Senhores, que lições podemos tirar destas três cruzes? Vejamos:
I – A CRUZ DA INCREDULIDADE.

A – Consideraremos em primeiro lugar as lições que nos dá o malfeitor que blasfemava de Jesus.

1 – Diz o evangelista que, enquanto o povo zombava de Jesus, esse malfeitor começou também a blasfemar. Dizia: “Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós. (v. 39).

B – Desse delinquente não sabemos nada, a não ser que era um revolucionário.

1 – Como no caso do seu companheiro, estava ele pagando pelos seus crimes.
a)     Talvez tivesse assaltado alguma aldeia ou desfiladeiros da Galileia.
2 – Mesmo sem saber muita coisa a seu respeito, conhecemos os rastos do seu caráter, através dos incidentes da crucifixão:

a) Era um ladrão duro, insensível e sem fé.
b) Nem a hora da morte o comoveu.
c) Teve, junto de si, a salvação; no entanto, morreu como malfeitor que era.

C – Não podemos ir procrastinando indefinidamente a salvação.

1 – Chega o momento em que o homem se endurece tanto, que é quase impossível pensar racionalmente para obter o que necessita.

a) Em primeiro lugar, porque à medida que se avança na vida, a mente se torna mais rígida; as opiniões afirmam-se; o hábitos, as paixões, os vícios arraigam-se

(1) O ladrão incrédulo talvez cresse por muito tempo que Jesus era um impostor, e nem a cruz o fez mudar de opinião.

(2) Era um ladrão impenitente. Como viveu assim morreu.

b) Em segundo lugar, porque os efeitos gravam-se na alma. Toda a sua vida amou as coisas materiais: “Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós”.

(1) Isto é, ainda que suponhamos que fosse sincero, desejou tanto que Jesus vivesse como ele viveu.

(2) Nada de arrependimento... Viver e gozar a vida era tudo que buscava.

c) Em terceiro lugar há uma impossibilidade de despertar a consciência.

(1) Em vão o seu colega lhe diz: “Nem tu ainda temes a Deus, estando na mesma condenação?”.
(2) A sua alma está endurecida. Não distingue o bem do mal; o certo do errado.

D – O ladrão incrédulo conta a história de alguém que MORREU NOS SEUS PECADOS.

II – A CRUZ DA SALVAÇÃO.

A – Ainda que a salvação seja improvável no último momento da vida, não é impossível.

1 – É o que nos ensina a atitude do segundo malfeitor, a quem a tradição deu o nome de Dimas.

B – Esse ladrão fez quatro coisas notáveis, com as quais refletiu ao mesmo tempo o seu caráter.

1 – Primeiro: Tinha temor a Deus. Repreendeu o outro malfeitor, quando este blasfemava de Jesus.
a)     Veja a sua repreensão: “Respondeu-lhe, porém o outro, repreendeu-o dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença?” (v.40).
2 – Segundo: Reconhece-se como malfeitor e que merece a pena que padece. Seu reconhecimento: – “Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez.” (v. 41).

3 – Terceiro: Mostra que devia ter ouvido algo a respeito de Jesus, e O defende: “Este nenhum mal fez”.

4 – Quarto: Solicita a Jesus que o admita em seu reino, implicando o seu arrependimento. Sua solicitação: – “E acrescentou: Jesus lembra-Te de mim quando vieres no teu reino.” (v. 42)

C – A salvação do ladrão arrependido foi garantida por Jesus, através de suas palavras: “E Jesus lhe responde: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (v. 43).

1 – Jesus não podia deixar de ouvir um pedido tão sincero, de um pecador arrependido, em um momento tão solene.

2 – O ladrão arrependido tem um lugar certo no reino quando Jesus disse: ainda hoje estaras comigo. Literalmente falalando ele ja está no céu.

D – A experiência desse ladrão nos conta a história do HOMEM QUE MORREU PARA O SEU PECADO.

1 – Se ele tivesse a oportunidade de continuar vivendo, nunca mais seria o mesmo homem.

2 – Esse ladrão estava pendurado na cruz ao lado direito de Jesus.

