domingo, 30 de abril de 2023

Jesus Revelado em Gênesis

Sim, Jesus é revelado em Gênesis. Em Gênesis 3:14-15, Deus, em resposta ao pecado do homem e da mulher, fala sobre Jesus e aquilo que Ele viria a fazer no futuro.

 

O Senhor Deus está falando com a serpente, Satanás, e revela pela primeira vez como ele acabará um dia com todo o mal, de uma vez por todas.

 

Muitos estudiosos chamam esta passagem de proto-evangelho, um primeiro esboço do evangelho. Quer ver como?

 

Deus fala da "descendência da mulher", e não da descendência do homem. Seria mais normal talvez, ter falado na semente ou descendência do homem, mas não. A inimizade é entre a descendência da mulher e a serpente.

 

Deus está prometendo que um dia, um descendente da mulher iria ferir a cabeça da serpente. A serpente, por seu lado, apenas conseguiria ferir o calcanhar.

 

Assim aconteceu com Jesus, que nasceu de uma virgem e não é descendente físico de um homem, que foi ferido, sim, mas que ressuscitou, e que venceu o diabo, a serpente, quando morreu pelos nossos pecados na cruz.

 

A vitória final pertence a Jesus. O inimigo até pode ferir o calcanhar, mas Jesus fere a cabeça.

 

Assim Deus revelou Jesus em Gênesis, prometendo a vitória final para a descendência da mulher.

 

Cristofanias

 

Em teologia dá-se nome de Cristofanias às aparições de Jesus no Velho Testamento, antes do seu próprio nascimento.

 

Quando em Gênesis lemos sobre O Anjo do Senhor, em vez de simplesmente "um anjo", é muito provável que fosse o próprio Filho, o segundo membro da Trindade, se revelando e interagindo com pessoas como Abraão, por exemplo.

 

Melquisedeque

 

Melquisedeque (um rei sacerdote que aparece em Gênesis 14:18-20) aparece a Abraão e dele recebe o dízimo de tudo), é provavelmente mais uma manifestação do Filho. Tal como Jesus, Melquisedeque é rei e, ao mesmo tempo, sacerdote. Além disso, ele recebeu o dízimo, algo reservado apenas a Deus.

 

Em Hebreus 7:17 vemos que Jesus é sumo-sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque.

 

O Homem que lutou com Jacó

 

Em Gênesis 32, Jacó lutou com um homem que acabou tornando-o manco e lhe mudou o nome. Alguns estudiosos acreditam que tenha também esta tenha sido uma manifestação de Cristo pré-encarnado.

 

Versículos de Jesus Revelado em Gênesis

 

Então o Senhor Deus declarou à ser­pente: "Uma vez que você fez isso, maldita é você entre todos os rebanhos domésticos e entre todos os animais selvagens! Sobre o seu ventre você rastejará, e pó comerá todos os dias da sua vida. Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este ferirá a sua cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar".  - Gênesis 3:14-15

 

Então o Senhor disse a Abrão: "Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mos­trarei. "Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, e você será uma bênção. Abençoarei os que o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você todos os povos da terra serão aben­çoados".  - Gênesis 12:1-3

 

Então Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, trouxe pão e vinho e abençoou Abrão, dizendo: "Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, Criador dos céus e da terra. E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou seus inimigos em suas mãos". E Abrão lhe deu o dízimo de tudo. - Gênesis 14:18-20

 

Naquela noite, Jacó levantou-se, tomou suas duas mulheres, suas duas servas e seus on­ze filhos para atravessar o lugar de passagem do Jaboque. De­pois de havê-los feito atravessar o ribeiro, fez passar também tudo o que possuía. E Jacó ficou sozinho. Então veio um homem que se pôs a lutar com ele até o amanhe­cer. Quan­do o homem viu que não poderia dominar Jacó, tocou-lhe na articulação da coxa, de forma que a deslocou enquanto luta­vam. Então o homem disse: "Deixe-me ir, pois o dia já despon­ta". Mas Jacó lhe respondeu: "Não te deixarei ir, a não ser que me aben­çoes". O homem lhe perguntou: "Qual é o seu nome?" "Jacó", respondeu ele. Então disse o homem: "Seu nome não será mais Jacó, mas sim Israel, porque você lutou com Deus e com homens e venceu". Prosseguiu Jacó: "Peço-te que digas o teu nome". Mas ele respondeu: "Por que pergunta o meu nome?" E o abençoou ali. Jacó chamou àquele lugar Peniel, pois disse: "Vi a Deus face a face e, todavia, minha vida foi poupada".  - Gênesis 32:22-30

 

Judá é um leão novo. Você vem subindo, filho meu, depois de matar a presa. Como um leão, ele se assenta; e deita-se como uma leoa; quem tem coragem de acordá-lo? O cetro não se apartará de Judá, nem o bastão de comando de seus descendentes, até que venha aquele a quem ele pertence, e a ele as nações obedecerão.  - Gênesis 49:9-10

 

Por que Jesus escolheu Judas Iscariotes?

Jesus escolheu Judas porque sabia que fazia parte do plano de Deus. Ninguém obrigou Judas a trair Jesus, mas quando ele fez essa escolha ele cumpriu as profecias.

 

Jesus não cometeu um erro. Antes de escolher os 12 apóstolos, ele orou durante uma noite inteira! (Lucas 6:12-13) Jesus escolheu cada apóstolo pessoalmente, para fazer parte de um grupo íntimo de futuros líderes da igreja. Judas recebeu uma grande oportunidade para fazer a diferença no mundo.

 

Jesus sabia que um amigo o iria trair. Isso já tinha sido profetizado (João 6:70-71; João 13:18). Ele sabia o que se passava no coração de cada pessoa. Mas Jesus também sabia que precisava morrer e ressuscitar por nossos pecados. Essa era sua missão. Ele sabia que o diabo ia usar Judas para tentar destruir seu ministério, mas que Deus iria inverter a situação. A traição de Judas já estava contemplada no plano.

