Bálsamo de Gileade era um produto usado para fins medicinais. O bálsamo era aromático e ajudava a sarar feridas. A região de Gileade era conhecida por produzir um bálsamo bom. Na Bíblia, Deus usou o bálsamo de Gileade como metáfora da cura que o povo de Israel tinha rejeitado.
Bálsamo vinha da resina de certas plantas. Era uma substância aromática, usada para cheirar bem e para tratar feridas. No Antigo Testamento, bálsamo era um dos ingredientes do incenso (perfume) especial produzido para ser usado no templo de Deus (Êxodo 30,34-35).
O bálsamo de Gileade
Gileade era uma região de Israel a Leste do rio Jordão. Essa zona montanhosa era conhecida por seu bálsamo medicinal. Muito antes de Gileade ser parte do país de Israel, na época de Jacó comerciantes já levavam bálsamo da região para vender em outras partes do mundo, como o Egito (Gênesis 37,25).
Séculos depois, o bálsamo de Gileade ainda era conhecido e foi mencionado pelo profeta Jeremias. Por ter propriedades medicinais, esse bálsamo provavelmente era famoso e muito procurado. É possível que a produção de bálsamo tenha sido uma parte importante da economia de Gileade.
Qual á a arvoré que dá o balsamo de gileade.
Alguns estudos apontam que o bálsamo de gileade é produzido na Palestina e na região do Egito.
Por exemplo: a Balanites Aegyptiaca; a Pistachia Lentiscus; ou até a Commiphora Opobalsamum, uma árvore nativa do sul da Arábia. Inclusive, ainda hoje é produzida em Jericó uma substância do fruto da Balanites Aegyptiaca que é comercializada como sendo o “bálsamo de Gileade”.
Também não se sabe exatamente se o bálsamo de Gileade era um tipo de loção ou goma, já que a palavra usada originalmente para se referir a ela não é tão clara nesse sentido. A única coisa que sabemos com certeza é que o bálsamo de Gileade era algo muito valoroso, tanto por suas qualidades curativas quanto por suas aplicações como cosmético.
O bálsamo como metáfora para a procura por cura
O profeta Jeremias mencionou o bálsamo de Gileade em uma lamentação sobre a destruição de seu povo. Os israelitas tinham bons tratamentos medicinais dentro de seu país mas nada os podia curar. A destruição causada pelo pecado não podia ser revertida com medicamentos. Parecia que o país tinha sofrido um golpe mortal (Jeremias 8,21-22).
Em outra profecia de Jeremias, Deus usou a figura do bálsamo de Gileade para criticar os egípcios (Jeremias 46,11-12). O Egito era conhecido por ser muito avançado e produzia muitos medicamentos, mas não havia cura para seu pecado. Mesmo se os egípcios importassem o famoso bálsamo de Gileade, isso não iria curar seu coração nem sarar o povo da destruição vindoura. A mesma coisa iria acontecer com a Babilônia (Jeremias 51,8). Nem os melhores medicamentos iriam conseguir sarar a devastação do país, por causa dos pecados do povo.
Nessas profecias, o bálsamo representava as tentativas humanas de resolver os problemas e evitar a destruição. Todos os povos procuravam uma cura para o seu sofrimento mas não estavam buscando a solução no arrependimento. Seus ferimentos eram causados pelo pecado e a única cura possível era espiritual. Israel e todos os povos precisavam de Deus, o verdadeiro bálsamo.
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