E – Deus é de direita. Você alguma vez já parou para pensar que as coisas de Deus acontecem pela direita e nunca pela esquerda? Eis alguns exemplos:

1 – O Urim e Tumim – Êxodo 28:29,30; Levíticos 8:8; Números 27:21.
a)     Quando se traziam perante o Senhor questões para serem decididas, uma auréola de luz que rodeava a pedra preciosa à direita (Urim) era sinal de consentimento e aprovação de Deus, ao passo que a nuvem que ensombrava a pedra à esquerda (Tumim) era prova de negação ou reprovação.
2 – Os anjos dando boas-novas – Lucas 1:11
a)     O anjo trazendo as boas-novas do nascimento de João Batista estava no templo à direita do altar.
3 – Os Bodes e as Ovelhas. Mateus 25:31-34
a)     No dia do juízo de Deus só haverá duas classes de pessoas: os da direita e os da esquerda. Os bodes e as ovelhas. Os bodes representam os que estão perdidos, que ficarão à esquerda. As ovelhas na parábola representam os salvos, e estarão à direita de Cristo.
4 – A Pesca Maravilhosa. João 21:4-6.
a)     Com a morte de Jesus Cristo, os discípulos, desalentados e com fome, saíram para pescar. Passaram a noite jogando a rede pelo lado esquerdo e não pegaram nada. Jesus apareceu e pediu que lançassem a rede pelo lado direito do barco. Pegaram 153 grandes peixes.
5 – Jesus está assentado ao lado direito de Deus. Romanos 8:34; I Pedro 3:22

6 – Jesus aplicou o poder direitista a si mesmo. Mateus 22:44.
7 – O texto diz que o ladrão do lado direito se salvou; o do lado esquerdo se perdeu.

III – A CRUZ DO SALVADOR.

A – Ao lado de Jesus morre um malfeitor que nos deixa a mensagem da incredulidade e suas conseqüências terríveis.

B – Do outro lado, morreu um outro transgressor que nos deixa a mensagem do arrependimento e suas possibilidades benditas.

1 – No centro morre como se fosse um malfeitor também, o mesmo Jesus, o Filho de Deus, deixando-nos a mensagem de amor, com suas fecundidades redentoras.

2 – Justamente Jesus é deixado no centro porque Ele nos dá a mensagem mais importante e sublime: A MENSAGEM DO AMOR.

C – A morte de Jesus foi por amor aos homens.

1 – Mas a Sua grandeza estava em que não só amou, mas morreu amando.

2 – De nada valeria o Seu amor na vida, se tivesse odiado na morte.

3 – Esse amor inefável começou ali mesmo na cruz a dar seus frutos.
a)     Um ladrão é salvo. Um centurião é comovido.
4 – O justo padeceu pelos injustos. “Mas Deus prova o Seu amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”. (Romanos 5:8).

D – A morte de Jesus é a expressão suprema do amor divino.

1 – Na cruz, e antes dela, Deus esquece o pecado do homem

2 – Cristo por amor deixou Sua glória; por amor viveu servindo e por amor morreu salvando.

3 – Não há nada como o amor para converter o coração.

a) O que não pode as normas morais;

(1) O que não pode os bons conselhos;

(2) O que não pode os castigos;

(3) O que não pode as leis...

(4) O pode o amor.

b) O Senhor Deus nos amou e por Seu amor fomos salvos.

1 – Na cruz do centro estava o próprio Jesus.

CONCLUSÃO:

A – Três são as lições das três cruzes levantadas no Calvário:

1 – A cruz do lado esquerdo: A Lição da Incredulidade. Nem a morte fez com que aquele ladrão mudasse de opinião.
a)     Eu espero que não haja aqui ninguém tão incrédulo como aquele ladrão. Ele decidiu morrer no pecado.
2 – A cruz do lado direito: A Lição de Salvação. Deus salvou um ladrão de vida suja. Ele estava morrendo para o pecado

a) Esse mesmo Deus pode salvar você que tem uma vida mais limpa que a dele.

b) Aquele ladrão aproveitou a última oportunidade.

(1) Pode ser que hoje seja a sua última oportunidade.

(2) Não conhecemos o dia de nossa morte. O dia da morte é uma incógnita. Hoje é o dia da salvação. “Hoje se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração”. (Hebreus 3:8).

3 – A cruz do centro: A Lição de Amor do Salvador.
a)     É o que ensina a cruz que estava no centro, por ser a principal. Jesus estava morrendo pelo pecado.
B - Apelo. Você já aceitou Jesus Cristo como o seu Salvador pessoal? Se ainda não o fez, não quer fazer agora?

ORAÇÃO: Senhor Deus, queremos te agradeceu por ter enviado a este mundo o Teu Filho Jesus Cristo para morrer numa cruz pelos nossos pecados. Queiras abençoar a todos os que nesta hora ouviram a tua mensagem, a fim de que possam tomar uma decisão ao lado de Jesus. Que aprendamos a lição que as três cruzes do Calvário nos ensinam. Que possamos sempre decidir as tuas coisa pelo lado direito como tu nos ensinas. Pedimos-te estas bênçãos em nome e por amor de Teu Filho Jesus Cristo. Amém!

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