 

Judas teve escolha?

 

Sim, Judas teve escolha.

 

Jesus viu a maldade crescer no coração de Judas mas ele lhe deu todas as oportunidades para mudar seu destino. Antes de decidir trair Jesus, Judas aprendeu com ele sobre o amor e o perdão de Deus, viu grandes milagres e até pregou o evangelho, junto com os outros apóstolos! (Mateus 10:5-7)

 

Jesus tratou Judas como amigo e lhe mostrou o caminho da verdade. Ele até avisou Judas do perigo de sua traição (Mateus 26:23-24). Judas sabia que podia resistir ao diabo, tal como Jesus tinha feito no deserto. Mas quando satanás tentou Judas, ele escolheu ceder à tentação. Por amor ao dinheiro e influência do diabo, Judas traiu Jesus.

 

Ninguém forçou Judas nem lhe tirou a capacidade de entender. O nome do traidor não estava escrito nas profecias. Jesus só disse abertamente que Judas era o traidor na última ceia, quando ele já tinha decidido trair Jesus. A decisão foi de Judas mas Deus já tinha visto que isso iria acontecer e mudou a situação, usando a morte e ressurreição de Jesus para salvar o mundo.

Quem foi Judas Tadeu?

Judas Tadeu foi um dos doze apóstolos de Jesus. Também conhecido como "o Labeu" ou Tadeu, era o irmão do apóstolo Tiago. Nos evangelhos, ora é chamado de Judas (filho/irmão de Tiago), ora como Tadeu, a fim de ser distinguido do outro Judas, que também pertencia ao grupo dos doze discípulos mais chegados de Jesus.

 

A intenção dos autores ao designar Judas como "o irmão de Tiago" ou como "o Tadeu", era marcar a diferença entre este e Judas Iscariotes, que traiu Jesus.


De forma geral, a Bíblia fala muito pouco acerca da vida e obra do apóstolo Judas Tadeu, referenciando apenas:

 

O seu chamado como um dos doze apóstolos de Jesus Cristo: 


'Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze deles, a quem também designou apóstolos: Simão, a quem deu o nome de Pedro; seu irmão André; Tiago; João; Filipe; Bartolomeu; Mateus; Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Simão, chamado zelote; Judas, filho de Tiago; e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor'. - Lucas 6: 13-16

 

Também nas listas em: Mateus 10:2-4 e Marcos 3:16-19. Nesta referência no evangelho de Lucas, Judas é mencionado como "Judas, filho de Tiago". No original grego, essa expressão pode também ser traduzida como "Judas de Tiago" ou "Judas irmão de Tiago". Remete à ideia de parentesco e proximidade entre Judas e Tiago.

 

A pergunta que Judas Tadeu fez ao Senhor Jesus:

 

'Disse então Judas (não o Iscariotes): "Senhor, mas por que te revelarás a nós e não ao mundo?"' - João 14:22

 

Na última Ceia, quando Jesus confortava os discípulos no seu discurso de despedida. Judas Tadeu fez essa pergunta ao Senhor talvez porque ainda não havia compreendido que Jesus se manifestaria, através da presença do Espírito Santo, àqueles que O amam e guardam a sua Palavra. Foi a única referência mais específica referente a este apóstolo, transcrita nos Evangelhos.

 

Judas Tadeu permaneceu junto com os demais apóstolos após a ascensão de Jesus: 


'Quando chegaram, subiram ao aposento onde estavam hospedados. Achavam-se presentes Pedro, João, Tiago e André; Filipe, Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu, Simão, o zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos eles se reuniam sempre em oração, com as mulheres, inclusive Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos dele. - Atos 1:13-14

 

Nesta passagem vemos que todo o grupo dos apóstolos permaneceu unido a fim de orarem e receberem a promessa que Jesus lhes tinha feito. Nesta ocasião, encontraram-se para decidir quem ocuparia o lugar de Judas Iscariotes no ministério dos doze.

 

Judas Tadeu nas tradições religiosas 


"São Judas Tadeu", bastante querido entre os católicos, espíritas e umbandistas (sincretismo com Xangô), é popularmente conhecido como "o patrono das causas impossíveis". Essa atribuição se deu através da recomendação de Brígida da Suécia, na qual os fiéis católicos deveriam pedir pela intercessão de Judas Tadeu para alcançar seus favores. 


A tradição católica considera também que este apóstolo era filho de Alfeu, irmão de Tiago e primo do Senhor Jesus Cristo. Também lhe atribuem a autoria do livro bíblico de Judas e que teve uma morte atroz por decapitação e mutilação. Muitas dessas crenças se baseiam no livro apócrifo "Atos de Simão e Judas" no qual é mencionada a suposta história das missões e do martírio de Judas e Simão. Contudo, não há comprovações históricas de que essas especulações tenham, de fato, acontecido. 


A tradição evangélica, por sua vez, não acredita na intercessão de São Judas Tadeu (1 Timóteo 2:5). Também não considera que Judas Tadeu seja o mesmo Judas, irmão de Jesus (Marcos 6:3). Considera que a Carta de Judas foi escrita pelo irmão do Senhor Jesus e não por Judas Tadeu. O autor da Carta de Judas se identifica como "irmão de Tiago" (Judas 1:1). Daí a consideração mais generalizada de que esse Tiago era o irmão de Jesus, o mesmo quem escreveu a Carta de Tiago e era líder da igreja em Jerusalém (não o apóstolo Tiago filho de Alfeu). Essa interpretação parece se harmonizar muito mais com a tradução (mais provável) do original grego, que diz que Judas Tadeu era 'filho de Tiago' e não 'irmão'. 


