Maria, a mãe de Jesus, era uma mulher que foi descrita por Deus como “agraciada”.
A palavra “agraciada” vem do grego, e significa, essencialmente, “muita graça”.
Maria recebeu a Graça de Deus. Graça é “favor imerecido”, que significa que é algo que recebemos apesar do fato de que não o merecemos.
Maria precisava de graça de Deus, assim como o resto de nós precisa.
Maria compreendeu este
fato, como declara em Lucas 1:47, “E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador.” Maria reconheceu que
precisava ser salva, que ela precisava de Deus como seu Salvador.
Lucas 1,47 - é uma expressão profunda da alegria e do reconhecimento de Maria em relação a obra de Deus em sua vida.
O uso da conjunção 'e' mostra que sua exultação não é somente sobre sua condição, mas sobre um relacionamento ativo e alegre com Deus.
Maria reconhece seu espírito como a sede de uma alegria que provem da consciência e que Deus está agindo poderosamente, elevando seu estado emocional a uma expressão de louvor.
Ao afirmar 'em Deus' e mencionar 'meu Salvador', ela revela um entendimento profundo de sua posição a Deus e da salvação que Ele oferece.
A repetição do pronome 'eu' reforça a individualidade da experiencia de Maria, mostrando que sua alegria é uma resposta pessoal ao envolvimento divino em sua vida.
Este versículo encapsula um momento de louvor que não é só um testemunho da própria salvação de Maria, mas também uma uma antecipação do papel central que seu filho, Jesus, terá na história da salvação.
Portanto, é um convite não apenas para entender a alegria de Maria, mas para compreende-la como um reflexo do plano redentor de Deus para toda a humanidade.
A Bíblia nunca diz que Maria foi qualquer coisa além de uma mulher comum que Deus escolheu para usar de uma forma extraordinária.
Sim, Maria era
uma mulher correta e favorecida (agraciada) por Deus (Lucas 1:27-28).
Ao mesmo tempo, Maria era também um ser humano pecador como todos os
outros, que necessitava de Jesus Cristo como seu Salvador, como todas as
outras pessoas (Eclesiastes 7:20; Romanos 3:23; 6:23; I João 1:18).
Maria não teve uma “concepção imaculada” – não há qualquer razão bíblica
para crer que o nascimento de Maria tenha sido qualquer coisa que não
seja um nascimento humano normal.
Maria era virgem quando deu à luz Jesus (Lucas 1:34-38), mas a ideia de uma virgindade perpétua de Maria não é bíblica.
Mateus 1:25, falando de José, declara: “E não a conheceu ATÉ que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.”
A palavra “até” claramente indica que José e Maria tiveram união sexual após o nascimento de Jesus.
José e Maria tiveram vários filhos juntos depois que Jesus nasceu. Jesus tinha quatro meio irmãos: Tiago, José, Simão e Judas (Mateus 13:55). Jesus também tinha meia irmãs, mas não são nomeadas e nem se conhece seu número (Mateus 13:55-56). Deus abençoou e agraciou Maria dando a ela vários filhos, o que naquela cultura era a mais clara indicação de que Deus estava abençoando uma mulher.
Uma vez, quando Jesus estava falando, uma mulher na multidão proclamou:
“Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste” (Lucas 11:27).
Nunca houve melhor oportunidade para Jesus declarar que Maria era verdadeiramente digna de louvor e adoração. Mas qual foi a resposta de Jesus? “Antes bem aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam” (Lucas 11:28).
Uma mulher da multidão exalta a mãe de Jesus, e Ele responde que a verdadeira bem-aventurança é dar ouvidos e obedecer a Palavra de Deus. Ele denuncia a hipocrisia dos fariseus, enfatizando que o que contamina uma pessoa é a que sai do coração, não simplesmente o que entra. Aqui, Jesus aborda a importância do coração puro e a verdadeira espiritualidade.
Para Jesus, a obediência à Palavra de Deus era MAIS IMPORTANTE do que ser a mulher que o pôs no mundo.
Em nenhum lugar das escrituras Jesus, ou qualquer outra pessoa, dirige qualquer louvor, glória ou adoração a Maria.
Isabel, parente de Maria, a louvou em Lucas 1:42-44, mas seu louvor é baseado no fato de que Maria daria à luz Jesus. Não foi baseado em qualquer glória inerente a Maria.
Maria estava perto da cruz quando Jesus morreu (João 19:25).
Maria estava com os apóstolos no dia do Pentecostes (Atos 1:14). Entretanto, jamais se menciona Maria depois de Atos capítulo 1.
Os Apóstolos, em nenhum lugar, dão a Maria papel proeminente.
A morte de Maria não é registrada na Bíblia.
Nada é dito sobre Maria subindo aos Céus, ou tendo qualquer forma de papel exaltado no Céu.
Maria deve ser respeitada como a mãe terrena de Jesus, mas ela não é digna de nossa adoração ou exaltação.
A Bíblia, em nenhum lugar, indica que Maria pode ouvir orações, ou que ela possa ser mediadora entre nós e Deus. Jesus é nosso único defensor e mediador no Céu (I Timóteo 2:5).
Se fosse oferecida adoração, exaltação ou orações, Maria diria o mesmo que os anjos: “Adora a Deus!” (Apocalipse 19:10; 22:9).
A própria Maria dá para nós exemplo, direcionando sua adoração, exaltação e louvor somente a Deus: “Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador; Porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada, Porque me fez grandes coisas o Poderoso; E santo é seu nome” (Lucas 1:46-49).
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