Essa controvérsia acontece, em grande medida, porque os católicos não aceitam que Jesus tenha tido irmãos. Daí, nesse arranjo interpretativo, os irmãos serem considerados "primos" de Jesus. No entanto, vemos nos Evangelhos que essa interpretação não faz sentido, uma vez que os evangelistas usam repetidas vezes o termo específico para "irmãos" no grego e não "primos". Vemos também que os irmãos de Jesus não criam nele no princípio de seu ministério (João 7:5). Somente depois da ressurreição é que se converteram em seguidores de Cristo (Atos dos Apóstolos 1:14). Talvez, por não ter crido desde o início, Judas tenha se sentido indigno de assinar a carta como irmão de Jesus. 


Outros Judas

 

O nome Judas significa "louvor a Deus" e era bastante comum naquele tempo. Por isso, a distinção feita entre os diferentes Judas era importante, para não haver confusão na compreensão dos textos. No Novo Testamento, além de Tadeu, são citados outros homens chamados Judas:

  • Um dos irmãos do Senhor Jesus - (Mateus 13:55; Marcos 6:3) - provável autor da carta canônica de Judas.
  • Judas Iscariotes - (João 6:70-71; Marcos 14:43-44) - Apóstolo que traiu Jesus.
  • Judas galileu - (Atos dos Apóstolos 5:37) - Líder de uma rebelião que havia sido morto e seus seguidores dispersados.
  • Judas, um outro discípulo - (Atos dos Apóstolos 9:11) - Um discípulo que hospedou a Saulo depois do seu encontro com o Senhor na estrada para Damasco.
  • Judas Barsabás - (Atos dos Apóstolos 15:22) - Um dos líderes da igreja enviado juntamente com Silas para acompanhar Paulo e Barnabé à Antioquia.


Para além das referências mencionadas, existe apenas o pressuposto que Judas Tadeu, assim como os demais apóstolos, permaneceu fiel à obra confiada a ele pelo Senhor de pregar a Palavra, batizar e fazer discípulos de Jesus Cristo.

sábado, 29 de abril de 2023

Onde estão os dinossauros na Bíblia?

 

 




(1) A palavra dinossauro só passou a ser usada para designar certos animais a partir de 1841, quando Richard Owen (biólogo, anatomista comparativo e paleontólogo britânico) a usou pela primeira vez para indicar certos animais com características bem peculiares.

 

Antes disso, esses animais não eram designados como dinossauros, mas com outros substantivos, ou seja, esses animais eram conhecidos por outros nomes.

 

(2) A criação dos dinossauros aconteceu na descrição bíblica da criação no sexto dia: “Disse também Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie. E assim se fez” (Gênesis 1:24).

 

Evidentemente, esses animais ainda não eram conhecidos como dinossauros. Eles se encaixam perfeitamente na criação dos répteis e animais selváticos.

 

(3) Sendo assim, os dinossauros faziam parte do mundo em que Adão e Eva e, posteriormente, os seus descendentes, viviam.

Não temos muitos detalhes na Bíblia de como era essa convivência entre humanos e dinossauros na prática.

 

A grande pergunta que muitos fazem é sobre os fósseis que foram descobertos em nossos dias. Quando eles teriam sido formados? Teria sido um choque de um asteroide com a terra que acabou com a espécie como alguns afirmam?

 

(4) O dilúvio nos fornece base suficiente para afirmar que uma inundação repentina e grandiosa como a que houve formou grande parte dos fósseis que temos hoje, não só de dinossauros de vários tipos, mas também de outros tantos animais e plantas, e até de homens que são encontrados todos os dias fossilizados.

 

A ciência moderna já admite que não são necessários milhões ou bilhões de anos para que um fóssil seja criado.

 

Mas, claro, essa informação não é muito divulgada, já que coloca em xeque muitas afirmações defendidas por unhas e dentes de muitos!

 

(5) Noé teria levado o que conhecemos hoje como dinossauros na arca? A resposta é sim. Mas talvez não todos os tipos existentes.

 

Encontramos alguns relatos na Bíblia, pós-dilúvio, que podem nos indicar que os seres ali citados são o que conhecemos hoje como dinossauros.

 

Em Jó 40:15 vemos o seguinte relato: “Contempla agora o hipopótamo, que eu criei contigo, que come a erva como o boi” (Jó 40:15).

 

Apesar do tradutor ter optado por usar nesse texto a palavra hipopótamo para a palavra hebraica “b ̂ehemowth”, o contexto nos mostra que a descrição desse bicho citado ali se harmoniza mais com um dinossauro do que com um hipopótamo.

 

Vejamos: Jó 40:16: “Sua força está nos seus lombos, e o seu poder, nos músculos do seu ventre” (Força na barriga não é característica de hipopótamo, um bicho com barriga grande).

 

Jó 40:17: “Endurece a sua cauda como cedro; os tendões das suas coxas estão entretecidos” (A cauda de um hipopótamo é pequenininha e as pernas curtas, o que mostra que esse bicho não era o que conhecemos hoje como hipopótamo).

 

(6) Além desse bicho, em Jó 41.1 temos outro relato interessante: “Podes tu, com anzol, apanhar o crocodilo ou lhe travar a língua com uma corda?” (Jó 41:1).

 

A palavra hebraica “livyathan” traduzida para o português como crocodilo também não parece estar de acordo com o contexto da descrição desse animal.

 

Vejamos: Jó 41:18-19: “Cada um dos seus espirros faz resplandecer luz, e os seus olhos são como as pestanas da alva. Da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela” (aqui temos uma descrição que não se harmoniza com um crocodilo)

 

Parece ser um animal da qual saia fumaça da boca e até fogo. Aqui podemos ter a descrição de um animal singular, um dinossauro.

 

Ou seja, com base nessas duas descrições podemos afirmar que animais com características muito parecidas com a dos dinossauros habitavam a terra mesmo depois do dilúvio.

 

(7) Outro relato bíblico muito interessante está em Salmos 74:13: “Tu, com o teu poder, dividiste o mar; esmagaste sobre as águas a cabeça dos monstros marinhos”.

 

A palavra hebraica “tanniym” pode indicar um animal diferenciado com características parecidas com os dinossauros que, inclusive, era nomeada de “monstro” no texto que lemos, o que nos indica um animal bem parecido com o que conhecemos como dinossauro.

 

Na sequência temos ainda outra menção interessante em Salmos 74:14: “Tu espedaçaste as cabeças do crocodilo e o deste por alimento às alimárias do deserto”.

 

Aqui a palavra traduzida como crocodilo é a mesma “livyathan” de Jó 41:1. E, além disso, fala de “cabeças do crocodilo”. Um crocodilo não tem mais de um cabeça, não é verdade?

Isso pode ser um indicativo de que realmente se tratava de um animal único, um dinossauro. Isso ainda nos mostra que esse animal vivia no mundo pós-dilúvio na época de Asafe, escritor do Salmos 74, em cerca de 1000 a.C., bastante tempo depois do dilúvio.

 

(8) Dessa forma, podemos ver que podemos sim encontrar indicações bastante fortes de que os dinossauros são sim citados na Bíblia, inclusive após o dilúvio.

 

Certamente, muitos tipos desses animais foram extintos por ocasião do dilúvio e, depois, pela ação predatória do homem.

 

Inclusive, não podemos garantir que todos eles foram extintos mesmo em nosso tempo, pois existem diversas áreas intocadas de florestas no planeta que podem muito bem abrigar alguns desses animais.

sexta-feira, 28 de abril de 2023

A PRIMEIRA E A SEGUNDA VINDA DE JESUS

 


 

Na última ceia Jesus disse a seus discípulos: 

“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei de novo, e vos tomarei comigo, para que onde eu estiver estejais vós também.”

(João 14, 2)

 

Destaco as palavras “virei de novo”. Essa é uma das maiores promessas da bíblia. Jesus voltará. Mas esta volta de Jesus será diferente da primeira. Vamos ver agora as diferenças entre a primeira e a segunda vinda de Jesus. Porque a primeira vinda de Jesus em Belém, na humildade e pobreza, foi muito diferente da segunda vinda de Jesus no futuro.

 

1. A primeira vinda foi devagar, a segunda será repentina e instantânea

 

Foi discreta, porque entrou no mundo através do nascimento humano normal. Esteve 9 meses no ventre de Maria e nasceu como uma criança normal. Teve que aprender tudo: caminhar, falar, desenvolver as habilidades normais de qualquer ser humano.

 

Foi uma vinda muito devagar e progressiva… entrou pouco a pouco até alcançar a maturidade para realizar sua missão. Por que Jesus fez isso? Porque Ele vinha para nos salvar, não assustar ou intimidar.

 

Jesus queria se comunicar conosco, por isso, se transformou em um de nós. Queria falar nossa língua, ter a aparência de um de nós, os mesmos costumes e a mesma capacidade e inteligência.

 

A primeira vinda de Jesus foi devagar, discreta e humilde. A segunda vinda de Jesus será instantânea e grandiosa. O evangelho que escutamos hoje nos fala dessa segunda vinda de Jesus como algo repentino, inesperado, grandioso e assustador.

 

2. A primeira foi silenciosa e tranquila, a segunda será manifesta e poderosa

 

Na primeira vinda, Jesus vinha a salvar o mundo. Vinha com paciência e discrição para atrair os homens. Quase ninguém soube que Deus tinha chegado ao mundo. Uns quantos pastores, uns reis magos do oriente e pouco mais. A noite de Natal foi realmente uma noite muito tranquila e silenciosa.

 

Já a segunda vinda será algo grandioso e o mundo inteiro saberá da chegada do Filho de Deus. Pelo que podemos entender das profecias, irá se tratar de algo muito estrondoso, todo o mundo escutará falar do acontecimento. São Paulo diz na carta aos coríntios:

 

“Dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão.”

(1 Tessalonicenses 4, 16)

 

A primeira vinda foi discreta e silenciosa, a segunda será repentina e muito manifesta, estrondosa, visível.

 

3. A primeira vinda só tinha uma estrela, a segunda iluminará todo o céu

 

Na primeira vinda nos contam os evangelhos que tinha uma estrela no céu brilhando para indicar a chegada do Filho de Deus. Os reis magos disseram a Herodes:

“​​Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Pois do Oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo.”

(Mateus 2, 2)

 

Eram homens sábios vindos do oriente porque estudavam os livros das religiões e seguramente conheciam as profecias sobre o Messias. Mas também outras religiões e ciências, como a astrologia. Por isso, descobriram a estrela de Jesus. Pelo que parece não era evidente para todos. Era uma única estrela e ninguém mais a viu, ninguém percebeu. 

 

Na segunda vinda, Jesus iluminará todo o firmamento. Será um acontecimento muito espetacular.

 

4. A primeira vinda precisava de fé, a segunda será inegável

 

Quando Jesus veio a primeira vez, poucas pessoas estavam em Belém (os pastores e os reis magos) e poucas pessoas acreditaram nele durante sua vida (os discípulos e os apóstolos). Na verdade, foi só depois da ressurreição que os seguidores de Jesus começaram a aumentar, primeiro milhares, logo milhões e agora bilhões… Foi a ressurreição que fez a diferença.

 

Na segunda vinda, todo mundo adorará Jesus, inclusive os ateus, tão grande será sua glória. Diz São Paulo: 


“Por mim mesmo jurei, diz o Senhor, diante de mim todo o joelho se dobrará e toda língua confessará que Eu Sou Deus.”

(Romanos 14, 11)

 

Toda celebridade que você conhece, todo ator de Hollywood dobrará seu joelho e dirá Jesus é Senhor. Todo político inclinará a cabeça e dirá que Jesus é Senhor. Todo líder mundial, inclusive os ditadores, se prostrarão diante de Jesus. Todo cientista, empresário, militar, todo jogador de futebol ou esportista ou atleta famoso se prostrará diante de Jesus. Todo ateu ou agnóstico confessará que Jesus é Senhor.

 

DIFERENÇAS DE FUNDO ENTRE AS DUAS VINDAS DE JESUS

 

5. Na primeira vinda, Jesus veio salvar o mundo, na segunda virá julgá-lo

 

Uma das passagens mais famosas da Bíblia é João 3, 16. Por que é tão famosa? Porque explica o propósito de toda a Bíblia. É como um resumo de toda a mensagem da Bíblia. 

“Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

(João 3, 16)

 

Menos conhecido é o versículo que segue, mas vamos lembrar porque reforça a ideia que estamos comentando agora: 

“Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.”

(João 3, 17)

 

Nós precisamos de um salvador. É o único jeito de entrar no céu. Nós não podemos nos salvar a nós mesmos. Nem podemos solucionar nossos problemas… muito menos salvar nós mesmos. Por isso, o Natal é uma ótima notícia.

 

O incrível é que muita gente diz: Eu não preciso de um salvador. Eu me viro sozinho… Eu não preciso de Deus. Não sabem o que estão dizendo! É o orgulho que não deixa ver. 

 

Por isso, a segunda vinda de Jesus não vai ser como a primeira para salvar o mundo, mas para julgar o mundo. Em que consistirá o juízo? Em ter aceitado e confiado em Jesus, na sua primeira vinda, ou não. Em ter acreditado nele ou não, em ter seguido a Ele ou não.

 

6. Na primeira vinda, Jesus morreu por nossos pecados, na segunda virá reunir sua família

 

Essa foi uma ótima notícia para nós. Se ele não tivesse morrido, nós nunca poderíamos merecer entrar no céu. 

“Deus em seu amor, nos predestinou para sermos adotados como filhos, por intermédio de Jesus Cristo […] Nele, temos a redenção, o perdão dos nossos pecados pelo seu sangue, segundo as riquezas da graça de Deus.”

(Efésios 1, 5)

 

Para que veio Jesus a primeira vez? Para morrer por nossos pecados. Para que virá a segunda? Para reunir sua família.

 

Quem formará parte dessa família? Não todo mundo. Todos foram criados por Deus, todos foram amados por Deus. Todos foram salvos por Deus, mas nem todos aceitam a vontade de Deus, nem todos aceitam o amor de Deus, aceitam seguir o seu plano, sua vontade. Isso depende de nós!

 

7. A primeira vinda foi na humildade, a segunda será em poder e glória

 

Pelo amor que nos tinha, veio com toda humildade. A maior que podia existir. Mas na segunda vinda, Jesus virá com todo seu poder e glória. Virá como Rei e Senhor de tudo o que existe.

“Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.”

(Filipenses 2, 9)

 

Jesus recebeu um nome sobre todo nome. Ninguém usa o nome de Buda, ou de Maomé ou de Confucio como expressão… Mas muitos dizemos: Oh Jesus! Por quê? Porque o nome de Jesus tem poder, Ele recebeu um nome sobre todo nome e virá um dia julgar o mundo com seu poder.

 

Repito, portanto, a exortação do próprio Jesus no evangelho de hoje: “Ficai preparados! Porque, na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá.” (Mateus 24, 44)

 

Período Antediluviano: Como Foi a Era Pré-Diluviana?

 

 

 

A Bíblia registra o período antediluviano nós primeiros capítulos do livro de Gênesis. De acordo com o texto bíblico, na era pré-diluviana a civilização humana alcançou grandes realizações, mas também perpetuou uma cultura de pecado.

 

Obviamente a primeira família antediluviana foi a família de Adão. Depois de serem expulsos do Jardim do Éden, Adão e Eva se estabeleceram e tiveram filhos e filhas. Como se sabe, o primeiro filho do primeiro casal foi Caim. Mas Caim também foi o primeiro assassino do mundo antediluviano. Ele matou de forma covarde Abel, seu próprio irmão. 


Depois de seu terrível pecado, Caim recebeu uma marca de Deus e construiu uma cidade na terra de Node. Caim deu a essa cidade o nome do seu primeiro filho, Enoque. Essa cidade antediluviana é a primeira cidade menciona na Bíblia (Gn 4).

 

O desenvolvimento do mundo antediluviano

 

Diferentemente do que teorias extra bíblicas afirmam, a Escritura explica claramente que o homem foi criado por Deus como um ser racional e moralmente capaz Gn 1. Isso significa que embora o homem experimente um tipo de evolução intelectual à medida que adquire conhecimento e desenvolve novas tecnologias, biblicamente não houve um processo evolutivo como espécie, conforme defendido por algumas teses científicas.

 

Isso fica muito claro quando olhamos para os relatos bíblicos sobre o período antediluviano. Como foi dito, Caim, o primeiro ser humano a nascer na terra, era desenvolvido o suficiente para edificar uma cidade.

 

Seus descendentes, por sua vez, foram responsáveis por grandes invenções. Com Jabal, Jubal e Tubalcaim, a sociedade antediluviana aprendeu a habitar em tendas, criar rebanhos de gado, a desenvolver as artes com o uso de instrumentos musicais, e a forjar ferramentas através do trabalho com cobre e ferro (Gênesis 4:17-22).

 

Depois, no tempo de Noé, a Bíblia mostra como ele já tinha a capacidade e os recursos necessários para construir uma grande arca conforme as instruções divinas. Então, embora a Bíblia não forneça muitos detalhes sobre esse período, fica claro que no mundo antediluviano houve um forte desenvolvimento tecnológico e cultural.

 

Quando tempo durou o período antediluviano? 


Muitas pessoas se esquecem de que apesar de não sabermos quanto tempo durou a era pré-diluviana, certamente o tempo decorrido entre Adão e o dilúvio foi muito maior do que do dilúvio até os dias atuais.

 

Isso quer dizer que o período histórico narrado nos primeiros capítulos do livro de Gênesis antes do dilúvio, é muito maior do que o período do restante da história bíblica. Já foram feitas muitas tentativas de datar esse período, mas todas sem sucesso. 


Na verdade, o único registro que fornece algum dado cronológico, é aquele presente na lista genealógica de Gn 5. No entanto, é impossível estabelecer datas a partir desse registro, simplesmente porque esse não é o seu propósito — e nem o propósito de qualquer genealogia bíblica.

 

Mas com base na lista genealógica de Gênesis 5, pelo menos os estudiosos conseguem observar que o grande desenvolvimento experimentado pelo mundo antediluviano provavelmente tinha a ver com a longevidade das pessoas. Naquele tempo havia apenas um idioma, e Deus permitiu que os homens vivessem centenas de anos. Isso certamente teve um papel fundamental para o crescimento tecnológico daquele período e para a transmissão da informação.

 

O pecado no período antediluviano

 

A Bíblia diz que o estilo de vida pecaminoso adotado por Caim, rapidamente se propagou pelo mundo antediluviano. Por exemplo: Lameque, um descendente de Caim, foi o primeiro a adotar a poligamia nas páginas bíblicas, e foi também um duplo homicida que se orgulhava de sua crueldade (Gênesis 4:18-24). O próprio Caim, após ter matado Abel, não apenas não se arrependeu, mas também achou que o castigo divino sobre ele foi injusto.

 

A Bíblia também diz que no período antediluviano os filhos de Deus se misturaram com as filhas dos homens Gn 6. É verdade que alguns intérpretes defendem que isso significou uma mistura entre seres espirituais e humanos. Em outras palavras, supostamente anjos caidos  tiveram relações com mulheres na terra.

 

Mas a maioria dos estudiosos concorda que a interpretação que mais se adequa ao texto bíblico é a de que essa mistura se tratou da degeneração humana promovida pelo relacionamento de pessoas piedosas com pessoas ímpias, de modo que rapidamente a impiedade prevaleceu e caracterizou toda aquela civilização.

 

Isso quer dizer que naquele tempo, a linhagem piedosa de Sete foi o ramo da humanidade que preservou o conhecimento de Deus. Mas com o tempo essa linhagem se misturou com a linhagem ímpia de Caim, e a depravação espiritual alcançou um limite intolerável. Dessa mistura, inclusive, surgiram os nefelins, que eram os homens valentes e de fama na antiguidade.

 

A destruição do mundo antediluviano

 

Mas no período antediluviano também viveram pessoas que realmente eram comprometidas com o Senhor. Abel, por exemplo, foi o primeiro mártir que continuou sendo lembrado como um exemplo de fé até nos tempos do Novo Testamento (cf. Hebreus 11). Enoque foi outro que teve um relacionamento tão próximo com Deus, que acabou sendo transladado para não ver a morte.

 

Por último, foi naquele período que Noé também nasceu, cresceu e se desenvolveu como homem. Mas nos anos finais do período antediluviano, Noé foi a rara exceção de uma pessoa que continuou temente ao Senhor. A Bíblia diz que sua família foi a única a ser poupada quando paciência de Deus considerou intolerável a situação de depravação generalizada daquela civilização.

 

E foi assim que o período antediluviano chegou ao fim, com o derramamento da ira de Deus e a destruição da terra. No Novo Testamento, o apóstolo Pedro registra o fim da história antediluviana de forma bem clara: “Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio” (2 Pedro 3:20).


 

ABRAÃO E AS AS TRES RELIGIÕES.

 

Conceito de Religiões Abraâmicas

 

 

Abraão é um dos grandes patriarcas que aparecem na Bíblia. Ele nasceu na cidade de Ur, da antiga Caldéia e foi escolhido por Deus para guiar seu povo diante da futura chegada do Messias ao mundo. Deus o levou para a Terra prometida e junto com sua esposa Sara, seu sobrinho Ló e outros familiares e mais chegados foram para Canaã, território que posteriormente seria chamado de Palestina ou Judéia.

 

Deus e Abraão selaram uma aliança segundo a qual todos os seus descendentes povoariam o mundo. Como símbolo de tal aliança todos os homens hebreus são circuncidados.

 

Além disso, Deus disse a Abraão que teria um novo filho e de sua descendência surgiria o povo escolhido. Quando sua esposa Sara tinha 90 anos, nasceu seu filho Isaac. Com o tempo Deus lhe pediu que sacrificasse seu filho e quando estava a ponto de obedecer ao mandamento divino foi impedido por um anjo. A fé na promessa do Senhor fez com que Abraão se tornasse o pai dos crentes.

 

O judaísmo, o cristianismo e a religião muçulmana estão estreitamente vinculados pela figura de Abraão
 

A história de Abraão é considerada a origem das três grandes religiões monoteístas, ou seja, o judaísmo, o cristianismo e a religião  islâmica. Todas apresentam grandes coincidências e podem ser entendidas como versões que surgiram em contextos históricos diferenciados. Por este motivo, fala-se de religiões abraâmicas. 

 

Os muçulmanos são considerados descendentes de Ismael, o filho que Abraão teve com a escrava egípcia Agar, já que sua esposa legítima, Sara, foi durante muitos anos uma mulher infértil. Para os muçulmanos Abraão é um “pai compassivo”. 

 

Da mesma forma, o povo judeu é considerado descendente de Isaac. Por outro lado, Jesus de Nazaré, o fundador do Cristianismo, vem da linhagem sucessora de Isaac.

 

Embora as religiões abraâmicas tenham uma origem remota comum e algumas doutrinas similares existem diferenças muito significativas. 


O judaísmo tradicional é baseado na Torá ou Antigo Testamento, assim como em outros livros sagrados, principalmente o Talmude. 


No Cristianismo o Antigo Testamento é reconhecido do ponto de vista histórico, mas o texto fundamental dos cristãos é o Novo Testamento, pois nele aparece o Messias anunciado no Antigo Testamento, ou seja, Jesus Cristo. 

 

Do ponto de vista dos muçulmanos, a Bíblia é um texto “corrupto” que só aceita algumas partes, uma vez que o livro que deve ser seguido pelos crentes é o Alcorão, cujo conteúdo foi recebido pelo profeta Maomé através da intermediação do arcanjo São Gabriel. 

 

Em suma, as três religiões estão baseadas na crença de um único Deus e o profeta Abraão está relacionado a todas elas. Aqueles que enfatizam as coincidências entre as religiões abraâmicas consideram que os confrontos doutrinários entre judeus, cristãos e muçulmanos deveriam ser abandonados e substituídos por um movimento ecumênico. 

 

Por - Marco Antonio Lana (Teólogo)

terça-feira, 18 de abril de 2023

Quem era Zaqueu o Publicano?

O texto de Lucas 19: 2 nos diz que Zaqueu o publicano era chefe dos publicanos e rico. Ele era líder dos cobradores de impostos da sua região. 


zaqueu o publicano

 

O que era um publicano?

Era alguém que cobrava impostos para o Império Romano. 

Roma havia subjugado toda a palestina, obrigando os Judeus a pagarem tributos.       

Os publicanos caminhavam de província em província, de cidade em cidade, recolhendo impostos nas casas e nos comércios. 

Uma forma mais eficaz de ser bem-sucedido

No tempo de Jesus, ser publicano, era uma forma muito eficaz de ser bem-sucedido financeiramente.

Para um publicano não faltava dinheiro, pois sempre tinha uma forma de recolher o imposto acima da taxa normal estipulada por Roma, embolsando ilicitamente uma parte.

O alto preço para ser Publicano

Mas, para ter essa “boa vida”, pagava-se o alto preço do abandono e do ódio.

O publicano palestino era um judeu que trabalhava recolhendo impostos do seu próprio povo, colaborando para a sua opressão.

Era um aliado daqueles que oprimiam a sua nação. Por isso os publicanos eram rejeitados e odiados. 

Qual era a FAMA de um Publicano?

As duas principais eram:

 1 – Traidor: devido ser um aliado ao Império Romano;

2 – Ladrão: cobrava impostos acima da taxa normal estipulada por Roma, embolsando o excedente.

A perda dos 02 (dois) bens mais importantes:

1 – Família: ele era rejeitado e excluído do convívio familiar, pois a família e toda a parentela tinha desgosto e repulsa quando um dos membros se tornava publicano.

2 – Religião: um judeu que se tornava publicano era impedido de entrar no templo e exercer suas atividades religiosas.

Mas nada disso importava para Zaqueu…

 O dinheiro era a sua busca… O ganho e o lucro eram a sua ambição! Por meio da sua posição, Zaqueu tornou-se poderoso e rico.

A Bíblia diz que ele era chefe dos publicanos!!!

Mas, apesar de toda sua posse e status, Zaqueu sabia que faltava algo em sua vida. 

Todas aquelas relações financeiras, políticas e sociais não puderam satisfazer seu coração que, por consequência, foi ficando cada vez mais vazio e carente de Deus.

Podemos Dividir a Vida de Zaqueu em Três Fases

1° fase: Satisfação da Vontade

É quando a pessoa vai em busca de viver seus sonhos, satisfazer a sua vontade, ter experiências e desfrutar de prazeres. É um período marcado por um completo distanciamento de Deus.

Zaqueu amontoou ouro e prata. Se fosse em nossos dias, ele estaria com uma caderneta de poupança rechonchuda, vivendo de juros.

Na busca da satisfação da sua vontade, ele experimentou e conquistou tudo o que pode. Realizou todos os seus desejos; buscou prazeres e viveu alienado de Deus.

Agiu exatamente como Salomão disse: 

E tudo quanto desejaram os meus olhos não lhes neguei” (Ec 2.10)

2° fase: Imersão no Tédio

É a fase em que o prazer repetido deixa de ser prazer e virá tédio, desespero, angústia e insatisfação.

É o jogo da vida, em que a busca do prazer, acaba culminando em dor, infelicidades, lembranças trágicas que povoarão memória.

Alegria, satisfação, busca de felicidade, desemboca na angústia e na vergonha.

E nessa fase que nada faz sentido, o pão não tem gosto, o trabalho é só canseira, tudo é enfado e suor.

Então se percebe que o que se ganha o ladrão rouba, a traça e a ferrugem consomem e nada faz sentido…

E nesse momento, deseja-se algo nunca experimentado antes. Alguma coisa diferente; que dê razão a existência. 

3° fase: A Busca por Algo Transcendente

Aqui muitos recorrem a todo o tipo de espiritualidade. Percorrem em busca dos mais variados seguimentos religiosos.

Fazem simpatias e trabalhos para cura da alma.

 Mas Zaqueu decidiu procurar Jesus…

Ele ouviu a respeito dEle. Talvez tivesse ouvido através dos que trabalhavam para ele, pois  Zaqueu tinha trabalhadores em várias regiões da cidade.

Tais relatos a respeito da pessoa de Jesus atraíram o seu coração como um imã!!!

Chamaram a sua atenção para algo que nunca havia experimentado antes.

Jesus o atraiu!!!

 

A Caminho da Salvação

Zaqueu, o publicano que sempre se locomovia a negócios, desta vez, porém, ele se dirige ao caminho por onde Jesus passaria, a fim de encontrar respostas à sua alma.

Ele ouviu falar de Jesus e foi ao seu encontro. Começou a observar os seus gestos, as suas palavras e, de repente, Zaqueu ficou fascinado por sua pessoa.

Seus olhos já não desgrudavam dEle.

Saiba disto: se estamos atentos em Jesus, antes disso, Ele já prestava atenção em nós!

I – As Dificuldades Para Ver Jesus (Vs. 3)

      Zaqueu o publicano enfrentou dificuldades:  

1 – A dificuldade da multidão: ao chegar ao local onde Jesus estava, uma enorme multidão já lhe cercara, fazendo com que a visão de Zaqueu ficasse totalmente bloqueada.

2 – A dificuldade de seu tamanho: neste caso, o problema não estava no lado de fora, mas nele mesmo.

3 – A dificuldade de superar os críticos: Houve uma dupla crítica sobre este encontro. Criticaram Zaqueu por ser um pecador e criticaram Jesus por entrar na casa do pecador. 

Sempre haverá oposição ao nosso desejo de estar com Jesus, pois satanás constantemente põe obstáculos. Ele usa até mesmo as pessoas mais próximas: um cônjuge, um pai, um filho, um amigo. zaqueu o publicano

Satanás também lança mão de nossas falhas para conseguir isso.

II – O Esforço Para Ver Jesus (Vs. 4)

 Zaqueu o publicano pagou o preço por seu desejo de ver Jesus:

1 – É necessário esforço (Vs. 4): o texto nos diz: “Ele correu” e “ele subiu. Ambas as coisas indicam esforço. Zaqueu queria ver Jesus e ele estava disposto a pagar o preço .

O que teremos de abandonar para ter um encontro com Jesus? Vergonha, timidez, incerteza?

Como exemplo, o Senhor não hesitou em morrer em nosso lugar na cruz! zaqueu o publicano

III – Como é o Encontro com Jesus (Vs. 5,8-10)

Zaqueu o publicano foi convidado por Jesus a descer da árvore:

Para a multidão, tal fato era inconcebível, pois viam Zaqueu o publicano como a pessoa menos provável a ser chamada por Jesus, por causa sua vida mundana e impura.

Um Encontro Pessoal

O encontro com Jesus é pessoal (Vs. 5b): O próprio Jesus parou onde Zaqueu estava e falou diretamente com o pequeno homem naquela árvore. zaqueu o publicano

Ele mesmo o chamou pelo nome. Foi um encontro pessoal que mudou a vida de Zaqueu para sempre!

Jesus nos convida a “descer da árvore”, porque o próximo passo é o encontro de comer com Ele à mesa (Intimidade).

“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo”. (Ap 3:20)

Um Encontro Poderoso

O encontro com Jesus é poderoso (Vs. 8): A relação de Zaqueu com o dinheiro foi transformada no encontro com Jesus.zaqueu o publicano

Após o encontro, tudo muda; nossas prioridades mudam; ganhamos forças para enfrentar as tentações e tempestades da vida; resistimos aos ataques do inimigo e nos enchemos da presença de Deus.

Basta perguntar a mulher samaritana, ou a Saulo de Tarso como é o encontro com Jesus. Nada é como vÊ-lo!

 

 Um Encontro Profundo

O encontro com Jesus é profundo (Vs. 9,10): o encontro não foi por acaso. Jesus sabia que Zaqueu estaria naquela árvore.

Após estar à mesa com Jesus, Zaqueu foi inspirado a abrir mão de seu ego, pois a sua forma de ver a vida mudou. zaqueu o publicano

Já não fazia mais questão de sua fortuna, status e bens, porque ter Jesus lhe era o suficiente! zaqueu o publicano

Zaqueu encontrou tudo aquilo que mais precisava. A essencial comunhão com seu Criador.

Então Zaqueu mostra o seu lado sujo, o seu íntimo, o seu quarto escuro, o pecado que ele tolera.

Do que você é prisioneiro? Pode ser aquilo que não permite que você tenha um caminhar real com Deus e o faz cativo.  Então lhe pregunto: do que é necessário abrir mão?

Após se livrar de todas as amarras…

Jesus então disse: “hoje entrou salvação nesta casa”.


Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor“. (Os. 6:3a)

Conclusão

Nada se compara à riqueza do encontro com Jesus.

Só há sentido na vida quando estamos nEle e Ele em nós. Assim como com Zaqueu, que nosso desejo por estar e permanecer em Jesus sobreponha às adversidades, dificuldades e limitações.

Portanto, é na intimidade e comunhão profunda com Ele que nosso coração se torna puro e nosso espírito inabalável. zaqueu o publicano

Zaqueu, depois de sofrer náuseas devido a solidão de Deus na sua alma, nos ensina que o que você precisa decisivamente para ter paz e um coração preenchido para vencer esse vazio, é de um encontro pessoal com Deus. 

Por traz dessa realidade aparentemente sem sentido, há um Deus agindo, trabalhando na sua vida, com o fim de te conduzir a um lugar novo. 

Por traz de situações complicadas, de uma família desestruturada, de crises interiores, de traumas incuráveis, de feridas abertas, marcas profundas…

CREIA, pois o Criador está montando uma história cheia de trazer verdadeiro para você!

Você conhece verdadeiramente o Pai Celestial?

No último suspiro teremos que dizer: “Pai em tuas mãos entrego o meu espírito”.

Se você não souber bem que Pai é esse, então cairá no desespero mais absoluto que a alma humana pode experimentar.

A única resposta que você poderá dar é: “Deus está aqui, segurando na minha mão, porque o Deus da minha vida foi Jesus de Nazaré. Eu servi a Deus, eu o conheci, Ele sabe o meu nome e sabe que eu sou ovelha dele”.